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Friday, November 28, 2008

Clinton e o seu boneco de ventríloquo: "Bhobama", o entorpecedor de multidões.










































Queda-de-braço
por Olavo de Carvalho

Joseph Farah, o editor do WorldNetDaily, diz que só três razões podem explicar a operação-sumiço montada para sonegar ao público os documentos de Barack Hussein Obama: ou o sujeito nasceu mesmo no Quênia e não quer confessar que é inelegível, ou tem alguma outra coisa a esconder, ou o que pretende é vergar a espinha da nação americana, mostrando aos quatro ventos que ele, o ungido do destino, está acima da Constituição, das leis, do direito à informação e da honra nacional. Para mim, está claro que esta última hipótese, independentemente da veracidade ou não das outras duas, não é uma hipótese: é uma certeza absoluta. Ela não expressa o que Obama "pretende" fazer, mas o que já está fazendo. Apresentar-se em público com uma biografia cheia de inconsistências e recusar sobranceiramente qualquer explicação, qualquer prova, qualquer documento já é um exagero de petulância como raramente se viu. Se Obama fizesse isso tão-somente como escritor ou como figura do show business, já seria um caso de autolatria megalômana pelo menos inquietante. Mas fazê-lo no instante mesmo em que postula o cargo máximo, extorquindo do eleitorado um voto de confiança baseado na fé cega, isto a mera demência não explica. Há aí um plano, um método, um maquiavelismo embutido.

Se as metas declaradas da Presidência Obama são nebulosas e contraditórias, a lógica tácita das suas ações é bem nítida, e mais evidente ainda se torna com a presença maciça de clintonistas na sua equipe de governo. Trata-se de prosseguir fielmente a obra destrutiva de Bill Clinton, inspirada na fórmula de Scott Talbot: fomentar com dinheiro dos contribuintes americanos o crescimento de potências concorrentes e debilitar o poder militar, econômico e diplomático dos EUA, vendendo a rendição ao "multilateralismo" como se fosse coisa do mais alto interesse nacional, ao mesmo tempo que, na política interna, se aumenta o controle do Estado sobre a vida dos cidadãos e se diluem as defesas culturais do país numa poção alucinógena feita de lixo politicamente correto.

O maior obstáculo à dócil inserção dos EUA na nova ordem globalista é a Constituição americana. Por isso, tipos como Obama ou Al Gore jamais falam dela sem rosnar entre dentes e deixar entrever sua intenção de fazê-la em pedaços. Mas mudar a Constituição, sem mais nem menos, seria uma temeridade. É preciso criar a atmosfera cultural e psicológica que torne a mudança aceitável. O método clássico de fazer isso é impor a desobediência ostensiva como rotina banalizada, desde as classes altas, dessensibilizando o público mediante a negação peremptória de que algo de anormal esteja acontecendo. É precisamente o que o Partido Democrata fez ao longo de toda a campanha. Por essa razão antevi que, mesmo se perdesse as eleições, Obama sairia vencedor na queda-de-braço com a Constituição: imunizado pela chantagem racial e pela adulação descarada da mídia, ele não apenas foi dispensado do mínimo de transparência a que nenhum candidato antes dele ousara se furtar, mas até a cobrança trivial de uma prova de identidade da sua parte passou a ser tratada como um insulto racista e um sintoma de paranóia, enquanto seus opositores, culpados até prova em contrário, eram forçados a explicar-se, com testemunhas e documentos, até sobre detalhes irrisórios da sua vida pessoal. A campanha de Obama acanalhou e corrompeu o sistema eleitoral americano a tal ponto que os próprios conservadores, temerosos de admitir a realidade do descalabro, viraram os olhos e sacramentaram por omissão a normalidade do absurdo. Enquanto discutiam as propostas e perigos de uma possível Presidência Obama, tornaram-se cegos para a conduta presente do candidato, que, sem palavras, já punha essas propostas em execução com uma prepotência avassaladora e uma força irreversível. Quando a fé na solidez das instituições se torna um pretexto para não defendê-las do perigo real e imediato, é precisamente porque essa solidez já não existe senão como pretexto.


