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Friday, February 12, 2010

"Os homens de carácter firme são as colunas mestras da sociedade a que pertencem"

*Atualizações deste post em 13/02/2010 e 14/02/2010 (click nas datas para ver)

Foto: General-de-Exército Maynard Marques de Santa Rosa – (v. "Curriculum Vitae")













































O General Santa Rosa não ficará só
por Luís Mauro Ferreira Gomes

O general genérico Nelson Jobim pediu a exoneração do General-de-Exército Maynard Marques de Santa Rosa, este verdadeiro, e foi noticiado na televisão que o Comandante do Exército concordou com tal pedido. Preferimos nem imaginar que esse apoio pudesse ser possível.

A exoneração, feita por covardes, como sempre, foi divulgada às vésperas de um feriado, desta vez, o carnaval. Com isso, pretendem minimizar a reação que, sem dúvida, virá.

Aliás, esse governo vive em eterno carnaval de indignidades. Essa é, apenas, mais uma: a destituição de um chefe militar por ter dito a verdade, enquanto o seu algoz, fraudador confesso da Constituição, continua impune.

O Gen. Santa Rosa conta com a nossa mais absoluta solidariedade, pois ele simplesmente disse o que todos os militares e civis que têm vergonha pensam.

Da última vez que Jobim foi contestado e pediu a exoneração de membros do Alto-Comando do Exército, foi obrigado a dizer que o assunto estava superado, e tudo ficou como estava.

Se assim não for desta vez, alguma coisa terá mudado para muito pior.

Vamos esperar que a coragem não abandone os nossos colegas da ativa neste momento crítico e que defendam o General com todas as suas forças, até as últimas conseqüências.

Assim, estarão defendendo-se, também. Se todos se unirem, não acontecerá nada a ninguém. Se não o fizerem, estarão cavando a sepultura onde serão enterrados, muito brevemente, um de cada vez.

Os fracos somente conseguem o desprezo de todos. Daqueles a quem bajulam não terão gratidão. Serão descartados sem piedade quando tiverem perdido a utilidade ou se apresentarem outros mais servis para ocupar os seus lugares. Dos seus pares se esconderão, com vergonha de aparecer em público, quando caírem na realidade do ostracismo, depois de perderem a pompa. É muito triste não ter quem lhes trate das feridas depois da derrota.

Esse grupo de terroristas não se manterá no poder por muito tempo. Quando tiverem perdido ou lhes tenham sido tomadas a caneta e a chave do cofre, encontrão o seu lugar na história entre os traidores e os criminosos, e levarão junto aqueles que os tenham ajudado. E isso acontecerá muito mais cedo do que alguns imaginam.

Para quem tem pouca memória, a Redentora Revolução Democrática 31 de Março virou ditadura militar na boca dos aproveitadores de sempre. Quem poderia imaginar, durante o milagre brasileiro, por enquanto esquecido, que assim seria?

O mesmo acontecerá com a ditadura petista, hoje, aparentemente toda poderosa. Os governos de esquerda e seus líderes estão começando a cair na América Latina, como previu Alexandro Peña Esclusa.

Em Honduras e no Chile já se foram. No Uruguai quase perderam. No Paraguai, vão muito mal. Hugo Chávez enfrenta problemas muito sérios e, ou cairá também, ou se transformará em ditador sem disfarce.

Esta é a razão do desespero de setores do governo que querem acelerar o processo de consolidação da ditadura no País, para não correrem o risco de fracassar outra vez, como aconteceu em todas as tentativas anteriores.

Não podemos perder mais esta oportunidade de nos fortalecermos, para abortarmos, depois, o atentado à nossa democracia que está em curso, patrocinado pelo governo federal.

Fraquejar agora seria muito mais do que um erro. Seria um desastre. Não pode ser esse o lugar reservado para os militares brasileiros na nossa história.

Não temos o direito de macular o nome das nossas Forças dessa forma. Como já dissemos anteriormente, deixar para as gerações futuras aquilo que é nosso dever a ser cumprido agora não seria nunca perdoado.

Não nos esqueçamos jamais que, um dia, juramos "dedicar-nos inteiramente ao serviço da Pátria, cuja Honra, Integridade e Instituições, defenderíamos com o sacrifício da própria vida".

Como nunca antes, a Pátria depende de nós.

Deixemos a prudência excessiva e o medo de lado e cumpramos o nosso juramento. É o que o que o Brasil espera de nós.

"COMME IL FAUT!"


Luís Mauro Ferreira Gomes, é Coronel Aviador da Força Aérea Brasileira.









Publicado no site "Brasil acima de tudo" – (BAT).
Terça-feira, 12 de fevereiro de 2010.




"CURRICULUM VITAE" DO GEN SANTA ROSA































































O PNDH-3 E A IGREJA CATÓLICA: SERÁ APENAS UM "GAP" OU,
FINALMENTE A FICHA ESTÁ COMEÇANDO A CAIR?

















































Direitos humanos: vamos com calma
por Dom Odilo P. Scherer*

Os "direitos humanos" estão sendo motivo de controvérsias, ultimamente, e não é sem razão: algumas questões bem controvertidas estão querendo se fazer passar por "direitos humanos". Embora não seja recente, esse conceito emergiu e se afirmou no século 20; a humanidade tomou consciência sempre mais clara sobre a dignidade humana, sobretudo diante das aberrantes atrocidades cometidas contra pessoas e inteiros povos por regimes totalitários. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em dezembro de 1948, representou um marco histórico na civilização. João Paulo II, no seu discurso às Nações Unidas em outubro de 1979, definiu-a como "pedra miliar no caminho do progresso moral da humanidade".

