Pode ser que ele esteja maluco
por João Ubaldo Ribeiro
Sei que, para os lulistas religiosos, a ressalva preliminar que vou fazer não adiantará nada. Pode ser até tida na conta de insulto ou deboche, entre as inúmeras blasfêmias que eles acham que eu cometo, sempre que exponho alguma restrição ao presidente da República. Mas tenho que fazê-la, por ser necessária, além de categoricamente sincera. Ao sugerir, como logo adiante, que ele não está regulando bem do juízo, ajo com todo o respeito. Dizer que alguém está maluco, principalmente alguém tido como sagrado, pode ser visto até como insulto, difamação ou blasfêmia mesmo. Mas não é este o caso aqui. Pelo menos não é minha intenção. É que às vezes me acomete com tal força a percepção de que ele está, como se diz na minha terra, perturbado da idéia que não posso deixar de veiculá-la. É apenas, digamos assim, uma espécie de diagnóstico leigo, a que todo mundo, especialmente pessoas de vida pública, está sujeito.
Além disso, creio que não sou o único a pensar assim. É freqüente que ouça a mesma opinião, veiculada nas áreas mais diversas, por pessoas também diversas. O que mais ocorre é ter-se uma certa dúvida sobre a vinculação dele com a realidade. Muitas vezes - quase sempre até -, parece que, quando ele fala "neste país", está se referindo a outro, que só existe na cabeça dele. Há alguns dias mesmo, se não me engano e, se me engano, peço desculpas, ele insinuou ou disse claramente que o Brasil está, é ou está se tornando um paraíso. Fez também a nunca assaz lembrada observação de que nosso sistema de saúde já atingiu, ou atingirá em breve, a perfeição, até porque está ao alcance de qualquer cidadão, pela primeira vez na História deste país, ter absolutamente o mesmo tratamento médico que o presidente da República.
Tal é a natureza espantosa das declarações dele que sua fama de mentiroso e cínico, corrente entre muitos concidadãos, se revela infundada e maldosa. Ele não seria nem mentiroso nem cínico, pois não é rigorosamente mentiroso quem julga estar dizendo a mais cristalina verdade, nem é cínico quem tem o que outros julgam cara-de-pau, mas só faz agir de acordo com sua boa consciência. Vamos dar-lhe o benefício da dúvida e aceitar piamente que ele acredita estar dizendo a absoluta verdade.
Talvez haja sinais, como dizem ser comum entre malucos, de uma certa insegurança quanto a tal convicção, porque ele parece procurar evitar ocasiões em que ela seria desmentida. Quando houve o tristemente célebre acidente aéreo em Congonhas, a sensação que se teve foi a de que não tínhamos presidente, pois os presidentes e chefes de governo em todo o mundo, diante de catástrofes como aquela, costumam cumprir o seu dever moral e, mesmo correndo o risco de manifestações hostis, procuram pessoalmente as vítimas ou as pessoas ligadas a elas, para mostrar a solidariedade do país. Reis e rainhas fazem isso, presidentes fazem isso, primeiras-damas fazem isso, premiers fazem isso. Ele não. Talvez tenha preferido beliscar-se para ver ser não estava tendo um pesadelo. Mandou um assessor dizer umas palavrinhas de consolo e somente três dias depois se pronunciou a distância sobre o problema. O Nordeste foi flagelado por inundações trágicas, o Sul assolado por seca sem precedentes, o Rio acometido por uma epidemia de dengue, ele também não deu as caras. E recentemente, segundo li nos jornais, confidenciou a alguém que não compareceria a um evento público do qual agora esqueci, por temer receber as mesmas vaias que marcaram sua presença no Maracanã.
Portanto, como disse Polônio, personagem de Shakespeare, a respeito do príncipe Hamlet, há método em sua loucura. Não é daquelas populares, em que o padecente queima dinheiro (somente o nosso, mas aí não vale) e comete outros atos que só um verdadeiro maluco cometeria. Ele construiu (enfatizo que é apenas uma hipótese, não uma afirmação, porque não sou psiquiatra e longe de mim recomendar a ele que procure um) um universo que não pode ser afetado por cutucadas impertinentes da realidade. Notícia ruim não é com ele, que já tornou célebre sua inabalável agnosia ("não sei de nada, não ouvi nada, não tive participação nenhuma") quanto a fatos negativos. Tudo de bom tem a ver com ele, nada de ruim partilha da mesma condição.