Olavo Luís Pimentel de Carvalho nasceu em Campinas, SP em 29/04/1947 é escritor, jornalista, palestrante, filósofo, livre pensador e intelectual, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros, publica regularmente seus artigos nos jornais "Diário do Comércio", "Jornal do Brasil" e no site "Mídia Sem Máscara", além de inúmeros outros veículos do Brasil e do exterior. Já escreveu vários livros e ensaios, sendo que o mais discutido é "O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras" de 1996, que granjeou para o autor um bom número de desafetos nos meios intelectuais brasileiro, mas também uma multidão de leitores devotos, que esgotaram em três semanas a primeira edição da obra, e em quatro dias a segunda. Atualmente reside em Richmond-Virginia, EUA onde mantém o site "Olavo de Carvalho" em português e inglês, sobre sua vida, obras e idéias. E-mail: olavo@olavodecarvalho.org


Publicado no "Jornal do Brasil" (Opinião).
Quinta-feira, 27 de novembro de 2008, 02h00.





Anestesia obâmica
por Heitor De Paola

Respiram aliviados os conservadores, o mercado exulta e se recupera, se abalam os revolucionários: nada de Change! Yes, we can! e mais do mesmo! Obama parece que vai apenas cumprir o terceiro mandato Clinton. Tudo como dantes no quartel de Abrantes? Nada disto, Obama mostrou ser um excelente anestesista. Como LulaLá em 2002.

Lembram? Quem diria que o governo do revolucionário Lula, com a economia nas mãos de um trotskista amigo das FARC, seguiria uma agenda ortodoxa? Sai Armínio Fraga, entra Meirelles para acalmar os banqueiros e grandes empresários: "senta que o leão é manso"!

Logo após aquela eleição escrevi um artigo, É a Educação, Estúpido!, em que mostrava que a tese de que os revolucionários fuzilam no paredón e estatizam a economia estava há muito ultrapassada. É a revolução cultural que lhes interessa e para isto a economia estável e produtiva é fundamental para aumento da carga tributária e os investimentos "sociais", preparando o momentum - as reais condições objetivas - para a ruptura institucional no futuro.

Passados seis anos, o que temos hoje aqui no Brasil? Uma economia ainda estável, uma educação catastrófica ideologizada, baseada exclusivamente no método revolucionário de Paulo Freire, o campo conflagrado pelo MST e Via Campesina, as fronteiras do país escancaradas como uma peneira, a ameaça de "nações" indígenas se formarem às custas do território nacional e até de conseguirem reconhecimento de soberania, a revolução quilombola em marcha, o movimento gay mandando e desmandando, a legalização das drogas e do aborto batendo à porta, a deterioração moral galopante, as torpes "indenizações por crimes da ditadura", a indecente carga tributária, a corrupção nunca vista, o Brasil transformado numa satrapia do Foro de São Paulo, da OEA, da ONU, das Casas Reais da Inglaterra e da Holanda, e de qualquer outra organização da "comunidade internacional", um Presidente que humilha as Forças Armadas e tripudia sobre os heróis da Pátria substituídos por revoltosos, assassinos e terroristas.

É exatamente isto que se pode esperar da futura administração Obama: agitação crescente pela ação dos "organizadores sociais", única ocupação conhecida do primeiro mandatário, do qual, aliás, não se conhece mais nada, nem sua nacionalidade e filiação. Se Lula é uma "metamorfose ambulante", Obama é um mistério coberto de mentiras e embustes.

Além disto, a agenda multilateralista dos Clintons, baseada no enfraquecimento econômico-militar gradual dos EUA e fomentando com dinheiro dos contribuintes potências estrangeiras hostis, que não pôde ser desdobrada em sua plenitude no passado, será agora levada às últimas conseqüências. Hillary no Departamento de Estado significa os Clintons incrustados no segundo cargo mais poderoso do País. É o cargo ideal para o multilateralismo e pela queda do prestígio americano. Pela Constituição americana o Secretário de Estado é irremovível por ato executivo e suas funções são amplas, não se limitando às relações exteriores. Esta agenda revolucionária que vem sendo preparada desde a luta contra a guerra do Vietnã, interrompida de tempos em tempos pelos governos Republicanos - Nixon, Reagan e Bush atual – vai cobrar seus ganhos imediatamente através dos "organizadores sociais" – leia-se agitadores de massas ou agents provocateurs - e de uma juventude desvairada, fanática, cega, manobrável e ávida de poder.

