O Futuro nos Condena
por Guilherme Afif Domingos
Depois de 20 anos dos governos militares, o Brasil iniciou um processo de democratização que já dura 22 anos, que em vez de parecer concluído, sempre apresenta retrocessos. Desde o início do período democrático, o País procurou mais “ajustar contas com o passado” do que construir bases para o futuro. Editou-se uma Lei de Anistia, destinada não a “apagar o passado”, mas a permitir a reconciliação nacional, a qual foi ampliada de forma tão absurda, que permitiu o enriquecimento de muitos e representou um prêmio injustificado a uma das partes, em total desacordo com o objetivo visado, de não haver vencedores nem vencidos.
Em uma clara volta ao passado, busca-se agora rever a Lei da Anistia, tão-somente para apurar “supostos crimes” cometidos por uma das partes, como se, aos vencidos, todos os crimes que cometeram tivessem sido justificados pela causa que defendiam, que não era a da Democracia, mas a de tentar implantar, no Brasil, os regimes socialistas de vários matizes que os apoiavam.
No plano econômico, realizamos uma Assembléia Constituinte, que, no dizer de Roberto Campos, olhava pelo espelho retrovisor e não para a estrada que tínhamos pela frente, renegando toda herança do período militar, não por seus méritos ou deméritos, mas por sua origem. Infelizmente o Muro de Berlim ainda não havia caído, o que permitiu que todas ilusões do Estado Benfeitor fossem incorporadas ao texto, que todos os privilégios de grupos fosses mantidos ou ampliados, que a liberdade de empreender fosse cerceada e as finanças públicas comprometidas.
Apesar das várias reformas realizadas no sentido de abrir mais a economia, o gigantismo do Estado, herança de um passado que deveria ter sido superado, resulta em uma carga tributária que consome cerca de 40% do PIB, isto é, de tudo que a sociedade produz anualmente. Essa excrescência constitui-se em um peso excessivo, que reduz a capacidade competitiva do País, e impediu que o Brasil pudesse aproveitar o cenário externo extremamente favorável dos últimos anos para crescer a taxas elevadas como a das demais nações emergentes.
A elevada carga tributária brasileira se torna ainda mais grave quando se considera que o Estado não tem investido o suficiente para que o País possa crescer, o que vem provocando a deterioração da infra-estrutura e dos equipamentos de alguns importantes segmentos, como o das Forças Armadas.
É difícil saber até que ponto o sucateamento a que vêm sendo submetidas as três Armas se deve apenas a questões orçamentárias, ou decorre de um “viés” ideológico, quando se comparam suas dotações com o volume de recursos canalizados para movimentos ditos sociais, que promovem constantes ataques às propriedades e bens públicos.
Preocupa essa desatenção para com as Forças Armadas, quando se consideram a extensão das fronteiras brasileiras e a existência, em suas proximidades, de grupos de guerrilheiros, de narcotraficantes e contrabandistas de armas, além do fato de que outros países da América do Sul se armam, alterando um equilíbrio que perdurou por muitas décadas, seguindo diretrizes estabelecidas pelo Foro São Paulo, do qual o Brasil é ativo participante por altas figuras do Governo.
Embora a segurança das cidades não seja competência das Forças Armadas, o alto grau de organização e poderio bélico de grupos de criminosos representam uma ameaça à segurança interna que não pode ser ignorada. Assiste-se com grande preocupação às pressões externas com relação à Amazônia, respaldadas por movimentos internos em que se misturam entidades religiosas e ONGs financiadas do exterior.
Segundo o Informe da Agência Destaque Internacional sobre o 5º Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre em janeiro de 2005, a meta dessas entidades de esquerda religiosa e política parece ser a de transformar vastas regiões da Amazônia Continental em “zonas liberadas”, deixando-as, ao menos na aparência, sob controle dos indígenas, e nas quais os Estados nacionais veriam sua soberania limitada. Essa estratégia foi definida no Foro Social Pan Americano (FSPA), realizado em Manaus uns dias antes do FSM.
Com as Forças Armadas desaparelhadas, as polícias estaduais despreparadas e a população civil desarmada, enquanto as organizações criminosas se fortalecem, a sociedade se sente cada vez mais insegura, não apenas no tocante ao patrimônio, como à integridade física. O Governo gastou mais com o referendo do Desarmamento do que em medidas para aumentar a segurança.
