Wednesday, July 15, 2009

UMA NO CRAVO E OUTRA NA FERRADURA!
Ou: EB, "o mesmo de antes, apenas se adaptando a novas realidades" – Gen Araújo (realidades "bolivarianas"?)

Foto: O original exército "bolivariano", à frente seus comandantes "retilíneos" e atrás seus soldados em
uma formação "impecável". Acalmardes! O nosso EB já está se "adaptando" para atingir tal "excelência".






























Braço forte e mão amiga???
por Márcio Del Cístia

"Se considerarmos, como eu faço, que a vida, a liberdade e a busca da felicidade são valores absolutos, eternos e imutáveis e que 'os governos são instituídos para preservá-los', então, sempre que 'um governo tenta destruir esta finalidade, é um direito do povo alterá-lo ou aboli-lo para instituir um novo governo que seja fundado naqueles princípios'."
Heitor De Paola

Os representantes do Foro de São Paulo aboletados no planalto não se movimentaram para detonar o item constitucional que limita o número de mandatos presidenciais... AINDA! Mas, desde 1994, iniciando com FHC e turbinando-se com a dominância suíno-petista vêm seguida, repetida e descaradamente estuprando nossa Carta Magna.

Aparelharam todo o estamento estatal, corromperam os Três Poderes, e sua maciça hegemonia em todos os campos de influência irá fatalmente permitir-lhes o mandato eterno... Se não forem impedidos pela força.

Entendo que o silêncio das Forças Armadas - única instância capacitada à reação - ante os recorrentes atentados às leis e ao vero espírito de nossa já cambaleante democracia, é um crime de omissão aos seus deveres constitucionais e enquanto tal, também de manifesta e ominosa cumplicidade na atual construção de estado comuno-totalitário e de traição ao povo que jurou defender.

Alega-se que para repetir o contra-golpe de 1964 seria imperioso - sine qua non!!! - que o povo em peso, manifestasse este desejo, em claro apoio à reparadora ação militar.

Considerando o fato conhecido - inclusive e especialmente pelos atuais comandantes - que os governos militares permitiram que os comunistas ocupassem e usassem as mídias e escolas e, hoje, praticamente todos os meios de esclarecimento e divulgação, a um ponto tal que reduziram nossa gente a uma massa de alienados zumbis - sem consciência, sem conhecimento e sem voz - o argumento acima é singularmente hipócrita.

Há décadas nossa gente vem sofrendo uma guerra surda, sub-reptícia, visando sua destruição intelectual e moral, com crescente e manifesto êxito.

E isto acontece com pleno e cabal conhecimento dos Altos Comandos das FFAA.

Ao longo deste tempo permitiram, aceitaram passiva e vergonhosamente a solerte agressão ao espírito do povo brasileiro, tanto quanto a humilhante castração de seu campo de influência e de sua capacidade operacional.

O livre desenvolvimento dos planos de domínio comuno-petistas apontam fatalmente para a completa submissão de nossos soldados, a serem eventualmente usados como instrumentos de tirania sobre esta mesma gente brasileira que juraram defender à custa de suas vidas, se necessário.

Nossa derradeira esperança é que Honduras lhes sirva de exemplo e estímulo - se ainda têm "huevos" e vergonha nas caras.

Não conseguiria exprimir a imensidão da tristeza que é assistir afundar no lodo da infâmia e da desonra aquele Exército, que com tanto orgulho, confiança e carinho, víamos como o "braço forte e mão amiga".

Senhor meu Deus!!!

Enviado por Márcio Del Cístia.
Terça-feira, 14 de julho de 2009, 11h59.




Foto: General Emílio Garrastazu Médici e o Ministro dos Transportes Mario David Andreazza, na
inauguração da Ponte Rio-Niterói em 04 de março de 1974, há época, a segunda maior ponte do mundo.






























MILITARES NO PODER, NUNCA MAIS!
por Anselmo Cordeiro

Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças.

Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista. Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora, sem contar a mania de abrir novas estradas de norte a sul e de leste a oeste, o que deixou os motoristas atarantados e perdidos, sem saber qual caminho tomar para chegar ao destino.

Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que vinham do sul, passando pelo Rio, em direção às cidades litorâneas do sudeste acima do Rio e nordeste, contornando a baía num percurso de mais de 100 km. Encurtaram o tempo de viagem entre Rio e Niterói, é verdade, mas acabaram com aquela gostosa espera pela barcaça que levava meia dúzia de carros de um lado a outro da baía.

Foto: Ponte Presidente Costa e Silva (Ponte Rio-Niterói)





























Criaram esse maldito Proálcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia. E, para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobras, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); mas nem isso adiantou nada, porque, com o álcool mais barato que a gasolina, permaneceu o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do inventado combustível.

Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.

Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego em milhares de obras, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado".

Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo, o que veio a ser outra desgraça, porque, além de atrair mais inveja, infernizou a vida dos que moravam perto dos estaleiros, com aquela barulheira da construção desenfreada.

Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos. Ora! Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.

Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos. Por causa disso, o Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.

Foto: Usina Hidrelétrica de Itaipu




























Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para o início das obras e, com elas, atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.

Inconseqüentes, injustos e perversos, esses militares baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bate-papos, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país.

Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque esses, que os milicos, em flagrante exagero, chamavam de terroristas, soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.

Os militares são muito estressados. Fizeram tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, seqüestros de diplomatas... ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.

Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.

Para piorar a coisa, se tudo isso ainda é pouco, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder dos empregados contra os seus patrões.

Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.

