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Wednesday, February 24, 2010

"E LA NAVE VA"

*Post reatualizado em 24/02/2010 (click na data para ver)










































ICEBERG À VISTA
por Maria Lucia Victor Barbosa

Apesar de se dizer que o Programa de Governo apresentado pelo PT para a candidata Dilma Rousseff nada tem de radical, que não passa de um amontoado de inocentes diretrizes, bem que poderia ter recebido como título: "Rousseff, o Socialismo do Século 19".

Um dos influentes artífices do Programa foi o chanceler de fato Marco Aurélio Garcia, mentor de nossa desastrada política externa que não fracassa apenas em suas tentativas de obter cargos em organismos internacionais, mas que faz feio quando apóia países que afrontam direitos humanos; se intromete onde não deve como no caso de Honduras que resultou em tremendo fiasco para o Brasil; defende eleições fraudadas de tiranetes tipo Chávez ou déspotas como MahmoudAhmadinejad o qual, inclusive, recebe total aceitação brasileira no tocante aos seus intentos de explodir o mundo, a começar por Israel.

Imagine-se, então, se Rousseff se sair vitoriosa o que fará Garcia para dar seguimento à obsessão do PT de mudar a geopolítica do planeta. Para tanto, segue-se eliminando a companhia dos melhores e se juntando aos piores. Exemplo do que se fala é o nascimento, na cúpula da Calc (Cúpula da Unidade da América Latina de do Caribe) que está sendo realizada em Cancún, no México, da OEA do B, que exclui Estados Unidos e Canadá. A idéia, não há dúvida, é mais umaconsequência da antiga dor de cotovelo latino-americana em relação aos vizinhos desenvolvidos, especialmente, aos Estados Unidos.

Sob as ordens de Lula da Silva o Programa do Governo Rousseff sofreu algumas modificações de cunho semântico para não ficar muito assustador para as "zelites". Porém, mesmo tendo se alterado algumas palavras manteve conteúdo totalitário. Além de estatizante, o que foi corroborado pela candidata em discurso, as diretrizes aprovadas contemplam, entre outras coisas: "compromisso com a jornada de 40 horas"; "combate ao monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento e reativação do Conselho Nacional de Comunicação Social"; "atualização dos índices de produtividade das propriedades rurais passíveis de desapropriação, ampliação de restrição de compras de terras por estrangeiros, revogação da MP anti-invasão editada por FHC"; "tributação sobre grandes fortunas"; "apoio incondicional ao Programa de Direitos Humanos".

Traduzindo: duro golpe na classe empresarial, sobretudo, nos pequenos e médios empresários; censura férrea dos meios de comunicação, o que deve atingir a Internet; golpe mortal no agronegócio, o grande sustentáculo de nossa balança comercial, com previsível expropriação de terras para serem doadas aos sem-terra; punição para a riqueza dos "outros", é claro.

Quanto ao Plano de Direitos Humanos, coroa e enfeixa o Programa Rousseff. Naquele calhamaço não se poupou afrontas às instituições que antes eram os pilares mais importantes da sociedade: Igreja, Forças Armadas, Mídia, Justiça, além do bombardeio ao direito de propriedade.

Impressiona que estas instituições têm aceitado ao longo de quase oito anos, com complacência bovina, tudo o que Lula disse e fez junto com seu governo. A propaganda, o culto da personalidade e, sobretudo, nossa cultura permissiva fez pobres e ricos acharem natural impostos escorchantes, corrupção deslavada, Planos fracassados, falta de infra-estrutura, Saúde em condições de descalabro, Educação no fundo do poço em termos de qualidade, deturpação de dados econômicos.

Impressionante mais ainda no momento a falta de reação das instituições que serão frontalmente atingidas se Rousseff, conseguir chegar à presidência, deixando-se, então, levar por seus influentes mestres, entre eles, Marco Aurélio Garcia ou apoiadores externos entusiastas como Hugo Chávez que já se colocou à disposição da candidata do companheiro Lula.

Esperto, Lula da Silva minimiza o Programa de Governo da afilhada, enquanto análises tranquilizantes ecoam pela imprensa referindo-se ao pragmatismo petista que tomou gosto pelo capitalismo e não quer ver escoar pelo ralo a estabilidade econômica adquirida no governo de FHC. Também o fisiologismo do PMDB, que fará o vice na chapa Rousseff, acena com alguma possível brecada no radicalismo petista, mas apenas naquilo que possa atrapalhar interesses peemedebistas.

Entretanto, alguns sinais inquietantes, como a volta da inflação e a deterioração das contas públicas deveriam deixar as instituições pelo menos mais atentas. De modo algum parece que isso está acontecendo. Ao radicalizar e afrontar à vontade o PT parece sinalizar a certeza de sua continuidade. E é como se dissesse: "se tudo correu facilmente durante quase oito anos, sem oposições partidárias ou institucionais, agora faremos o que quisermos e seremos de novo aceitos, como se dizia antigamente, "na lei ou na marra",

De tudo isso se conclui que no momento somos como os alegres passageiros do Titanic um pouco antes do navio bater no iceberg. Haverá tempo e meios de escapar do naufrágio? As urnas dirão.


Maria Lucia Victor Barbosa é formada em sociologia e administração pública e tem especialização em ciência política pela Universidade de Brasília. Nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais. Começou a escrever em jornais aos 18 anos. Tem artigos publicados no Jornal da Tarde, O Globo, Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Gazeta do Povo, O Estado do Paraná e Valor Econômico, entre outros. É autora de cinco livros, incluindo "O Voto da Pobreza e a Pobreza do Voto – A Ética da Malandragem" e "América Latina – Em busca do Paraíso Perdido". Maria Lucia, também é editora do blog "Maria Lucia Victor Barbosa Seleção de Artigos Publicados". E-mail: mlucia@sercomtel.com.br




Enviado por Maria Lucia Victor Barbosa.
Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010, 18h30.




Brasil: Um país de "eunucos", dirigidos por Pederastas e Travecas!





O ADMIRÁVEL NOVO MUNDO
por Valmir Fonseca Azevedo Pereira

No passado, a TERRORISTA Estela e "abnegados" malfeitores, agrupados em centenas de organizações terroristas e subversivas decidiram que o COMUNISMO era o melhor para esta inculta terra, e intentaram a tomada do poder. Para isso, aterrorizaram, assaltaram e mataram impunes.

Decorridos mais de 40 anos, ela e seus "cumpanheiros" concluíram que éramos um bando de amebas dominadas. Contudo, aleluia, graças à firme e forte mão do petismo- sindical, aos poucos se desfaz a treva que cobria a sociedade brasileira.