O perigo maior, no entanto, vem da subversão das instituições mais caras à tradição americana: a Constituição, o Bill of Rights e o federalismo. Obama já avisou que considera que a Constituição tem que ter uma interpretação mais flexível adaptada à realidade atual – velho sonho dos Democratas – oficializando o Direito Alternativo marxista. Sua candidatura, em si mesma, desrespeitando as normas constitucionais, visam desde o início a gradual e crescente desmoralização do principal documento que mantém o país unido e forte há mais de 200 anos. O segundo alvo é a Primeira Emenda, que proíbe o Congresso de aprovar leis que restrinjam a liberdade de imprensa, através da re-edição da Fairness Doctrine para liquidar com o predomínio dos conservadores nas rádios americanas. A doutrina, adotada em 1949 e revogada em 1987, estabelecia a obrigatoriedade de balanceamento de opiniões nos programas de rádio, a critério da Federal Communications Commission (FCC), para estimular a discussão de opiniões controversas sobre assunto de importância pública. Ao contrário desta tão magnânima intenção, ao invés de estímulo ocorreu uma maior inibição por medo de censura.

O terceiro alvo será a Segunda Emenda – a que permite a todo americano comprar, possuir e portar armas de fogo – à qual o Partido Democrata se opõe há anos. Com a simultânea formação de uma força de segurança nacional equivalente ao Exército já se pode antever o que virá: ditadura.

O quarto alvo será o federalismo através do aumento progressivo do peso do governo federal. Aí entram os pacotes de ajuda, as estatizações e um novo Homestead Act – 21, claramente socialista.

O Homestead Act (Ato da Propriedade Rural) foi uma lei criada pelo presidente Lincoln em 20 de maio de 1862. A Lei garantia a transferência de terras do Estado para pequenos agricultores, incluindo os escravos negros, definitivamente libertados pela guerra. Dava títulos de propriedade total e garantia de transmissão por herança de lotes de até 65 hectares de terra devoluta no Oeste a maiores de 21 anos que já morassem nele há 5 anos ou mais. O Homestead Act para o século 21 prevê que toda criança terá direito desde o nascimento a recursos financeiros que possibilitem sua entrada no mercado – um bolsa-família que nem Lula ousou! Imaginem a crescimento demográfico da população mais pobre para faturar um troco a mais.

Enquanto os holofotes se voltavam para a equipe econômica – mesmo sem dizer que Timothy F. Geithner, Secretário do Tesouro não tem nenhuma formação econômica ou em finanças, apenas uma graduação em política internacional – duas personagens passaram despercebidas: Melody Barnes, Diretora do Conselho de Política Interna e sua auxiliar principal, Heather A. Higginbottom, ambas ligadas a organizações financiadas por George Soros (o Center for American Progress, a New America Foundation e o American Security Project). Direta ou indiretamente as duas primeiras defendem a legalização do aborto, das drogas e da eutanásia. O ASP tem insistido em que os EUA, segundo a doutrina Bush, estão perdendo a guerra contra o terrorismo e propõe um novo projeto que prevê a tão decantada reconquista da boa imagem americana no mundo, perdida com Bush.

E a economia? Esta ficará entregue à elite de Wall Street de onde partiu a maior ajuda à campanha de Obama e de onde vem seu Secretário do Tesouro.


Heitor De Paola é médico, psicanalista, escritor e comentarista político, estudioso de filosofia, filosofia da ciência, história, ciência política e política internacional. De Paola também é articulista do jornal eletrônico Midia Sem Máscara, Jornal Inconfidência, Visão Judaica e do site Ternuma, além de autor do livro "O Eixo do Mal Latino-Americano e a Nova Ordem Mundial", editado pela "É Realizações". Para ler mais artigos do articulista, visite seu site: "Papéis avulsos".





Publicado no site "Mídia Sem Máscara".
Quinta-feira, 27 de novembro de 2008.




Carta aberta ao Grande Chefe Branco – Demétrio Magnoli



OS TOPA-TUDO SEM DINHEIRO – Maria Lucia Victor Barbosa




Clinton e o seu boneco de ventríloquo: "Bhobama", o entorpecedor de multidões

Tuesday, October 28, 2008

O crime é a extensão lógica de um tipo de comportamento
perfeitamente respeitável no mundo político e dos negócios!

Foto: "Heros Come and Heros Go", óleo sobre tela de John Alexander.








































Click AQUI se desejar ver a imagem no tamanho original (1262 x 1471)

Políticos e mafiosos
por Ipojuca Pontes

Em seu livro-denúncia "Ilícito - o ataque da pirataria, da lavagem de dinheiro e do tráfico à economia global" (Zahar Editora, Rio, 2006, R$ 49,90), Moisés Naim, com a autoridade de quem já dirigiu o Banco Mundial, afirma textualmente: "Em alguns países, traficantes e seus cúmplices controlam partidos, são donos de jornais ou estão entre os principais filantropos, escondidos por trás de ONGs. Quando seus negócios são grandes e estáveis, as redes de tráfico fazem o que tendem a fazer as grandes empresas: diversificam as atividades e investem em política".