Agora ele anuncia que, antes de deixar o mandato, vai registrar em cartório todas as suas realizações, para que se comprove no futuro que ele foi o maior presidente que já tivemos ou podemos esperar ter. Claro que se elegeu, não revolucionariamente, mas dentro dos limites da ordem (?) jurídica vigente, com base numa série estonteante de promessas mentirosas e bravatas de todos os tipos. Não cumpriu as promessas, virou a casaca, alisou o cabelo, beijou a mão de quem antes julgava merecedor de cadeia e hoje é o presidente favorito dos americanos, chegando mesmo, como já contou, a acordar meio aborrecido e dar um esbregue em Bush. Cadê as famosas reformas, de que ouvimos falar desde que nascemos? Cadê o partido que ia mudar nossos hábitos e práticas políticas para sempre? O que se vê é o que vemos e testemunhamos, não o que ele vê. Mas ele acredita o contrário.
Acredita, inclusive, nas pesquisas que antigamente desdenhava, pois os resultados o desagradavam. Agora não, agora bota fé - e certamente tem razão - depois que comprou, de novo com o nosso dinheiro, uma massa extraordinária de votos. Não creio que ele se julgue Deus ainda, mas já deve ter como inevitável a canonização e possivelmente não se surpreenderá, se lhe contarem que, no interior do Nordeste, há imagens de São Lula Presidente e que, para seguir velha tradição, uma delas já foi vista chorando. Milagre, milagre, principalmente porque ninguém vai ver o crocodilo por trás da imagem.
Além disso, creio que não sou o único a pensar assim. É freqüente que ouça a mesma opinião, veiculada nas áreas mais diversas, por pessoas também diversas. O que mais ocorre é ter-se uma certa dúvida sobre a vinculação dele com a realidade. Muitas vezes - quase sempre até -, parece que, quando ele fala "neste país", está se referindo a outro, que só existe na cabeça dele. Há alguns dias mesmo, se não me engano e, se me engano, peço desculpas, ele insinuou ou disse claramente que o Brasil está, é ou está se tornando um paraíso. Fez também a nunca assaz lembrada observação de que nosso sistema de saúde já atingiu, ou atingirá em breve, a perfeição, até porque está ao alcance de qualquer cidadão, pela primeira vez na História deste país, ter absolutamente o mesmo tratamento médico que o presidente da República.
Tal é a natureza espantosa das declarações dele que sua fama de mentiroso e cínico, corrente entre muitos concidadãos, se revela infundada e maldosa. Ele não seria nem mentiroso nem cínico, pois não é rigorosamente mentiroso quem julga estar dizendo a mais cristalina verdade, nem é cínico quem tem o que outros julgam cara-de-pau, mas só faz agir de acordo com sua boa consciência. Vamos dar-lhe o benefício da dúvida e aceitar piamente que ele acredita estar dizendo a absoluta verdade.
Talvez haja sinais, como dizem ser comum entre malucos, de uma certa insegurança quanto a tal convicção, porque ele parece procurar evitar ocasiões em que ela seria desmentida. Quando houve o tristemente célebre acidente aéreo em Congonhas, a sensação que se teve foi a de que não tínhamos presidente, pois os presidentes e chefes de governo em todo o mundo, diante de catástrofes como aquela, costumam cumprir o seu dever moral e, mesmo correndo o risco de manifestações hostis, procuram pessoalmente as vítimas ou as pessoas ligadas a elas, para mostrar a solidariedade do país. Reis e rainhas fazem isso, presidentes fazem isso, primeiras-damas fazem isso, premiers fazem isso. Ele não. Talvez tenha preferido beliscar-se para ver ser não estava tendo um pesadelo. Mandou um assessor dizer umas palavrinhas de consolo e somente três dias depois se pronunciou a distância sobre o problema. O Nordeste foi flagelado por inundações trágicas, o Sul assolado por seca sem precedentes, o Rio acometido por uma epidemia de dengue, ele também não deu as caras. E recentemente, segundo li nos jornais, confidenciou a alguém que não compareceria a um evento público do qual agora esqueci, por temer receber as mesmas vaias que marcaram sua presença no Maracanã.
Portanto, como disse Polônio, personagem de Shakespeare, a respeito do príncipe Hamlet, há método em sua loucura. Não é daquelas populares, em que o padecente queima dinheiro (somente o nosso, mas aí não vale) e comete outros atos que só um verdadeiro maluco cometeria. Ele construiu (enfatizo que é apenas uma hipótese, não uma afirmação, porque não sou psiquiatra e longe de mim recomendar a ele que procure um) um universo que não pode ser afetado por cutucadas impertinentes da realidade. Notícia ruim não é com ele, que já tornou célebre sua inabalável agnosia ("não sei de nada, não ouvi nada, não tive participação nenhuma") quanto a fatos negativos. Tudo de bom tem a ver com ele, nada de ruim partilha da mesma condição.