Não bastassem os graves problemas existentes, procura-se criar artificialmente uma questão racial no País, dividindo a sociedade arbitrariamente em “raças”, buscando-se gerar conflito onde sempre predominou a convivência, renegando uma das maiores heranças brasileiras que é a miscigenação. Estimulam-se “movimentos sociais” não apenas a fazerem reivindicações, mas, sobretudo, a contestarem as “instituições burguesas”, em nome da “sociedade civil”, que exclui
os militares como se eles não fossem cidadãos.
O desconstrutivismo vem sendo aplicado de forma sistemática para minar os valores da Pátria e da família, para construir o “mundo novo” baseado no relativismo moral, que promove a desestruturação da sociedade e deixa a juventude sem parâmetros para se orientar.
Diante desse quadro, o que podem fazer aqueles que acreditam na liberdade em todas suas formas, na livre iniciativa como mecanismo mais eficiente de coordenação da economia, no civismo e nos valores cristãos? Não basta se preocupar. É preciso se ocupar. Organizar-se para se contrapor a esse movimento insidioso que vem solapando as bases da nacionalidade, entrar na luta das idéias e na batalha da comunicação. Se é difícil penetrar na mídia impressa e televisiva, vamos usar a Internet como grande aliada para procurar resgatar o patriotismo e os valores da família e defender o Brasil daqueles que sonham em implantar no País a “utopia” socialista, mesmo depois de seu fracasso em muitas nações.
"Se o passado e as idéias ultrapassadas ainda nos perseguem, o futuro nos condena a lutar!"
Guilherme Afif Domingos é Empresário, Secretário do Emprego e Relações de Trabalho do Estado de São Paulo e Presidente da Federação de Associações do Comércio do Estado de São Paulo. Guilherme Afif Domingos, também foi Deputado Federal Constituinte, candidato à Presidência da República em 1989 e duas vezes candidato à Senador pelo Estado de São Paulo.
Em uma clara volta ao passado, busca-se agora rever a Lei da Anistia, tão-somente para apurar “supostos crimes” cometidos por uma das partes, como se, aos vencidos, todos os crimes que cometeram tivessem sido justificados pela causa que defendiam, que não era a da Democracia, mas a de tentar implantar, no Brasil, os regimes socialistas de vários matizes que os apoiavam.
No plano econômico, realizamos uma Assembléia Constituinte, que, no dizer de Roberto Campos, olhava pelo espelho retrovisor e não para a estrada que tínhamos pela frente, renegando toda herança do período militar, não por seus méritos ou deméritos, mas por sua origem. Infelizmente o Muro de Berlim ainda não havia caído, o que permitiu que todas ilusões do Estado Benfeitor fossem incorporadas ao texto, que todos os privilégios de grupos fosses mantidos ou ampliados, que a liberdade de empreender fosse cerceada e as finanças públicas comprometidas.
Apesar das várias reformas realizadas no sentido de abrir mais a economia, o gigantismo do Estado, herança de um passado que deveria ter sido superado, resulta em uma carga tributária que consome cerca de 40% do PIB, isto é, de tudo que a sociedade produz anualmente. Essa excrescência constitui-se em um peso excessivo, que reduz a capacidade competitiva do País, e impediu que o Brasil pudesse aproveitar o cenário externo extremamente favorável dos últimos anos para crescer a taxas elevadas como a das demais nações emergentes.
A elevada carga tributária brasileira se torna ainda mais grave quando se considera que o Estado não tem investido o suficiente para que o País possa crescer, o que vem provocando a deterioração da infra-estrutura e dos equipamentos de alguns importantes segmentos, como o das Forças Armadas.
É difícil saber até que ponto o sucateamento a que vêm sendo submetidas as três Armas se deve apenas a questões orçamentárias, ou decorre de um “viés” ideológico, quando se comparam suas dotações com o volume de recursos canalizados para movimentos ditos sociais, que promovem constantes ataques às propriedades e bens públicos.
