Foto acima: Foguete do grupo terrorista Hamas, lançado sobre Ashkelon, cidade israelense que fica a 12 km da divisa-norte da Faixa de Gaza. Ashkelon tem aproximadamente 120 mil habitantes, sendo que mais de trinta e duas mil são crianças. Tendo em vista, que os foguetes que são lançados diariamente sobre a cidade, não possuem nenhum tipo de precisão na determinação das coordenadas, pois nem sequer buscam alvos compensadores (militares), podendo virem a impactarem sobre hospitais, escolas, sinagogas, hotéis ou shopping centers, etc. Além do que, por ser uma cidade histórica e balneária, Ashkelon recebe durante todo o ano uma enorme quantidade de turistas provenientes de quase todas as partes do mundo, turistas estes, que são imprescindíveis para sua sobrevivência. Mas quem se importa?
Para saber mais, click AQUI e visite o site da Municipalidade de Ashkelon.
A paz como arma de guerra
por Olavo de Carvalho
Na guerra assimétrica, a derrota é do vencedor. O terrorismo não é um objetivo em si mesmo, já dizia Lenin. A mídia é o instrumento-chave dessa transformação e Israel arrisca-se a cair nesse engodo pela milésima vez.
Enquanto Hugo Chávez expulsa o embaixador de Israel e no Brasil o PT compara os israelenses aos nazistas, na Flórida a militância esquerdista sai às ruas e grita: Judeus, voltem para o forno.
Está aberta a temporada de caça. Ninguém parece julgar isso de todo mau. Como é possível que, decorrido pouco mais de meio século do Holocausto, o ódio aos judeus vá aos poucos se incorporando novamente ao senso comum, como se fosse coisa decente, obrigatória, e dele dependessem melhores esperanças de paz e liberdade para a espécie humana?
A resposta é simples: controle o fluxo de informações e terá o domínio absoluto das conclusões que o público vai tirar delas. Uma das regras mais elementares da ciência histórica é: a difusão dos fatos causa novos fatos. O fato desconhecido não gera efeitos. Se a maioria das distribuidoras de vídeos não tivesse bloqueado o acesso dos espectadores ao documentário Obsession (para ver o filme, click AQUI ), se o vídeo (v. AQUI ) fosse exibido às massas, se no mínimo o direito de chorar seus mortos no horário nobre da TV não fosse um monopólio dos esquerdistas e terroristas, ninguém diria que a reação de Israel foi excessiva: todos entenderiam que foi justa, racional e tardia.
Para que esse desastre não aconteça, é preciso garantir que cada judeu explodido pelas bombasdo Hamas seja enterrado duas vezes: uma no solo, outra no desconhecimento geral. Assim, todo mundo fica com a impressão de que os judeus não estão defendendo a própria pele, apenas arrancando a de seus inimigos.
Também seria ingenuidade acreditar que o abismo crescente entre noticiário e realidade é o efeito espontâneo de um simples viés ideológico, de preferências subjetivas da classe jornalística.
Só para fins de comparação: as Farc, segundo se descobriu no famoso laptop de Raul Reyes, não são um bando de psicóticos enfurnados na selva - são uma organização mundial, com uma rica e eficiente rede de apoio em 29 países. Mutatis mutandis, quantos colaboradores têm o Hamas e o Hezbollah no Brasil, nos demais países da América Latina, nos EUA e na Europa? Quantos deles são agentes de influência colocados em postos decisivos das empresas jornalísticas para dar a impressão de que é normal chamar os judeus de nazistas e no mesmo ato sugerir enviá-los de volta aos campos de concentração? Ninguém vai jamais investigar isso em profundidade, dar nomes, responsabilizar criminalmente os desgraçados? Até quando a mídia continuará sendo a principal arma de guerra assimétrica e posando de observadora neutra, no máximo um tanto preconceituosa?
Claro, existem sempre os idiotas úteis, que repetem o que ouvem dizer. Mas a idiotice em estado bruto é inerme. Para tornar-se útil ela tem de sofrer um upgrade. Não se pode explicar um preconceito geral pela simples propagação automática, sem que alguém tenha deslanchado o processo. E quem o deslanchou sabe exatamente aonde pretende chegar com ele.
Lenin já explicava que o terrorismo não é jamais um objetivo em si mesmo, que suas finalidades só se cumprem quando os ataques cessam e as conquistas obtidas são sacramentadas na mesa das negociações.
A transição depende, na sua quase totalidade, das disposições da opinião pública. Quando o povo está cansado de guerra, está na hora de o lado militarmente mais fraco oferecer a paz ao mais forte em troca de vantagens políticas. A mídia é o instrumento-chave dessa mutação. Respaldada por ela, a equipe de governo de Barack Hussein Obama já oferece ao Hamas a oportunidade de transformar a derrota em vitória por meio do "diálogo".
Nenhuma organização terrorista aspira senão a isso: ser transmutada de bando de criminosos em organização política decente, portadora dos méritos da "paz". Por isso mesmo, a guerra assimétrica é chamada, tecnicamente, de a derrota do vencedor. Sob a pressão da mídia mundial, Israel arrisca-se a cair nesse engodo pela milésima vez.
