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Friday, December 05, 2008

Uh, lá, lá, Lula no se vá!

Foto: O cafajeste que irá "sífu" bem mais cedo do que ele possa imaginar.































SEM QUERER QUERENDO, CHÁVEZ ENTREGA O OURO
por Bootlead

O vídeo abaixo deste texto contém uma síntese da entrevista do putrefato ditador Hugo Chávez da "bolivariana" Venezuela, concedida a correspondentes estrangeiros em Caracas no dia 24 de novembro último, ou seja, um dia após as eleições regionais para governadores e prefeitos realizadas naquele país, onde o "enrustido" tomou uma "surra" por parte do eleitorado mais esclarecido e que realmente conta na Venezuela.

Tal entrevista durou nada menos do que quatro longas e intermináveis horas de disparates e mentiras proferidas pelo indecoroso e anti-higiênico Chávez, porém quando perguntado pela correspondente da rede de televisão norte-americana CNN, a jornalista Patricia Janiot, se ele, Chávez, faria nova tentativa de aprovação de emenda constitucional sobre a sua reeleição indefinidamente, o chulo déspota além de evasivo e ofensivo na resposta à jornalista, que se prolongou por quase trinta minutos, deu-se ao desplante de intrometer-se em assuntos que só interessam a nós brasileiros e, isto em cadeia de rádio e televisão venezuelana e na presença de dezenas de correspondentes da mídia internacional.

Porém, como pode ser visto no vídeo, na altura de mais ou menos quatro minutos decorridos, o burlesco personagem, nos dá uma pista de quais são as intenções do seu parceiro brasileiro, o reles cachaceiro de Garanhuns, no que diz respeito ao tema reeleição presidencial no Brasil. Ou seja, conforme planejado pelo chefe máximo do Foro de São Paulo, o morto-vivo Fidel Castro, essa turma composta pelo próprio Cháves, Evo Morales, Rafael Correa, o tal "bispo" Fernando Lugo do Paraguai, a famiglia mafiosa-peronista dos Kirchner da vizinha república platense e, claro o nosso vagabundo-mor, o execrável Luiz Inácio, não irão largar o poder tão facilmente, eles vieram para ficar e vão fazer qualquer coisa para atingir seus objetivos.

Note-se, que até agora os citados "cachorros loucos", têm usado a democracia para atingir seus objetivos indizíveis, mesmo que as custas de fraudes eleitorais de todos os tipos e formas (principalmente através de urnas eletrônicas), compra de votos e consciências dos "homens-massa", intimidações, propaganda enganosa e subliminar, aliciamento midiático, etc. Contudo, agora que a tal crise econômica mundial começa a se propagar e instalar-se ruinosamente nos países nos quais os aprendizes de "tiranetes" nadavam às braçadas, o pânico está estabelecido. Como tal fator, "crise", escapa completamente aos seus controles e poderão levar por água abaixo seus planos de perpetuação no poder, os "moleques-do-fidel", terão que acelerar seus planos diabólicos (PAC-Plano de Aceleração Comunista), para impor suas ditaduras e, portanto como última tentativa "pacífica e democrática", tentarão já no ano que vem fazer passar, via emenda constitucional, reforma constitucional, ou até via uma assembléia constituinte exclusiva (caso brasileiro), a reeleição presidencial por prazo indeterminado. Lembrem-se: A Venezuela é o laboratório, o projeto piloto de um plano de comunização de toda a América Latina, um antigo "sonho" arquitetado pelo "lúcifer da ilha", primeiro testam a adoção de medidas ditatoriais na Venezuela, depois as impõem aos países satélites dependentes do petróleo e do dinheiro do tirano de Miraflores, e por fim em nosso país. Desta feita, não será diferente vão tentar reproduzir aqui o que o piloto de provas venezuelano fará por lá, pois o "sonho" do "lúcifer da ilha", não será realizado sem o Brasil.

Assim sendo, invoco os cidadãos brasileiros (eu disse "cidadãos", não estou referindo-me ao tal "povo", aquela cambada disforme de analfabetos funcionais, bolsistas, petistas, comunistas, emessetistas, cutistas e todos estes "istas" que o demônio "caga" diariamente nas esquinas e grotões deste país chamado Brasil), para que fiquem atentos aos sinais que começarão a pipocar aqui e ali, já a partir de janeiro próximo, via impren$a vendida, deputado$ da "ba$e alienada", empre$ário$ de $uce$$o e outro$ meno$ cotado$, para que seja dada a partida ao "Uh, lá, lá, Lula no se vá!".