A Igreja Católica reconheceu no movimento que levou a sociedade a identificar e proclamar os direitos humanos um dos esforços mais relevantes da humanidade para responder, de modo eficaz, às exigências decorrentes da dignidade humana (cf. Dignitatis Humanae 1). A Declaração é um instrumento extraordinário para defender e promover universalmente a dignidade da pessoa. De fato, os direitos não são separáveis da dignidade da pessoa.

Infelizmente, porém, o respeito aos direitos humanos ainda não é um fato geral e consumado; sua violação, mesmo grave, continua sendo constatada diariamente; não é unânime a sua interpretação e, com frequência, o teor ideológico de certos discursos leva a olhar com desconfiança a própria questão dos direitos, com o risco de relegá-los ao descrédito. Hoje há também certa pressão de grupos para fazer valer, como direito humano universal, algo que é subjetivo e posição ideológica de parte. Não é aceitável afirmar os próprios interesses, ou supostos direitos, passando por cima da dignidade e dos direitos fundamentais de outros.

Penso que seja necessário retomar uma reflexão serena e bem fundamentada sobre a questão, para que os direitos humanos não sejam desacreditados; isso abriria o caminho para um retrocesso preocupante da civilização humana, com o risco de fazê-la embrenhar-se novamente na barbárie. Alguns sinais já estão por aí, como o aumento da violência e a indiferença diante dela, o exploração da prostituição como mercado rentável, até com a pretensão de fazê-la reconhecer como profissão, uma entre as tantas, enquanto é pura escravidão degradante; ou as propostas de aborto, eutanásia e eugenia, por vezes envoltas em discursos pseudo-humanitários, como fizeram regimes autoritários do passado, hoje claramente identificados como bárbaros. É por aí que queremos enveredar?

Qual é o fundamento dos direitos humanos? O consenso da sociedade? A posse de riquezas ou de poder? O poder do grupo reinante ou o poder conferido pela posse de riquezas não é base segura nem critério aceitável para a definição de direitos humanos fundamentais; o poder, isso sim, deve estar a serviço do respeito aos legítimos direitos. Certamente, o consenso da sociedade é importante, mas, por si só, não é base segura para definir direitos humanos. Estes, mais que concordados mediante um pacto, devem ser constatados e reconhecidos, como tais, pela sã razão e pelo bom senso, mesmo sem receber a aprovação das maiorias. Muito simples de exemplificar: o direito a existir e a viver não depende da aprovação da maioria; ninguém de nós aceitaria que fosse submetido a uma votação o nosso direito a viver... Da mesma forma, o direito a respirar, a se alimentar, de ir e vir, à liberdade de pensamento e de opinião, de aderir ou não a uma religião. Esses direitos são primários, não são outorgados por outrem, nem pelo conjunto da sociedade; pertencem à pessoa, por ser pessoa; são inalienáveis e precisam ser, apenas, reconhecidos. A competência e o dever de fazê-los reconhecer e respeitar é da autoridade constituída, mas também é tarefa de toda a sociedade.

Já ensinava o papa João XXIII, na encíclica Pacem in Terris, que a fonte última dos direitos humanos não é a vontade dos homens, nem o poder do Estado ou dos poderes públicos, mas a natureza do próprio ser humano e, enfim, Deus, seu Criador. Mais recentemente, Bento XVI, na encíclica Caritas in Veritate, lembrou que o fundamento dos direitos humanos não está apenas nas deliberações de uma assembleia de cidadãos; neste caso, poderiam ser alterados a qualquer momento, dependendo das convicções e da ideologia de quem está com a mão no poder; assim, os direitos careceriam de referência objetiva e universal, ficando diluído e sem eficácia na consciência dos cidadãos o dever de os reconhecer e respeitar.

A raiz dos direitos humanos precisa ser buscada na dignidade fundamental e originária de cada ser humano, membro da família humana; tal dignidade, apreendida antes de tudo pela sã razão, é inerente a cada pessoa, igual para todos. No horizonte do cristianismo, esse fundamento natural dos direitos é destacado ainda mais com a afirmação de fé de que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus e que o Filho de Deus uniu a si a nossa humanidade mediante seu nascimento entre nós; isso deu ao ser humano uma dignidade incomparável; ele também é chamado a viver como familiar e íntimo de Deus. E isso não vale apenas para alguns, mas para todos, mesmo para aqueles que parecem ter perdido ou desmerecido a sua humana dignidade.

Universalidade e indivisibilidade são dois traços distintivos e inseparáveis dos direitos humanos, que também devem corresponder a uma exigência inalienável da dignidade humana. Portanto, direitos humanos não podem ser assimiláveis a bandeiras de luta ou interesses de grupos particulares.


(*) Dom Odilo Pedro Scherer é Cardeal-Arcebispo metropolitano de São Paulo.


Publicado no jornal "O Estado de S. Paulo" – (Editorial Opinião).
Sábado, 13 de fefereiro de 2010.










A VERGONHA É NACIONAL, MAS O (UL)TRAJE É BOLIVIANO.