Agora ele anuncia que, antes de deixar o mandato, vai registrar em cartório todas as suas realizações, para que se comprove no futuro que ele foi o maior presidente que já tivemos ou podemos esperar ter. Claro que se elegeu, não revolucionariamente, mas dentro dos limites da ordem (?) jurídica vigente, com base numa série estonteante de promessas mentirosas e bravatas de todos os tipos. Não cumpriu as promessas, virou a casaca, alisou o cabelo, beijou a mão de quem antes julgava merecedor de cadeia e hoje é o presidente favorito dos americanos, chegando mesmo, como já contou, a acordar meio aborrecido e dar um esbregue em Bush. Cadê as famosas reformas, de que ouvimos falar desde que nascemos? Cadê o partido que ia mudar nossos hábitos e práticas políticas para sempre? O que se vê é o que vemos e testemunhamos, não o que ele vê. Mas ele acredita o contrário.
Acredita, inclusive, nas pesquisas que antigamente desdenhava, pois os resultados o desagradavam. Agora não, agora bota fé - e certamente tem razão - depois que comprou, de novo com o nosso dinheiro, uma massa extraordinária de votos. Não creio que ele se julgue Deus ainda, mas já deve ter como inevitável a canonização e possivelmente não se surpreenderá, se lhe contarem que, no interior do Nordeste, há imagens de São Lula Presidente e que, para seguir velha tradição, uma delas já foi vista chorando. Milagre, milagre, principalmente porque ninguém vai ver o crocodilo por trás da imagem.
"É que, às vezes, me acomete a percepção de que ele está, como se diz na minha terra, perturbado da idéia"
"Ao sugerir que o presidente não está regulando bem do juízo, ajo com todo o respeito"
João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro nasceu na Ilha de Itaparica, Bahia, em 23 de janeiro de 1941. Iniciou no jornalismo trabalhando como repórter no Jornal da Bahia e, tempos depois, tornou-se editor-chefe do Jornal A Tribuna da Bahia. Participou de algumas coletâneas antes de publicar seu primeiro livro, intitulado Setembro Não Tem Sentido, em 1968. Com seu segundo livro, Sargento Getúlio, de 1971, ganhou o Prêmio Jabuti. Morou nos EUA, em Portugal e na Alemanha. Participou de adaptações de textos seus e de terceiros para televisão e cinema e foi premiado e homenageado em várias partes do mundo. Atualmente assina textos semanais nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo. É um dos mais importantes escritores brasileiros contemporâneos, autor de clássicos como Viva o Povo Brasileiro, que já superou a marca dos 120 mil exemplares vendidos e é membro da Academia Brasileira de Letras. Escreveu mais de 15 livros, traduzidos em 16 países.
Publicado no jornal "O Estado de S. Paulo".
Domingo, 22 de junho de 2008.
O Testamento do Dr. Mabuse
"Quando a humanidade, subjugada pelo temor da delinqüência, se tornar louca por efeito do medo e do horror, e quando o caos se converter em lei suprema, então terá chegado o tempo para o Império do Crime." Dr. Mabuse
NR. O Dr. Mabuse é um personagem criado pelo escritor luxemburguês Norbert Jacques porém, quem deu fama ao Dr. Mabuse foi o diretor cinematográfico austríaco Fritz Lang em uma série de três filmes (a figura que antecede ao artigo de Ubaldo é uma reprodução do cartaz do primeiro filme de Lang com o personagem: "Dr. Mabuse - O Jogador" de 1924).
Dizia Mabuse então: "Só resta uma coisa de interessante: jogar com as pessoas e seus destinos". Quando seu império do crime desmorona, Mabuse enlouquece e é internado num manicômio em estado catatônico. Era o louco tomando conta do hospício, mas há método por trás da loucura; há planos traçados pela insanidade. Assim era o nazismo; assim é o comunismo; assim é o petismo. Mabuse foi profético.
Para o Dr. Baum, seu psiquiatra (e admirador secreto), Mabuse é acima de tudo, um cérebro para ser estudado, já que se caracteriza por sua absoluta singularidade, sua excepcionalidade, em algumas passagens Mabuse também é comparado com um "fantasma", cuja identidade é incerta, mutável, transitiva (uma metamorfose ambulante?). Interessante notar, que através de todo o filme de Fritz Lang, o Dr. Mabuse tem seu nome repetido pelo seus seguidores como se fosse um mantra (propaganda maciça?).
Seus projetos são complexos e envolvem, em última instância, a destruição das estruturas e instituições sociais. O seu maior disfarce é precisamente o que não esconde nada por detrás da máscara. O criminoso representa o pesadelo de um nome sem referência, numa perpétua e incômoda ausência do objeto nomeado.
O personagem Dr. Mabuse, com seus poderes hipnóticos e telepáticos, manipulava suas vítimas como marionetes, brincando com as vidas de todos os que caiam sob sua influência, cujos planos envolviam a utilização de diversas máquinas (que tal urnas eletrônicas?) e outros aparatos (bolsa-família?), capazes de auxiliá-lo no projeto de estabelecer o "Império do Crime".