Senso crítico aguçado, Naim considera, com riqueza de dados e informações, que, no mundo globalizado, "uma das grandes tendências é a politização do crime e a criminalização da política. Criminosos se transformam em políticos, do mesmo modo que governantes se transformam em mafiosos. No México, militares que estavam envolvidos no combate às drogas foram detidos porque faziam parte das quadrilhas. No Peru, Vladimiro Montesinos, chefe da Inteligência, tinha vínculos com o tráfico de armas. O presidente da Lituânia, Rolandas Paksas, foi preso porque era cúmplice de um grupo mafioso. É impossível que haja uma indústria desse tamanho, com tal sofisticação, sem que as autoridades sejam cúmplices".

Já é lugar-comum afirmar que o porte da indústria do crime organizado é colossal e sem fronteiras. Pois ele atua e se expande em circuito planetário, abocanhando, comprovadamente, cerca de um quarto da economia mundial. Com efeito, não só na Rússia, Japão, Estados Unidos, Itália, Brasil, etc., as máfias, com seus métodos abrangentes e dissuasivos, operam em larga escala nos mais variados negócios, a saber: tráfico de drogas e órgãos humanos, armas sofisticadas, falsificação e lavagem de dinheiro, prostituição, contrabando, jogos ilegais, seqüestros, fraudes, extorsão ou qualquer tipo de atividade que possa envolver lucro e poder.

Alguns especialistas - entre eles, Carlo Lizzani, em "Os Italianos" (Civilização Brasileira, Rio, 1965) - sugerem que a Máfia nasceu como um fato político à sombra da reação dos habitantes da Sicília contra os sucessivos invasores que ocuparam a ilha do Mediterrâneo. No século 19, para sobreviver, a sociedade embrionária passou a cobrar "proteção" dos proprietários e comerciantes nativos, atuando como milícia privada sob os olhares coniventes - e participativos - do poder público local.

[Aqui, vale lembrar o óbvio: Al Capone, o "Inimigo público nº 1 da América", jamais chegaria até onde chegou sem a conivência de juízes e prefeitos de Chicago. Por sua vez, sem o apoio interno da polícia siciliana, Salvatore "Totó" Riina, o poderoso chefão da Cosa Nostra, não ousaria liquidar o juiz italiano Giovanni Falcone. E, o mais evidente, sem contar com a larga legião de agentes da KGB e da elite do Partido Comunista, além de membros do Exército Vermelho, a máfia russa não seria hoje a mais rica e poderosa organização criminosa do mundo. Em particular na exploração do tráfico de armas, droga, prostituição, lavagem de dinheiro e a morte por encomenda - atividade sem a qual o regime autoritário (ainda nas mãos de Putin) poderia fazer desaparecer por envenenamento jornalistas e dissidentes do regime.]

Não há o que contestar: desde o seu início as associações mafiosas modernas estiveram estreitamente ligadas ao poder público, não só financiando e elegendo políticos e dirigentes partidários, mas atuando direta ou indiretamente na administração de negócios considerados lícitos ou ilícitos. Quando a simples manipulação do voto não resolve a questão, apela-se para a eliminação física do oponente.

Hoje, ninguém dúvida que certos partidos políticos, dentro ou fora do poder, aqui ou no exterior, agem como autênticas organizações criminosas, especialmente no que se refere à utilização de métodos em que a fraude, o aliciamento, a intimidação e a corrupção são os instrumentos operativos de sobrevivência e expansão.

No entanto, convém alargar o enfoque do fenômeno. Sem querer realçar o óbvio ou diminuir a contribuição analítica do ex-diretor do Banco Mundial, seria pertinente avançar na avaliação proposta e, de igual modo, evidenciar a semelhança operacional entre o partido político e a empresa do crime organizado: ambos têm presidentes, secretários-executivos, conselheiros e militantes, todos voltados para os objetivos finais de expandir, conquistar, manter, manobrar e usufruir o poder, pouco importa que no âmbito mafioso os seus integrantes sejam reconhecidos pelos nomes de "don", "capo", "capo de tutti capi" ou mero "soldati".

Fora do Estado, ou a ele furtivamente associado, as organizações criminosas cultivam suas idéias, legendas, reverberam o prestígio dos seus chefes e "famílias" e reafirmam os valores da disciplina e do respeito hierárquico, sem os quais não passariam de meras quadrilhas desorganizadas. Elas têm suas leis, crenças, ética, práticas sociais, crises e disputas internas. Punem os seus traidores, "protegem" suas fontes de recursos e exterminam os que se atrevem a contrariá-las. Para enfrentar os organismos internacionais de repressão, nos tempos da internet, as máfias se reúnem em encontros estratégicos, negociam e se ajudam mutuamente em rede mundial.