A ignara turba vagava perdida a "deus dará", até que um dia, a metamorfose ambulante, como um tosco messias, abriu com uma cajadada milagrosa a nossa entorpecida mente e, além da razão, nos brindou com a angelical e simpática Dilma, a PROMETIDA. E a TERRORISTA, ungida pelo SENHOR, nos promete um mundo novo, a "Grande Transformação", disse, chutando a humildade.

De acordo com os nossos "libertadores", vivíamos na mais tenebrosa ignorância. E o pior, sem liberdade. Nossa sociedade, segundo os seus cânones era "sem eira nem beira" (não afundava porque M... bóia). Não podíamos ir quanto mais vir. No novo mundo, ao contrário do passado, haverá liberdade de expressão (de medo, de nojo, de raiva, de tristeza?).

Mourejávamos numa falsa democracia, mas graças à firme condução dos nossos mentores, conheceremos uma nova, muito melhor, e com ela um mundo cor-de-rosa. O moralismo tacanho será banido.

Será a extinção de combalidas heranças. Adeus à antiquada propriedade privada, adeus dicotomias sociais, adeus candeeiro, adeus pobreza, adeus ímpios símbolos religiosos, adeus fetos, adeus passado criminoso da ditadura militar, adeus carcomida imprensa, adeus espoliação de índios e negros, adeus morosas ações judiciais, alvíssaras às comunidades que farão o seu papel e alvíssaras ao PNDH-3 etc.

Homossexuais e lésbicas andarão aos beijos e abraços em plena luz do dia, sem o menor temor, pois antes amavam-se e procriavam às escondidas. A parada gay, um dos mais populares eventos da nova democratura, contará, para a glória de seus assumidos, com bandas militares, e seus trêfegos grupelhos serão entremeados por garbosos soldados, sublinhando o salutar conúbio entre eles e os alegres praticantes do 2º, 3º e do 4º sexo. Mais uma máscula vitória contra o preconceito.

A SACROSSANTA confessa que "amadureci, amadurecemos", na experiência e no estudo (aprendeu a enriquecer o seu currículo). Ficamos mais abertos, mais permissivos, com menos valores, com menos moral, defeitos que embotam o espírito do cidadão obediente ao Estado. Entretanto, muito mais canalhas.

Ricos e pobres, proprietários e sem-terras saltitarão de mãos dadas. Por decreto, todos são iguais perante o governo, ou quase, os ricos menos iguais, sendo altíssimo demérito possuir bens, sejam moveis ou imóveis. Uma sociedade como a preconizada pela SANTA deve repartir riquezas e terras, com parcimônia, entre os seus acólitos.

Finalmente, a sonhada distribuição de renda. No Diário Oficial, cada família com renda mensal superior a três mil reais, receberá como encargo doar 1/3 para uma família necessitada. No DO constarão os dados e endereço dos beneficiados. A fiscalização será rigorosa.

Os índios ocuparão seu espaço na sociedade. Não sabemos se inclusos na sociedade moderna ou internados nas selvas onde vivenciarão toda a sua saudosa vida natural, e sobreviverão no período da pedra lascada, como os seus ancestrais. Não importa, a segunda será a glória almejada por embevecidos antropólogos e indigenistas, saber que eles perambularão de tanga e ignorantes, por suas imensas áreas indígenas e reservas florestais.

"Enterraremos a injustiça social". Os brancos, em represália às décadas de desmandos contra os negros e outras minorias, receberão ínfimas cotas, nas escolas, nas faculdades, nos empregos públicos, uma vez que é chegada à hora do acerto, um dever de justiça a ser imposto à risca pelo novo desgoverno. Os olhos azuis, conforme ELE, "são os culpados", por isso suas cotas serão bem menores.

Aos quilombolas, influente grupo social que vive com um pé no século XXII, caberá pelo menos a metade do território nacional, pelo muito que fizeram e têm feito pela Nação. É mais uma velha dívida resgatada.

"Privilegiaremos o nordeste...", com prejuízo do sul e do sudeste, que sempre viveram no "bem bom". Assim, aqueles quistos de progresso da opressiva democracia de antanho irão se arrepender de terem progredido mais do que as demais regiões.

No campo externo, seguiremos a política soberana de apoiar os regimes ditatoriais, desde que perturbem a paciência de nossos figadais inimigos, os EUA. Aprendemos, ainda, que outras nações alienígenas estavam de olho na nossa "boutique", doravante, não. Estaremos de olhos abertos.

Por derradeiro, a sua mensagem final, "não pergunte o que você poderá fazer pelo Estado, mas o que o Estado poderá fazer COM você".

A "UNGIDA" enunciou outros programas e projetos para a "Grande Transformação" (você em pó de M...), em todos, você é parte primordial, ela precisa da sua conivência, para isso, e muito mais.

Bom proveito, camaradas ou "cumpanheiros", como queiram.


Valmir Fonseca Azevedo Pereira é General-de-Brigada do Exército Brasileiro.









Publicado no site "TERNUMA – Terrorismo Nunca Mais" (Regional Brasília).
Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010.






UM MORTAL SILÊNCIO – Gen Valmir Fonseca Azevedo


A doença brasileira – André Frantz





Friday, February 12, 2010

"Os homens de carácter firme são as colunas mestras da sociedade a que pertencem"

*Atualizações deste post em 13/02/2010 e 14/02/2010 (click nas datas para ver)

Foto: General-de-Exército Maynard Marques de Santa Rosa – (v. "Curriculum Vitae")













































O General Santa Rosa não ficará só
por Luís Mauro Ferreira Gomes

O general genérico Nelson Jobim pediu a exoneração do General-de-Exército Maynard Marques de Santa Rosa, este verdadeiro, e foi noticiado na televisão que o Comandante do Exército concordou com tal pedido. Preferimos nem imaginar que esse apoio pudesse ser possível.

A exoneração, feita por covardes, como sempre, foi divulgada às vésperas de um feriado, desta vez, o carnaval. Com isso, pretendem minimizar a reação que, sem dúvida, virá.

Aliás, esse governo vive em eterno carnaval de indignidades. Essa é, apenas, mais uma: a destituição de um chefe militar por ter dito a verdade, enquanto o seu algoz, fraudador confesso da Constituição, continua impune.

O Gen. Santa Rosa conta com a nossa mais absoluta solidariedade, pois ele simplesmente disse o que todos os militares e civis que têm vergonha pensam.

Da última vez que Jobim foi contestado e pediu a exoneração de membros do Alto-Comando do Exército, foi obrigado a dizer que o assunto estava superado, e tudo ficou como estava.

Se assim não for desta vez, alguma coisa terá mudado para muito pior.