Foto: Escora o "bebaço" Sarkozy, senão ele despenca. Vale tudo para vender uns "Rafales"! É ou não é?











































ESQUERDA SINISTRA
por Aileda de Mattos Oliveira*

Diz a propaganda turística de Garanhuns que "quem bebe a água desta cidade, a ela retorna". A ser verdadeira a legenda publicitária, o berço do nosso estadista não verá de novo o seu dileto filho, e do Brasil, tendo em vista, há muito, preferir as goladas dos alambicados e dos maltados. Integrar-se-á ao exótico acervo político-folclórico das grandes metrópoles, pois o Agreste, provinciano, será pequeno para conter a jactância do "homem que sabia javanês". Lima Barreto, se vivo fosse, teria um mote de porte para a sua caricatura política.

Do macacão ou da calça jeans ao terno bem-talhado, há uma diferença de visual, mas não de mudança intelectual. De sindicalista à Sua Excelência, substituiu-se o tratamento, mas não o comportamento. Qual a razão da palavra "esquerda" designar uma opção de tipos tão estranhos, tão revoltados com a natureza social, que insistem em impor o avesso das coisas, como norma de conduta? É como quererem pôr no pé direito o sapato esquerdo e vice-versa, sem questionarem o incômodo da troca imbecil e considerarem-na como norma natural.

Não é sem razão que "esquerda" é sinônimo de "sinistra" e na Idade Média era relacionada ao Tinhoso. Nada é gratuito na língua e, numa análise político-ideológica da palavra, há que considerar as novas possibilidades semânticas postas em prática pelo falante e que vão, por repetição, enriquecer o vocabulário de toda a sociedade.

A própria bíblia diz que "Jesus assentará à destra do Pai" o Pai é o Criador do Cosmos, palavra que, em grego, significa "ordem". Compreende-se, então, que só os bons, os puros de espírito, os ordeiros, gozarão de tal privilégio. Estar "à direita" torna-se uma expressão bastante significativa e passa a ser, por analogia, o espaço onde estão congregados os que obedecem às normas e às leis, cumprem os seus deveres, respeitam as tradições, honram a família e os símbolos nacionais, e acreditam que os filhos são o seu maior legado e devem ser educados para a vida. No lado oposto, opostas também são as suas convicções.

Surge então uma terrível contradição. Jesus é tido como um "ativista social", por aqueles que estão à esquerda de Deus, o que viria a afetar todo o raciocínio anterior. Porém, não há contradição há uma inversão de ótica, pois a leitura das ações de Cristo é feita através do espelho vermelho, uso habitual da doutrina sinistra.

Se as ações de Jesus fossem qualificadas de "socialistas", no sentido que hoje se dá ao termo, a história de sua prisão seria diversa da que é sobejamente narrada e conhecida por todos. Se Jesus fosse socialista, para não ser preso, teria denunciado Caifás a Pilatos, como um perigoso intrigante contra Roma teria entregado Judas, como beneficiário da transação que resultou na sua (de Jesus) prisão não teria chicoteado os mercadores no pátio do templo, porque estes seriam os discriminados e oprimidos da sociedade da época. Jesus teria denunciado todos, porque é assim que agem os socialistas de hoje. José Genoíno sabe disso. Portanto, não vinga a idéia do socialismo de Cristo, porque se ele é a luz da vida, não pode estar no mesmo espaço dos sinistros, porque lá é o lado das trevas, o lado niilista, o da desordem, o da amoralidade, o da promiscuidade. Jesus não pode ser e não ser, ao mesmo tempo.

Caifás e Judas, estes sim, torna-se impossível negar que sejam de esquerda, pelo procedimento semelhante ao dos políticos sinistros atuais, que confabulam, na surdina, para pôr em prática a ação nefasta da venda do patrimônio nacional.

Os esquerdistas, em geral, confundem humanismo com socialismo. Apropriam-se dos conceitos filosóficos humanistas e transformam-nos em conceitos ideológicos, fazendo da prestidigitação de idéias a cultura inútil que alimenta a vaidade dos intelectualoides do partido e de seus simpatizantes.

Há pouco tempo, Sua Excelência foi buscar Jesus e Judas e os pôs como exemplos, inconscientemente, de representantes, respectivamente, da direita e da esquerda que seriam levados à coalizão política, naturalmente convencidos por ele, o deus brega do Olimpo, o Baco de Garanhuns, o apedeuta verborrágico, tal é a vaidade que lhe é estimulada pelos gozadores presidentes estrangeiros, que lhe aplicaram o apelido de "estadista", sendo ele homem de baixo partidarismo político e não de Estado.

Assim, o esquerdista sinistro, tinhoso e cínico, na sua asa voadora, vai destroçando com a sua ignorância, com as suas gafes, por onde pousa, todo o trabalho diplomático que os verdadeiros estadistas construíram em favor do Brasil, ao longo de sua história.

Ele não está só, mas auxiliado pela incompetência e má fé dos que tomaram posse do Itamaraty, com projetos de ampliar a influência do PT na política externa brasileira, criando um conselho formado por ONGs, centrais sindicais e movimentos sociais, de caráter oficial e que funciona paralelamente ao Ministério das Relações Exteriores, pois este grupelho de ativistas já está em plena atividade. É esta gente que vai decidir o destino da Amazônia, do Pantanal e de outras regiões que deveriam ser intocadas pelos estrangeiros.

Um partido sinistro governa o Brasil e um rude e tinhoso escoteiro do mal é quem decide a sua sorte.

Nefasta e sinistra doutrina, abominável e sinistro presidente, inúteis e sinistros "cumpaêro", mas todos sôfregos do dinheiro fácil, retirado dos bolsos dos contribuintes altamente lesados.