Preocupa essa desatenção para com as Forças Armadas, quando se consideram a extensão das fronteiras brasileiras e a existência, em suas proximidades, de grupos de guerrilheiros, de narcotraficantes e contrabandistas de armas, além do fato de que outros países da América do Sul se armam, alterando um equilíbrio que perdurou por muitas décadas, seguindo diretrizes estabelecidas pelo Foro São Paulo, do qual o Brasil é ativo participante por altas figuras do Governo.
Embora a segurança das cidades não seja competência das Forças Armadas, o alto grau de organização e poderio bélico de grupos de criminosos representam uma ameaça à segurança interna que não pode ser ignorada. Assiste-se com grande preocupação às pressões externas com relação à Amazônia, respaldadas por movimentos internos em que se misturam entidades religiosas e ONGs financiadas do exterior.
Segundo o Informe da Agência Destaque Internacional sobre o 5º Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre em janeiro de 2005, a meta dessas entidades de esquerda religiosa e política parece ser a de transformar vastas regiões da Amazônia Continental em “zonas liberadas”, deixando-as, ao menos na aparência, sob controle dos indígenas, e nas quais os Estados nacionais veriam sua soberania limitada. Essa estratégia foi definida no Foro Social Pan Americano (FSPA), realizado em Manaus uns dias antes do FSM.
Com as Forças Armadas desaparelhadas, as polícias estaduais despreparadas e a população civil desarmada, enquanto as organizações criminosas se fortalecem, a sociedade se sente cada vez mais insegura, não apenas no tocante ao patrimônio, como à integridade física. O Governo gastou mais com o referendo do Desarmamento do que em medidas para aumentar a segurança.
Não bastassem os graves problemas existentes, procura-se criar artificialmente uma questão racial no País, dividindo a sociedade arbitrariamente em “raças”, buscando-se gerar conflito onde sempre predominou a convivência, renegando uma das maiores heranças brasileiras que é a miscigenação. Estimulam-se “movimentos sociais” não apenas a fazerem reivindicações, mas, sobretudo, a contestarem as “instituições burguesas”, em nome da “sociedade civil”, que exclui
os militares como se eles não fossem cidadãos.
O desconstrutivismo vem sendo aplicado de forma sistemática para minar os valores da Pátria e da família, para construir o “mundo novo” baseado no relativismo moral, que promove a desestruturação da sociedade e deixa a juventude sem parâmetros para se orientar.
Diante desse quadro, o que podem fazer aqueles que acreditam na liberdade em todas suas formas, na livre iniciativa como mecanismo mais eficiente de coordenação da economia, no civismo e nos valores cristãos? Não basta se preocupar. É preciso se ocupar. Organizar-se para se contrapor a esse movimento insidioso que vem solapando as bases da nacionalidade, entrar na luta das idéias e na batalha da comunicação. Se é difícil penetrar na mídia impressa e televisiva, vamos usar a Internet como grande aliada para procurar resgatar o patriotismo e os valores da família e defender o Brasil daqueles que sonham em implantar no País a “utopia” socialista, mesmo depois de seu fracasso em muitas nações.
"Se o passado e as idéias ultrapassadas ainda nos perseguem, o futuro nos condena a lutar!"
Guilherme Afif Domingos é Empresário, Secretário do Emprego e Relações de Trabalho do Estado de São Paulo e Presidente da Federação de Associações do Comércio do Estado de São Paulo. Guilherme Afif Domingos, também foi Deputado Federal Constituinte, candidato à Presidência da República em 1989 e duas vezes candidato à Senador pelo Estado de São Paulo.
Publicado na Revista do Clube Militar No. 423.
Janeiro de 2007.
Janeiro de 2007.
Militante "petralha" não é um ser que pensa. É um ser que repete palavras de ordem, repete acusações caluniosas, ataca os adversários de seus donos. O militante "petralha" é o mais perigoso agente contra a Democracia porque não pensa, obedece ordens e fanáticamente acredita. E como a militância "petralha" é uma entidade obscura no meio do grande "rebanho" lulo-petista, ele nunca aparece para assumir a responsabilidade pelos seus atos. Enfim, ser militante "petralha", é ser mentecapto, inepto, vagabundo, além de serem os tipos mais feios, desprezíveis e sujos existentes neste País.
por Bootlead
http://bootlead.blogspot.com
O Futuro já começou
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