Outras desgraças criadas pelos militares:

Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos de um Oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que, por falta do que fazer, inventou o sistema PAL-M.

Criaram ainda a EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM e mais um penca de instituições, cujo amontoado de siglas nos levou a confundir nomes.

Todo esse estrago e muito mais, os militares fizeram em 22 anos de governo. Com isso, ganharam o quê? Inexplicavelmente nada. Todos os Generais-Presidentes foram para casa, levando apenas o soldo do posto. Se tivessem ficado ricos, um pouquinho que fosse, ainda dava para entender essa quantidade absurda de obras. O último deles, um tal Figueiredo, que sofria de um mal na coluna, teve que se valer de amigos para pagar tratamento com especialista. Ora! Então essa zoeira toda de obras foi só para complicar a vida simples das pessoas.

Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguintes, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram.

Graças a Deus! Ainda bem que os militares não continuaram no poder!!

Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos:

"Militar no poder, nunca mais!!!".


Anselmo Cordeiro é o seu nome de batismo. Net 7 Mares é o pseudônimo registrado que usa na assinatura de seus poemas, ou quando trata de assuntos da poesia. Carioca, nascido no bairro da Gávea; militar da Marinha de Guerra, poeta e escritor, com formação em Letras/Inglês na UFMS e UECE. Anselmo também é o editor do blog "Net 7 mares".






Publicado no blog "Net 7 Mares".




Os meninos-lobo – Claudio de Moura Castro




3 comments:

Cachorro Louco said...

General :Eu tive a honra de estar no Exército durante um período do governo militar ,e me lembro do respeito que os cidadãos tinham por nossas forças armadas.Por estupidez minha desperdicei a chance de cursar a AMAN ,e, me arrependo disso até hoje.É triste ver que as nossas Forças Armadas estão impassíveis diante do descalabro que tomou conta deste nosso país .É triste também ver que a Ordem dos Advogados ,que sempre botou a boca no trombone ,está quietinha no seu canto,e, não se manifesta .É muito triste ver que o povo que mais sofre está anestesiado com bolsa família ´bolsa leite ,bolsa isso ,bolsa aquilo num emaranhado interminável de desperdício de dinheiro para a compra de votos.Também é triste notar que a imprensa não se manifesta contra nada .Não existem mais jornais alternativos que denunciem os erros do governo e suas mazelas .A classe estudantil,que tradicionalmente ,ao longo da história do mundo toma iniciativas de resistência e desafio a governos está narcotizadad,entupidad de alcool e drogas e não se manifesta.
O "decálogo de Lenin" funciona muito bem por aqui,e o atual governo sabe cumprir direitinho o manual de tomada de poder .E,para piorar, teremos uma eleição fraudulenta no próximo ano.Não acredito que através das urnas se possa mudar algo neste momento.A nossa única opção talvez seja a " opção hondurenha" .Abraços

Anonymous said...

Quem sabe o problema se resolve...importando alguns militares hondurenhos!
Francamente, senhores comandantes militares, que falta de vergonha na cara!
Deus há de lhes cobrar a omissão!

Net 7 Mares said...

Para evitar dúvidas sobre a autoria, em que podem pensar que o autor do texto é o cabo Anselmo, solicito declinar o meu nome, autor verdadeiro do texto, conforme explico abaixo:

Este texto sobre o trabalho de reedificação do Brasil, promovido pelos militares da Contra-Revolução de 64, foi escrito por mim em 11 de julho de 2009, em resposta a uma mensagem dentro do grupo "umbrasilmelhor_sp, conforme pode ser constatado na URL:

http://br.groups.yahoo.com/group/umbrasilmelhor_sp/message/4887

onde a dita mensagem pode ser lida no seu conteúdo integral. Nas republicações feitas por terceiros, maioria delas com o equivocado crédito ao Millôr Fernandes, o meu texto acabou algo desfigurado, obrigando-me a republicá-lo com alguns
acréscimos no meu blog, em

http://net7mares.blogspot.com/2011/06/normal-0-21-false-false-false.html

Em http://www2.uol.com.br/millor/aberto/email/061.htm , espaço virtual do Millôr, ele, em resposta a um dos seus admiradores que o questionou sobre o suposto crédito, repudia a autoria creditada a si. Para encontrar o manifesto do Millôr, basta digitar "texto primário" no Ctrl + f (pesquisar texto na página).

Eu jamais podia imaginar que um texto que escrevi em cima das coxas, simples resposta a um colega de grupo de discussão, pudesse ter tamanha repercussão nas centenas de publicações Internet afora, e acredito que essa repercussão deve-se ao irregular crédito atribuído ao Millôr.

No fundo, nem esquento tanto com essa troca de autoria apesar do desconforto que ela causa, porque o que importa é o fato de o texto ter alcançado essa significativa quantidade de leitores. Quem deve estar metido em desconforto bem maior é o Millôr, colocado que foi como autor de um texto que, contra-ironicamente, enaltece o governo da Contra-Revolução de 64. Logo ele, o Millôr, que, naquela época, veiculava pelo seu semanário "O Pasquim" sarcásticas críticas ao regime, e nem por isso o seu jornal foi importunado.

Se, além de alterar a autoria, puder também substituir o texto atual, que, nos repasses, foi bastante alterado, pelo atualizado que está em

http://net7mares.blogspot.com/2011/06/normal-0-21-false-false-false.html

mais grato eu ficaria.

Anselmo Cordeiro (Net 7 Mares)
ancorol@bol.com.br
http://net7mares.blogspot.com/2009/11/mar-do-ego.html

 
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