Atenção: Essa será a última e desesperada tentativa da "canalha comunista" de impor sua ditadura vermelha sem sangue, o que não é habitual por parte daquela raça maldita, caso não obtenham êxito nos seus intentos, partirão sem hesitar para o confronto e a violência, enfim, será instalado o caos inerente a uma guerra civil fratricida, feroz, cruel e sangrenta. É só uma questão de tempo e, como repetia o ex-presidente Collor sensatamente: "O tempo é o senhor da razão!".

Ops! Alguém aí perguntou pelos militares? Respondo: Vão bem obrigado, cumprindo seus deveres constitucionais e ansiosos para receber brevemente com toda a pompa, galhardia e rapapé possíveis, o venerado primeiro-irmão do "lúcifer da ilha", o assassino atroz Raúl Castro, também este, outro "enrustido", conhecido nos antros da pederastia de La Habana como "Raulzito" ou "La China", na dúvida perguntem a Juana de la Caridad (Juanita) Castro Ruz, irmã dos demônios cubanos. Antes porém, no dia oito deste mes, a alta cúpula (atenção eu disse cúpula) das nossas pundonorosas forças participarão do grande almoço festivo anual com o chefete, que nessas ocasiões costuma tratá-los por "bando". O "prato de resistência" deste ano será "Sapos à Moda Petista", iguaria esta, muito apreciada pelos comensais, já que estão habituados a engoli-los com regularidade.





Click na SETA ou no botão PLAY, para ativar o vídeo.


Uh, ah, Chávez no se vá
editorial do jornal O Estado de S. Paulo

O caudilho Hugo Chávez não se emenda. Durante a campanha para as eleições regionais de novembro, ele ameaçou deixar à míngua de recursos os Estados e municípios que elegessem candidatos oposicionistas. A estes ameaçou de prisão, simplesmente porque a perspectiva de sua vitória eleitoral colocava em risco o projeto do "socialismo do século 21". Temendo que isso não bastasse para intimidar os candidatos e influenciar o eleitorado, mais de uma vez anunciou que mandaria tanques e blindados para esmagar os "traidores". Na véspera do pleito, advertiu que, se perdesse o controle dos Estados e municípios mais populosos, 2009 seria "um ano de guerra" com seus oponentes. Os novos governadores e prefeitos imediatamente depois de eleitos se ofereceram para trabalhar em conjunto com o governo federal para superar os problemas econômicos e sociais do país.

Mas Hugo Chávez declarou guerra aos novos governantes, alegando que os "fascistas" não têm outro plano para governar, além do de derrubá-lo com a ajuda do "império" e do "paramilitarismo colombiano". E conclamou seus partidários a "varrer do mapa" os oposicionistas. Também ordenou às Forças Armadas que se preparem para eventualmente "neutralizar" as forças policiais dos governos de oposição - cujos chefes, lembrou o ministro da Justiça, só podem ser nomeados após a aprovação do governo central, como manda a "lei habilitante" aprovada em outubro. Invocando outra "lei habilitante", Chávez retirou do governador distrital de Caracas - da oposição - a competência para administrar escolas, hospitais e outras instalações metropolitanas.

Concluída a manobra de intimidação dos oposicionistas que conquistaram nas urnas os governos das cidades e regiões mais ricas e populosas do país, o coronel golpista passou a tratar do que realmente lhe interessa. Mandou o seu Partido Socialista Unificado da Venezuela preparar, imediatamente, um projeto de emenda constitucional que permita sua reeleição indefinida. O projeto deve estar pronto em janeiro, para ser votado em referendo em fevereiro.

"Não quero passar 2009 discutindo se Chávez é um tirano, se não é um tirano, se é meio tirano, se é isso ou aquilo. Uma jornada longa, não", esclareceu o caudilho. E anunciou que o lema dessa "batalha" será Uh, ah, Chávez no se vá, convocando para a luta os "batalhões" e "patrulhas" das milícias bolivarianas. De quebra, foi avisando que "não existe chavismo sem Chávez, nem dissidentes, mas traidores".

Quando os venezuelanos rejeitaram em referendo, há um ano, a constituição bolivariana, que condenaria o país a um regime totalitário, chefiado por um ditador vitalício, Hugo Chávez anunciou publicamente que não voltaria a apresentar um projeto de emenda constitucional para se perpetuar no poder. E Chávez, como se sabe, é um homem de palavra. A nova emenda não será apresentada por ele, mas pela Assembléia Nacional, onde se contam nos dedos das mãos os deputados que se opõem a seus projetos ditatoriais. Se for levantada a inconstitucionalidade da proposta - pois a Constituição em vigor, aliás redigida por Chávez em 1999, proíbe a realização de referendo sobre matéria já derrotada, numa mesma legislatura -, o caso irá ao Tribunal Supremo de Justiça, composto também por fiéis seguidores do caudilho.

