Chávez e Hitler: semelhanças políticas
por Diego Araujo Campos
Os fascistas sempre odiaram o liberalismo, seja político, seja econômico. Nas eleições de março de 1933, o povo alemão elegeu 288 deputados nazistas para um Reichstag (Câmara Baixa) de 647 cadeiras. Com o apoio de 52 deputados do Partido Nacionalista e a ausência de deputados comunistas – perseguidos desde o incêndio no Reichstag, atribuído a um comunista holandês –, os nazistas passaram a ter maioria no Parlamento. No mesmo mês, Hitler, aproveitando a declaração de Estado de emergência, conseguiu que o Reichstag aprovasse uma lei que permitia que o chanceler legislasse independentemente do parlamento.
Com impressionante passividade, os partidos políticos permitiram que Hitler se transformasse um ditador com plenos poderes e que o partido nazista se tornasse o único no país. Com efeito, Hitler usou os instrumentos da democracia para destruir a República liberal de Weimar e criar um Estado totalitário fascista.
Ao ler os artigos de jornal sobre a atual política venezuelana, podemos encontrar vários fatos que assemelham a política do atual antigo presidente Hugo Chávez às peripécias dos nazistas, comandados por Adolf Hitler. Assim, lembrei-me do velho Karl Marx – embora deva salientar que eu sou liberal e não comunista – quando este escreveu na famosa obra O 18 Brumário de Napoleão Bonaparte: “Hegel observa em uma de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa.”
As similitudes são impressionantes. Chávez quer ampla reforma da Constituição para aplainar o caminho da República Socialista da Venezuela. A Constituição, batizada de bolivariana, já estaria pedindo “atualizações”, disse Chávez. “Ela nasceu em meio à tormenta, e ficaram muitos buracos da velha ordem”, justificou. Um desses “buracos” é a reeleição presidencial limitada a um mandato — Chávez pretende eliminar limites, quer reeleger-se ad aeternum. Assere, também, a necessidade de lei especial – chamada de Lei Habilitante - que lhe amplie os poderes. Com a norma, poderá implementar mudanças por decreto, sem necessidade de ratificação da Assembléia Nacional. Ademais, devemos lembrar que a Assembléia Nacional venezuelana é 100% chavista, uma vez que a oposição, muitas vezes perseguida politicamente, boicotou a última eleição. Para não falarmos dos constantes atentados chavistas à liberdade de imprensa, ilustrados na não renovação da concessão da TV privada RCTV – TV de oposição ao governo. Além disso, devemos mencionar a formação de um partido único venezuelano, agregando todos os partidos aliados ao presidente venezuelano.
Oscar Wilde dizia que “experiência é o nome que damos aos nossos erros” e quem não aprende com eles, certamente os repetirá. Chávez está seguindo o caminho do autoritarismo e da intolerância, assim como Hitler – guardadas as diferenças ideológicas. Temos a obrigação de aprender com os erros do passado, e evitar que governantes tentem personificar o poder, galgando o caminho do despotismo. Chávez está se saindo um excelente aprendiz de Hitler, mas uma péssima influência para o mundo. Rezemos para que Chávez seja uma farsa, e não repita a tragédia que foi Hitler.
Publicado no site Instituto Millenium.
Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2007
por Diego Araujo Campos
Os fascistas sempre odiaram o liberalismo, seja político, seja econômico. Nas eleições de março de 1933, o povo alemão elegeu 288 deputados nazistas para um Reichstag (Câmara Baixa) de 647 cadeiras. Com o apoio de 52 deputados do Partido Nacionalista e a ausência de deputados comunistas – perseguidos desde o incêndio no Reichstag, atribuído a um comunista holandês –, os nazistas passaram a ter maioria no Parlamento. No mesmo mês, Hitler, aproveitando a declaração de Estado de emergência, conseguiu que o Reichstag aprovasse uma lei que permitia que o chanceler legislasse independentemente do parlamento.
Com impressionante passividade, os partidos políticos permitiram que Hitler se transformasse um ditador com plenos poderes e que o partido nazista se tornasse o único no país. Com efeito, Hitler usou os instrumentos da democracia para destruir a República liberal de Weimar e criar um Estado totalitário fascista.
Ao ler os artigos de jornal sobre a atual política venezuelana, podemos encontrar vários fatos que assemelham a política do atual antigo presidente Hugo Chávez às peripécias dos nazistas, comandados por Adolf Hitler. Assim, lembrei-me do velho Karl Marx – embora deva salientar que eu sou liberal e não comunista – quando este escreveu na famosa obra O 18 Brumário de Napoleão Bonaparte: “Hegel observa em uma de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa.”
As similitudes são impressionantes. Chávez quer ampla reforma da Constituição para aplainar o caminho da República Socialista da Venezuela. A Constituição, batizada de bolivariana, já estaria pedindo “atualizações”, disse Chávez. “Ela nasceu em meio à tormenta, e ficaram muitos buracos da velha ordem”, justificou. Um desses “buracos” é a reeleição presidencial limitada a um mandato — Chávez pretende eliminar limites, quer reeleger-se ad aeternum. Assere, também, a necessidade de lei especial – chamada de Lei Habilitante - que lhe amplie os poderes. Com a norma, poderá implementar mudanças por decreto, sem necessidade de ratificação da Assembléia Nacional. Ademais, devemos lembrar que a Assembléia Nacional venezuelana é 100% chavista, uma vez que a oposição, muitas vezes perseguida politicamente, boicotou a última eleição. Para não falarmos dos constantes atentados chavistas à liberdade de imprensa, ilustrados na não renovação da concessão da TV privada RCTV – TV de oposição ao governo. Além disso, devemos mencionar a formação de um partido único venezuelano, agregando todos os partidos aliados ao presidente venezuelano.
Oscar Wilde dizia que “experiência é o nome que damos aos nossos erros” e quem não aprende com eles, certamente os repetirá. Chávez está seguindo o caminho do autoritarismo e da intolerância, assim como Hitler – guardadas as diferenças ideológicas. Temos a obrigação de aprender com os erros do passado, e evitar que governantes tentem personificar o poder, galgando o caminho do despotismo. Chávez está se saindo um excelente aprendiz de Hitler, mas uma péssima influência para o mundo. Rezemos para que Chávez seja uma farsa, e não repita a tragédia que foi Hitler.
Publicado no site Instituto Millenium.
Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2007
RECADO AOS "CAMARADAS" ...
"Para o bom entendedor meia palavra basta!"
"O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles que vêem e deixam o mal ser feito."
Albert Einstein
http://bootlead.blogspot.com
Hitler-Chávez
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