Saturday, November 26, 2016













































Epitáfio no túmulo de Fidel Castro: "Foi uma tragédia para o gênero humano que tal homem tenha existido".

Finalmente o mundo foi libertado do barbudo e cruel ditador, Fidel Alejandro Castro Ruz. Castro, 90 anos, morreu quando seu ânus artificial teve problemas e explodiu, não havendo mais condições de ser reconstruido. Os médicos disseram que ele estava há dias com dor intensa no ânus e que nada podiam fazer para aliviar o sofrimento do paciente por falta de morfina, devido ao embargo imposto pelos EUA. Antes disso, o hospital havia sido evacuado devido ao forte cheiro emanado pelos regurgitos excrementícios do ditador, que já eram sentidos em toda Havana.

Foto: O ânus artificial de Fidel, logo após ser
implantado por um famoso cirurgião espanhol.
































Notícias recentes vindas diretamente do inferno dão conta que Castro já se adaptou muito bem às instalações oferecidas e está desfrutando a companhia de seus queridos amigos Che Guevara, Josef Stalin, Mao Tse-tung, Karl Marx, Vladimir Lenin, Néstor Kirchner, Antonio Gramsci e claro seu filhote Hugo Chávez. Disse ainda, estar ansioso para se reencontrar com seu irmão Raúl e seus mais diletos amigos, Lula, Morales, Correa, Bachelet, Dilma vulga "Janete" e Cristina Kirchner, o mais breve possível. Tomara!



O Último Charuto de Fidel: Um Obituário
por Mario Guerreiro

Em 12/8/1926, em Birán, leste de Cuba, numa família de latifundiários abastados, nasceu Fidel Alejandro Ruiz Castro, mais tarde conhecido como Fidel Castro. Em 1945 – como todo jovem latino-americano desejoso de por um anel de rubi no dedo e ser chamado de "dotô" - entrou para a Faculdade de Direito da Universidade de Havana. Mas, em vez de assistir aulas regularmente, fez como o sub-comandante Zé Dirceu mais tarde faria: tornou-se ativista estudantil, fervoroso militante da Federação Estudantil Universitária. E como todo mundo sabe, quem estuda não tem tempo para fazer política universitária e vice-versa.

Em 1952, protestou contra o golpe de Estado dado por Fulgencio Batista cujo governo foi marcado pela violência e repressão, somente superável pelo regime ditatorial instalado em Cuba 7 anos mais tarde. No ano seguinte, em 26 de julho de 1953, Fidel reuniu uma dúzia de desordeiros, desajustados, desesperados e despreparados, formou um exército Brancaleone e - montado em Aquilante, bestia della mala sorte - atacou o quartel de Moncada em Santiago de Cuba. Foi uma verdadeira temeridade que os destemperados chamam de "coragem".

Seu objetivo era se apossar de armas militares do segundo maior arsenal do país. E é escusado dizer que o referido assalto foi uma quixotada das boas. Fidel conseguiu fugir, mas foi preso 8 dias mais tarde, levado a julgamento e justamente condenado a 15 anos de prisão. E os teria cumprido integralmente, apesar de existência dessa excrescência demagógica jurídica chamada "redução de pena por bom comportamento". (Ora, comportar-se bem é um dever do detento e ninguém deve ser recompensado por cumprir seu dever. Deve, isto sim, ser punido por não o cumprir, ou seja: mau comportamento, pena aumentada. Dura lex sed lex!) Xô Michel Foucault! Vade retro!

Advogado que era, Fidel fez questão de assumir sua própria defesa, posteriormente transformada em livro: A História me Absolverá. Se a história o absolverá ou não, tudo depende de todos os países do mundo se tornarem comunistas ou não. Mas a flácida e complacente Justiça cubana - como todas da América Latina sabem ser – não o absolveu: concedeu-lhe anistia em 1955. Ah! Se arrependimento matasse...

Tão logo anistiado, Fidel foi trabalhar como advogado pela primeira vez na vida, minto: fundou o Movimento Revolucionário 26 de Julho. Partiu então para o exílio no México de Pancho Villa, Zapata, Carranza e outros outrora combatentes de La Cucaracha, que ya no podía caminar, porque le faltaba marijuana que fumar. Foi aí que Fidel conheceu o-médico-e-o-monstro argentino Ernesto Che Guevara – criminoso patológico, que se comprazia em executar aqueles que ele mesmo condenava em tribunais populares; mas hoje símbolo da menopausa e estampa preferida de T-shirts de adolescentes do tipo: Hay gobierno, soy contra!

Em 1956, Castro decidiu voltar a Cubanacan, misterioso país del amor. Persuadiu o dono de um vetusto e carcomido iate, Stultifera Navis, a levá-lo do México para a Ilha, onde pretendia desembarcar e desembarcou de fato com 81 homens armados, para fazer La Revolución. Viva José Marti! Viva Marx ! Viva la tontería!