Vamos esperar que a coragem não abandone os nossos colegas da ativa neste momento crítico e que defendam o General com todas as suas forças, até as últimas conseqüências.

Assim, estarão defendendo-se, também. Se todos se unirem, não acontecerá nada a ninguém. Se não o fizerem, estarão cavando a sepultura onde serão enterrados, muito brevemente, um de cada vez.

Os fracos somente conseguem o desprezo de todos. Daqueles a quem bajulam não terão gratidão. Serão descartados sem piedade quando tiverem perdido a utilidade ou se apresentarem outros mais servis para ocupar os seus lugares. Dos seus pares se esconderão, com vergonha de aparecer em público, quando caírem na realidade do ostracismo, depois de perderem a pompa. É muito triste não ter quem lhes trate das feridas depois da derrota.

Esse grupo de terroristas não se manterá no poder por muito tempo. Quando tiverem perdido ou lhes tenham sido tomadas a caneta e a chave do cofre, encontrão o seu lugar na história entre os traidores e os criminosos, e levarão junto aqueles que os tenham ajudado. E isso acontecerá muito mais cedo do que alguns imaginam.

Para quem tem pouca memória, a Redentora Revolução Democrática 31 de Março virou ditadura militar na boca dos aproveitadores de sempre. Quem poderia imaginar, durante o milagre brasileiro, por enquanto esquecido, que assim seria?

O mesmo acontecerá com a ditadura petista, hoje, aparentemente toda poderosa. Os governos de esquerda e seus líderes estão começando a cair na América Latina, como previu Alexandro Peña Esclusa.

Em Honduras e no Chile já se foram. No Uruguai quase perderam. No Paraguai, vão muito mal. Hugo Chávez enfrenta problemas muito sérios e, ou cairá também, ou se transformará em ditador sem disfarce.

Esta é a razão do desespero de setores do governo que querem acelerar o processo de consolidação da ditadura no País, para não correrem o risco de fracassar outra vez, como aconteceu em todas as tentativas anteriores.

Não podemos perder mais esta oportunidade de nos fortalecermos, para abortarmos, depois, o atentado à nossa democracia que está em curso, patrocinado pelo governo federal.

Fraquejar agora seria muito mais do que um erro. Seria um desastre. Não pode ser esse o lugar reservado para os militares brasileiros na nossa história.

Não temos o direito de macular o nome das nossas Forças dessa forma. Como já dissemos anteriormente, deixar para as gerações futuras aquilo que é nosso dever a ser cumprido agora não seria nunca perdoado.

Não nos esqueçamos jamais que, um dia, juramos "dedicar-nos inteiramente ao serviço da Pátria, cuja Honra, Integridade e Instituições, defenderíamos com o sacrifício da própria vida".

Como nunca antes, a Pátria depende de nós.

Deixemos a prudência excessiva e o medo de lado e cumpramos o nosso juramento. É o que o que o Brasil espera de nós.

"COMME IL FAUT!"


Luís Mauro Ferreira Gomes, é Coronel Aviador da Força Aérea Brasileira.









Publicado no site "Brasil acima de tudo" – (BAT).
Terça-feira, 12 de fevereiro de 2010.




"CURRICULUM VITAE" DO GEN SANTA ROSA































































O PNDH-3 E A IGREJA CATÓLICA: SERÁ APENAS UM "GAP" OU,
FINALMENTE A FICHA ESTÁ COMEÇANDO A CAIR?

















































Direitos humanos: vamos com calma
por Dom Odilo P. Scherer*

Os "direitos humanos" estão sendo motivo de controvérsias, ultimamente, e não é sem razão: algumas questões bem controvertidas estão querendo se fazer passar por "direitos humanos". Embora não seja recente, esse conceito emergiu e se afirmou no século 20; a humanidade tomou consciência sempre mais clara sobre a dignidade humana, sobretudo diante das aberrantes atrocidades cometidas contra pessoas e inteiros povos por regimes totalitários. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em dezembro de 1948, representou um marco histórico na civilização. João Paulo II, no seu discurso às Nações Unidas em outubro de 1979, definiu-a como "pedra miliar no caminho do progresso moral da humanidade".

A Igreja Católica reconheceu no movimento que levou a sociedade a identificar e proclamar os direitos humanos um dos esforços mais relevantes da humanidade para responder, de modo eficaz, às exigências decorrentes da dignidade humana (cf. Dignitatis Humanae 1). A Declaração é um instrumento extraordinário para defender e promover universalmente a dignidade da pessoa. De fato, os direitos não são separáveis da dignidade da pessoa.

Infelizmente, porém, o respeito aos direitos humanos ainda não é um fato geral e consumado; sua violação, mesmo grave, continua sendo constatada diariamente; não é unânime a sua interpretação e, com frequência, o teor ideológico de certos discursos leva a olhar com desconfiança a própria questão dos direitos, com o risco de relegá-los ao descrédito. Hoje há também certa pressão de grupos para fazer valer, como direito humano universal, algo que é subjetivo e posição ideológica de parte. Não é aceitável afirmar os próprios interesses, ou supostos direitos, passando por cima da dignidade e dos direitos fundamentais de outros.

Penso que seja necessário retomar uma reflexão serena e bem fundamentada sobre a questão, para que os direitos humanos não sejam desacreditados; isso abriria o caminho para um retrocesso preocupante da civilização humana, com o risco de fazê-la embrenhar-se novamente na barbárie. Alguns sinais já estão por aí, como o aumento da violência e a indiferença diante dela, o exploração da prostituição como mercado rentável, até com a pretensão de fazê-la reconhecer como profissão, uma entre as tantas, enquanto é pura escravidão degradante; ou as propostas de aborto, eutanásia e eugenia, por vezes envoltas em discursos pseudo-humanitários, como fizeram regimes autoritários do passado, hoje claramente identificados como bárbaros. É por aí que queremos enveredar?

Qual é o fundamento dos direitos humanos? O consenso da sociedade? A posse de riquezas ou de poder? O poder do grupo reinante ou o poder conferido pela posse de riquezas não é base segura nem critério aceitável para a definição de direitos humanos fundamentais; o poder, isso sim, deve estar a serviço do respeito aos legítimos direitos. Certamente, o consenso da sociedade é importante, mas, por si só, não é base segura para definir direitos humanos. Estes, mais que concordados mediante um pacto, devem ser constatados e reconhecidos, como tais, pela sã razão e pelo bom senso, mesmo sem receber a aprovação das maiorias. Muito simples de exemplificar: o direito a existir e a viver não depende da aprovação da maioria; ninguém de nós aceitaria que fosse submetido a uma votação o nosso direito a viver... Da mesma forma, o direito a respirar, a se alimentar, de ir e vir, à liberdade de pensamento e de opinião, de aderir ou não a uma religião. Esses direitos são primários, não são outorgados por outrem, nem pelo conjunto da sociedade; pertencem à pessoa, por ser pessoa; são inalienáveis e precisam ser, apenas, reconhecidos. A competência e o dever de fazê-los reconhecer e respeitar é da autoridade constituída, mas também é tarefa de toda a sociedade.

