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Wednesday, March 18, 2009

Por favor, respondam a pergunta do Jobim na foto abaixo:

Foto: O falsário de Constituição, também almirante, general
e brigadeiro Nelson "ximango" Jobim.













































Carta a um Jobim fora do tom
Luiz Cesário da Silveira Filho

Ministro Jobim,

Tomei conhecimento de sua entrevista, publicada no Jornal do Brasil em 15 de março de 2009, (v. AQUI ) na qual o Senhor responde à pergunta de como pretende administrar a insatisfação de alguns generais em relação a algumas diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa.

Por considerar no mínimo deselegante para comigo e para com os integrantes da Reserva das Forças Armadas a sua resposta de que "o general que declarou a insatisfação não tem nada a administrar porque é absolutamente indiferente, foi para a reserva, se liberou", é que resolvi considerar a possibilidade de consignar esta resposta.

Sei que o Senhor não leu as minhas palavras de despedida do Comando Militar do Leste. O Sr. estava fora do Brasil, em reunião do conselho da UNASUL, o pacto de Varsóvia de "sandálias de dedo", que o Sr. conseguiu criar, em peregrinação política, utilizando o prestígio do Exército Brasileiro como fonte estimuladora. Nesta criação, já começa a despertar a falta de percepção estratégica, agora confirmada na insidiosa Estratégia Nacional de Defesa (END), à qual me oponho, por convicção e conhecimento.

Indago-me: como pode alguém, que se considera estrategista, pensar em criar um Conselho Militar no continente americano, ignorando a maior potência mundial nele situado, nosso aliado histórico, os Estados Unidos da América, que conosco combateu na Segunda Grande Guerra?

Há que se salientar que o continente americano já possui fórum, historicamente eficaz, a OEA, semelhante ao que o Sr. criou e que pretende tenha relevância. A UNASUL, integrada, em sua maioria, por países de ínfimo poder nacional, fatalmente, será desviada de sua atividade original e transformada em palco para declarações tronituantes, emitidas por personalidades histriônicas, que, sem dúvida, agravarão as dificuldades que já impuseram ao processo da liberdade e da democracia na América do Sul. Mas este é um outro assunto...

Volto ao meu pronunciamento na Solenidade da Passagem do cargo de Comandante Militar do Leste. Nele, relembro as palavras do saudoso Ministro do Exército, General Orlando Geisel, que afirmou: "Os velhos soldados se despedem, mas não se vão".

Sou um general com 47 anos de serviço totalmente dedicados ao meu Exército e ao meu país. Conquistei todas as promoções por merecimento. Fiz jus à farda que vesti. Não andei fantasiado de General. Fui e continuarei a ser, pelo resto de minha vida, um respeitado chefe militar. Vivi intensamente todos os anos de minha vida militar. Fui, sempre, um profissional do meu tempo.

Amadurecido e alçado ao mais alto posto da hierarquia terrestre, acompanhei, por dever, atentamente, a evolução do pensamento político-estratégico brasileiro, reagindo com as perspectivas de futuro para a minha Instituição, na certeza de que a história do Brasil se confunde com a história do Exército.

Vivemos, atualmente, dias de inquietude e incerteza. Sei que só nós, os militares, por força da continuidade do nosso dever constitucional, temos por obrigação manter a memória viva e a trajetória imutável da liberdade no Brasil. É, por este motivo, que serei sempre uma voz a se levantar contra os objetivos inconfessáveis que se pode aduzir da leitura de sua Estratégia Nacional de Defesa.

Ela está eivada de medidas, algumas utópicas e outras inexeqüíveis, que ferem princípios, contrariam a Constituição Federal e tendem a afastar os chefes militares das decisões de alto nível. Tal fato trará consequências negativas para o futuro das Instituições Militares, comprometendo, assim, o cumprimento do prescrito no artigo 142, da Constituição Federal, que trata da competência das Forças Armadas.

"Competência para defender a Nação do estrangeiro e de si mesma".

Em época de grave crise econômica, como a que atinge o país, apesar das tentativas de acobertá-la por parte do governo ao qual o Sr. serve, os melhoramentos materiais sugeridos serão, obviamente, postergados. Mas, o cerne da estratégia e suas motivações políticas poderão ser facilmente implementados.

É clara, nela, a intenção de se atribuir maiores poderes ao seu cargo de Ministro da Defesa, dando-lhe total capacidade de interferir em todas as áreas das Forças Armadas, desde a indicação de seus Comandantes, até a reestruturação do Ensino e do preparo e emprego das Forças.

O Exército Brasileiro sempre foi um ator importante na vida brasileira, e, ao longo da história, teve o papel de interlocutor, indutor e protagonista.

Desconheço a importância dos Gabinetes Civis (Sinimbu, Ouro Preto e outros), apresentada pelo Sr., em um discurso sem fundamentação histórica, que muitas vezes ouvi, bem como a sua relevância para o Império e o Brasil. Talvez, o discurso tente justificar, por similitude, a importância que o Sr. quer atribuir a um civil para gerir os interesses das Forças Armadas.

Pela confiança que inspiramos, a sociedade brasileira nos concede, como o Sr. mesmo reconhece em sua entrevista, 84% de prestígio. Tal índice é atribuído a nós, integrantes das Forças Armadas, que estamos sempre junto ao povo, nos quatro cantos do país, nos momentos de alegria e de tristeza. É um índice só nosso, instituições integrantes do aparelho do Estado Brasileiro. Não pertence ao Ministério da Defesa, órgão administrativo do Governo Brasileiro. Confiança não se impõe, se adquire.

A Nação inteira sabe que nunca fomos um intruso na história do Brasil. Nunca quisemos o poder pelo poder. As nossas intervenções na vida institucional do país, sempre por solicitação da sociedade, foram para a correção dos desvios que a trajetória da liberdade democrática do Brasil tomava.

Vejo, atualmente, com preocupação, a subvalorização do Poder Militar. Desde a Independência do Brasil, sempre tivemos a presença de um cidadão fardado integrando a mesa onde se tomam as mais importantes decisões do país.

