Thursday, September 10, 2009

SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS


Quem estiver pendurado no "bolsa-esmola", deverá ter seus Direitos Políticos interrompidos por enquanto subsistir em tal situação, portanto, não poderá votar e nem ser votado.
É a única porta de saída para tentar salvar o Brasil da guerra civil!

























































O lado bom (do meu pessimismo)
por Carlos Reis

Quando eu imagino que já vi tudo, aparece essa história do Collor entrar para Acadêmica Alagoana de Letras sem ter escrito um único livro. O Reinaldo Azevedo, que não presta, escreveu que há um lado bom nisso: o Collor poderia ter escrito um livro! Eu já o imagino de fardão, na companhia do Sarney, mergulhado no mundo da ficção literária em que vivem; se deixando enlevar pelas preciosas letras e pelos vapores de... um bloco de gelo dourado, apenas sendo sobressaltado de quando em vez pela difícil tarefa de decidir como gastar tanto dinheiro e aproveitar o poder que vem de Lula, seu companheiro e mestre literário.

Entrementes, a quadra não é boa. A "boca não é boa", como diz a minha cunhada. Honduras está prestes a ser bombardeada virtualmente pelo Departamento de Estado americano, hoje nas mãos hábeis e ligeiras da Hilária Clinton. Ao preferir Hugo Chávez e Zelaya contra a vontade da maioria do povo hondurenho, a Casa Branca deu um passo decisivo de aproximação com a seção cubano-bolivariana do Foro de São Paulo, o que equivale a dar carta branca para os cocaleros e seus negócios na América Latina.

Mas enquanto isso os cocaleros fazem reuniões para demonstrar medo de Barack Hussein. Tudo uma palhaçada. Aquela repressão americana prometida contra as FARC e as drogas é de boca para fora? É, ou não é? Se é, pelo menos a imagem de repressão foi criada lá em Bariloche.

Se, no entanto o Barack Hussein ficar nessa linha contraditória, nessa política de agradar a gregos e bahianos, não poderá sustentar-se por muito tempo senão empregando força e ardis secretos maliciosos, tão eficientes quanto uma porrada na cara, mas muito próximos dos métodos fascistas dos cocaleros. Com um viés de força e autoritarismo, algo completamente estranho às tradições americanas, essa política capitulacionista, esse big stick ao contrário de quem se apóia em frágeis cocaleros, não sustentará o próprio presidente americano nem ninguém. Ele, mais cedo ou mais tarde terá que renunciar à vida eterna ou ao seu caráter divino. Será lembrado disso: no, you cannot!

Não se vive para sempre sustentando psicopatas como Hugo Chávez, Fidel, Evo Morales, et caterva. A esquizofrenia de apoiar ou fazer parecer que vai apoiar a luta contra as FARC de Álvaro Uribe e, ao mesmo tempo agradar o Foro de São Paulo, ferrando a pequenina Honduras, encaminhará muito mal o seu Obama. A política e a diplomacia cocaleros do Brasil e seus sócios são uma bela Stalingrado para o Obama. Como diria o Reinaldo, esse é o lado bom da história.

Mas até lá comeremos o pão que Marx e Che amassaram. Comerão muito mais desse pão, entretanto, aqueles que se voltarem esperançosos para as eleições do ano que vem, acreditando estar lutando uma boa guerra. Eu sei que são tentadoras a disputa, a velocidade dos cavalos de raça, a análise objetiva dos números e das chances políticas dos candidatos, até com direito a um improvável sonho de vitória antiesquerdista - toda eleição tem disso, para nossa maior amargura -, mas no fim é inarredável a decepção, ou a deception.

Prefiro a expressão inglesa, embora de sentido diferente. Enganar é da natureza do político, assim como o drible é da natureza do craque, e o vício do racionalismo é o ópio dos intelectuais. No mundo dos vivos, dos muito vivos, e dos mais espertos ainda, a deception é a única lei. Para enganar eles usam todos os meios e truques, especialmente os democráticos, porque esse regime maravilhoso permite tanto o crack quanto a roubalheira bem intencionada, majoritariamente sancionada, como acontece há anos no nosso pig sty, e como aconteceu agora na questão da censura da internet.

Somente a democracia, e suas conseqüências e mazelas, o socialismo majoritário, a legitimidade, o peso do voto comprado, coisas muito mais poderosas do que qualquer lei ou constituição, podem manter um estado de deception por muito tempo, um tempo maior do que o nosso próprio. Diante disso não temos nenhuma saída, exceto ter calma e esperar que esse regime desmorone sobre sua própria pecaminosidade, segundo uma lei de inexorabilidade que Lincoln celebrizou. Se apelarmos às armas deles, isto é, às eleições democráticas, penaremos mais; se apelarmos às suas cortes, penaremos mais ainda. Nem nossas forças armadas estão nesta equação. Unfortunatelly.

Eu não vou nessa porque já me vacinei de todos os fakes e hoaxes da política. Não preciso acompanhar o suicídio desse regime quando chegar a sua hora. Porque sei que qualquer movimento meu, como votar, por exemplo, dá vida e mais alento a esse regime. Se pensarmos o regime Lula e a estrutura do Foro de São Paulo como um organismo vivo, logo veremos que sua expectativa de vida não é muito grande; é muito menor do que eles imaginam, embora ainda muito maior do que a nossa própria expectativa de vida. Para isso temos que pensar para além dela. Digo mais, a sobrevida desse organismo é inversamente proporcional à sua ambição de poder. Ele padece de gigantismo celular, tentacular; o Reich dos mil anos do Lula et caterva, é o seu maior inimigo.

Por falar em reich, muitos analistas realmente sérios sempre viram em Hugo Chávez, por exemplo, um caráter trágico, wagneriano, ou tragicômico, que lembra Mussolini. Está tudo lá, o histrionismo, as fanfarras, as palhaçadas que, sem ele saber, já escreveram seu destino. Mas não tentem matá-lo. E se tentarem, não errem, porque haverá represálias! Esperemos. O que o povo hondurenho, venezuelano, e nós mesmos temos que fazer é ficar firmes e esperar a cena do posto de gasolina de Milão. Há ali, naquele organismo doentio, um dispositivo de autodestruição. Esperemos de outros também a mesma coisa porque são muitos os mussolinis da cocaína. A brevidade previsível desses fanfarrões não é boa companheira de Barack Obama e do próprio Foro de São Paulo.

Como vocês devem estar percebendo algo de muito estranho está acontecendo com o meu pessimismo. Nem a suspeita que a globalização já resolveu a questão do Foro de São Foro, do Barack Hussein, e de nós mesmos, absorvendo tudo como um buraco negro para engordar o Governo Mundial, mesmo assim, hoje nem isso me abala. Por isso, aproveitem o lado bom do meu pessimismo que eu não sei quanto tempo ele durará.


Carlos Alberto Reis Lima é médico neurologista e escritor.

Publicado no site "Mídia Sem Máscara".
Terça-feira, 08 de setembro de 2009.




LULA NA TV – Reinaldo Azevedo





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