No âmbito do Estado, uma luva para a mão da delinqüência legalmente admitida - ou dentro dos partidos políticos, uma instância legal e ideológica do poder -, seus condutores podem exercer os mesmos direitos, quase sempre encobertos pelos eufemismos de arrocho fiscal, impostos, subsídios, incentivos (diretos e indiretos), financiamentos a fundo perdido, isonomias, verbas representativas, gratificações, adicionais, medidas provisórias, CPIs, foro privilegiado, prisões domiciliares, penas corretivas e o diabo a quatro - tudo, evidentemente, sustentado pelo suor do trabalho do homem comum, coitado, que nunca reflete sobre a própria sina e condição.


Ipojuca Pontes é jornalista, cineasta e escritor, nasceu em Campina Grande, na Paraíba, e ao longo de sua carreira conquistou mais de trinta prêmios nacionais e internacionais. Foi também Secretário Nacional da Cultura no governo Fernando Collor de Mello.






Publicado no site " MídiaSemMáscara" (Editorias).
Segunda-feira, 27 de outubro de 2008.



Candidato do medo – Olavo de Carvalho



ATENÇÃO!

Se por um acaso você der azar de ser atacado por uma cobra sucuri de + ou – quatro metros de comprimento, não reaja. Morra! É a lei!

O mesmo procedimento deverá ser observado no caso de ataques por onças, jacarés, piranhas (as de rios), ariranhas, tubarões, cães hidrófobos e militantes petistas, ou seja: MORRA!

Afinal de contas isto é Brasil...sil...sil...sil..., onde, répteis, animais selvagens e raivosos, "lindenbergs" e petistas-comunistas devem ser preservados. Você? Ora, você não passa de "lixo" descartável, sua única utilidade é pagar impostos.

Não entendeu? Veja o vídeo abaixo:




Click na SETA ou no botão PLAY, para ativar o vídeo.


Monday, October 13, 2008

O Brasil está "FERRADO"!
Por quê? Aqueles que juraram defendê-lo com o sacrifício da própria vida,
NÃO CUMPRIRAM!










































A crise nas garras do Leão
por Ipojuca Pontes

Em Brasília tudo vai continuar sendo uma festa. Para a população trabalhadora e o contribuinte ficará a conta, como de costume.

Tudo indica que vai acabar a boa vida de Dr. Lula da Silva. Não falo, naturalmente, dos jantares palacianos servidos à base de finas entradas de vieiras grelhadas com tomate confit e de ótimas fatias de carne de javali importada, acompanhadas de excelsas taças de Romanée Conti, ao preço de R$ 20 mil a garrafa. Não, de modo algum: como se diz nas rodas vulgares, "quem é rei nunca perde a majestade". Os rega-bofes oficiais continuarão como de hábito.

O que parece chegar ao fim é a bazófia eufórica do "nunca dantes na história deste país…", a charla marota de um governo que se valia - para anunciar prosperidade ilusória - da expansão do crédito fácil e do jogo financeiro da banca internacional. Claro, a partir da "regulação estratégica" formatada com juros tabelados pela burocracia do Banco Central – daqui e d’além mar.

No seu clássico tratado de economia, "Ação Humana" (Instituto Liberal, Rio, 1990), Ludwig von Mises ensina que "a expansão do crédito é o principal instrumento do governo na sua luta contra a economia de mercado". Apesar da trágica experiência do crack de 1929 (fomentada em primeiro plano pela irresponsabilidade do Federal Reserve), desde o governo Jimmy Carter o banco central dos Estados Unidos vinha fazendo da política de expansão do crédito a chave-mestra para se chegar, pela via expressa do consumismo, ao Paraíso. Resultado: deu-se, como esperado, a eclosão da catastrófica tempestade de merda.

Sim, é fato: também por aqui, muito além da "marolinha" vaticinada pelo "guia genial da raça", o que se anuncia é o chumbo grosso. Quem sabe a estraçalhar, ao mesmo tempo, a expansão do consumo, o preço dos alimentos, o programa de aceleração de crescimento, o sonho do carro sem entrada e com 72 meses de financiamento, a criação de novos empregos e a manutenção dos antigos, o frenesi dos financiamentos imobiliários e o próprio comércio internacional (vantajoso) de commodities.