Já ensinava o papa João XXIII, na encíclica Pacem in Terris, que a fonte última dos direitos humanos não é a vontade dos homens, nem o poder do Estado ou dos poderes públicos, mas a natureza do próprio ser humano e, enfim, Deus, seu Criador. Mais recentemente, Bento XVI, na encíclica Caritas in Veritate, lembrou que o fundamento dos direitos humanos não está apenas nas deliberações de uma assembleia de cidadãos; neste caso, poderiam ser alterados a qualquer momento, dependendo das convicções e da ideologia de quem está com a mão no poder; assim, os direitos careceriam de referência objetiva e universal, ficando diluído e sem eficácia na consciência dos cidadãos o dever de os reconhecer e respeitar.

A raiz dos direitos humanos precisa ser buscada na dignidade fundamental e originária de cada ser humano, membro da família humana; tal dignidade, apreendida antes de tudo pela sã razão, é inerente a cada pessoa, igual para todos. No horizonte do cristianismo, esse fundamento natural dos direitos é destacado ainda mais com a afirmação de fé de que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus e que o Filho de Deus uniu a si a nossa humanidade mediante seu nascimento entre nós; isso deu ao ser humano uma dignidade incomparável; ele também é chamado a viver como familiar e íntimo de Deus. E isso não vale apenas para alguns, mas para todos, mesmo para aqueles que parecem ter perdido ou desmerecido a sua humana dignidade.

Universalidade e indivisibilidade são dois traços distintivos e inseparáveis dos direitos humanos, que também devem corresponder a uma exigência inalienável da dignidade humana. Portanto, direitos humanos não podem ser assimiláveis a bandeiras de luta ou interesses de grupos particulares.


(*) Dom Odilo Pedro Scherer é Cardeal-Arcebispo metropolitano de São Paulo.


Publicado no jornal "O Estado de S. Paulo" – (Editorial Opinião).
Sábado, 13 de fefereiro de 2010.










A VERGONHA É NACIONAL, MAS O (UL)TRAJE É BOLIVIANO.

Foto: Escora o "bebaço" Sarkozy, senão ele despenca. Vale tudo para vender uns "Rafales"! É ou não é?











































ESQUERDA SINISTRA
por Aileda de Mattos Oliveira*

Diz a propaganda turística de Garanhuns que "quem bebe a água desta cidade, a ela retorna". A ser verdadeira a legenda publicitária, o berço do nosso estadista não verá de novo o seu dileto filho, e do Brasil, tendo em vista, há muito, preferir as goladas dos alambicados e dos maltados. Integrar-se-á ao exótico acervo político-folclórico das grandes metrópoles, pois o Agreste, provinciano, será pequeno para conter a jactância do "homem que sabia javanês". Lima Barreto, se vivo fosse, teria um mote de porte para a sua caricatura política.

Do macacão ou da calça jeans ao terno bem-talhado, há uma diferença de visual, mas não de mudança intelectual. De sindicalista à Sua Excelência, substituiu-se o tratamento, mas não o comportamento. Qual a razão da palavra "esquerda" designar uma opção de tipos tão estranhos, tão revoltados com a natureza social, que insistem em impor o avesso das coisas, como norma de conduta? É como quererem pôr no pé direito o sapato esquerdo e vice-versa, sem questionarem o incômodo da troca imbecil e considerarem-na como norma natural.

Não é sem razão que "esquerda" é sinônimo de "sinistra" e na Idade Média era relacionada ao Tinhoso. Nada é gratuito na língua e, numa análise político-ideológica da palavra, há que considerar as novas possibilidades semânticas postas em prática pelo falante e que vão, por repetição, enriquecer o vocabulário de toda a sociedade.

A própria bíblia diz que "Jesus assentará à destra do Pai" o Pai é o Criador do Cosmos, palavra que, em grego, significa "ordem". Compreende-se, então, que só os bons, os puros de espírito, os ordeiros, gozarão de tal privilégio. Estar "à direita" torna-se uma expressão bastante significativa e passa a ser, por analogia, o espaço onde estão congregados os que obedecem às normas e às leis, cumprem os seus deveres, respeitam as tradições, honram a família e os símbolos nacionais, e acreditam que os filhos são o seu maior legado e devem ser educados para a vida. No lado oposto, opostas também são as suas convicções.

Surge então uma terrível contradição. Jesus é tido como um "ativista social", por aqueles que estão à esquerda de Deus, o que viria a afetar todo o raciocínio anterior. Porém, não há contradição há uma inversão de ótica, pois a leitura das ações de Cristo é feita através do espelho vermelho, uso habitual da doutrina sinistra.

Se as ações de Jesus fossem qualificadas de "socialistas", no sentido que hoje se dá ao termo, a história de sua prisão seria diversa da que é sobejamente narrada e conhecida por todos. Se Jesus fosse socialista, para não ser preso, teria denunciado Caifás a Pilatos, como um perigoso intrigante contra Roma teria entregado Judas, como beneficiário da transação que resultou na sua (de Jesus) prisão não teria chicoteado os mercadores no pátio do templo, porque estes seriam os discriminados e oprimidos da sociedade da época. Jesus teria denunciado todos, porque é assim que agem os socialistas de hoje. José Genoíno sabe disso. Portanto, não vinga a idéia do socialismo de Cristo, porque se ele é a luz da vida, não pode estar no mesmo espaço dos sinistros, porque lá é o lado das trevas, o lado niilista, o da desordem, o da amoralidade, o da promiscuidade. Jesus não pode ser e não ser, ao mesmo tempo.

Caifás e Judas, estes sim, torna-se impossível negar que sejam de esquerda, pelo procedimento semelhante ao dos políticos sinistros atuais, que confabulam, na surdina, para pôr em prática a ação nefasta da venda do patrimônio nacional.

Os esquerdistas, em geral, confundem humanismo com socialismo. Apropriam-se dos conceitos filosóficos humanistas e transformam-nos em conceitos ideológicos, fazendo da prestidigitação de idéias a cultura inútil que alimenta a vaidade dos intelectualoides do partido e de seus simpatizantes.