É mais que provável, portanto, que o novo projeto seja submetido a referendo no exíguo prazo determinado por Chávez. Sua pressa não se deve ao alegado desejo de não sustentar um debate sobre se é ou não tirano. O fato é que a popularidade do ditador continua alta, mas diminui rapidamente a possibilidade de impor sua vontade e seus projetos aos venezuelanos. Perdeu o referendo do ano passado, sofreu uma grave derrota nas eleições regionais de 23 de novembro e as oposições, antes fragmentadas, finalmente descobriram que a união é o único caminho para vencer o ditador.

Além disso, os venezuelanos estão se dando conta de que a retórica revolucionária de Chávez tem um custo elevadíssimo. Não falta dinheiro para financiar movimentos bolivarianos na Bolívia, Equador, Nicarágua e Cuba. Mas na Venezuela faltam bens de primeira necessidade, moradias e condições dignas de vida, pioradas por uma grave crise fiscal e uma inflação de mais de 30%.


Publicado no jornal "O Estado de S. Paulo" (Editorial Opinião).
Quinta-feira, 04 de dezembro de 2008.










Santa Catarina: Gastos, desastres, acidentes? NÃO!




As três faces de um canalha – Cel Paulo Carvalho Espíndola



Monday, September 29, 2008

Foro de Sao Paulo: El holocausto comunista de América Latina.










































"América Latina está gobernada por el Foro de Sao Paulo"
por Antonio Sánchez García

Antonio Sánchez García afirma que "salvo dignas y muy escasas excepciones, América Latina está gobernada por el Foro de Sao Paulo y sus vicarios de la izquierda en todos sus matices".

Salvo dignas y muy escasas excepciones, América Latina está gobernada por el Foro de Sao Paulo y sus vicarios de la izquierda en todos sus matices. En el reparto de roles, como en una película de Hollywood, unos hacen del buen policía, juicioso y moderado, otros el del policía zafio y brutal. El concierto de sus aspiraciones es la misma: controlar la región y avanzar tanto como se pueda en su labor de zapa de la institucionalidad democrática y el descoyuntamiento de nuestra tradición republicana.

No importa que entre unos y otros(as) haya diferencias tácticas en asuntos puntuales. Como por ejemplo el tratamiento de la crisis boliviana – impuesta a macha martillo por Evo Morales - o las relaciones con los Estados Unidos. A efectos de la manada, el propósito no cambia un ápice: desbancar los sistemas prevalecientes desde hace dos siglos, transformar de raíz la constelación de nuestras relaciones internacionales, liquidar las llamadas burguesías locales y montar sistemas de dominación unidimensionales de intensidad variables: abiertamente totalitarias en donde ello sea posible – Venezuela, Nicaragua, Ecuador, Bolivia – caudillescas y opresoras donde la propia tradición imponga dictaduras "perfectas", como en la Argentina mafiosa y peronista, y socialdemócratas respetuosas a lo interno donde el cuero no de para más, como en Chile y en Brasil.

Si el caso de Venezuela no puede ser más elocuente, el de Bolivia no lo es menos. En el caso venezolano, que vive la peor crisis de su historia, desde Lula a Michelle Bachelet han construido un parapeto protector que consolida la violación de la constitución y los atropellos a los derechos humanos, impidiendo que los organismos multilaterales – desde la ONU a la OEA y desde el ALBA a UNASUR – exijan la aplicación de correctivos enmarcados en sus declaraciones de principio.

Poco importa que entre los atropellados haya altos funcionarios internacionales de su propia ciudadanía, como José Miguel Vivanco y Human Rights Watch. Las Cartas Democráticas de la OEA y de Ushuaia son meramente decorativas: sirven de mascaradas a los miembros del Club, intocables todos y solidarios unos a otros por principio. El de Bolivia reitera el mismo tratamiento: no se va en auxilio del pueblo boliviano, sino de su gobernante. Al que se le tira un salvavidas para que tome un segundo aire y pueda arremeter con los ímpetus de siempre una vez controlado el volcán sobre el que se asienta.

Finalmente sigue Bolivia, como el Ecuador, el mismo guión preestablecido en el Foro y puesto en acción con la asesoría de Fidel Castro y el financiamiento de Hugo Chávez.