Está aberta a temporada de caça. Ninguém parece julgar isso de todo mau. Como é possível que, decorrido pouco mais de meio século do Holocausto, o ódio aos judeus vá aos poucos se incorporando novamente ao senso comum, como se fosse coisa decente, obrigatória, e dele dependessem melhores esperanças de paz e liberdade para a espécie humana?
A resposta é simples: controle o fluxo de informações e terá o domínio absoluto das conclusões que o público vai tirar delas. Uma das regras mais elementares da ciência histórica é: a difusão dos fatos causa novos fatos. O fato desconhecido não gera efeitos. Se a maioria das distribuidoras de vídeos não tivesse bloqueado o acesso dos espectadores ao documentário Obsession (para ver o filme, click AQUI ), se o vídeo (v. AQUI ) fosse exibido às massas, se no mínimo o direito de chorar seus mortos no horário nobre da TV não fosse um monopólio dos esquerdistas e terroristas, ninguém diria que a reação de Israel foi excessiva: todos entenderiam que foi justa, racional e tardia.
Para que esse desastre não aconteça, é preciso garantir que cada judeu explodido pelas bombasdo Hamas seja enterrado duas vezes: uma no solo, outra no desconhecimento geral. Assim, todo mundo fica com a impressão de que os judeus não estão defendendo a própria pele, apenas arrancando a de seus inimigos.
Também seria ingenuidade acreditar que o abismo crescente entre noticiário e realidade é o efeito espontâneo de um simples viés ideológico, de preferências subjetivas da classe jornalística.
Só para fins de comparação: as Farc, segundo se descobriu no famoso laptop de Raul Reyes, não são um bando de psicóticos enfurnados na selva - são uma organização mundial, com uma rica e eficiente rede de apoio em 29 países. Mutatis mutandis, quantos colaboradores têm o Hamas e o Hezbollah no Brasil, nos demais países da América Latina, nos EUA e na Europa? Quantos deles são agentes de influência colocados em postos decisivos das empresas jornalísticas para dar a impressão de que é normal chamar os judeus de nazistas e no mesmo ato sugerir enviá-los de volta aos campos de concentração? Ninguém vai jamais investigar isso em profundidade, dar nomes, responsabilizar criminalmente os desgraçados? Até quando a mídia continuará sendo a principal arma de guerra assimétrica e posando de observadora neutra, no máximo um tanto preconceituosa?
Claro, existem sempre os idiotas úteis, que repetem o que ouvem dizer. Mas a idiotice em estado bruto é inerme. Para tornar-se útil ela tem de sofrer um upgrade. Não se pode explicar um preconceito geral pela simples propagação automática, sem que alguém tenha deslanchado o processo. E quem o deslanchou sabe exatamente aonde pretende chegar com ele.
Lenin já explicava que o terrorismo não é jamais um objetivo em si mesmo, que suas finalidades só se cumprem quando os ataques cessam e as conquistas obtidas são sacramentadas na mesa das negociações.
A transição depende, na sua quase totalidade, das disposições da opinião pública. Quando o povo está cansado de guerra, está na hora de o lado militarmente mais fraco oferecer a paz ao mais forte em troca de vantagens políticas. A mídia é o instrumento-chave dessa mutação. Respaldada por ela, a equipe de governo de Barack Hussein Obama já oferece ao Hamas a oportunidade de transformar a derrota em vitória por meio do "diálogo".
Nenhuma organização terrorista aspira senão a isso: ser transmutada de bando de criminosos em organização política decente, portadora dos méritos da "paz". Por isso mesmo, a guerra assimétrica é chamada, tecnicamente, de a derrota do vencedor. Sob a pressão da mídia mundial, Israel arrisca-se a cair nesse engodo pela milésima vez.
Olavo Luís Pimentel de Carvalho nasceu em Campinas, SP em 29/04/1947 é escritor, jornalista, palestrante, filósofo, livre pensador e intelectual, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros, publica regularmente seus artigos nos jornais "Diário do Comércio", "Jornal do Brasil" e no site "Mídia Sem Máscara", além de inúmeros outros veículos do Brasil e do exterior. Já escreveu vários livros e ensaios, sendo que o mais discutido é "O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras" de 1996, que granjeou para o autor um bom número de desafetos nos meios intelectuais brasileiro, mas também uma multidão de leitores devotos, que esgotaram em três semanas a primeira edição da obra, e em quatro dias a segunda. Atualmente reside em Richmond-Virginia, EUA onde mantém o site "Olavo de Carvalho" em português e inglês, sobre sua vida, obras e idéias. E-mail: olavo@olavodecarvalho.org
Publicado no jornal "Diário do Comércio" (Opinião).
Domingo, 11 de janeiro de 2009, 22h31.
Vídeo: "OBSESSION" – Radical Islam's War against the West
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Vídeo: Hamas firing rockets from the UN School and the counterattacks of the IAF
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Ele sabe até o que fez Capitu – Augusto Nunes
http://bootlead.blogspot.com
Quem com ferro fere, com fogo será queimado e quem estiver no lugar errado, na hora errada e com o terrorista errado, também!
1 comment:
Queria saber mais sobre o controle que Israel tem sobre as fontes de água da região. Vi um documentário a respeito na TV Escola.
Interessante o Olavo de Carvalho ter citado o nome todo do Barak Obama (risos). Pouco sutil isso.
Terrorismo infiltrado na Imprenssa? A Esquerda diria o contrário. Acho que estão todos errados.
Abraços.
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