Há pouco tempo, Sua Excelência foi buscar Jesus e Judas e os pôs como exemplos, inconscientemente, de representantes, respectivamente, da direita e da esquerda que seriam levados à coalizão política, naturalmente convencidos por ele, o deus brega do Olimpo, o Baco de Garanhuns, o apedeuta verborrágico, tal é a vaidade que lhe é estimulada pelos gozadores presidentes estrangeiros, que lhe aplicaram o apelido de "estadista", sendo ele homem de baixo partidarismo político e não de Estado.

Assim, o esquerdista sinistro, tinhoso e cínico, na sua asa voadora, vai destroçando com a sua ignorância, com as suas gafes, por onde pousa, todo o trabalho diplomático que os verdadeiros estadistas construíram em favor do Brasil, ao longo de sua história.

Ele não está só, mas auxiliado pela incompetência e má fé dos que tomaram posse do Itamaraty, com projetos de ampliar a influência do PT na política externa brasileira, criando um conselho formado por ONGs, centrais sindicais e movimentos sociais, de caráter oficial e que funciona paralelamente ao Ministério das Relações Exteriores, pois este grupelho de ativistas já está em plena atividade. É esta gente que vai decidir o destino da Amazônia, do Pantanal e de outras regiões que deveriam ser intocadas pelos estrangeiros.

Um partido sinistro governa o Brasil e um rude e tinhoso escoteiro do mal é quem decide a sua sorte.

Nefasta e sinistra doutrina, abominável e sinistro presidente, inúteis e sinistros "cumpaêro", mas todos sôfregos do dinheiro fácil, retirado dos bolsos dos contribuintes altamente lesados.

Depois de usufruir gostosamente do erário público, não será a Garanhuns que o desprezível presidente escolherá para viver considerar-se-á, um homem internacional de múltiplos conhecimentos políticos e, como imitação de FHC, fará "palestras", se exibirá às plateias europeias, que morrerão de rir, com as suas tiradas de improviso, na sua linguagem dialetal, regada à melhor cachacinha da temporada. Sem o poder nas mãos, sem a caneta nervosa que assina de motu proprio, não haverá esquadrilha que faça Sarkozy segurar-lhe o braço, na bajulação nojenta, para que não desabe da tribuna, o desbocado, o etílico, a Vergonha Nacional.


(*) Aileda de Mattos Oliveira é Professora Titular de Língua Portuguesa na Faculdade Gama e Souza - RJ.


Publicado no site "TERNUMA – Grupo Terrorismo Nunca Mais".
Domingo, 14 de fefereiro de 2010.











VALORES INVERTIDOS – José Nivaldo Cordeiro


Vender a alma – João Pereira Coutinho





Monday, January 25, 2010

De todos os perigos, o maior é subestimarmos o poder secreto da
principal cabeça da "Hidra Vermelha". Precisa ser decepada!

Foto: Quem nasceu para obedecer, obedecerá mesmo no trono.
















































A Crise
por Luís Mauro Ferreira Gomes

Normalmente, quando nos sentamos para escrever um artigo, ele já está quase mentalmente pronto, restando apenas o trabalho de digitá-lo, penoso, aliás. Por mais que se leiam e releiam os textos, sempre sobram aqueles erros de digitação tão desconcertantes quanto difíceis de encontrar.

Desta vez, porém, ao tentarmos expressar-nos sobre o a crise desencadeada pelo decreto que instituiu o "III Plano Nacional de Direitos Humanos" encontramos uma dificuldade incomum, nem tanto pela grande extensão do documento ou pela enorme quantidade de absurdos, de ilegalidades, de inconstitucionalidades, de mentiras e de bobagens que ele contém, senão por serem contraditórias as notícias divulgadas sobre o assunto, o que nos levou a esperar por mais fatos, em vez de versões.

Como o tempo se encarregou de tornar irrelevantes todas as interpretações e todos os boatos que poderiam alterar o quadro vamos produzir este texto somente com o que já temos, que é mais do que suficiente.

A crise.

Antes de mostrarmos o que essa crise verdadeiramente é, começaremos por dizer o que ela não foi. Quase todos os que se manifestaram antes de nós tem-na chamado de crise militar. Os aspectos que afetam os militares – como a deturpação da Lei da Anistia para garantir impunidade a assaltantes, seqüestradores e assassinos, e condenar os agentes do Estado que os combateram no estrito cumprimento do dever; a interferência no ensino das Escolas Militares, para contaminá-las com ideologia de esquerda; a substituição dos nomes de logradouros públicos que reverenciam os heróis que lutaram contra a guerrilha comunista e a venceram, enquanto preservam os que homenageiam terroristas, como Luís Carlos Prestes, Carlos Lamarca, entre tantos outros – são gravíssimos, mas se diluem no contexto muito maior da preparação do golpe de Estado que consolidará a ditadura já instalada no Brasil.

Ditadura, sim, ainda que os seus mentores procurem vestir-lhe a máscara de normalidade democrática. Como se poderia falar em democracia, em um país onde o governo não respeita as Leis nem a Constituição, atropelando-as, sempre que lhe convém, diante da omissão conivente, ou mesmo do apoio direto daqueles que têm o dever institucional de impedi-lo? Omissão e apoio criminosos, conseguidos mediante as práticas também criminosas da coação, da chantagem, da corrupção e do suborno.

Os militares entraram nesse decreto para satisfazer a necessidade sádica de vingança dos guerrilheiros de ontem, hoje no governo, que não perdoaram a derrota do passado, mas essa não foi ainda a principal motivação. O que, verdadeiramente, querem é desmoralizar as Forças Armadas, colocando-as na defensiva, para impedir qualquer possibilidade de reação contra mais essa tentativa de implantar o comunismo no Brasil. Além da neutralizá-las, a inevitável resposta enérgica das Forças Armadas será usada como camuflagem das intenções ditatoriais dos governantes terroristas, que procurarão ocultar o golpe de Estado que planejam empreender, atribuindo-o aos militares e a todos os patriotas que os apóiem, a quem acusarão de golpista e de saudosistas da Revolução de 1964, a que têm o desplante de chamar de ditadura militar.

Esses pseudo-salvadores da pátria e falsos defensores dos pobres e das minorias sempre atribuem aos outros a culpa pelo mal que fizeram ou pretendem fazer.

Não é nossa intenção repetir aqui todas as inconstitucionalidades e violências contra a democracia brasileira e os direitos fundamentais dos nossos cidadãos contidas no decreto, que já foram muito bem expostas nos excelentes artigos daqueles que nos antecederam.