A concepção ressentida da esquerda, que se consolidou no poder político a partir de 1995, absorvendo as ideias exógenas do Estado Mínimo e da submissão total do Poder Militar, mantendo "a chave do cofre e a caneta" em mãos civis, a fim de conseguir a sua subserviência ao poder político civil, impôs a criação de um Ministério destinado a coordenar as três Forças Armadas. Isto não se fazia necessário, no estágio evolutivo em que se encontrava o processo político brasileiro. Em um governo, à época da criação do Ministério da Defesa, constituído por 18 ministérios, nos quais pelo menos cinco eram militares, foram substituídos, estes últimos, por um ministério que, por desconhecimento de seus ocupantes (até hoje, nenhum Ministro da Defesa prestou sequer o Serviço Militar Obrigatório, como soldado), tem apenas deslizado no campo da política. Quando resolve incursionar no campo da estratégia, desconhecendo a opinião dos profissionais militares, consegue, além das preocupantes motivações políticas embutidas em seu texto, estranhas concepções que podemos classificar, ao menos, como excêntricas. Listo algumas das conceituações contidas na END para sua apreciação:

- Parceria estratégica nas áreas cibernética, espacial e nuclear, particularmente com os países de Língua Portuguesa e outros do entorno estratégico nacional, ou seja, com países de grande carência tecnológica (como Bolívia, Paraguai, São Tomé e Príncipe, Angola...), o que se torna inviável devido à escassez de recursos humanos e financeiros desses países;

- Desenvolvimento de um sistema de satélites espaciais semelhante ao sistema GPS, coisa ainda não conseguida, nem suportada economicamente, em conjunto, pela Comunidade Europeia;

- Utilização de conceitos esdrúxulos de "operação unificada" e "todo o exército como vanguarda";

- Preconização de necessidade de acesso das classes trabalhadoras às escolas de formação militares, mostrando que os formuladores da END desconhecem a origem e o perfil dos jovens sargentos e oficiais que, em concurso público, sempre aberto a todos os brasileiros, sem cláusulas excludentes de classes sociais, ascendem por seus méritos individuais.

Para não ser enfadonho, limito a listagem exótica por aqui.

Estou convencido que afastar-nos da mais alta mesa de decisão do país foi uma estratégia política proposital, o que tem possibilitado, mais facilmente, o aparelhamento do Estado Brasileiro rumo à socialização, com a pulverização da alta administração do país, atualmente, em 37 ministérios e, apenas um, pretensamente, militar.

A expressão militar deve ser gerida com conhecimento profissional, pois ela é um componente indissolúvel do Poder Nacional. Sem a presença de militares no círculo das altas decisões nacionais, temos assistido a movimentos perturbadores da moral, da ética e da ordem pública intentarem contra a segurança do direito, aspecto basilar em um regime que se diz democrático. Tal fato traz, em seu bojo, condições potenciais de levar o país rapidamente a uma situação de anomia constitucional, o que poderá se configurar em risco de ruptura institucional.

Até onde chegaremos?

A sua END aprofunda o contexto de restrições à autonomia militar e sugere medidas que, se adotadas, trarão de volta antigos costumes de politização dos negócios internos das Forças Armadas. Talvez isso favoreça o modelo de democracia que querem nos impingir. Será isto o que o Sr. quer dizer quando fala em sua entrevista "que é o processo de consolidação da transição democrática"?

Finalizando, quero salientar que a desprezível conceituação de que "o general que declarou insatisfação não tem nada a administrar porque é absolutamente indiferente, foi para a reserva, se liberou", bem demonstra a consideração que o Sr. empresta aos integrantes da Reserva das Forças Armadas, segmento que o seu Ministério pretende representar. Isto mostra, também, o seu total desconhecimento da grandeza e da servidão da profissão militar, pois, como bem disse o Gen Otávio Costa, "a farda não é uma vestimenta que se despe, mas uma segunda pele que adere definitivamente à alma...".

Lembre-se que os militares da ativa sempre conferem prestígio, não somente aos chefes de hoje, como, também, aos de ontem. Não existem dois Exércitos. Há apenas um: o de Caxias, que congrega, irmanados, os militares da ativa e da reserva.

A certeza de que o espírito militar, que sempre me acompanhou nos meus 47 anos de vida dedicados totalmente ao Exército, o qual, oxigenado pela camaradagem, é formado por coragem, lealdade, ética, dignidade, espírito público e amor incondicional ao Brasil, é o que me faz voltar-me, permanentemente, contra a concepção contida na sua END.

Subscrevo-me.
Gen Ex Reserva Luiz Cesário da Silveira Filho


Luiz Cesário da Silveira Filho é General-de-Exército, nascido em 17 de janeiro de 1943, na Cidade de Jaguarão-RS, Incorporou as fileiras do Exército em 1º de março de 1962, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). Foi declarado Aspirante-a-Oficial da arma de Cavalaria em 19 de dezembro de1964. Cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), o curso de Comunicação Social, no Centro de Estudos de Pessoal (CEP), a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), o curso de altos Estudos-Política e Estratégia Marítima, na Escola de Guerra Naval (EGN) e realizou o estágio de blindados, no Exército Argentino. Como Oficial General comandou a 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (1ª Bda C Mec), chefiou o Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEX), Comandou a 1ª Região Militar (1ª RM), além de Comandante Militar do Oeste (CMO). O General-de-Exército Luiz Cesário da Silveira Filho esteve à frente do Comando Militar do Leste (CML), de dezembro de 2006 até 11 de março de 2009, data esta, em que também despediu-se do serviço ativo após 47 anos. Sua liderança militar foi pautada no respeito, na hierarquia, na disciplina, na honradez e nas leis castrenses, que fazem do Exército Brasileiro a instituição com os maiores índices de credibilidade nacional.


Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEX)








Ministro, e o Projeto FX-2? "FALA COM A MINHA MULHER SOBRE ISSO..." ?????


Foto: O "general" Jobim e a "generala", também Jobim, distribuindo "badulaques" para a curuminzada.


































Entrevista - Nelson Jobim
por Luiz Orlando Carneiro, Marcelo Ambrosio e Raphael Bruno.