Depois de usufruir gostosamente do erário público, não será a Garanhuns que o desprezível presidente escolherá para viver considerar-se-á, um homem internacional de múltiplos conhecimentos políticos e, como imitação de FHC, fará "palestras", se exibirá às plateias europeias, que morrerão de rir, com as suas tiradas de improviso, na sua linguagem dialetal, regada à melhor cachacinha da temporada. Sem o poder nas mãos, sem a caneta nervosa que assina de motu proprio, não haverá esquadrilha que faça Sarkozy segurar-lhe o braço, na bajulação nojenta, para que não desabe da tribuna, o desbocado, o etílico, a Vergonha Nacional.


(*) Aileda de Mattos Oliveira é Professora Titular de Língua Portuguesa na Faculdade Gama e Souza - RJ.


Publicado no site "TERNUMA – Grupo Terrorismo Nunca Mais".
Domingo, 14 de fefereiro de 2010.











VALORES INVERTIDOS – José Nivaldo Cordeiro


Vender a alma – João Pereira Coutinho





Friday, October 30, 2009

Lealdade dos Militares: Juramento à Bandeira Nacional!
Lealdade de trânsfugas fardados: Subserviência e colaboracionismo!


































Lealdade e disciplina
por Marcelo Oliveira Lopes Serrano

Em 16 de junho de 1940, em meio à crise político-militar provocada pela avassaladora ofensiva nazista, o Marechal Philippe Petain, um dos grandes heróis franceses da I Guerra Mundial, assumiu o cargo de Primeiro-Ministro da França. No dia seguinte, sabedor de antemão da intenção do Marechal de render-se à Alemanha, o que efetivamente ocorreu em 22 de junho, Charles De Gaulle, recentemente promovido ao posto de general de brigada no campo de batalha, rebelou-se contra o novo governo e evadiu-se para a Inglaterra, de onde passou a conclamar o povo francês à resistência e a organizar as Forças Francesas Livres. Em agosto do mesmo ano, em tribunal militar instaurado pelo Governo de Petain, De Gaulle foi, à revelia, condenado à morte por traição.

Estes fatos históricos, sinteticamente narrados, servem perfeitamente como pano de fundo para o objetivo deste artigo de argumentar sobre o adequado relacionamento funcional entre lealdade e disciplina.

Lealdade e disciplina são valores caros a todos os soldados. Como conceitos, assemelham-se por tratarem ambos de aspectos fundamentais do relacionamento dos militares com a Instituição, mas distinguem-se tanto em escopo como em importância. Caso sejam interpretados de modo a representarem na prática o mesmo valor, um dos dois estará sendo distorcido ou aviltado.

A disciplina é constitucionalmente caracterizada como base das Forças Armadas e está bem especificada no Estatuto dos Militares, lei onde estão estabelecidos os princípios basilares, os valores éticos e os deveres militares de todos os integrantes daquelas Forças. Está também caracterizada em normas regulamentares infra legais, particularmente no Regulamento Disciplinar do Exército (RDE), e é definida como: "a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo".

Vê-se que a disciplina tem uma conotação ampla, que abrange o acatamento aos próprios princípios e valores imateriais estabelecidos pelo Estatuto dos Militares. Entretanto, há uma conotação mais estreita da disciplina e corriqueiramente mais difundida na mente dos militares. Essa conotação é favorecida pelo que está disposto no RDE, que reproduz a definição do Estatuto, mas complementa- a estabelecendo suas quatro manifestações essenciais, que são: obediência pronta às ordens, correção de atitudes, dedicação integral ao serviço e colaboração espontânea para a disciplina coletiva e eficiência das Forças Armadas.

Essa visão mais estreita e funcional da disciplina, expressa por suas manifestações, é corroborada pela relação das transgressões disciplinares. Neste anexo do RDE, as manifestações essenciais da disciplina, por intermédio do viés negativo, estão ampla e detalhadamente caracterizadas em cento e doze itens, ao passo que apenas um deles[1] se refere ao aspecto mais amplo dela e mesmo assim com elevado grau de subjetividade. Percebe-se então que o acatamento dos valores imateriais expressos nas "leis [...] que fundamentam o organismo militar [...} traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever" extrapola as simples manifestações da disciplina, estando vinculado ao exercício amplo e subjetivo dela.

Essa subjetividade não é de se estranhar. Ao contrário da disciplina, não há definição de lealdade tanto no nível legal como no regulamentar. No Estatuto dos Militares, ela é citada apenas uma vez, na forma do dever militar de demonstrar "lealdade em todas as circunstâncias", sem no entanto evidenciar a quê se deve ser leal. No RDE, por sua vez, não há menção a lealdade. Resta-nos a definição sumária do dicionário [2], segundo a qual lealdade significa sinceridade, franqueza, honestidade e fidelidade a compromissos assumidos.

Se não houver claro entendimento do objeto ao qual os militares devem ser leais em todas as circunstâncias, a lealdade tende a tornar-se um conceito vazio ou então a confundir-se com as manifestações essenciais da disciplina, sendo inócua em ambos os casos.