Dizia Mabuse então: "Só resta uma coisa de interessante: jogar com as pessoas e seus destinos". Quando seu império do crime desmorona, Mabuse enlouquece e é internado num manicômio em estado catatônico. Era o louco tomando conta do hospício, mas há método por trás da loucura; há planos traçados pela insanidade. Assim era o nazismo; assim é o comunismo; assim é o petismo. Mabuse foi profético.
Para o Dr. Baum, seu psiquiatra (e admirador secreto), Mabuse é acima de tudo, um cérebro para ser estudado, já que se caracteriza por sua absoluta singularidade, sua excepcionalidade, em algumas passagens Mabuse também é comparado com um "fantasma", cuja identidade é incerta, mutável, transitiva (uma metamorfose ambulante?). Interessante notar, que através de todo o filme de Fritz Lang, o Dr. Mabuse tem seu nome repetido pelo seus seguidores como se fosse um mantra (propaganda maciça?).
Seus projetos são complexos e envolvem, em última instância, a destruição das estruturas e instituições sociais. O seu maior disfarce é precisamente o que não esconde nada por detrás da máscara. O criminoso representa o pesadelo de um nome sem referência, numa perpétua e incômoda ausência do objeto nomeado.
O personagem Dr. Mabuse, com seus poderes hipnóticos e telepáticos, manipulava suas vítimas como marionetes, brincando com as vidas de todos os que caiam sob sua influência, cujos planos envolviam a utilização de diversas máquinas (que tal urnas eletrônicas?) e outros aparatos (bolsa-família?), capazes de auxiliá-lo no projeto de estabelecer o "Império do Crime".
Bootlead
Veja também: O "presidente" do Brasil é um louco de pedra!
"SERVIR", NÃO "SERVIL!" – ORDEM ERRADA NÃO SE CUMPRE!
http://bootlead.blogspot.com
Pode ser que ele esteja maluco – João Ubaldo Ribeiro
4 comments:
Refutamos veementemente essa tese.
Sr. Lula da Silva sabe perfeitamente o que fala e faz (ou não faz).
Qualquer dúvida a esse respeito pode levantar, futuramente, a tese de que é inimputável.
E ele não o é.
Brevemente chegarão a ele e ele há que ser responsabilizado por todos os seus atos.
Chegarão a ele?!
Quem chegará nele?!
Você acredita em Papai Noel?
Pois eu não - tá tudo dominado, inclusive "eles"....
"VÃO CAINDO CARTAS SOBRE CARTAS NO BARALHO DO TRÁFICO DE INFLUÊNCIA! EM BREVE SE CHEGARÁ AO REI DE OUROS... NO PLANALTO!"
Cesar Maia (Prefeito da cidade do Rio de Janeiro)
A SÍNDROME DE CANUDOS! OU: A HISTÓRIA SE REPETE COMO TRAGÉDIA!
1. Entre 1896 e 1897 o Exército Brasileiro foi chamado a intervir em Canudos, um arraial muito pobre, onde um místico religioso proclamava a autonomia e reproclamava a monarquia. Custou a derrotar Canudos, pois não conseguia ocupá-lo militarmente em função das vielas irregulares do arraial. Bastavam facas para golpear os soldados perdidos entre elas. Terminou arrasando o arraial com canhonaços, eliminando grande parte dos que ali viviam.
2. De volta ao Rio, Capital na época, os soldados foram assentados no Morro da Providência com promessas de casas, que, aliás, nunca vieram e ali ficaram, vivendo no morro. A impressão que Canudos lhes causou foi de tal ordem, que chamaram o morro de Favela, uma planta/pequeno arbusto que se espalhava no morro onde ficaram acampados em frente a Canudos.
3. Mais do que isso. Numa espécie de Síndrome de Canudos (analogicamente a de Estocolmo entre seqüestrado e seqüestrador) foram ocupando definitivamente o morro, desenhando esta ocupação da mesma forma do arraial que enfrentaram, de forma desordenada, com vielas, curvas desorientadoras. Ou seja: reproduziram o desenho urbano do arraial.
4. Favela passou a ser o nome do morro e seu desenho urbano irregular passou a ser conhecido como Favela. Tanto o nome como o desenho passaram a ser o modo de ocupação e a nominação de todas as favelas, daí para frente, passando a ser uma marca dentro e fora do país, cuja significância é automática ao ser citada.
5. Hoje o Exército retorna ao morro da Favela. E retorna pelas mãos de um MÍSTICO DE AUDITÓRIO. Alguns militares incorporam as piores práticas existentes no morro e se mimetizam com o tráfico de drogas e a violência. E o que é pior: reproduzem, 110 anos depois, o mesmo desgaste de finalidade e de imagem que o Exército Brasileiro sofreu em Canudos.
Do Ex-Blog do Cesar Maia (23/06/2008)
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