BRASÍLIA - De volta ao Brasil após viagem ao Chile, onde defendeu, em reunião do Conselho Sul-Americano de Defesa, uma aproximação das posições dos países membros, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, revelou, nesta entrevista exclusiva concedida ao JB, detalhes da polêmica que envolveu o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e a liberação de voos adicionas no Aeroporto Santos Dumont. Jobim conta que tentou, em vão, convencer Cabral de que o aeroporto era subutilizado e que a decisão da Agência Nacional de Aviação Civil de ampliar o uso do Santos Dumont era “autônoma” e baseada na legislação. O ministro também adiantou que, até agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva toma uma decisão final sobre a concessão do Aeroporto do Galeão. Jobim deixa claro que, após a superação da crise aérea, resta resolver a questão da infraestrutura dos aeroportos brasileiros e a iniciativa privada tem papel importante a desempenhar na tarefa. O ministro rebateu críticas à nova Estratégia Nacional de Defesa, a classificando como “consolidação da transição democrática” e interpretando possíveis retaliações internacionais às aspirações nucleares brasileiras como “parte do jogo”, além de reiterar a posição do ministério contra a revisão da lei de anistia. “O que a gente tem que fazer é tentar aproximar o futuro do presente e não trazer o passado para o presente”, diz.

Como foi a reunião do Conselho-Sul Americano de Defesa?

Nós tínhamos faixas de interesse comum em relação à questão de defesa. Em relação às áreas marítima, tínhamos um problema comum, que é a linha externa da orla continental marítima. Os países podem ter, a partir da costa, as famosas 200 milhas. No entanto, a Convenção do Mar da ONU fixa a possibilidade de estender essas 200 milhas até o máximo de 350 milhas. Temos que ter uma linguagem comum sobre esse assunto. O Uruguai estava fazendo uma extensão menor do que a nossa na parte final da sua divisa. Não era possível que nós continuássemos nessa linha, ou seja, de irmos para um encontro internacional, o argentino conversar comigo na porta e depois não tem entendimento nenhum. Nós não seremos fortes desta forma.

A questão da definição da extensão da plataforma continental tem uma relação direta com as descobertas do Pré-Sal...

Pode ter tornado interessante. Mas a decisão de fazer o trabalho começou na época do governo Fernando Henrique. A Marinha e a Petrobras levaram oito anos fazendo pesquisas em todo o litoral. E aí apresentamos à ONU, a ONU respondeu, fez algumas observações, que nós temos agora que responder. E eu chamei a atenção para os outros países que existe esse problema e que nós tínhamos que fazer um entendimento comum. Você chega lá com bancada, não chega isolado.

O senhor assumiu o Ministério da Defesa tendo como meta prioritária, urgente, resolver o caos aéreo. Passada essa fase, quais são as prioridades?

O caos era decorrente da falta de coordenação. A Infraero tinha uma agenda, a agenda da Anac era outra, e cada diretor tinha a sua agenda, com conflitos. O que encontrei? Em determinados aeroportos tinha pistas, mas não tinha estacionamento. Em outros tinha pista, mas não tinha terminal. Outro tinha terminal mas não tinha estacionamento. Um horror. Então as coisas chegaram a tal forma que deu problema no Aeroporto de Congonhas. Por que? As pessoas começaram a viajar, começou a aparecer dinheiro na mão de pessoas que não usavam avião. Quando eu assumi, Congonhas estava muito acima da sua capacidade de pista e do conjunto do aeroporto. Nós reduzimos e começamos a reformar todo o sistema e demos um tempo para reformar a malha aérea. As empresas ofereciam a sua proposta de malha aérea para ser analisada num momento em que elas já tinham vendido passagens. A malha não estava aprovada e as passagens estavam vendidas. O sistema se normalizou porque você começou a fazer uma malha compatível à infraestrutura aeroportuária e com a própria capacidade das empresas. O trabalho que a gente desenvolveu com a Anac foi, primeiro, criar a SAC – Secretaria de Aviação Civil – para tentar trazer para dentro do ministério a organização do sistema. Agora, em relação à aviação civil, o que resta é o problema da melhoria da infraestrutura. Então abrimos a discussão da concessão dos aeroportos.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, esteve reunido com o senhor tentando evitar a liberação de mais voos no Aeroporto Santos Dumont. Como foi essa conversa? E qual a posição do ministério em relação às privatizações de aeroportos?

A Infraero é uma empresa que não tem patrimônio. A Infraero é uma gestora de aeroportos, só isso. Ou os aeroportos são da União – o Galeão, o Santos Dumont – ou são do Estado – Congonhas – ou em alguns casos são dos municípios. A Solange (Vieria, presidente da Anac) começou a insistir muito no problema de fazermos concessões de aeroportos para viabilizar concorrência dentro do setor. Houve uma reunião, e o presidente concordou que fossem feitos estudos para concessão do Galeão. Não se justifica que a gente pegue o dinheiro de investimento público, e invista num setor cujo número de pessoas que usufrui é muito reduzido em relação à população total do país. Porque não colocar o setor privado nisso? O setor privado faz aeroporto. Então, com isso, a Anac está fazendo a formatação dos editais de concessão dos aeroportos. Nós temos aí pressões futuras, Copa do Mundo, Olimpíadas. Com essa discussão quem trabalhou muito foi o Sérgio Cabral. Mas o Sérgio Cabral falava na entrega do aeroporto do Galeão para o estado do Rio de Janeiro administrar e eles fariam a concessão. E a decisão que o presidente tomou foi de que quem iria fazer a concessão é a União. E a União é quem tem que fazer porque ela é a dona do aeroporto. Num determinado momento, vetaram o uso do Santos Dumont e o mantiveram apenas para a ponte aérea, com a perspectiva de fazer com que as empresas usassem o Galeão. Só que tem um problema. No nosso sistema legal temos o sistema da liberdade de rota. Quem escolhe o aeroporto é a empresa. Agora, se nós vamos dar a ela ou não aquele lote depende da capacidade do aeroporto, do espaço aéreo, aquelas coisas todas. Então, nessa reunião, no Palácio, eu fui fazer uma exposição e mostrar ao Sérgio Cabral que era inevitável que nós abríssemos o Santos Dumont porque estava subutilizado e havia pretensões de utilizá-lo, porque é no centro do Rio de Janeiro. No mundo todo o voo executivo, o voo doméstico, busca o centro da cidade. Quem busca o fora do centro da cidade é o voo internacional. Mostrei a ele os números, mas ele e o secretário Júlio Lopes acham que isso vai destruir o Galeão, que não sei o que mais. Na nossa análise não tem sentido. Eu disse a eles: eu não posso fazer nada porque a Anac é uma agência autônoma. Eu só vim aqui tentar mostrar para vocês que isso ia acabar com uma decisão judicial. E acabou havendo uma decisão judicial em favor da Azul, que tinha ajuizado ação para voar no Santos Dumont. Não se justifica ter um ativo perdido daquele jeito. De outra parte, política de gestão de aeroporto é política da lei. A Anac tem a obrigação de cumprir a lei e não a política do governo. Nem do governo estadual.