Na falta de parâmetros nítidos para o exercício da lealdade, continua ainda a vigorar preponderantemente na mente dos militares a ideia de lealdade orientada a pessoas – resquício de circunstâncias passadas. No passado, até meados do século XX, por falta de normas bem estabelecidas, a avaliação do mérito e a promoção dos militares estavam sujeitas, em grande parte, a critérios pessoais dos chefes de então. Nesse ambiente, era natural que os oficiais buscassem, desde cedo na carreira, vincular-se a seus chefes por laços de lealdade, o que também interessava àqueles chefes, em função dos interesses políticos que na época se imiscuíam no seio da Força. Esses relacionamentos de apadrinhamento e lealdade, semelhantes aos que vigoram plenamente no meio da política partidária, estão praticamente superados no Exército em função de sua despolitização e dos critérios profissionais e impessoais que foram implantados, principalmente a partir dos anos sessenta do século passado, para regular a avaliação do mérito e as promoções. A persistência da idéia de lealdade orientada a pessoas, além de ser um anacronismo, é desnecessária e inconveniente para os interesses maiores do Exército.

A lealdade a pessoas, ao chefe em particular, para continuar relevante nos dias de hoje, teria necessariamente de representar um valor diferente, ou suplementar, às manifestações essenciais da disciplina, o que não acontece. O que mais deve um subordinado ao seu chefe além de obediência às ordens, correção de atitudes e dedicação integral ao serviço? Nada, por certo. A sinceridade, franqueza e honestidade podem ser interpretadas como expressão da lealdade a pessoas. São atributos individuais importantes para o relacionamento funcional entre militares, mas, sem dúvida, estão circunscritos no âmbito da correção de atitudes e da dedicação integral ao serviço. Afirmar que o subordinado deve ser leal ao seu chefe nada acrescenta à obrigação dele de manifestar disciplina, considerando- se evidentemente que essa lealdade só seja devida na medida em que o chefe agir segundo os ditames da lei e dos valores fundamentais da Força. A idéia de lealdade orientada a pessoas é portanto desnecessária.

A quê então temos o dever de ser leais em todas as circunstâncias? Sem dúvida, aos princípios basilares do Exército, aos valores imateriais que garantem a pureza de seus propósitos, que alimentam o espírito militar e que asseguram que a Força permaneça sempre à altura de sua elevada missão perante a Pátria. A lealdade deve ser a expressão da disciplina em seu nível mais amplo e subjetivo, acima de suas simples manifestações. Essa conotação de lealdade é a mais digna, por vincular-se a princípios imutáveis e não a pessoas, passíveis que são a erros de julgamento e a flutuações de estado de espírito e opiniões. A não manifestação dessa lealdade certamente enfraquecerá o Exército em seus valores anímicos, por consequência, esvaziá-la, por intermédio da continuada prevalência da idéia de lealdade a pessoas, é inconveniente.

Aceitas estas argumentações, é forçoso admitir que lealdade sobrepõe-se à disciplina [3], na medida em que esta deve exercer-se em ambiente de pleno acatamento aos princípios e valores que norteiam, no mais alto grau, o relacionamento dos militares com a Força e com a Pátria. A lealdade a esses princípios e valores, estabelecidos na lei e aceitos por todos os que voluntariamente incorporam-se ao Exército, é sempre pura e moralmente irreprochável. A disciplina ao contrário, se dissociada deles, ainda que inconscientemente, corre o risco de desvirtuar-se, afastando-se de seus nobres objetivos e mantendo-se indiferente ao desencaminhamento que essa dissociação forçosamente acarreta ao Exército como Força Armada, mesmo que continue legitimamente sendo capaz de preservar o ordenamento interno da Força e seu funcionamento rotineiro.

Há peculiaridades no exercício da lealdade que o distinguem fortemente do exercício da disciplina. A disciplina é objetiva. Os padrões de comportamento necessários ao acatamento dela são claros e bem definidos, como já citado anteriormente. Consequentemente, é possível haver, como realmente há, meios de coerção efetivos que são ativados sempre que houver falha disciplinar. A lealdade é subjetiva. Não há definição a respeito dos padrões de atitude que seriam necessários para o acatamento aos princípios e valores fundamentais do Exército. Não há, por exemplo, como definir precisamente e indiscutivelmente o que é ter patriotismo, salvo as exceções evidentes. O próprio conceito é subjetivo. Dois posicionamentos podem ser contrários e, apesar disso, as pessoas que os adotam sentirem-se ambas motivadas por patriotismo. Será que Chamberlain, o Primeiro-Ministro inglês que tentou uma acomodação com Hitler, era menos patriota do que Churchill, partidário da inevitabilidade do confronto? A única afirmação segura que se pode fazer é que a posição de Churchill revelou-se a mais correta.

A lealdade é o compromisso inarredável com os princípios e valores tão recorrentemente citados neste artigo, mas o sentimento do que é ser leal é uma questão de foro íntimo. A necessidade de exercer a lealdade por meio de atitudes efetivas será sempre função da inconformidade entre a situação vigente e a convicção íntima daqueles princípios e valores basilares. O exercício efetivo da lealdade será portanto sempre uma forma de luta, em seus variáveis graus de intensidade. Como toda luta, envolve riscos, pois pode vir a chocar-se com o poder coercitivo do status quo, e não tem o resultado garantido. Apesar disso, é um dever – um dever legal e, acima de tudo, um dever moral. Cumpri-lo, parafraseando São Paulo, é combater o bom combate.