Onde vai desaguar tudo isso?

Pelo piar da coruja oficial, nas garras do Leão.

Leão, claro, é firula de linguagem - melhor seria dizer abutre, a ave sarcófaga que devora todo tipo de carne, humana ou não. Por que digo isso? Bem, pelo que se informa, a partir de reunião palaciana, os burocratas de Brasília, diante do "ambiente de incerteza provocada pela crise americana", voltaram as baterias para a aprovação no Senado da famigerada Contribuição Social para a Saúde (CSS) - o que se convencionou rotular nas rodas oficiais, algo debochadamente, como o "imposto do cheque".

De fato, é dose para leão, sobretudo quando estudo recente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) dá conta de que o contribuinte brasileiro da classe média vai gastar este ano 75% do que ganha para pagar imposto e adquirir serviços que deveriam ser fornecidos pelo próprio governo, tais como, por exemplo, segurança, saúde e educação.

Como se sabe, o contribuinte brasileiro em geral tem de trabalhar, anualmente, até o dia 27 de maio para alimentar a gula fiscal da União (em parceria com estados e municípios). Mas este ano, devido ao aumento galopante dos impostos, o cidadão da classe média, com renda mensal entre 8 e 10 mil reais, precisou trabalhar até o dia 5 de junho para saldar suas dívidas com o fisco. E depois, visto que desgraça pouca é bobagem, ainda terá de suar a camisa até o final de setembro para suprir os débitos da ineficiência dos serviços que deveriam ser prestados nas três esferas do poder.

Segundo o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, restará ao cidadão da classe média, vítima das garras do leão, apenas os três meses restantes do ano - de 1° de outubro a 31 de dezembro – para trabalhar para si mesmo e suprir os gastos com moradia, alimentação, vestuário e, às vezes, porque ninguém é de ferro, algum lazer. Para chegar a tal conclusão, os analistas do IBPT tiveram como base dados fornecidos pela própria Receita e Tesouro Nacional, além de inúmeras instituições privadas, entre elas a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Federação Nacional das Escolas Particulares.

Mesmo diante da tempestade global, que se prenuncia duradoura, o governo não dá trégua ao contribuinte da classe média. Quer garfá-lo a todo custo. Por conseqüência, a partir de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), as empresas constituídas por profissionais liberais terão de pagar ao leão a parcela de 2,00% destinada ao Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), caso optem pela declaração do "lucro presumido". O que se afigura como duro golpe no bolso de advogados, médicos, dentistas, arquitetos, contadores, entre tantos outros profissionais liberais que tinham a cobrança da "contribuição" como inconstitucional.

Com carga tributária tida e havida como "das maiores do mundo", o governo, em plena crise, está se apropriando de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, que hoje gira em torno R$ 2 trilhões. Boa parte desse ervanário é torrada com a ampliação da máquina estatal que conta com mais de um milhão de servidores, além da doação de recursos a países "irmãos" da África e América Latina, custeio de viagens e mordomias, programas de aceleração de crescimento marcados pelo desvio de verbas e desperdício, e por aí vai. Sem falar no retorno firme da inflação, uma forma a mais de imposto que, já em agosto, no caso dos produtos alimentícios, atingiu o índice nada lisonjeiro de 12%.

O certo seria o governo cortar os gastos públicos vertiginosos que em parte vinham sendo alimentados pelos investidores estrangeiros agora em fuga. Mas, quem disse que Lula toma tenência? Além de anunciar aumentos de salários e novas contratações de servidores públicos, dando seqüência ao aparelhamento do Estado, o vosso presidente, na hora de apertar o cinto, recomenda a gastança desenfreada – pública e privada.

Ou seja: vai se ferrar – ferrando a nação.


Ipojuca Pontes é jornalista, cineasta e escritor, nasceu em Campina Grande, na Paraíba, e ao longo de sua carreira conquistou mais de trinta prêmios nacionais e internacionais. Foi também Secretário Nacional da Cultura no governo Fernando Collor de Mello.






Publicado no site " MídiaSemMáscara" (Editorias).
Segunda-feira, 13 de outubro de 2008.




São Paulo se conduz – Mauro Chaves



O Brasil está "FERRADO".

Tuesday, April 29, 2008

Cadê o país que estava aqui? O Lula vendeu!






