E a concessão do Galeão?

A ideia é que possamos, até o fim de julho, concluir a formatação da concessão do aeroporto. Em agosto o presidente toma a decisão. Não é bem privatizar, é fazer a concessão dos aeroportos, que estabelece uma forma de avaliação dos serviços prestados pela Infraero.

E como anda a implantação da Estratégia Nacional de Defesa? Como o ministério pretende administrar a insatisfação que alguns generais demonstraram em relação a algumas diretrizes?

O general que declarou insatisfação não tem nada a administrar porque é absolutamente indiferente, foi para a reserva, se liberou. O negócio da estratégia foi o seguinte: Eu disse ao presidente que nós tínhamos um problema político, sério, e eu queria saber se ele queria enfrentar ou não. Quando houve a transição do governo militar para o governo civil, leia-se governo Sarney, nós começamos o processo de transição do regime militar. E o processo de transição do regime militar tem características como o afastamento progressivo de militares das decisões políticas, redução da participação dos militares na administração pública, desaparecer do poder de veto dos militares às decisões políticas. Em 1988, quando fizemos a Constituição, quem quisesse falar em Defesa era mal visto, porque estava no nosso imaginário, inclusive no meu, de que mexer com Defesa era mexer em perseguição política, repressão. O que aconteceu? Durante esse período, tudo que dizia respeito à questão de defesa ficou absolvido pelos militares, porque o espaço estava lá. E havia a necessidade de fazermos com que a defesa fosse tema civil e que nós, do governo democrático, assumíssemos a tarefa. É o processo de consolidação da transição democrática. O que significava uma redução da autonomia militar. Comecei fazendo alguns gestos para deixar claro que os civis começavam a ocupar os espaços que eles não tinham ocupado, que são espaços de civis, que é a formulação da política de defesa. A execução da política de defesa, e as probabilidades estratégicas das decisões do governo democrático, era função militar. Mas eles estavam fazendo a outra coisa também.

Jobim garante que Ministério não tem arquivos da repressão

No plano externo, existe uma preocupação com outro tema polêmico da estratégia, que é a questão de vetar qualquer acordo novo de não-proliferação nuclear? Existe algum receio de retaliação da comunidade internacional?

O Brasil assinou o tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, mas nós temos toda a tecnologia. E aí surgiu o seguinte problema: nós precisamos da energia nuclear para a Marinha, porque nós temos 4,5 milhões de quilômetros quadrados para tratar. O submarino convencional é um submarino que tem autonomia e velocidade muito menor, ao passo que a turbina do submarino nuclear é muito mais silenciosa e muito mais rápida. Então se decidiu a linha do submarino. Paralelamente, vem a nós o protocolo adicional. Aí já foi uma decisão presidencial. Houve uma discussão com o presidente no Palácio sobre isso. O Ministério das Relações Exteriores foi resistente em relação a isso e o Ministério da Defesa afirmando a necessidade de nós não admitirmos o protocolo adicional, porque inviabilizava o Brasil na pesquisa da tecnologia nuclear. E nós precisávamos da tecnologia nuclear. Para a defesa, que é o submarino, e para a produção de energia elétrica. Vamos ter, evidentemente, problemas. Mas isso faz parte do jogo. Agora quero lembrar o seguinte: a Índia não participou do Tratado de Não-Proliferação e teve tratamento diferenciado. E se desenvolveu. Israel também... Todos. Então, por isso, houve uma decisão política do presidente: não vamos assinar.

E como fica a questão financeira em meio à crise?

Aí que está o ponto, que era a grande distorção ou a forma de impedir que você acessasse o tema. Não adianta fazer nada porque não teremos dinheiro. Logo, não faz nada. Ou é uma ideia equivocada ou é uma forma de linguagem para evitar que se enfrente o assunto. Outra coisa: os equipamentos não são os equipamentos que antigamente se dizia que os militares queriam ter. São equipamentos que decorrem da necessidade do poder civil, das tarefas a serem desenvolvidas. Aí surgem os dois pontos da manifestação desses militares que estão indo embora, felizmente, que são a questão da Secretaria de Compras. O que encontrei aqui? Encontrei cada força com estruturas de compras muito competentes, mas a decisão da compra era deles. Isso não é decisão para militar, é decisão para civil.

A estratégia prevê um aumento razoável nos gastos de Defesa. Como fazer para convencer os governantes e a própria sociedade da importância destes custos?

Tornando a defesa alvo da agenda nacional. Se você observar a última pesquisa que foi feita, as Forças Armadas tem 84% de prestígio com a sociedade.

Existe uma pressão de alguns setores do governo, principalmente da Secretaria Especial de Direitos Humanos, e de organismos internacionais como a Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA, para que o Brasil siga o exemplo recente de outros países, como a Argentina e o Uruguai, no sentido de liberar os arquivos relacionados ao período da ditadura militar e parar de utilizar a lei de anistia como mecanismo que impeça a responsabilização legal de agentes da repressão que praticaram tortura. Por quê o Brasil não pode seguir o mesmo caminho?