Ser leal nesses termos não é fácil nem indolor, ao contrário, é uma dura obrigação que requer convicções firmes, devotamento e coragem. Almas tímidas, interesseiras ou vazias de conteúdo podem ser leais a seus chefes, visto ser este tipo de lealdade atualmente um exercício inofensivo, mas são incapazes de cumprirem o dever militar de lealdade nos termos aqui expostos.

A lealdade é um aguilhão que não nos deixa esquecer que existimos para servir ao Exército e à Pátria, sem jamais nos deixarmos seduzir pela tentação de deles servir-se, ao que estaremos fatalmente sujeitos se, em qualquer nível, cedermos a interesses menores, sejam corporativos ou individuais. Servir significa zelar pelo futuro do Exército como Força Terrestre, pois só assim estaremos demonstrando "vontade inabalável de cumprir o dever militar" [4] e manifestando "fé na missão elevada das Forças Armadas" [5], e não apenas administrar a rotina do presente e cultuar os êxitos do passado.

A essa altura da argumentação, pode-se questionar: por que não ser leal a valores e também a pessoas? A pergunta é lícita e a reposta é fácil. Porque não se pode servir a dois senhores. Se a lealdade, como sentimento de compromisso, for dirigida a objetos diferentes, quando houver inconformidade entre estes, ter-se-á de optar fatalmente pela lealdade a um deles, resultando em deslealdade para com o outro. Castello Branco não poderia ter sido leal simultaneamente aos princípios democráticos da sociedade brasileira e à defesa da disciplina nas Forças Armadas, que o levaram a decidir-se pelo desencadeamento da Revolução de 1964, mantendo ao mesmo tempo seus compromissos com o Ministro da Guerra, seu chefe imediato, e com o Presidente da República, seu comandante supremo e agente capital do atentado àqueles valores.

Para finalizar, voltando-se ao exemplo histórico que abriu este artigo, é indiscutível a admissão de que a atitude de De Gaulle foi indisciplinada, já que ele não obedeceu às ordens de seus chefes, e, do ponto de vista do governo legitimamente instalado, criminosa. No entanto, foi o seu sentimento de lealdade e sua coragem que possibilitaram à França preservar sua dignidade nacional e emergir do conflito entre os vencedores. Quanto ao velho Marechal, herói do passado, restou uma indelével mancha em sua biografia.

[ * ]

[1] – Item 9 do anexo I do RDE:

Deixar de cumprir prescrições expressamente estabelecidas no Estatuto dos Militares ou em outras leis e regulamentos, desde que não haja tipificação como crime ou contravenção penal, cuja violação afete os preceitos da hierarquia e disciplina, a ética militar, a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro da classe;

[2] – Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa:
     – Lealdade - Qualidade, ação ou procedimento de quem é leal.
     – Leal - do latin legale, cuja raiz é lex, ou seja, lei. Sincero, franco e honesto. Fiel aos seus compromissos.

[3] – Entendida como sua conotação mais estreita, vinculada às suas manifestações, nas quais está inserida a ideia de
       lealdade a pessoas.

[4] – Art 27 do Estatuto dos Militares:

São manifestações essenciais do valor militar:
I    – o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever militar e pelo solene juramento de fidelidade
        à Pátria até com o sacrifício da própria vida;
II   – o civismo e o culto das tradições históricas;
III  – a fé na missão elevada das Forças Armadas;
IV  – o espírito de corpo, orgulho do militar pela organização onde serve;
V   – o amor à profissão das armas e o entusiasmo com que é exercida; e
VI  – o aprimoramento técnico-profissional.

[5] – Idem


Marcelo Oliveira Lopes Serrano é Coronel do Exército Brasileiro.








Publicado no site "Brasil acima de tudo" (BAT).
Quarta-feira, 28 de Outubro de 2009.




COMPROMETIMENTO



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CaLUguLA*: O tiranete demente.





Monday, August 31, 2009

O COLABORACIONISTA!

Foto: Gen Enzo Martins Pétain.









































O enterro das Forças Armadas
por Geraldo Almendra

Com o projeto do Ministro da Defesa dica fácil entender que o único potencial elo de resistência à transformação do Brasil em um Estado de Direito Comunista – nossas Forças Armadas – acaba de ter aberta sua cova para serem enterradas nas suas funções de defesa de nossa pátria após as eleições de 2010, que manterá a oligarquia dos canalhas do petismo ocupando o poder público mais imoral de nossa história, pois estão entre as lâminas da tesoura do covil de bandidos.

Enquanto isso o STF livra um aliado do presidente de ser preso por crimes evidentes e documentados, outro traidor do país recebe uma indenização milionária paga pelos idiotas e imbecis dos contribuintes, e o Poder Legislativo se declara, pelos seus atos, um poder marginal, um poder prostituto e definitivo.

E assim vai a sociedade brasileira dia após dia documentando para a história sua absoluta covardia, subornada ou aceitando em silêncio que o petismo transforme o futuro de seus filhos e de suas famílias na direção de todos serem escravos da corrupção, do corporativismo sórdido, da prevaricação e do crime organizado que toma conta do poder público.

O petismo está na fase final da realização de suas promessas após a entrega, pelos militares, do poder aos civis: continua aliciando peças chaves do escalão militar e vem colocando os oficiais militares de joelhos; ordena que todos arriem suas calças no que é prontamente atendido; e agora termina o serviço sujo com o projeto do Ministro da Defesa que transformará as Forças Armadas em Forças Comunistas servis ao petismo e reféns do poder público mais corrupto de nossa história.