Desintegrar para Entregar!
por João Nemo

"Se depois de ameaçar e expor o esquema petista de dominação, for permitida a sua recuperação do sufoco e superada, sem as necessárias conseqüências, a pressão ora exercida sobre os abusos cometidos, o que teremos será o esgotamento integral dos instrumentos de defesa legais e políticos, de tal maneira que não haverá mais resistência possível. O país ficará a mercê de toda e qualquer arbitrariedade sem poder de reação".
(Os Imperdoáveis - publicado por ocasião do escândalo do “mensalão” - junho/2005)


O potencial de dano causado pelo atual governo ainda não foi devidamente avaliado. Digo potencial porque, até o momento, mesmo o que já foi causado ainda não se fez sentir na sua plenitude e, portanto, muito menos há projeções confiáveis do que nos aguarda.

Apesar de uma parcela da opinião pública e da imprensa fervilhar com notícias e comentários sobre questões éticas ou mesmo criminais, relacionadas ao partido dominante e seus acólitos, o dano mais profundo nesse aspecto não é o que fazem e têm feito, mas sim o fato de haverem alcançado um patamar relativamente confortável de inimputabilidade. Ser inimputável é um atributo que todos invejam.

Lula, uma espécie de saúva rainha que garante o futuro do formigueiro, é o nosso Macunaíma, o herói sem nenhum caráter com o qual, a julgar pelas faladas pesquisas, a nação resolveu se identificar. Alguns vêem a seqüência de sacrifícios humanos que o tem preservado como fruto de um maquiavelismo ardiloso para evitar sombras e alternativas. Pessoalmente, creio que se trata de outro fenômeno: proteção, a qualquer custo, do logotipo do projeto de poder. Independentemente do elevado grau de egolatria em que a figura mergulha cada vez mais, o fato é que sem o autodenominado “metamorfose ambulante” o formigueiro desmorona. Ninguém, na oposição, se deu ao trabalho de enxergar e interferir nesse processo antes que esse absurdo grau de blindagem fosse atingido. Houve época em que teria sido relativamente fácil evitar a fabricação do mito, mas no meio político a vocação dominante é para cuidar do próprio umbigo.

Há poucos dias, quando ninguém mais esperava, alguém quebrou um copo em meio ao silêncio do banquete. Foi preciso que um General do Exército, de carreira brilhante construída passo a passo, através de trabalho e estudo (coisas totalmente estranhas ao apedeuta-mór) dissesse o óbvio: está sendo colocada em risco a soberania nacional e a integridade do nosso território, fruto do empenho e do sacrifício de gerações. Lembro-me que na minha juventude de estudante, o lema nacionalista compatível com a ingenuidade daqueles tempos era “Integrar para não Entregar”. Não é uma frase brilhante, mas pelo menos era bem intencionada e incentivava o desenvolvimento e a busca de um encontro com as regiões mais distantes e desfavorecidas do país.

O lema agora parece ser outro. Algo como “Desintegrar para Entregar”, fingindo-se ignorar as conseqüências da criação das tais “nações” indígenas junto à fronteira. Os militares brasileiros têm sido estóicos no seu disciplinado silêncio, mesmo quando injustamente atacados por gente que se auto-proclama “defensores da democracia” nos ditos “anos de chumbo”. Na verdade, a esmagadora maioria deles constituída de ferrenhos defensores do despotismo e da submissão do país a projetos revolucionários comunistas de inspiração soviética, cubana, maoísta e quejandos. Mas o silêncio que os militares não romperam para se defender, foi rompido ao ser posta em causa a soberania nacional, alertando, pela voz do General Heleno e dos que o secundaram, sobre os absurdos que se vem cometendo com malícia e cinismo inigualável. O General foi corajoso e claro, mas manteve-se rigorosamente dentro dos limites das suas atribuições. Nós, que não temos outras atribuições além do simples dever de cidadãos, podemos ir um pouco mais além.

A desintegração que vem sendo plantada não alcança apenas fronteiras ou tão-somente o plano físico da nação. O simples fato de se atreverem a tomar medidas como as que atualmente cursam em Roraima, mostra o grau de desarticulação a que chegamos, pois o razoável seria que tais absurdos nem fossem tentados ou encontrassem imediata reação por parte da opinião pública, do Congresso e de outras instituições permanentes. Ao contrário, assistimos a invasões em salvas por grupos de cangaço acumpliciados com o próprio partido governante; distribuição de pedaços de território para “nações” indígenas; outros pedaços para supostos “quilombolas” que jamais tiveram existência legal e nem factual; dinheiro à farta para ONGs que brotam como cogumelos à sombra do governo; invasões de propriedades, de usinas energéticas e de órgãos públicos, sempre contando com a compreensão dos “cumpanhêros”.

