PÁTRIA E HONRA
por Bader
Senhores generais, vós que sempre encarnais as melhores tradições do nosso glorioso Exército, vós que fostes permanentemente o bom exemplo para as gerações jovens, vós que sempre honrastes as nossas armas, onde estais neste momento em que a Pátria está ameaçada por inimigos internos e externos?
Acaso não percebeis quão vulneráveis estão as nossas fronteiras? Acaso não notastes que se criou um paredão de extremismo em nossas vizinhas, do Paraguai à Bolívia, ao Equador, à Venezuela, à Guiana?
Vossas experiência e capacidade devem estar à disposição do Brasil, jamais em torno de eventuais governos que não se revestem do aparato da legitimidade porque não cumprem a Constituição, não asseguram o exercício incontrastável da autoridade, dos poderes constituídos e não defendem os interesses genuínos do povo brasileiro.
Que Poderes são estes sob os quais pareceis jugulados? Um Executivo corrompido pela pestilência de uma corrupção desenfreada, escondida pela mídia? Um Legislativo que se transformou em casa de vantagens para cinco centenas de “eleitos” através, em sua maioria, de processo espúrio de compra de votos? Um Judiciário que se transforma em casta, em capitania hereditária, passando a toga de pai para filho?
Um apelo vindo do fundo dos corações brasileiros pede assumíeis a soberania do País, encarregando-vos do tesouro inestimável da honra nacional. Nesse domínio, não podereis, por nada deste mundo, renunciar, transigir, sem que sobre vós venha a cair no futuro o desprezo da própria História.
Tendeis o dever de desempenhar o honroso papel de defensores perpétuos da Nação, das suas tradições, das suas legítimas aspirações, dos seus sonhos e de suas esperanças. Deveis subordinar ao interesse comum os elementos diversos da Pátria, preservar-lhe as instituições com as armas de que dispões. Conduzi-la à salvação, ao reencontro com o futuro, com a dignidade na vida pública, até a altura em que instituições renovadas e dignas possam receber de vossas mãos o encargo de liderar o nosso amado povo.
Tomais depressa uma decisão. O tempo conspira contra tudo que nos é sagrado. Anuncieis, primeiro nos quartéis, depois para a sociedade, a decisão irretratável de doravante não mais permitir ofensas à lei e à ordem. Tomais em vossas mãos, sem hesitação, as responsabilidades reclamadas pela paz social, pelo desenvolvimento, pela prosperidade. Em vós se concentra a atenção do povo brasileiro. Aquele povo que pensa, que não se vende pela oferta de óbolos caritativos pagos pelos cofres públicos; aquele povo que trabalha e paga impostos, que não vive na sonegação, nos negócios escusos, nas sociedades secretas e abertas do crime organizado.
Por que motivos tendeis a necessidade de tomar logo uma decisão? Porque para vós convergem os sentimentos mais comoventes dos que amam esta Pátria Brasileira e não a querem escrava do extremismo ideológico que infesta todas as instituições nacionais e mesmo os chamados Três Poderes.
Como disse Chamfort*, os razoáveis duram, os apaixonados vivem. Não queremos apenas durar. Não vale a pena viver sem honra, viver na desgraça de um País tão rico e tão saqueado, tão forte e tão enfraquecido pelos seus maus filhos.
Eis-vos em face de vós mesmos. Para esta previsível confrontação há atitudes a tomar, planos a fazer, sem ilusões de que a batalha será vencida facilmente. Contudo, tendeis um Exército sólido, disciplinado e coerente. Tendeis a bandeira da verdade e da justiça. Sem iludir-vos sobre os obstáculos do caminho, o poderio do inimigo, a sua capacidade de influenciar a opinião pública, a hostilidade dos vencidos de ontem e agora encastelados no Poder, tereis a clarividência, a firmeza e a habilidade de, como um bloco monolítico, dominar até ao fim das provações que infelizmente ainda nos esperam.
Se for inevitável a luta, que venha a luta. Se é preciso lutar, que começais ainda hoje os indispensáveis preparativos antes que seja tarde; mostrais a todos os caminhos da salvação nacional. Muitos já se vos juntaram e muitos outros aguardam vossas ordens de comando. Do fundo do abismo, o Brasil se levanta e sobe com esforço a encosta.
Querida Pátria! Aqui estamos para servi-la!
Acaso não percebeis quão vulneráveis estão as nossas fronteiras? Acaso não notastes que se criou um paredão de extremismo em nossas vizinhas, do Paraguai à Bolívia, ao Equador, à Venezuela, à Guiana?