Os herdeiros políticos dos mesmos civis que afundaram o país na lama da degradação moral estarão com total domínio sobre a estrutura militar do país transformando-a em milícia partidária para defender o projeto de poder perpétuo do Retirante Pinóquio. O exército do povo do comunismo petista está se formalizando.

"Ainda há tempo! Não têm munição? Usem baionetas! Não mais têm gume? Usem os punhos! Manietados? Ataquem com os dentes! Porra! Se é preciso morrer, morram de pé, como Homens! Não como bundas-moles, covardes, abaixando as calcinhas e perguntando docemente se querem que mexam..."

O texto acima reflete a revolta de quem ainda tem a esperança de viver em um país de gente honrada e patriota. Esperança que aos poucos vai se esvaindo ao testemunhar uma caserna acovardada aceitando sua desonra pacificamente.

Depois das Forças Armadas, do Poder Judiciário, do Poder Legislativo está chegando a vez do Ministério Público que está na mira do presidente com a cumplicidade do STF: o projeto é limitar seus poderes investigatórios e deixar os acima das leis - os cidadãos não comuns - protegidos pelo covil de bandidos, e punir exemplarmente os inimigos do desgoverno petista.

Lentamente todos os focos de resistência à transformação do país em uma República de Bandidos estão sendo minados.

Os canalhas da revolução cubano-petista estão na fronteira da vitória definitiva: depois de decretarem o enterro da consciência crítica de mais de 100 milhões de cidadãos que foram vitimados pela intencional falência da educação e da cultura no país após o regime militar, e subornar os formadores de opinião, estão a um passo de transformarem o país no produto da maior fraude política de nossa história – a abertura democrática: uma sociedade do nada e comandada por canalhas protegidos pela impunidade e liderados pelo mais desprezível político calhorda de nossa história. Nunca na história deste país...

O caseiro Francenildo, que foi tratado pelo STF como um "cidadão comum" enquanto os processos contra o presidente do Senado são arquivados, sem que esse ato criminoso que formaliza o Poder Legislativo como um covil de bandidos, tenha merecido qualquer comentário dos togados que servem ao projeto de poder perpétuo do Retirante Pinóquio.

Parabéns calças-arriadas das casernas adormecidas pelo medo do petismo e que esqueceram seu dever de proteger o país das mãos do comunismo genocida!

Parabéns acadêmicos amantes das sinecuras do poder público!

Parabéns caras-pintadas das cores dos canalhas!

Parabéns estudantes universitários transformados em agentes do comunismo petista!

Parabéns comunidade de artistas e apresentadores omissos e sem pátria!

Parabéns jornalismo marrom!

Parabéns Rede Globo, a parceira dos poderes instituídos que aceita bancar suas necessidades empresariais!

Parabéns empresários sonegadores e corruptos!

Parabéns burguesia calhorda e apátrida!

Parabéns elites dominantes das oligarquias apodrecidas!

Parabéns servidores públicos que aceitaram serem nivelados no nível da degradação moral das "gangues dos quarenta!"

Parabéns patifes esclarecidos, os golpistas da "abertura democrática".

A sociedade cubana de seus sonhos está quase formada! Lá foram mais de 120 mil assassinatos "políticos". – Quantos serão aqui?

Agora entendemos porque as Forças Armadas são tão admiradas pela sociedade dominada pela canalha comunista: a maioria de seus oficiais não está fazendo nada para salvar o país das mãos do covil de bandidos: está tudo liberado...

"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto". (Ruy Barbosa)

O QUE RESTOU DE NOSSAS FORÇAS ARMADAS? – COVARDIA E DESONRA.


Geraldo Almendra é Economista, Consultor e Professor de Matemática.
E-mail: glaf@superig.com.br








Publicado no site "Brasil acima de tudo" – (BAT).
Segunda-feira, 31 de agosto de 2009.




Da série "RETRATOS DE UM PAÍS MEDÍOCRE": Professora ou ...?


Aprendemos de cabeça para baixo – Arnaldo Jabor





Wednesday, July 15, 2009

UMA NO CRAVO E OUTRA NA FERRADURA!
Ou: EB, "o mesmo de antes, apenas se adaptando a novas realidades" – Gen Araújo (realidades "bolivarianas"?)

Foto: O original exército "bolivariano", à frente seus comandantes "retilíneos" e atrás seus soldados em
uma formação "impecável". Acalmardes! O nosso EB já está se "adaptando" para atingir tal "excelência".






























Braço forte e mão amiga???
por Márcio Del Cístia

"Se considerarmos, como eu faço, que a vida, a liberdade e a busca da felicidade são valores absolutos, eternos e imutáveis e que 'os governos são instituídos para preservá-los', então, sempre que 'um governo tenta destruir esta finalidade, é um direito do povo alterá-lo ou aboli-lo para instituir um novo governo que seja fundado naqueles princípios'."
Heitor De Paola

Os representantes do Foro de São Paulo aboletados no planalto não se movimentaram para detonar o item constitucional que limita o número de mandatos presidenciais... AINDA! Mas, desde 1994, iniciando com FHC e turbinando-se com a dominância suíno-petista vêm seguida, repetida e descaradamente estuprando nossa Carta Magna.

Aparelharam todo o estamento estatal, corromperam os Três Poderes, e sua maciça hegemonia em todos os campos de influência irá fatalmente permitir-lhes o mandato eterno... Se não forem impedidos pela força.

