Wednesday, September 24, 2008

FALTA POUCO, LOGO ESTAREMOS CHEGANDO LÁ!










































Em busca de um pretexto patriótico
por Olavo de Carvalho

Tudo o que os oficiais das Forças Armadas estão esperando para aderirem ao esquema de poder eterno de Lula é o pretexto patriótico.

A pressa indecente com que os opositores nominais do governo correm para apoiá-lo ao mínimo aceno de alguma vantagem possível é a prova de que a passagem do PT pelo poder, exatamente como previ há mais de dez anos, e ao contrário do que afirmavam todos os sapientes, não terá sido um episódio normal do rodízio democrático, e sim a inauguração de um novo sistema que, superposto à ordem democrática, terminará – já quase terminou – por engoli-la e fazê-la desaparecer para sempre.

A Nova República não foi senão uma tênue interface entre o governo militar e o Brasil socialista, marcado pela hegemonia esquerdista em todos os setores da vida social, pela simbiose macabra entre o governo e o banditismo crescente, pela corrupção em níveis jamais antes imaginados, pela destruição completa da cultura superior, pela institucionalização do paternalismo estatal como garantia do apoio popular, pelo fechamento das fronteiras mentais do País ao debate de idéias no mundo, pela transformação do sistema de ensino em máquina de adestramento da militância comunista e, last not least, pela progressiva e tácita criminalização de toda atividade capitalista, louvada ao mesmo tempo, numa alternância pavloviana de choques e queijos, como indispensável ao progresso da nação.

Como, no meio de toda essa tragédia, a economia cresce um pouquinho e esse pouquinho basta para acalmar uma multidão de consciências - que, aliás, jamais foram muito exigentes -, o sucesso do conjunto está garantido, e é óbvio, é patente que o sr. Lula tem todas as condições não apenas para fazer o seu sucessor, mas o sucessor do seu sucessor e todos os sucessores deste último por muitas décadas à frente. Cada político "de oposição" sabe disso e já tem nas mãos um leque de estratégias para adaptar-se à situação o mais confortavelmente possível, até simulando motivos éticos.

E os militares? Eles têm algum ressentimento, é verdade, mas, marginalizados e reduzidos a condições de subsistência humilhante, já nada podem fazer senão esboçar aqui e ali um protesto simbólico, ridicularizado pela mídia. Muitos deles já parecem reger-se pela psicologia dos miseráveis: prometa-lhes alguma coisa, por mínima que seja, e eles farão o que você quiser.

Antigamente a farda protegia contra a deterioração moral do ambiente. Mas ela não pode proteger contra uma cultura inteira. Só um gênio ou um louco pode desaculturar-se a si próprio.

O homem comum, fardado ou não, cede à onipresença hipnótica dos contravalores que antes desprezava, em nome de valores dos quais já não se lembra. Tudo o que muitos oficiais das nossas Forças Armadas estão esperando é um pretexto patriótico para a adesão final. Criaturas solícitas como o general Andrade Nery dão o melhor de si para fornecê-lo, dirigindo habilmente contra os EUA o ódio que deveria se voltar contra o globalismo anti-americano da ONU, o qual, sob pretextos indigenistas e contando com a proteção da Presidência da República, vai comendo território e reservas minerais do Brasil enquanto a enquanto a "Hora do Povo" e o próprio sr. presidente desviam as atenções de civis e militares para a presença alegadamente ameaçadora da IV Frota americana que, é claro, vem roubar o nosso petróleo...

Esse panorama não apenas já era previsível em 2002 e até bem antes, como foi efetivamente previsto nos meus próprios artigos, enquanto ilustres comentaristas políticos e analistas estratégicos, pagos a peso de ouro pelo empresariado, diziam que nada disso ia acontecer, que o PT desfrutaria de seus quinze minutos de fama e em seguida sumiria na lata de lixo da História, deixando caminho aberto aos liberais para que construíssem uma democracia capitalista moderna e pujante, de fazer inveja à Suíça.

Pela raiva que tantos ainda sentem de quem lhes disse a verdade, pela generosidade com que continuam premiando quem os ludibriou, o que me pergunto é se, sob o pretexto de ouvir análises de conjuntura, o que querem mesmo não são apenas umas palavras animadoras, tanto mais bem-vindas quanto mais falsas.


Olavo Luís Pimentel de Carvalho nasceu em Campinas, SP em 29/04/1947 é escritor, jornalista, palestrante, filósofo, livre pensador e intelectual, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros, publica regularmente seus artigos no jornal "Diário do Comércio" e no site "Mídia Sem Máscara", além de inúmeros outros veículos do Brasil e do exterior. Já escreveu vários livros e ensaios, sendo que o mais discutido é "O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras" de 1996, que granjeou para o autor um bom número de desafetos nos meios intelectuais brasileiro, mas também uma multidão de leitores devotos, que esgotaram em três semanas a primeira edição da obra, e em quatro dias a segunda. Atualmente reside em Richmond-Virginia, EUA onde mantém um site em português e inglês, sobre sua vida, obras e idéias.
E-mail: olavo@olavodecarvalho.org


Publicado no jornal "Diário do Comércio" (editorial).
Segunda-feira, 22 de setembro de 2008, 21h29.



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A INFILTRAÇÃO JÁ É UM FATO CONSUMADO

Foto: Oficiais do 1º BFEsp (Batalhão de Forças Especiais - EB) em Goiânia, "adestrando" dirigentes petistas
no manejo de armas de uso exclusivo das FFAA, notem o DNA lombrosiano dos mesmos, dizer mais o quê?






























E o Plano de Defesa, ministro? - Alexandre Barros



1 comment:

Anonymous said...

Boa tarde..

Segunda-feira dia 22 deste mês, o "professor" que minístra a aula de relações internacionais na faculdade onde estudo, falou com as mesmas palavras "Lamarca foi o maior herói que este país ja teve". Horrivel ver aquele ser despresivel "comunista" de fato pregando a sua ideologia para com os amigos de classe, e totalmente fora do contexto da aula, e ficou ali falando por mais de 1 hora dos militares.. do regime, e comparou o desenvolvimento na época da contra ditadura com o império romano onde 1 milhão de pessoas tiveram que morrer para que se havesse o desenvolvimento.. e na mesma hora eu perguntei "quantas pessoas morreram no regime ?" e Quantas morreram só em Cuba ? como um comunista covarde ele desconversou.

Recruta da FAB.

 
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