Curioso que o nome da referida embarcação era Granma (forma abreviada de grand-mother, em inglês, querendo dizer: "vovozinha"). Posteriormente, não podendo chamar o jornal do PCC de Pravda (em russo: "A Verdade"), só porque já existia um assim chamado, e na ausência de melhor nome para o pasquim: chamaram-no de Granma e reconheceram a sábia advertência de Fidel: "Mais do que um jornal é desperdício de papel".

Isto é que é governante preocupado com gastos extravagantes e supérfluos, geradores de déficit público! Admirável exemplo a ser seguido! Principalmente por portadores de cartão corporativo, como nossa primeira dama e nosso primeiro cavalheiro, aficionados ambos de um irrefreável consumismo. Quem nunca comeu melado quando se lambuza...mas quem paga a conta é o Velho Zuza, este grande otário chamado pelos políticos de "o contribuinte". De fato, ele contribui demais para uma festança para a qual jamais é convidado.

Em 1959, finalmente, Fidel desceu a Sierra Maestra e, só para festejar melhor o réveillon, em 1.o de janeiro de 1959 entrou vitorioso em La Habana com os barbudos cantando: Guantanamera, Guajira, Guantanamera (bis). Yo soy un hombre sincero, de donde nascen las palmas, etc. Conta-se que foi justamente aí que um famoso cantor de rumbas maneras, mambos calientes y otras cositas más, vendo a apoteótica entrada do hirsuto velhaco e seus hirsutos asseclas, proclamou: "Só se salvarão os que souberem nadar". Atualmente, ele é conhecido em Cubanacan como El Profeta.

No ano seguinte Fidel proferiu, pela primeira vez, um refrão que repetiria milhares de vezes em seus infindáveis discursos: Pátria o muerte, venceremos! (variação: Socialismo o muerte!) e para desfazer qualquer dúvida quanto à sua adesão ao comunismo, restabeleceu relações diplomáticas com a URSS firmando uma aliança político-econômica pela qual foi regiamente recompensado, uma vez que Cuba – incapaz de produzir máquinas de lavar roupa, bicicletas, liquidificadores e coisas do gênero - foi sustentada por aquela de quem foi teúda e manteúda, a URSS, até a dissolução da mesma como Sonrisal em copo d’água, no Annus Mirabilis de 1991. Marx estava certo: "Tudo que é sólido se dissolve no ar". (vide Manifesto do Partido Comunista).

E a revista Forbes insiste em afirmar que, após 50 anos de revolução, Cuba não enriqueceu...não enriqueceu seu povo, pois seu líder supremo - mesmo não sendo grande empresário no ramo da informática – tornou-se o Bill Gates do Caribe.

Bastou um ano para que, em 1961, os Estados Unidos, percebendo a aproximação de Fidel do comunismo – e não nos esqueçamos jamais que estávamos em pleno bipolarismo da Guerra Fria! - rompeu relações com Cuba, que neste mesmo ano declarou-se seguidora fiel do marxismo-leninismo-stalinismo. Sweet Jesus!

No ano seguinte, veio a Crise dos Mísseis. Descobrindo mísseis instalados em Cuba e apontando para os Estados Unidos, JFK exigiu a retirada dos mesmos. Depois de alguma relutância, Nikita Krushev acabou concordando, só para contrariar Fidel, que levou um puxão de orelha por sua reação passional à sensata medida do Primeiro-Ministro soviético. Ou seja: Advertido pelo mesmo de que a presença de mísseis em Cuba, poderia acabar desencadeando uma guerra atômica de proporções planetárias, Fidel teria dito: "Não me importa que Cuba saia do mapa, contanto que leve junto com ela El Monstruo" (Leia-se: os Estados Unidos) – o que é uma clara revelação de suas tendências ególatras, narcisistas e autodestrutivas, totalmente indiferentes à vida de seu próprio povo.

Em 1975, finalmente, graças aos poderes de Greyskull e da lógica dialética, Cuba tornou-se o maior país do mundo: tinha sua capital em Moscou, seu exército na África e seu povo livre em Miami. Influenciado pela malfadada idéia trotskysta de "revolução permanente" – idéia esta que lhe valeu o exílio para o México da bela e irresistível Frieda Kahlo por quem o ex-Comandante do Exército Vermelho expurgado se apaixonou perdidamente - Fidel exportou La Revolución primeiramente para a África e posteriormente para a América do Sul, começando pela Bolívia, onde foi delatado e deletado o Che, deixando muitas lacrimosas viúvas em toda a América Lat(r)ina. (O local de sua morte hoje é um santuário com peregrinações maiores do que as feitas ao mausoléu de Rodolfo Valentino, o mais famoso Latin lover de Hollywood depois de El Zorro, digo: Antonio Banderas).

Em1980, já se podiam notar os primeiros efeitos do mencionado empreendimento exportacionista: em maio, uma primeira leva de 120.000 cubanos foram autorizados a inaugurar o êxodo para os Estados Unidos, coisa posteriormente proibida, de modo a evitar o esvaziamento populacional de Cubanacan, misterioso país del amor. Número maior do que o mencionado acima é o dos mortos e presos pela Revolución, malgrado Fidel ter assegurado a um jornalista cor-de-rosa brasileiro: "En Cuba no hay prisioneros políticos, hay inimigos de la revolución!" Convenhamos que esta é uma ótima piada...de humor negro, perdão: "negro" não, "macabro", para ser politicamente correto.