Apenas, para que os nossos leitores recordem a gravidade desse documento que pretende manter, jungidas ao governo, instituições de Estado e entidades privadas – como a Justiça; as Forças Armadas; os meios de comunicação; as religiões; o ensino; as empresas – selecionamos duas cartas publicadas no jornal O Globo de 12 de janeiro:

"O Programa Nacional de Direitos Humanos me parece um pesadelo bem real. Se ele já estivesse em vigor, ao manifestar aqui meu desagrado sobre alguns itens, poderia ser perseguida, tendo em vista que minha mensagem será censurada. Se eu sair com minha cruz no pescoço, que uso desde criança, vou ostentar símbolos religiosos. Ao condenar a prostituição, estarei sendo preconceituosa com uma profissão legalizada. Se possuir algumas terras e, por alguma dificuldade financeira, não puder plantar nada, minha propriedade será invadida e não vou ter direito à reintegração de posse. Concluo que o melhor mesmo é ser ignorante, não manifestar nada, não ter religião, ser prostituta e pertencer a grupos que invadem terras alheias. Só assim vou ter meus direitos garantidos." CÉLIA PAULA BORGES, Rio.

"O Programa dos Direitos Humanos é mais uma tentativa de consolidar aqui uma ditadura civil nos moldes da Venezuela bolivariana. Com a clara intenção de rever a Lei da Anistia, acabar com o agronegócio, amordaçar a imprensa, extinguir o direito de propriedade, dentre outras barbaridades inconstitucionais, Paulo Vannuchi preparou com os demais ex-parceíros da subversão armada uma aloprada miniconstituição que se propõe a substituir nossa Carta Magna. Tanto a tortura quanto o terrorismo são crimes inafiançáveis e imprescritíveis, conseqüentemente não serão penalizados apenas os torturadores, como imaginam os comitês populares que pretendem substituir a Justiça." SERGIO VILLAÇA, Recife, PE.


"Vox populi, vox Dei!"

Por tudo isso, confirmamos que as nossas dificuldades não são militares. Estamos diante de uma crise política e institucional sem precedentes, que envolve todos os poderes, setores e atividades da Nação, que ficarão, se depender do governo federal, a ele submetidos, sob o pretexto de defesa dos direitos humanos, direitos esses que são as maiores vítimas desse maldito decreto inconstitucional.

As versões:

Os militares foram os primeiros a reagir contra mais essa investida. Inicialmente, noticiou-se que, os Comandantes Militares e o ministro da defesa haviam pedido exoneração de seus cargos, em conseqüência do que, o presidente teria prometido rever o decreto (que assinara sem ler!). Segundo Jobim o presidente garantira que não haveria revanchismo.

Em seguida, novas versões afirmavam ora que seria suprimido do texto a referência ao exame das violações dos direitos humanos, ora que também seria incluída a investigação das violações praticadas pelos guerrilheiros.

Mais tarde, dizia-se que Jobim estava "negociando", uma solução que atendesse as duas partes, que fosse boa para as esquerdas e para os militares, como se isso fosse possível.

Com o passar do tempo, outros segmentos da sociedade foram tomando conhecimento dos graves riscos que o decreto impunha à nossa cambaleante democracia, e começou a aparecer uma avalanche de contestações.

Algumas agências de notícias passaram a divulgar que, diante desse fato novo, o presidente teria decidido suprimir várias partes do decreto, entre as quais, aquelas que tratavam da eliminação das restrições ao aborto, do casamento entre homossexuais com a possibilidade de adoção de crianças e da restrição ao uso de símbolos religiosos em lugares públicos. Outras chegaram a noticiar a revogação total do decreto.

As esquerdas se assanharam e grupos radicais manifestaram apoio ao plano.

Ao mesmo tempo em que tudo isso acontecia, Lula se escondia da crise, enquanto poluía uma unidade militar da Bahia com a sua presença inútil.

De volta ao palácio, nada fez do que supostamente prometera. Como era de se esperar, a única alteração que introduziu no decreto foi aquela tal solução "que seria boa para as esquerdas e para os militares": a supressão inócua da expressão, "no contexto da repressão política", da parte que trata do exame das violações dos direitos humanos. Supressão inócua, sim, porquanto, embora possa parecer aos ingênuos que se ampliou o espectro das investigações com a inclusão dos terroristas de esquerda, isso jamais ocorreria, pois quem vai administrar a execução do decreto são eles mesmos, para os quais nem as proibições explícitas das Leis e da Constituição constituem óbices para as arbitrariedades que praticam, quanto mais um decreto de sua própria lavra.

Além disso, desde quando comunistas cumprem acordos? Acordos, contratos, ética, valores, princípios, leis, constituições somente obrigam as pessoas honestas e normais. Os bandidos e os psicopatas são imunes a tudo isso.

Os erros.

Infelizmente, muitas das vozes de protesto que se têm insurgido apenas se preocupam com os ataques que ameaçam os seus próprios setores, fingindo ignorar o perigo iminente que paira sobre todos.

Aceitar essa alteração insignificante é mais um erro gravíssimo que cometemos, principalmente, porque nos isolamos, deixando a impressão de que resolvido o nosso problema (que, como sabemos, não foi), as ameaças à sociedade como um todo nada significariam para nós. Devemos ter em mente, ainda, que foi justamente o somatório desses erros que nos levou a esta situação insustentável, da qual jamais sairemos enquanto persistirmos nessa mesmice de leniência e falta de firmeza. Ninguém respeita o fraco, e o forte que descrê do seu poder ou se deixa intimidar somente colherá desprezo.

Mais uma vez, fomos vítimas da mesma técnica. Sempre que os abusos socialistas ultrapassam de muito os limites do suportável e provocam alguma resposta, eles fingem que vão ceder ou simplesmente ignoram a reação, à espera de que o tempo desgaste os seus opositores.

Nós, por outro lado, em vez de potencializarmos as pequenas crises que raramente criamos, gerando fatos políticos novos a cada dia, aguardamos, passivamente, o fortalecimento do inimigo, enquanto nós mesmos nos desmilingüimos cada vez mais, para, por fim, aceitarmos, como se fora uma grande vitória, a primeira concessão cosmética que nos façam. E tudo continuará como antes, ou seja, muito pior do que estava.

O que virá?

O problema está resolvido, disse Jobim, como dissera quando capitulara diante da reação do Alto-Comando do Exército às suas bravatas iniciais. Mais uma vez capitulou.

A questão está longe de ser resolvida, e nos imporão esse decreto goela abaixo a não ser que o impeçamos, opondo-lhes força muito maior do que a deles.

O presidente teria dito não entender a celeuma que se criou em torno do seu decreto, uma vez que quase todos os pontos polêmicos dependem de aprovação do congresso, o que dificilmente aconteceria. Ora, todos sabemos que o governo faz aprovar tudo o que quer, já que tem um poder coator e corruptor sem limites. E se não pretende aprovar essas medidas, por que não revoga pura e simplesmente essa porcaria?