Nós estamos abrindo o que temos. Os militares me informam que os registros desapareceram. O que estou tentando é recuperar alguns que foram entregues por algumas pessoas para o Ministério da Justiça. Estou trazendo o que o Ministério da Justiça recebeu, para dar autenticidade. Na parte de anistia, o que nós temos é uma lei que foi discutida à época. Que foi a negociação da transição militar sem conflitos. Houve uma decisão histórica em 1979, essa decisão teve a bilateralidade da anistia. Portanto não cabe o revisionismo pela via da interpretação, como se nós estivéssemos nos substituindo ao acordo político de 1979. Tem que sair dessa tentativa polarizante entre defensores de torturadores e não-defensores de torturadores. Não é o caso, não é isso que estamos discutindo. E o fato de você ter decisões internacionais é irrelevante, porque as decisões internacionais só podem ser internalizadas quando compatíveis com o direito interno. E no Brasil você tem uma característica diferente. Os tratados têm o mesmo poder da lei ordinária. Se tem que ser feito um tratado internacional e ele conflita com a Constituição e com o sistema legal, ele não vale no Brasil. Por que? Porque o tratado sempre foi um ajuste do Executivo, sem a participação do Legislativo. E aí começa o Poder Executivo a resolver os problemas via tratados.

O ministério não teria objeções, então, por exemplo, a novas expedições com o intuito de encontrar ossadas de guerrilheiros no Araguaia...

Problema nenhum. Aliás, já fizemos 18. Aqueles que ficaram na mata desaparecem, você não tem mais como localizar, pela mudança de características dos locais. Agora, uma coisa é certa: em relação à anistia, esse assunto está na mão do Supremo. O Supremo vai decidir se é possível ou não o revisionismo do acordo político de 1979, via uma reinterpretação da Constituição, mas nossa posição é de que não compete a nós fazer isso. Uma das tradições equivocadas nossa é achar que a gente vai construir o futuro retaliando o passado. A gente queima uma energia brutal na retaliação do passado e não constrói nada para o futuro. O que a gente tem que fazer é tentar aproximar o futuro do presente e não trazer o passado para o presente.

Existe a pretensão do ministério de ampliar a participação dos batalhões de engenharia do Exército em obras do PAC?

Quem está querendo é o presidente. Os batalhões de engenharia estão servindo como referência de mercado.

E em 2010? O senhor pensa em concorrer a algum cargo?

Fala com a minha mulher sobre isso...


Publicado no jornal "Jornal do Brasil".
Domingo, 15 de março de 2009.





"OS VELHOS SOLDADOS SE DESPEDEM, MAS NÃO SE VÃO"


O EXEMPLO DE HOMBRIDADE QUE FALTOU AO GEN HELENO





Sunday, January 11, 2009

A "MULA" ORTOGRÁFICA











































Ele sabe até o que fez Capitu
por Augusto Nunes

A platéia sempre em luta contra o cochilo iminente arregalou os olhos já no começo do discurso do presidente da República. "Hoje é um dia tão marcante para a nossa linda literatura", lembrou em 30 de setembro à platéia reunida na Academia Brasileira de Letras o único chefe de governo do mundo que, faz pouco tempo, confessou que preferia exercício em esteira a qualquer leitura. Dois parágrafos além, o mais cético dos imortais desconfiou de que estava testemunhando uma espantosa reedição do "estalo de Vieira". Segundo a lenda, o padre Antonio Vieira foi um perfeito imbecil até erguer-se da cama onde o atirara a tremenda dor de cabeça transformado no maior orador do Brasil colonial. Segundo a discurseira no auditório da ABL, alguma metamorfose misteriosa operara a conversão do inimigo juramentado de vogais, consoantes, pontos e vírgulas. "Ainda faltam muitos capítulos no acesso à leitura no Brasil", continuou a procissão de sobressaltos, encerrada com a notícia formidável: Lula lê livros. E aprecia Machado de Assis.

Bem no dia do centenário da morte do fundador e primeiro presidente da ABL, os corações imortais entraram em descompasso ao saberem que, entre todos os romancistas, Lula considera "insuperável" esse brasileiro "mulato, filho de lavadeira e neto de escravos alforriados". "Machado de Assis venceu pelo seu próprio talento individual, mas quantos outros gênios da raça foram impedidos de surgir e de se desenvolver?", perguntou. O escritor a quem se referiu como "o bruxo genial do Cosme Velho" já lhe soprara a resposta. "Disse Machado de Assis que palavra puxa palavra, uma idéia traz outra, e assim se faz um livro, um governo ou uma revolução", caprichou o homem que formalizara a adesão do Brasil ao acordo sobre a reforma ortográfica. "Façamos juntos a revolução do livro e da leitura em nosso país", exortou.

Na semana passada, com a publicação da conversa entre o presidente e o jornalista Mario Sergio Conti, da revista Piauí, desfez-se o equívoco. Quem sabe quem foi Machado de Assis é o ministro Luiz Dulci, redator do discurso que o chefe recitou. Lula continua a fugir de livros como o diabo foge da cruz, o vampiro da luz do sol ou o Congresso da decência. Parou até de folhear jornais ou revistas, contou na entrevista à Piauí. "Dá azia", resumiu. Embora também se tenha dispensado de ouvir noticiários radiofônicos ou telejornais, considera-se muito bem informado sobre o país e o planeta. Lêem por ele o ministro Franklin Martins e a assessora Clara Ant. Além dos quatro olhos amigos, Lula conta com o mundão de gente que encontra todo dia. E, em momentos críticos, troca idéias com Deus. Longe dos jornais e da internet, consegue avaliar o desempenho da imprensa, dar notas a colunistas ou indicar blogs e sites. Lula só leu Machado de Assis em placas de ruas batizadas com o nome do escritor. Mas decerto já sabe se Capitu traiu.


Augusto Nunes da Silva é jornalista, nascido em Taquaritinga, interior de S. Paulo, foi redator-chefe da revista Veja, diretor de redação das revistas Época e Forbes e dos jornais O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e Zero Hora. Foi também apresentador do programa Roda Vida, da TV Cultura. Augusto Nunes escreveu diversos livros, entre os quais: "Minha Razão de Viver - Memórias de um Repórter" (livro de memórias de Samuel Wainer), "Tancredo" (biografia de Tancredo Neves), "O Reformador: um Perfil do Deputado Luís Eduardo Magalhães" e "A Esperança Estilhaçada", sobre a atual crise política, entre outros. É um dos personagens do livro "Eles Mudaram a Imprensa", da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que selecionou os seis jornalistas mais inovadores dos últimos 30 anos, além de ter ganho por quatro vezes o Prêmio Esso de Jornalismo. Atualmente é colunista do Jornal do Brasil e do jornal Gazeta Mercantil, além de apresentador do programa "Verso & Reverso" da TVJB.