Em 1985, o rei indicou o príncipe para ocupar o trono, perdão: Fidel indicou Raúl, seu irmão, para sucedê-lo no posto de El Coma Andante. Daí para diante, membros notáveis de nossa esquerda festiva não poderiam mais fumar um charuto com Fidel Castro, não porque não desejassem assim fazer e o próprio assim não quisesse, mas sim porque ele abandonou o tabagismo a conselho médico. Mas, quem será? Quem será? Quem será que dançou o último tango em Paris, ou seja: que fumou o último charutão com El Coma Andante? Lulla, Chico Buarque, Oscar Niemeyer, o sub-comandante Marcos de Chiapas ou sub-comandante Zé Dirceu da Bruzundanga???

Na década de 90, Cuba esteve às portas da miséria com o fim da mesada dada pela União Soviética. Porém, é de bom alvitre sempre lembrar que, em 30 anos de aliança com Cuba, a União Soviética nada fez pelo desenvolvimento socioeconômico do país, que continuou sendo um país agrário produtor de tabaco, açúcar e rum. Além disso, a revista Forbes insiste em asseverar que, após 50 anos de revolução, Cuba não enriqueceu...não enriqueceu seu povo, mas sim seu líder supremo que - mesmo não sendo grande empresário no ramo da informática – tornou-se o Bill Gates do Caribe.

O mesmo está fazendo Lulla, ao criar eternos dependentes do Bolsa Família num descarado assistencialismo. E pensar que mais de 60% do povo o apóia cegamente... Que se pode fazer? Se não adianta mesmo mudar de governo, só resta a solução de mudar de povo!

Quanto a Cuba, se ela não adotou o regime de livre empresa, ao menos atenuou seu regime de economia puramente estatal, ao criar um de economia mista. Meno male! Criou também resorts para turistas em que a moeda é o dólar. Mais tarde, passou a contar com a ajuda monetária de Hugorila Chávez, o truculento caboclo enrricado de Maracaibo, que entrou no governo com US$ 10 o barril de petróleo e hoje está a mais de US$ 100, fornecendo boa prova de que o dinheiro é ótimo servo, porém péssimo senhor.

Em 1995, El Coma Andante tirou, pela primeira vez, seu quepe, suas botas e seu sua jaqueta verde-oliva, comparecendo de terno e gravata numa reunião da ONU na Dinamarca. E em 1998, recebeu o Papa João Paulo II numa visita histórica a Cuba. Sinais de uma grande mudança? Não, meras simulações de tal coisa em que a primeira foi amplamente superada pela segunda, pois temos de considerar que a maioria do povo cubano era e ainda é católica, independentemente da crença ou descrença de Fidel em matéria de religião.

Na década de 90, com o fracasso do comunismo no leste da Europa, a Internacional Comunista resolveu criar o Fórum de São Paulo, onde seriam elaboradas estratégias gramscianas para a hegemonia vermelha em toda a América do Sul. Isto marcou o surgimento de dois acontecimentos assaz preocupantes: (1) O triste retorno do idiota latino- americano. (2) A formação da Trindade do Mal: Belzebu, Mefistófeles e Ashmodeus, perdão: Castro, Lulla e Chávez.

Finalmente, em 2004, a queda de Fidel!

Após ter feito breve discurso de 6 horas, ele foi descer do palanque e tropeçou, dando com as fuças no chão. Nada grave, porém: fraturou o joelho esquerdo e a perna direita. Para os místicos, inequívoco indício da decadência e do fim. Mas, creiamos ou não neste transcendental sinal, a verdade é que, desde o tragicômico ocorrido, El Coma Andante só tem aparecido na tela da TV cubana de pijama, chinelos e com cara de cachorro fazendo cocô na chuva. Aguardemos, pois, o que fará Raulito de Las Candongas, agora que assumiu o posto de Coma Andante em exercício de Cubanacan.


Mario Antonio de Lacerda Guerreiro nasceu no Rio de Janeiro em 1944. Doutorou-se em Filosofia pela UFRJ em 1983. É Professor Adjunto IV do Depto. de Filosofia da UFRJ. Ex-Pesquisador do CNPq. Ex-Membro do ILTC (Instituto de Lógica, Filosofia e Teoria da Ciência), da SBEC (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos). Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Análise Filosófica, membro Fundador da Sociedade de Economia Personalista e membro do Instituto Liberal do Rio de Janeiro e da Sociedade de Estudos Filosóficos e Interdisciplinares da Universidade. Autor de: "Problemas de Filosofia da Linguagem"; "O Dizível e O Indizível"; "Ética Mínima Para Homens Práticos"; "O Problema da Ficção na Filosofia Analítica"; "Ceticismo ou Senso Comum?"; "Deus Existe? Uma Investigação Filosófica" e "Liberdade ou Igualdade".
E-mail: xerxes39@gmail.com


Publicado no site "Parlata".
Segunda-feira, 05 de maio de 2008.



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