Enganam-se, redondamente, os pobres e as minorias que neles acreditam.

Quando esses socialistas bolivarianos do século XXI tiverem o poder absoluto, a primeira coisa que farão é cercear toda e qualquer liberdade que ainda exista.

Os pobres passarão a miseráveis escravos, cujo único direito será trabalhar de sol a sol, para sustentar a nomenclatura petista balofa, ociosa e esbanjadora.

As minorias perderão todos os "direitos" concedidos pelas esquerdas, assim como todos aqueles conquistados anteriormente. É impossível ser livre pela metade. Como se poderia imaginar uma pessoa sexualmente livre, sem ter quaisquer direitos políticos, econômicos, sociais ou religiosos? A liberdade sexual pressupõe, ainda, a liberdade de ir e vir, mas tal direito se resumirá a ir, no início da manhã, do barraco coletivo miserável (se o tiver), para o trabalho, e vir, deste, de volta ao barraco, no fim do dia.

Os empresários terão as suas empresas expropriadas e, com sorte, poderão receber um salário único – que será muito pior do que o mínimo de hoje – por um emprego aviltante qualquer.

Os militares mais antigos e os que não se sujeitarem a funcionar como milicianos, sob a chefia do comissário militar do partido, serão presos, sob a acusação de tentativa de golpe, de inimigos do Estado ou do povo, enfim, de qualquer coisa assim, e terminarão por ser eliminados. Se "os tempos mudaram" e não tiverem a força suficiente para matá-los por outros meios, deixarão que morram de fome, depois de viverem dias de humilhação, tortura e terror.

Os políticos adesistas, como todos os outros já citados, perderão as suas mordomias, já que estas estarão todas reservadas para os integrantes do partido único. Como os empresários, terão sorte se conseguirem um dos tais empregos aviltantes remunerados com o já referido salário único.

Nós estamos exagerando? Não, estamos, simplesmente, expondo o que aconteceu em todos os países onde comunismo foi imposto.

Isso jamais aconteceria no aqui! É o que diziam, enquanto nada faziam, quase todos os cidadãos das nações que sucumbiram a essa praga, quando estava sendo implantada.

O que fazer?

O lançamento desastrado e insistente desse plano só pode indicar que os nossos governantes estão desesperados diante da perspectiva de que mudanças políticas lhes comprometa a finalização do projeto de suas vidas, mas têm a certeza absoluta de que o povo brasileiro já está de tal forma alienado, que o processo de implantação da ditadura comunista pode ser acelerado por meio de fatos consumados, sem que haja qualquer reação significativa.

É inacreditável que a maioria dos brasileiros não tenha percebido ainda o desastre que está para abater-se sobre eles, mesmo que aquilo que os algozes pretendiam e estão realizando tenha sempre sido anunciado em documentos diversos e páginas da Internet do próprio governo e de partidos e outras instituições que o apóiam e são por ele financiados, obviamente, com dinheiro público.

Desta vez a divulgação foi muito mais explícita e a repercussão tão grande que provocou um clamor generalizado contra o referido plano que põe em risco a liberdade de todos e ameaça definitivamente o que ainda existe de democracia no Brasil.

Se eles partiram para o tudo ou nada, que fiquem com o nada!

Seria outro grande erro desperdiçarmos mais esta oportunidade.

Há poucos dias, lemos um excelente artigo sobre o tema, intitulado "Lula e as Cobras Criadas", no qual o autor, o Dr. Emílio Nina Ribeiro, indaga ao final:

"Até quando, abusarão da paciência deste povo sofrido?"

Responderemos sem hesitar: até quando e tão somente até quando nós o permitirmos.

Espontaneamente, eles jamais desistirão desse projeto criminoso no qual vêm trabalhando intensamente, no Brasil, pelo menos, desde 1935.

Faz-se, portanto, imperioso abandonarmos os papéis passivos de vítimas e de espectadores, para recobrarmos a condição de agentes determinantes no curso da História.

Devemos isso ao nosso povo.


Luís Mauro Ferreira Gomes, é Coronel Aviador da Força Aérea Brasileira.









Publicado no site "TERNUMA – Terrorismo Nunca Mais".
Terça-feira, 19 de janeiro de 2010.






UM TEMA, DUAS VISÕES.





Saturday, January 23, 2010

UM TEMA, DUAS VISÕES.











































A obsessão totalitária
por Fábio Portela*

"Censurar a imprensa e impedir o fluxo de ideias no Brasil é a única bandeira genuinamente comunista que sobrou aos petistas"

Um observador ingênuo pode não entender a obsessão de petistas, manifestada desde o momento zero do governo Lula, de abolir a liberdade de expressão no Brasil. Afinal, em sete anos de administração do país, alguns fizeram enormes avanços pessoais e coletivos. Aumentaram o patrimônio, passaram a beber bons vinhos e a vestir-se com apuro. A política econômica é modelo até para os países avançados e as conquistas sociais fazem inveja a reformadores de todos os matizes ideológicos. Destoam desse rol de avanços a diplomacia megalonanica e a inconformidade com o livre trânsito de ideias no país. O próximo ataque organizado à liberdade de expressão se dará em março, com a Segunda Conferência Nacional de Cultura (CNC). Apesar do nome pomposo, ninguém irá lá para discutir cultura. Os petistas vão, mais uma vez, tentar encontrar uma forma de ameaçar a liberdade de imprensa e obrigar revistas, jornais, sites e emissoras de rádio e TV a apenas veicular notícias, filmes e documentários domesticados, chancelados pelos soviets (conselhos) petistas e reverentes à ideologia de esquerda.

O evento é a continuação por outros meios da batalha pela implantação da censura à imprensa no Brasil. Isso começou em agosto de 2004, com a iniciativa, abortada, de criar um Conselho Federal de Jornalismo (CFJ). Nos últimos meses foram feitas mais duas tentativas. Uma delas na Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). A outra com o PNDH-3, o Programa Nacional de Direitos Humanos. O que o CFJ, a CNC e o PNDH-3 têm em comum? Todos embutem a criação de um tribunal para censurar, julgar e punir jornalistas e órgãos de comunicação que desobedeçam às normas governamentais. É um figurino de atraso.

Por que essa obsessão não se dissipa? Primeiro, porque ela é a única bandeira que sobrou às esquerdas cujas raízes podem ser traçadas ao seu berço comunista no século XIX. A censura à imprensa é uma relíquia esquerdista, um bicho da era stalinista guardado em cápsula de âmbar e cujo DNA os militantes sonham ainda retirar e com ele repovoar seu parque jurássico. Todas as outras bandeiras foram perdidas. A do humanismo foi dinamitada pela revelação, em 1956, dos crimes contra a humanidade perpetrados por Stalin. A da eficiência econômica e a da justiça social ruíram com a queda do Muro de Berlim, em 1989. Sobrou a bandeira da supressão da voz dos que discordam deles. Mesmo isso não pode ser feito com a dureza promulgada por Lenin ("Nosso governo não aceitaria uma oposição de armas letais. Mas ideias são mais letais que armas.").

