Tuesday, June 09, 2009

MONSIEUR "BAVARD" EM UM PAÍS COM HÍMEN COMPLACENTE.






























França elogia militares brasileiros
Apesar dos disparates do ministro Nelson "Jim das Selvas" Jobim (Defesa), virou unanimidade entre os leitores dos principais jornais franceses a atuação da Marinha e da Aeronáutica do Brasil na tragédia do voo 447. São só elogios pela rapidez e seriedade de nossos militares, ironizando a lentidão nas buscas do governo francês com mais recursos e equipamento moderno. Muitos agradecem, comovidos, aos brasileiros.

Publicado no site "claudiohumberto.com.br".
Quarta-feira 10 de junho de 1009, 00h00.


ENTENDEU MONSIEUR "BAVARD", OU PRECISA DESENHAR? MILITARES!
Aqueles que Vossa Excremência nunca foi , não é, como também nunca será!



O ministro insensato, o sino sumido e a Constituição violentada
por Augusto Nunes

Em outubro de 2003, o Brasil foi confrontado com um crime que, praticado 15 anos antes pelo deputado constituinte Nelson Jobim, assumiu dimensões bem mais perturbadoras ao ser revelado por um Nelson Jobim já vestindo a toga de ministro do Supremo Tribunal Federal. Com a naturalidade de quem explica por que prefere chimarrão a café, o ex-parlamentar do PMDB gaúcho confessou ter infiltrado na Constituição de 1988, cujo texto definitivo lhe coube redigir, dois artigos que não haviam sido votados, muito menos discutidos no plenário.

Se o país tivesse juízo, a reação indignada obrigaria Jobim a devolver a toga, identificar os textos contrabandeados (para que fossem prontamente expurgados), pedir perdão ao povo em geral e a seus eleitores em particular, voltar aos Rio Grande do Sul e ali ficar à espera da intimação para explicar-se no tribunal. Se o Brasil fosse sensato, milhões de cidadãos ultrajados estariam tentando entender como pôde quem faz uma coisa dessas ter virado ministro da Justiça e depois ministro da corte incumbida de decidir o que é ou não é constitucional.

Como o país não tem juízo e raramente é sensato, fez de conta que Jobim continuava, na terceira idade, tão brincalhão quanto o estudante de direito que fez parte do grupo que furtou o sino da faculdade e, em vez de devolver o símbolo da instituição, transformou-o em troféu de uma confraria de marmanjos. Nações com hímen complacente não gritam nem quando a Constituição é afrontada.

Três dias depois da revelação, o réu confesso voltou espontaneamente ao tema para garantir que não agira sozinho. As infiltrações ilegais, alegou, foram encomendadas pelo deputado Ulysses Guimarães, presidente da Assembléia Nacional Constituinte morto no começo dos anos 90. Ulysses não viveu para confirmar ou desmentir a versão que o reduz a mandante do crime de falsificação de documento público.

Por se achar muito brincalhão, ele costuma tratar coisas sérias com a leviandade do garotão que ajudou a fundar a Ordem do Sino. Brinca de general, almirante, brigadeiro, até já incorporou o herói de araque Jobim das Selvas para duelar com a sucuri. Era previsível que acabasse brincando com o que mata, fere, espanta, dói, atormenta, traumatiza. Um acidente aéreo apavorante, por exemplo.


Augusto Nunes da Silva é jornalista, nascido em Taquaritinga, interior de S. Paulo, foi redator-chefe da revista Veja, diretor de redação das revistas Época e Forbes, dos jornais O Estado de S. Paulo, Gazeta Mercantil e Zero Hora, além de diretor-executivo do Jornal do Brasil. Foi também apresentador do programa Roda Vida da TV Cultura e do programa "Verso & Reverso" da TVJB. Augusto Nunes escreveu diversos livros, entre os quais: "Minha Razão de Viver - Memórias de um Repórter" (livro de memórias de Samuel Wainer), "Tancredo" (biografia de Tancredo Neves), "O Reformador: um Perfil do Deputado Luís Eduardo Magalhães" e "A Esperança Estilhaçada", sobre a atual crise política, entre outros. É um dos personagens do livro "Eles Mudaram a Imprensa", da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que selecionou os seis jornalistas mais inovadores dos últimos 30 anos, além de ter ganho por quatro vezes o Prêmio Esso de Jornalismo. Atualmente, Nunes escreve uma coluna na edição eletrônica da Revista VEJA.