Vossas experiência e capacidade devem estar à disposição do Brasil, jamais em torno de eventuais governos que não se revestem do aparato da legitimidade porque não cumprem a Constituição, não asseguram o exercício incontrastável da autoridade, dos poderes constituídos e não defendem os interesses genuínos do povo brasileiro.
Que Poderes são estes sob os quais pareceis jugulados? Um Executivo corrompido pela pestilência de uma corrupção desenfreada, escondida pela mídia? Um Legislativo que se transformou em casa de vantagens para cinco centenas de “eleitos” através, em sua maioria, de processo espúrio de compra de votos? Um Judiciário que se transforma em casta, em capitania hereditária, passando a toga de pai para filho?
Um apelo vindo do fundo dos corações brasileiros pede assumíeis a soberania do País, encarregando-vos do tesouro inestimável da honra nacional. Nesse domínio, não podereis, por nada deste mundo, renunciar, transigir, sem que sobre vós venha a cair no futuro o desprezo da própria História.
Tendeis o dever de desempenhar o honroso papel de defensores perpétuos da Nação, das suas tradições, das suas legítimas aspirações, dos seus sonhos e de suas esperanças. Deveis subordinar ao interesse comum os elementos diversos da Pátria, preservar-lhe as instituições com as armas de que dispões. Conduzi-la à salvação, ao reencontro com o futuro, com a dignidade na vida pública, até a altura em que instituições renovadas e dignas possam receber de vossas mãos o encargo de liderar o nosso amado povo.
Tomais depressa uma decisão. O tempo conspira contra tudo que nos é sagrado. Anuncieis, primeiro nos quartéis, depois para a sociedade, a decisão irretratável de doravante não mais permitir ofensas à lei e à ordem. Tomais em vossas mãos, sem hesitação, as responsabilidades reclamadas pela paz social, pelo desenvolvimento, pela prosperidade. Em vós se concentra a atenção do povo brasileiro. Aquele povo que pensa, que não se vende pela oferta de óbolos caritativos pagos pelos cofres públicos; aquele povo que trabalha e paga impostos, que não vive na sonegação, nos negócios escusos, nas sociedades secretas e abertas do crime organizado.
Por que motivos tendeis a necessidade de tomar logo uma decisão? Porque para vós convergem os sentimentos mais comoventes dos que amam esta Pátria Brasileira e não a querem escrava do extremismo ideológico que infesta todas as instituições nacionais e mesmo os chamados Três Poderes.
Como disse Chamfort*, os razoáveis duram, os apaixonados vivem. Não queremos apenas durar. Não vale a pena viver sem honra, viver na desgraça de um País tão rico e tão saqueado, tão forte e tão enfraquecido pelos seus maus filhos.
Eis-vos em face de vós mesmos. Para esta previsível confrontação há atitudes a tomar, planos a fazer, sem ilusões de que a batalha será vencida facilmente. Contudo, tendeis um Exército sólido, disciplinado e coerente. Tendeis a bandeira da verdade e da justiça. Sem iludir-vos sobre os obstáculos do caminho, o poderio do inimigo, a sua capacidade de influenciar a opinião pública, a hostilidade dos vencidos de ontem e agora encastelados no Poder, tereis a clarividência, a firmeza e a habilidade de, como um bloco monolítico, dominar até ao fim das provações que infelizmente ainda nos esperam.
Se for inevitável a luta, que venha a luta. Se é preciso lutar, que começais ainda hoje os indispensáveis preparativos antes que seja tarde; mostrais a todos os caminhos da salvação nacional. Muitos já se vos juntaram e muitos outros aguardam vossas ordens de comando. Do fundo do abismo, o Brasil se levanta e sobe com esforço a encosta.
Querida Pátria! Aqui estamos para servi-la!
(*) NR. Sébastien-Roch Nicolas de Chamfort (1741-1794). Escritor, autor e humorista francês.
Bader é um membro do Grupo Guararapes.
Publicado no site do Grupo Guararapes.
Terça-feira, 20 de maio de 2008.
http://bootlead.blogspot.com
PÁTRIA E HONRA – Bader
Os homens certos no lugar certo – Olavo de Carvalho
2 comments:
Boot, profundo texto... mandemos via e-mail de modo circular, para ver se chega nos interessados... vivemos num mundo em que a força ainda é o prumo e o fiel da balança... parabéns pela brilhante postagem... tem outra enquete lá no clausewitz... essa não vai te deixar com tanta dúvida... abração
Infelizmente os atuais comandantes das Forças Armadas, na medida em que silenciam diante da comunalha, correm o risco de acabar como vassalos, como ocorreu na Alemanha de Hitler!
Suzy
Direto do Abismo!
[http://darkabysses.blogspot.com ]
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