El Club acaba de hacer su estreno en las grandes ligas de la diplomacia en la Asamblea General de la ONU en Nueva York. Por cierto: en medio de la crisis financiera global, que viene como anillo al dedo para desviar la atención de los problemas prioritarios de nuestra región, como el terrorismo, el narcotráfico, la inseguridad, las violaciones y sobre todo la pobreza.

Por cierto: con una impudicia indigna de su aparente sobriedad, ha expresado allí uno de los miembros del Club – la Sra. Bachelet – una afirmación no sólo absurda y peregrina, sino insólita: con los 750 mil millones de dólares con que la reserva federal auxilia al sistema financiero de los Estados Unidos se hubiera podido resolver el problema de la pobreza en el planeta.

¿Cinismo o estulticia? Olvida expresamente la Sra. Bachelet que esa es exactamente la cantidad de dinero de que ha dispuesto su par el teniente coronel Hugo Chávez en nueve años de gobierno, durante los cuales no sólo ha agravado el problema de la pobreza, sino que ha arruinado aún más a un modesto país de 1 millón de kilómetros cuadrados y 28 millones de habitantes. Sumiéndolo en la depauperación y la criminalidad. Si el Foro fuera el encargado de repartir ese dinero, a personajes como Mugabe y Daniel Ortega, ya nos imaginamos los resultados.

Ahora se reúnen en Manaus. Lula, el director de la orquesta, pedirá que los trombones de Chávez y los charangos de Evo no desentonen demasiado. Que falta todavía un buen trecho por recorrer. De paso se aprovechará de la circunstancia para afianzar sus negocios, que al fin y al cabo sus electores todavía son brasileños: agarrarse el gas para su burguesía neo imperialista y seguir exportando huevos y construyendo puentes en las tierras del mejor presidente de Venezuela en sus últimos cien años. Malos, muy malos tiempos los de estas democracias paridas en el Foro de Sao Paulo. Así no quiera creerlo Teodoro Petkoff: nos llevarán a la ruina.


Antonio Sánchez García es historiador, filósofo, profesor, columnista en diversos medios venezolanos y autor del libros: "Dictadura o Democracia: Venezuela en la encrucijada" y "La izquierda real y la nueva izquierda en América Latina".







Publicado en el sitio "noticias24.com".
Lunes 29 de septiembre de 2008, 12h12.



A próxima crise americana – Olavo de Carvalho



"América Latina está gobernada por el Foro de Sao Paulo" – Antonio Sánchez García

Friday, April 25, 2008

Tupiniquins go home!

Figura: Stars and Stripes of the Brazilian Empire. Cucarachas: Burn this flag!

























Nós, os imperialistas
por João Mellão Neto

Isso, um dia, haveria fatalmente de acontecer. De Lenin para cá, o inimigo dos povos pobres eram os países desenvolvidos, que usavam até mesmo a força para obrigar aqueles a comerciar com desvantagem. Segundo Vladimir Ulianov - nome verdadeiro do líder da Revolução Russa, os ricos não exploravam mais os pobres em seus próprios países, preferiam unir suas forças para tirar proveito das nações menos desenvolvidas. Inimigos, por exemplo, eram os países ricos da Europa, aqueles que já haviam realizado as suas revoluções industriais.

Da 2ª Grande Guerra para cá, o inimigo mudou de endereço. Donos de praticamente metade das riquezas do mundo, era natural a eleição, como alvo preferencial, dos Estados Unidos da América. A nossa América Latina não ficou indiferente a esse movimento. Muita tinta e muito papel foram gastos por aqui para esconjurar os demônios do norte. O maior investidor em cada um dos países da América ibérica e também o maior parceiro comercial, era previsível que a opulência norte-americana despertasse a cobiça dos seus irmãos latinos, uma vez que “não havia outra explicação para o fato de eles serem tão ricos e os demais, tão pobres”. Educação, instituições, desenvolvimento tecnológico, nada disso era levado em conta, para não desafinar o canto da procissão. Os ricos são ricos tão-somente porque exploram os pobres e ponto final.

A tese, nestas plagas, ganhou finalmente a sua bíblia, o seu livro sagrado, com a publicação da rancorosa obra do uruguaio Eduardo Galeano "As Veias Abertas da América Latina", no início da década de 1970. Escritor talentoso, Galeano pôs a sua pena a serviço da ideologia e conseguiu pintar com cores demoníacas até onde nem sequer um pequeno capeta havia. "A América Latina estava inteirinha a serviço dos EUA!", concluía, alarmado, o escritor.