O maior ideólogo da censura à imprensa, cujo nome sai com a facilidade dos perdigotos da boca dos esquerdistas brasileiros, é o italiano Antonio Gramsci (1891-1937). Como a revolução pelas armas se tornou inviável, Gramsci sugeriu a via do lento envenenamento ideológico da cultura, do idioma e do pensamento de um país. É o que tentam fazer os conselhos, conferências e planos patrocinados pelo PT. É neles que se dá a alquimia gramsciana. Ela começa pela linguagem. A implantação da ditadura com o fechamento do Congresso é vendida como "democracia direta"; a censura aparece aveludada como "controle da qualidade jornalística"; a abolição da propriedade privada dilui-se na expressão "novos anteparos jurídicos para mediar os conflitos de terra". Tudo lindo, pacífico, civilizado e modernizador. Na aparência. No fundo, é o atalho para a servidão. Thomas Jefferson neles, portanto: "...entre um governo sem imprensa e uma imprensa sem governo, fico com a segunda opção".


(*) Fábio Portela Savietto é jornalista da revista "VEJA".


Publicado na revista "VEJA", Edição 2149 – Seção: Brasil.
Sábado, 23 de janeiro de 2010.










A "LUZ" DO FIM DO TÚNEL







































Trem fantasma
por J.R. Guzzo

"O lado escuro dessa maneira de governar é o incentivo permanente à oferta de propostas que batem de frente com a democracia. É o que há de melhor, como receita para promover a incerteza"

Os governos brasileiros, como se pode comprovar facilmente pela comparação entre o que dizem e o que fazem, acumularam ao longo dos anos uma vasta experiência em não cumprir compromissos. É triste, claro, mas, quando se olha com um pouco mais de frieza para a questão, não é tão triste como parece, e frequentemente chega até a ser bom. O motivo é simples: boa parte do que se promete é tão ruim, mas tão ruim, que acaba sendo uma alegria, no fundo, quando se descobre que o vendedor não vai entregar a mercadoria que vendeu. O atual governo é um excelente exemplo disso. Se tivesse feito tudo, ou a maior parte, do que já anunciou que queria fazer nestes últimos sete anos, o país estaria hoje navegando em pleno nevoeiro, com mar bravo e fazendo água na proa, na popa e a meia-nau. Ainda bem que não fez; por uma combinação de incompetência, preguiça e ruindade na hora de executar, pouco saiu do papel. É o que se espera que aconteça mais uma vez, agora com esse incomparável "Programa Nacional de Direitos Humanos", ou PNDH-3, na linguagem de bula de remédio com o qual foi batizado, que o governo criou por decreto no fim de dezembro e do qual já começou a correr.

Começou a correr, é lógico, onde costuma se assustar mais depressa – ao ver que as Forças Armadas não gostaram da parte reservada a elas no PNDH-3, onde se previa a criação de uma "Comissão Nacional da Verdade" para apurar crimes cometidos por servidores dos órgãos de repressão durante a ditadura militar. Não houve nenhuma grande surpresa nisso, pois para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assinou o decreto, tanto faz se vai ou não vai haver apuração; a única coisa que lhe importa, na vida real, é saber se a decisão final é ou não é do seu interesse. Pode até errar de cálculo e acabar optando por algo que em vez de ajudar o prejudica, mas a ideia-chave é se dar bem em tudo. No caso, achou que se daria melhor anulando o que havia acabado de assinar sobre a comissão; ela reencarnou, conforme amplamente divulgado, com a nova e prodigiosa missão de examinar violações de direitos humanos ocorridas no Brasil desde 1946 até 1988, de qualquer natureza e de qualquer autoria. Como o presidente da República pode esperar que alguém leve a sério uma coisa dessas? Não pode, mas também não está preocupado com isso. O que ele queria era se livrar do incômodo que estava causando aos militares. Aparentemente, conseguiu. (Quem sabe agora, finalmente, se consiga descobrir quem matou Dana de Teffé. É um caso claro de violação de direitos humanos; além disso, conforme sustenta há anos o cronista Carlos Heitor Cony, é fato bem sabido que enquanto não se descobrir quem matou Dana de Teffé, ou pelo menos onde estão os seus ossos, o Brasil não vai tomar jeito.)

O mais interessante, no episódio todo, é a tranquilidade com que o presidente vai levando adiante a sua balada. O decreto que assinou é coisa de sanatório? Sua desculpa é que assinou sem ler; são previstas nesse trem fantasma mais de 500 decisões, que para ser executadas exigiriam uma nova Constituição ou um golpe de estado, mas ele diz que não leu nada. Isso ou aquilo deu problema? É só mudar o que foi escrito e anunciar que o caso está "superado"; agir assim, no entender do presidente, é uma forma superior de esperteza política. Na verdade, há um método nisso tudo. Lula é indiferente ao projeto de revolução ao qual se dedicam tantos de seus subordinados – que sonham em desenhar para o Brasil um regime "popular" baseado em "mecanismos de democracia direta", no qual ficam dispensados de inconvenientes como eleições, votações no Congresso ou decisões contrárias da Justiça. O presidente deixa que se entretenham com isso; sabe quanto é bom, para todos eles, poderem viver o papel de revolucionários com risco zero, sem ter de fugir da polícia e no conforto de cargos em comissão, com carro oficial e cartão de crédito corporativo. Em compensação, sempre que manda para o lixo alguma de suas ideias, espera que lhe digam "sim, senhor". É o que acaba de ouvir, mais uma vez.

O lado escuro dessa maneira de governar é o incentivo permanente à oferta de propostas que batem de frente com a democracia. Elas podem não ir adiante, mas estão sendo escritas por funcionários do governo, recebem apoio oficial e acabam, como no caso desse PNDH-3, incluídas num decreto que o presidente assina e que, agora, terá de ser combatido ponto por ponto para não se transformar em realidade. É o que há de melhor, como receita para promover a incerteza.


José Roberto Guzzo, é jornalista e membro do Conselho Editorial da Editora Abril, foi diretor de redação por quinze anos e atualmente é colunista da última página da revista "VEJA".











Publicado na "Última Página" da revista "VEJA" – Edição 2149.
Sábado, 23 de janeiro de 2010.







Para bom entendedor, meia palavra basta. Ou seja: A ONU não tem nenhuma serventia!





 
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