Publicado na seção Direto ao Ponto da "Coluna do Augusto Nunes".
Sábado, 06 de junho de 2009.



UMA BOIAÇU PARA DOIS BOIOLAS.











































Franceses criticam as declarações de Jobim.
por Andrei Netto (Paris)

Ministro da Defesa descartou explosão ou incêndio, mas investigadores e especialistas são mais prudentes.

As declarações do ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, anteontem, descartando as hipóteses de uma explosão e de um incêndio no Airbus A330-200 foram vistas com ceticismo e críticas, ontem, na França, antes mesmo de a Marinha confirmar que os destroços recolhidos não eram do avião da Air France. Enquanto as autoridades dizem que nenhuma hipótese pode ser descartada, especialistas reiteraram que, mesmo em caso de explosão, o combustível transportado pela aeronave poderia não se pulverizar no oceano.

Em entrevista coletiva concedida na quarta-feira no Rio de Janeiro, Jobim afirmou que a concentração de óleo em uma mancha no Oceano Atlântico - que depois foi descartada como sendo do avião - indicaria que o Airbus teria colidido contra a água e não se partido em pleno voo. "A existência de mancha de óleo pode eventualmente excluir uma explosão", avaliou Jobim.

Em Paris, a declaração repercutiu na imprensa porque, pela primeira vez, uma autoridade de um dos dois países envolvidos no caso descartou hipóteses relacionadas às causas do acidente com o voo AF 447. Procurada pelo Estado, a direção do Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil (BEA) se recusou a comentar a posição de Jobim. O órgão é o responsável pela investigação, já que o desastre aconteceu em águas internacionais e com avião matriculado na França.

Na manhã de quarta-feira, Paul-Louis Arslanidan, diretor da entidade, havia reafirmado que nenhuma hipótese poderia ser descartada no atual momento das investigações, antes da recuperação dos primeiros destroços e das caixas-pretas.

O silêncio também foi adotado pelo porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas da França, Patrick Prazuck. Segundo ele, a instituição não se envolverá em questões técnicas, relativas à investigação do acidente, nem se posicionará sobre as declarações do ministro brasileiro.

Entre especialistas, a presteza com que Jobim descartou a possibilidade de uma explosão no Airbus A330 gerou críticas. Para Eric Derivry, porta-voz do Sindicato de Pilotos da França e comandante de um aparelho idêntico ao destruído no acidente, os comentários do ministro podem, mais do que serem precipitados, serem errados.

"Mesmo quando uma aeronave sofre uma explosão em pleno voo, partes importantes de sua fuselagem podem ficar inteiras. Este pode ter sido o caso dos reservatórios de querosene", estimou. "Eles podem não ter sido fragmentados até o choque com o mar, o que explicaria um vazamento posterior e uma mancha."

FALADOR?

A velocidade das conclusões do ministro Jobim também foi explorada pela imprensa do país. A maior parte dos veículos se agarrou à informação como um passo à frente nas investigações. Outros foram mais céticos. Na emissora de TV TF1, a mais importante rede da França, Jobim foi chamado de "bavard", que em francês significa "indiscreto" ou "falador". Na concorrente France 2, uma reportagem afirmou que "a França é mais prudente antes de falar".


Publicado no jornal "O Estado de S. Paulo" (Cidades - Metrópole).
Sexta-feira, 05 de junho de 2009.










Jobim das Selvas ressurge no papel de especialista em desastres aéreos – Augusto Nunes





2 comments:

Blog de um Brasileiro said...

como se diz aqui em Itabuna, botou pocando...

DEFENSORES DE PONTEZINHA said...

Como se diz aqui em na terra do prisidenti, rasgou o verbo, mais...
Se o homi aparecer, o outrora orgulho dos brasileiros íntegros a força armada da sua pátria, submissa se perfilará e prestará continência aos chefes da corja que rasga e joga no lixo a constituição, na lama a soberania de um povo e a honra de muitos brasileiros que por amor cumpriu o juramento que fizeram ante a bandeira, e por ela deram suas vidas.
Alguém consegue fazer vergonha a quem nunca teve?
Então falar não vai adiantar nada, o que importa é que se cumpra a constituição. E esta já foi falsificada, desmoralizada, desrespeitada tantas vezes que já se tornou segundo palavras de quem a deveria proteger e cumprir, um papel onde escreveram um bocado de tolices.
Esqueçam as canetas e os teclados, o tempo da poesia terminou.

 
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