Entendo que o silêncio das Forças Armadas - única instância capacitada à reação - ante os recorrentes atentados às leis e ao vero espírito de nossa já cambaleante democracia, é um crime de omissão aos seus deveres constitucionais e enquanto tal, também de manifesta e ominosa cumplicidade na atual construção de estado comuno-totalitário e de traição ao povo que jurou defender.

Alega-se que para repetir o contra-golpe de 1964 seria imperioso - sine qua non!!! - que o povo em peso, manifestasse este desejo, em claro apoio à reparadora ação militar.

Considerando o fato conhecido - inclusive e especialmente pelos atuais comandantes - que os governos militares permitiram que os comunistas ocupassem e usassem as mídias e escolas e, hoje, praticamente todos os meios de esclarecimento e divulgação, a um ponto tal que reduziram nossa gente a uma massa de alienados zumbis - sem consciência, sem conhecimento e sem voz - o argumento acima é singularmente hipócrita.

Há décadas nossa gente vem sofrendo uma guerra surda, sub-reptícia, visando sua destruição intelectual e moral, com crescente e manifesto êxito.

E isto acontece com pleno e cabal conhecimento dos Altos Comandos das FFAA.

Ao longo deste tempo permitiram, aceitaram passiva e vergonhosamente a solerte agressão ao espírito do povo brasileiro, tanto quanto a humilhante castração de seu campo de influência e de sua capacidade operacional.

O livre desenvolvimento dos planos de domínio comuno-petistas apontam fatalmente para a completa submissão de nossos soldados, a serem eventualmente usados como instrumentos de tirania sobre esta mesma gente brasileira que juraram defender à custa de suas vidas, se necessário.

Nossa derradeira esperança é que Honduras lhes sirva de exemplo e estímulo - se ainda têm "huevos" e vergonha nas caras.

Não conseguiria exprimir a imensidão da tristeza que é assistir afundar no lodo da infâmia e da desonra aquele Exército, que com tanto orgulho, confiança e carinho, víamos como o "braço forte e mão amiga".

Senhor meu Deus!!!

Enviado por Márcio Del Cístia.
Terça-feira, 14 de julho de 2009, 11h59.




Foto: General Emílio Garrastazu Médici e o Ministro dos Transportes Mario David Andreazza, na
inauguração da Ponte Rio-Niterói em 04 de março de 1974, há época, a segunda maior ponte do mundo.






























MILITARES NO PODER, NUNCA MAIS!
por Anselmo Cordeiro

Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças.

Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista. Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora, sem contar a mania de abrir novas estradas de norte a sul e de leste a oeste, o que deixou os motoristas atarantados e perdidos, sem saber qual caminho tomar para chegar ao destino.

Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que vinham do sul, passando pelo Rio, em direção às cidades litorâneas do sudeste acima do Rio e nordeste, contornando a baía num percurso de mais de 100 km. Encurtaram o tempo de viagem entre Rio e Niterói, é verdade, mas acabaram com aquela gostosa espera pela barcaça que levava meia dúzia de carros de um lado a outro da baía.

Foto: Ponte Presidente Costa e Silva (Ponte Rio-Niterói)





























Criaram esse maldito Proálcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia. E, para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobras, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); mas nem isso adiantou nada, porque, com o álcool mais barato que a gasolina, permaneceu o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do inventado combustível.

Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.

Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego em milhares de obras, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado".

Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo, o que veio a ser outra desgraça, porque, além de atrair mais inveja, infernizou a vida dos que moravam perto dos estaleiros, com aquela barulheira da construção desenfreada.

Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos. Ora! Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.

Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos. Por causa disso, o Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.

Foto: Usina Hidrelétrica de Itaipu




























Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para o início das obras e, com elas, atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.

Inconseqüentes, injustos e perversos, esses militares baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bate-papos, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país.

Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque esses, que os milicos, em flagrante exagero, chamavam de terroristas, soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.

Os militares são muito estressados. Fizeram tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, seqüestros de diplomatas... ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.

Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.

Para piorar a coisa, se tudo isso ainda é pouco, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder dos empregados contra os seus patrões.

Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.

Outras desgraças criadas pelos militares:

Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos de um Oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que, por falta do que fazer, inventou o sistema PAL-M.

Criaram ainda a EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM e mais um penca de instituições, cujo amontoado de siglas nos levou a confundir nomes.

Todo esse estrago e muito mais, os militares fizeram em 22 anos de governo. Com isso, ganharam o quê? Inexplicavelmente nada. Todos os Generais-Presidentes foram para casa, levando apenas o soldo do posto. Se tivessem ficado ricos, um pouquinho que fosse, ainda dava para entender essa quantidade absurda de obras. O último deles, um tal Figueiredo, que sofria de um mal na coluna, teve que se valer de amigos para pagar tratamento com especialista. Ora! Então essa zoeira toda de obras foi só para complicar a vida simples das pessoas.

Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguintes, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram.

Graças a Deus! Ainda bem que os militares não continuaram no poder!!

Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos:

"Militar no poder, nunca mais!!!".


Anselmo Cordeiro é o seu nome de batismo. Net 7 Mares é o pseudônimo registrado que usa na assinatura de seus poemas, ou quando trata de assuntos da poesia. Carioca, nascido no bairro da Gávea; militar da Marinha de Guerra, poeta e escritor, com formação em Letras/Inglês na UFMS e UECE. Anselmo também é o editor do blog "Net 7 mares".






Publicado no blog "Net 7 Mares".




Os meninos-lobo – Claudio de Moura Castro




 
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