Li esse livro nos meus primeiros anos de universidade. Embora tudo o que fora afirmado ali fosse de difícil comprovação, o fato é que as verdades convenientes não carecem ser chanceladas pelos fatos: acredita-se nelas e pronto. Após sua leitura, tive ímpetos de tomar o primeiro quartel que avistasse. Ainda bem que não o fiz. A História é uma senhora caprichosa e ainda haveria de dar muitas voltas nos 35 anos posteriores.

A virada do jogo se deu com a posse, como presidente da Venezuela, do coronel Hugo Chávez. Surpresa! No índex do ditador, o Brasil constava pela primeira vez como um dos países exploradores e vilões. Como isso era possível? Pois não foi aqui que se produziu a maior tonelagem de livros antiimperialistas? É verdade, como também é verdade que nós possuímos o maior território da América Latina, temos a economia mais desenvolvida e, ainda por cima, falamos um idioma diferente dos demais na região. Não basta isso para assegurar a nossa candidatura ao clube das nações odiáveis?

Logo depois de Chávez, tomou o poder na Bolívia o pseudo-índio Evo Morales, que, já no dia de sua posse, declarou ser o Brasil a principal potência a ser combatida e anunciou, para logo em seguida, a expropriação de duas usinas brasileiras em território boliviano. A promessa foi cumprida na íntegra. Em seguida, assomou ao poder, no Equador, mais um líder típico, Rafael Correa. Somados estes ao casal Kirchner, da Argentina, que nunca escondeu o seu vezo peronista, e mais Alan García, que busca cumprir as suas promessas de austeridade, mas o passado o condena, temos um quadro de volta ao passado, quando todas as nações da América do Sul rezavam pela cartilha populista.

O novo populismo - que acaba de levar a Presidência do Paraguai - é mais sofisticado e complexo do que o antigo. A base popular destes novos regimes não é mais composta pelos sindicatos organizados, mas sim pelos “despossuídos”, uma massa disforme, geralmente de origem rural, que se caracteriza por “não possuir alguma coisa: seja terra, seja teto, seja o que for”. É a essa gente que arengam os novos messias, prometendo o Céu na Terra e benesses de todos os tipos. A origem dos recursos para tanto, como no populismo tradicional, é incerta. Geralmente se alega que vão conseguir concessões comerciais de países vizinhos mais desenvolvidos.

O ódio aos Estados Unidos, como não podia deixar de ser, está presente no ideário dos novos líderes, já que nossos irmãos do norte continuam sendo a nação mais rica do planeta. Mas, em se tratando de mágoa, os neopopulistas têm outras prioridades de que cuidar. O Brasil é a principal delas e se enquadra perfeitamente no perfil de “imperialista odiável”: temos um território avantajado, um parque industrial muito mais moderno e desenvolvido do que os dos nossos vizinhos e, suprema heresia, quase todos dependem do comércio conosco para a saúde de suas economias.

Quem estudou na minha época pode enrolar as suas bandeiras de luta, porque agora os imperialistas somos nós. Todo o rancor que nós destilávamos contra os Estados Unidos agora se voltou contra o Brasil. Aqueles, dentre nós, que derramaram lágrimas ao ler o livro de Eduardo Galeano hoje repensam se é totalmente verdadeira a retórica repleta de impropérios do escritor uruguaio. Afinal, os mesmos argumentos de que ele se valeu para insuflar os intelectuais latino-americanos contra os norte-americanos estão, agora, sendo usados contra nós.

O que mais impressiona nesse novo quadro político é o comportamento ambíguo do presidente Lula. O fato é que ele tem de bajular todas as correntes que o elegeram duas vezes para ocupar o Planalto. E isso implica, entre outras coisas, prestar reverência a todos os líderes sul-americanos que surgirem brandindo uma bandeira com tons avermelhados.

Triste sina a nossa!


João Mellão Neto, nasceu na cidade de São Paulo, SP em 06/11/1955, filho de comerciante de café e agro-pecuarista estudou administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas e jornalismo na Fundação Cásper Líbero. João Mellão Neto é um dos jornalistas mais lidos, comentados e acreditados da imprensa de São Paulo e do Brasil. Seus artigos são publicados, todas as sextas-feiras na página 2 do jornal "O Estado de São Paulo" e, quinzenalmente, no "Florida Review", revista em língua portuguesa que circula na comunidade brasileira em Miami, EUA. Como escritor já publicou diversos livros na área do "pensamento político liberal", tendo em vista que João Mellão também teve uma carreira política bastante diversificada para sua idade, sendo quatro vezes secretário municipal, cumpriu dois mandatos de deputado federal e foi ministro de Estado.


Publicado no jornal " O Estado de S. Paulo".
Sexta-feira, 25 de abril de 2008.





O reinado da burrice – Benedicto Ferri de Barros
 
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