Publicado no jornal "Jornal do Brasil" (Coluna Sete Dias).
Domingo, 11 de janeiro de 2009.




A FUNDA DE DAVI – José Nivaldo Cordeiro



A "MULA" ORTOGRÁFICA

Monday, January 05, 2009

OS OCIDENTAIS ESTÃO RUMANDO SILENCIOSAMENTE PARA A EXTINÇÃO!


































Anúncio do fim
por Olavo de Carvalho

Se fossem apenas previsões em sentido estrito, as especulações do cientista político russo Igor Panarin quanto ao futuro dos EUA não mereceriam mais atenção que um palpite de turfista. Mas, exatamente como aquelas de Arnold Toynbee que comentei em outro lugar (v. AQUI ), elas não são previsões: são o resumo de um plano já em avançada fase de execução. Nenhum estudioso em seu juízo perfeito se arriscaria a fazer prognósticos tão detalhados com base em puras tendências econômicas gerais. Se Panarin é levado a sério pelo Kremlin, é porque o Kremlin sabe do que ele está falando. Suas profecias só merecem respeito porque preparam aquilo que anunciam. Discuti-las como teoria é divertimento ocioso: ou a elite americana faz algo de prático para frustrá-las, ou trata logo de inventar algum pretexto elegante para relax and enjoy ("relacha e goza") diante da ocupação estrangeira.

Panarin prevê a decomposição dos EUA a partir de 2010, com a subseqüente divisão do território em seis regiões separadas, sob o domínio da China, da Rússia, do México, da União Européia, do Canadá e do Japão (v. AQUI em inglês). Não há espaço aqui para analisar cada um desses casos, mas, só para dar dois exemplos, a China, pretendente à posse de toda a costa oeste segundo Panarin, e o México, virtual herdeiro de nove Estados entre a Flórida e o Novo México, já desfrutam, nos EUA, de uma liberdade de ação que nenhuma potência concede usualmente a nações estrangeiras. Vinte e tantos anos de demolição sistemática da indústria americana em favor de seus concorrentes chineses – verdadeiro protecionismo às avessas –, acabaram por fazer do consumidor americano o principal sustentáculo da economia chinesa, transmutando investimentos em débitos e ajuda econômica em ritual de auto-imolação. A política de favorecimento unilateral inaugurada por Richard Nixon e levada à perfeição por Bill Clinton deu enfim o resultado previsível: mais até do que a velha URSS, que só cresceu às dimensões de potência ameaçadora graças ao auxílio recebido dos EUA, a China tornou-se, para usar a expressão clássica de Anthony Sutton, "o melhor inimigo que o dinheiro podia comprar". Somem-se a isso a tolerância suicida ante a espionagem chinesa, a superioridade da China na produção de armas nanotecnológicas capazes de paralisar a nação adversária em poucas horas
(v. AQUI ) e, last not least, a hegemonia cultural do anti-americanismo na Califórnia, e verão que Panarin não está tão maluco quanto parece. Quanto ao México, tem o privilégio de fomentar livremente movimentos de secessão em vários Estados do Sul, sob o olhar complacente do governo americano, que, com toda a certeza, se tornará ainda mais complacente na gestão Obama, de vez que o novo presidente apóia e é apoiado por "La Raza", organização militante que advoga a expulsão dos "gringos" e a ocupação da área pela autoridade mexicana.

Com cáustica ironia, Panarin lembra que em vão o povo americano espera milagres de Barack Obama: os milagres não virão.

Obama é, na verdade, o presidente menos qualificado que já houve para defender a integridade e a soberania dos EUA. Amplamente beneficiado por ajudas estrangeiras ilegais, vulnerável a toda sorte de chantagens pelo seu passado nebuloso, suas ligações comprometedoras e seus documentos falsificados, Obama foi posto no poder por quem sabe que pode destrui-lo com duas cuspidas. E foi posto lá precisamente por isso. Ele está bem protegido de seus inimigos, mas totalmente à mercê de seus protetores. Contra estes, ele não pode defender nem sequer a si próprio, quanto mais ao país inteiro.

Quanto àqueles que festejam antecipadamente o fim dos EUA, talvez não lhes ocorra, por falta de imaginação, a suspeita de que um mundo dominado pela Rússia e pela China não conhecerá outro regime político senão o russo e o chinês.

Não obstante, desejo a todos um Feliz Ano Novo, seja isto lá o que for.


Olavo Luís Pimentel de Carvalho nasceu em Campinas, SP em 29/04/1947 é escritor, jornalista, palestrante, filósofo, livre pensador e intelectual, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros, publica regularmente seus artigos nos jornais "Diário do Comércio", "Jornal do Brasil" e no site "Mídia Sem Máscara", além de inúmeros outros veículos do Brasil e do exterior. Já escreveu vários livros e ensaios, sendo que o mais discutido é "O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras" de 1996, que granjeou para o autor um bom número de desafetos nos meios intelectuais brasileiro, mas também uma multidão de leitores devotos, que esgotaram em três semanas a primeira edição da obra, e em quatro dias a segunda. Atualmente reside em Richmond-Virginia, EUA onde mantém o site "Olavo de Carvalho" em português e inglês, sobre sua vida, obras e idéias. E-mail: olavo@olavodecarvalho.org


Publicado no "Jornal do Brasil" (Opinião).
Quinta-feira, 01 de janeiro de 2009.






































As if Things Weren't Bad Enough, Russian Professor Predicts End of U.S.
by Andrew Osborn for The Wall Street Journal

In Moscow, Igor Panarin's Forecasts Are All the Rage; America 'Disintegrates' in 2010

MOSCOW -- For a decade, Russian academic Igor Panarin has been predicting the U.S. will fall apart in 2010. For most of that time, he admits, few took his argument -- that an economic and moral collapse will trigger a civil war and the eventual breakup of the U.S. -- very seriously. Now he's found an eager audience: Russian state media.

In recent weeks, he's been interviewed as much as twice a day about his predictions. "It's a record," says Prof. Panarin. "But I think the attention is going to grow even stronger."