Se há algo característico na linha doutrinária a que esse governo se filia é a dedicação, que não pode ser casual, ao plantio generalizado de antagonismos: pobres contra ricos; negros contra brancos (o mestiço foi abolido); nordestinos contra sudestinos; índios contra não-índios; patrões contra empregados e assim por diante. Mais do que duas categorias atrapalha. O discurso sindical, no qual foram criados, vive disso. A política sindical que praticam não é capaz de atuar de outra forma. Cultiva antagonismos irreconciliáveis para vender serviços de intermediação. Por seu turno os sindicalistas - ninguém estranhe - amam o usufruto das vantagens oferecidas pela projeção pessoal e pela capacidade de se fazerem temidos.

No plano internacional vige uma atitude seletivamente complacente que já vai se tornando muito perigosa. Demonstrações de fraqueza, a história ensina, só se prestam a atrair hostilidade. De um lado, bravatas contra os países “ricos”, cujos dirigentes apreciam o nosso presidente com a condescendência curiosa de quem observa um personagem exótico da National Geographic; do outro, rasgação-de-seda junto a ditadores e pretendentes a tal, particularmente na vizinhança. O dinheiro do contribuinte brasileiro, que paga tanto em troca de tão pouco, está à disposição para fazer concessões a outros bravateiros.

Os militares, educados para amar mais à pátria do que a si próprios, saíram do silêncio para dizer que não se esqueceram da sua missão nem abdicaram dela. Se há instituições integradoras no Brasil, estas são as Forças Armadas. Na minha juventude, conheci lugares Brasil adentro que só existiam graças ao avião da FAB que lá pousava com obsessiva regularidade. O Exército sempre foi a organização onde cor, etnia, credo e origem social ou econômica nunca se constituíram em obstáculo para nada. Leia-se um pouco a biografia do Marechal Rondon, tão comentado quando é lembrada a questão indígena, para saber o que é isso.

Os militares podem defender nossas fronteiras com fuzis de 43 anos de uso, como informa o General Heleno, mas não podem nos defender de nós mesmos. Se a sociedade brasileira consentir em ser dividida em partes e cotas antagônicas, tornar-se estúpida a ponto de se deixar paralisar pelas parvoíces do “politicamente correto”, não haverá exército no mundo capaz de nos proteger, pois só poderão, em qualquer circunstância, agir em consonância com o que nós somos e queremos ser.

Ódios e antagonismos, que apesar das nossas mazelas e deficiências nunca prosperaram, estão sendo aqui introduzidos pelo mais medíocre e obtuso dos caminhos: a importação forçada de conceitos e idéias idiotas, nascidas do mais rasteiro sub-academicismo americano e europeu, gerador do tal “multiculturalismo” pelo qual, eles próprios, vêm pagando um preço terrível. Na nossa versão dessa guerra cultural, a plástica e original “civilização dos trópicos”, prognosticada pelo genial Gilberto Freyre, vai sendo, por sua vez, lançada ao lixo por um bando de aleijões intelectuais, ressentidos e invejosos daqui e d’além.

Se algum dia vier a ocorrer a fragmentação física do Brasil - Deus permita que, então, eu já esteja na Sua companhia – isso só terá sido possível porque antes nos fragmentamos internamente. De pouco nos valerá, então, o brio e a lealdade das nossas maltratadas Forças Armadas, porque já não haverá o que defender. Quando o General Heleno lembra que as instituições permanentes servem antes à Nação que ao governo, devemos entender que há um espaço onde os combatentes somos todos nós. A guerra cultural não se trava com fuzis e metralhadoras, mas também exige coragem, inteligência, planejamento estratégico, logística e tudo mais. O Brasil está se tornando o paraíso dos atrevidos, onde tudo se exige de uns e tudo se permite a outros; onde bandidos são considerados vítimas da sociedade e cidadãos que reagem taxados se irresponsáveis; onde empreendedores são vistos com desprezo, mas invasores são intocáveis; onde o trabalhador tem seu dinheiro tomado, compulsoriamente, para sindicatos e centrais, mas o presidente veta a exigência de qualquer prestação de contas desses recursos; onde instituições vitais são tratadas a pão e água, enquanto se distribui bilhões para uma malta onde cabe de tudo um pouco, desde desertores e assassinos, até simples espertalhões do mundo artístico. Acho que é preciso acordar.


João de Oliveira Nemo é sociólogo e consultor de empresas em desenvolvimento gerencial.








Publicado no site "MídiaSemMáscara".
Terça-feira, 29 de abril de 2008





O direito ao absurdo – Mauro Chaves
 
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