Prof. Panarin, 50 years old, is not a fringe figure. A former KGB analyst, he is dean of the Russian Foreign Ministry's academy for future diplomats. He is invited to Kremlin receptions, lectures students, publishes books, and appears in the media as an expert on U.S.-Russia relations.

But it's his bleak forecast for the U.S. that is music to the ears of the Kremlin, which in recent years has blamed Washington for everything from instability in the Middle East to the global financial crisis. Mr. Panarin's views also fit neatly with the Kremlin's narrative that Russia is returning to its rightful place on the world stage after the weakness of the 1990s, when many feared that the country would go economically and politically bankrupt and break into separate territories.

A polite and cheerful man with a buzz cut, Mr. Panarin insists he does not dislike Americans. But he warns that the outlook for them is dire.

"There's a 55-45% chance right now that disintegration will occur," he says. "One could rejoice in that process," he adds, poker-faced. "But if we're talking reasonably, it's not the best scenario -- for Russia." Though Russia would become more powerful on the global stage, he says, its economy would suffer because it currently depends heavily on the dollar and on trade with the U.S.

Mr. Panarin posits, in brief, that mass immigration, economic decline, and moral degradation will trigger a civil war next fall and the collapse of the dollar. Around the end of June 2010, or early July, he says, the U.S. will break into six pieces -- with Alaska reverting to Russian control.

In addition to increasing coverage in state media, which are tightly controlled by the Kremlin, Mr. Panarin's ideas are now being widely discussed among local experts. He presented his theory at a recent roundtable discussion at the Foreign Ministry. The country's top international relations school has hosted him as a keynote speaker. During an appearance on the state TV channel Rossiya, the station cut between his comments and TV footage of lines at soup kitchens and crowds of homeless people in the U.S. The professor has also been featured on the Kremlin's English-language propaganda channel, Russia Today.

Mr. Panarin's apocalyptic vision "reflects a very pronounced degree of anti-Americanism in Russia today," says Vladimir Pozner, a prominent TV journalist in Russia. "It's much stronger than it was in the Soviet Union."

Mr. Pozner and other Russian commentators and experts on the U.S. dismiss Mr. Panarin's predictions. "Crazy ideas are not usually discussed by serious people," says Sergei Rogov, director of the government-run Institute for U.S. and Canadian Studies, who thinks Mr. Panarin's theories don't hold water.

Mr. Panarin's résumé includes many years in the Soviet KGB, an experience shared by other top Russian officials. His office, in downtown Moscow, shows his national pride, with pennants on the wall bearing the emblem of the FSB, the KGB's successor agency. It is also full of statuettes of eagles; a double-headed eagle was the symbol of czarist Russia.

The professor says he began his career in the KGB in 1976. In post-Soviet Russia, he got a doctorate in political science, studied U.S. economics, and worked for FAPSI, then the Russian equivalent of the U.S. National Security Agency. He says he did strategy forecasts for then-President Boris Yeltsin, adding that the details are "classified."

In September 1998, he attended a conference in Linz, Austria, devoted to information warfare, the use of data to get an edge over a rival. It was there, in front of 400 fellow delegates, that he first presented his theory about the collapse of the U.S. in 2010.

"When I pushed the button on my computer and the map of the United States disintegrated, hundreds of people cried out in surprise," he remembers. He says most in the audience were skeptical. "They didn't believe me."

At the end of the presentation, he says many delegates asked him to autograph copies of the map showing a dismembered U.S.

He based the forecast on classified data supplied to him by FAPSI analysts, he says. He predicts that economic, financial and demographic trends will provoke a political and social crisis in the U.S. When the going gets tough, he says, wealthier states will withhold funds from the federal government and effectively secede from the union. Social unrest up to and including a civil war will follow. The U.S. will then split along ethnic lines, and foreign powers will move in.

California will form the nucleus of what he calls "The Californian Republic," and will be part of China or under Chinese influence. Texas will be the heart of "The Texas Republic," a cluster of states that will go to Mexico or fall under Mexican influence. Washington, D.C., and New York will be part of an "Atlantic America" that may join the European Union. Canada will grab a group of Northern states Prof. Panarin calls "The Central North American Republic." Hawaii, he suggests, will be a protectorate of Japan or China, and Alaska will be subsumed into Russia.

"It would be reasonable for Russia to lay claim to Alaska; it was part of the Russian Empire for a long time." A framed satellite image of the Bering Strait that separates Alaska from Russia like a thread hangs from his office wall. "It's not there for no reason," he says with a sly grin.

Interest in his forecast revived this fall when he published an article in Izvestia, one of Russia's biggest national dailies. In it, he reiterated his theory, called U.S. foreign debt "a pyramid scheme," and predicted China and Russia would usurp Washington's role as a global financial regulator.

Americans hope President-elect Barack Obama "can work miracles," he wrote. "But when spring comes, it will be clear that there are no miracles."

The article prompted a question about the White House's reaction to Prof. Panarin's forecast at a December news conference. "I'll have to decline to comment," spokeswoman Dana Perino said amid much laughter.

For Prof. Panarin, Ms. Perino's response was significant. "The way the answer was phrased was an indication that my views are being listened to very carefully," he says.

The professor says he's convinced that people are taking his theory more seriously. People like him have forecast similar cataclysms before, he says, and been right. He cites French political scientist Emmanuel Todd. Mr. Todd is famous for having rightly forecast the demise of the Soviet Union -- 15 years beforehand. "When he forecast the collapse of the Soviet Union in 1976, people laughed at him," says Prof. Panarin.


Igor N. Panarin is Doctor of political sciences, professor of the Diplomatic Academy Ministry of Foreign Affairs, Russia. Prof. Panarin is the author of nine books, "Infowar and power", "Infowar and world", "Infowar and election", and others, and of many political essays published in various journals. Prof. Panarin often take part in different political discussions on the Russian TV on the main problems of Russian policy, development of relationships between USA and Russia and many others. His main interests are history, philosophy, psychology, computer science, communication, election technology, conceptual problems of globalization, the theory and practice of infowar.




Published in "The Wall Street Journal".
Monday, December 29, 2008.




FELIZ ANO NOVO! – HAPPY NEW YEAR!


INSISTO: 1964 NUNCA TERMINOU! "CONTINUA TUDO COMO DANTES NO QUARTEL D’ABRANTES"



Thursday, December 11, 2008

Afastem-se que o "presidemente" vai "discursar"!
Um microfone nas mãos, muita merda na cabeça e sai de baixo, senão...

Fotomontagem: © by Bootlead 2008
































Como ser popular no Brasil moderno
por Augusto Nunes

O presidente Lula atribui o alto índice de popularidade à linguagem que usa. "Falo diretamente ao coração do povo", explicou. A colagem a seguir reúne uma reduzidíssima parcela dos melhores momentos do improvisador infatigável.

Minha mãe foi uma mulher que nasceu analfabeta. Então, eu já nasci no meio de uma crise, porque era filho de mãe pobre e sem marido. Outra crise foi quando conheci meu pai, porque ele estava casado com outra mulher. Crise é comigo mesmo. Essa agora pode ser um tsunami longe daqui, aqui vai ser uma marolinha. Tem gente que não gosta que eu sou otimista. Se vocês fossem médico e tratassem de um doente em situação grave, o que falariam pra ele? Dos avanços da medicina ou diriam: "meu, sifu"?. O chato é que a gente trabalha feito um disgramado e aí vem a turma do cassino arrumar problema.

Um dia acordei invocado, telefonei pro Bush e disse: Bush, meu filho, cuida da tua crise, porque não vou deixar ela atravessar o Atlântico. A crise elegeu pra presidente o primeiro americano negro. Acho que vou me dar bem com o Obama. Passei muitos anos achando que ser antiamericano era não beber Coca-Cola, depois fui ficando mais maduro e percebi que, quando a gente levanta de madrugada, e tem uma Coca-Cola gelada na geladeira, não tem nada melhor. Na conversa com o Khadaffi, contei que o Brasil ficou um tempão sem conversar com a Líbia porque os americanos não gostavam dos libaneses.

O Obama tem que cuidar da crise e acabar com o embargo de Cuba. Não precisa estudar em Harvard pra governar melhor que os outros. É a primeira vez que o Brasil tem um presidente e um vice que não têm diploma universitário. Isso não é mérito, mas é histórico. Fiz em cinco anos o que não tinham feito em 500. Pernambucano não deixa pra depois. Na primeira noite de casamento engravidei minha galega.

Nunca antes neste país existiu um presidente como eu. Eu sempre falei a língua do povo. O resto a gente aprende. É importante falar onde o povo está, como foi num dia em que fui falar de biodiesel no Nordeste, quando eu expliquei: vim aqui trazer uma mensagem positiva que já falei na fábrica porque pensei que vocês estavam lá, e se eu soubesse que vocês estavam aqui não tinha feito o discurso lá, tinha feito aqui.

Não adianta falar com essa gente que vive torcendo todo santo dia pra que dê tudo errado no governo do operário nordestino que virou presidente. Todo santo dia vem uma acusação sem prova contra amigo ou parente do Lula. Brasileiro é a favor do combate à corrupção nos outros, não nele.

Presidente tem de viajar bastante, me orgulho de ser um camelô do Brasil, que só não faz fronteira com Chile, Equador e Bolívia. É um aprendizado lascado. Em qualquer lugar do mundo que eu vou, eu tenho que levar flores ao túmulo do herói nacional. No Brasil não tem. O Panamá conheço só de dormir. Sempre que eu ia a Cuba, tinha que dormir uma noite lá. De avião, o mundo ficou pequeno. Até falei pro presidente do Gabão que o Atlântico é apenas um rio caudaloso, de praias de areias brancas, que une os países.

A imprensa fica vigiando pra ver se faço alguma coisa errada. Prestam mais atenção no papel que joguei no chão, no cigarro que fumei escondido, nem escuta o discurso. Se estou com uma dor no pé, não posso nem mancar, para não dizerem que estou mancando porque estou num encontro com os companheiros portadores de deficiência. Os companheiros deficientes não querem ser chamados de coitadinhos. Está cheio de gente que tem duas pernas, duas mãos, enxerga com os dois olhos e tem deficiência que o mundo inteiro não conserta.

Do que gosto mesmo é de um improviso, falo sobre qualquer coisa sem dificuldade, graças a Deus. Numa vez que falei de doença mental, falei que isso não deve ser difícil para ninguém. Sabemos que o problema não atinge apenas os que já foram identificados como pessoas com algum problema de deficiência, porque a dura realidade é que todos nós temos um pouco de louco dentro de nós. Quem não acreditar, é só fazer uma retrospectiva do seu comportamento pessoal nos últimos 10 anos.

Quando me aposentar, não vou pra Harvard, nem quero ganhar dinheiro fazendo palestra. Volto pra São Bernardo, pra ficar com meus amigos do sindicato. Vocês, quando se aposentarem, têm que procurar alguma coisa pra fazer. Ficar em casa só atrapalha o resto da família.


Augusto Nunes da Silva é jornalista, nascido em Taquaritinga, interior de S. Paulo, foi redator-chefe da revista Veja, diretor de redação das revistas Época e Forbes e dos jornais O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e Zero Hora. Foi também apresentador do programa Roda Vida, da TV Cultura. Augusto Nunes escreveu diversos livros, entre os quais: "Minha Razão de Viver - Memórias de um Repórter" (livro de memórias de Samuel Wainer), "Tancredo" (biografia de Tancredo Neves), "O Reformador: um Perfil do Deputado Luís Eduardo Magalhães" e "A Esperança Estilhaçada", sobre a atual crise política, entre outros. É um dos personagens do livro "Eles Mudaram a Imprensa", da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que selecionou os seis jornalistas mais inovadores dos últimos 30 anos, além de ter ganho por quatro vezes o Prêmio Esso de Jornalismo. Atualmente é colunista do Jornal do Brasil e do jornal Gazeta Mercantil, além de apresentador do programa "Verso & Reverso" da TVJB.


Publicado no jornal "Jornal do Brasil" (Coisas de Política).
Quarta-feira, 10 de dezembro de 2008, 02h00.




Lula surfando na marolinha.
por Carlos Alberto Cordella

O presidente Lula parece não ter limites. A cada discurso ele se supera. A platéia vai ao delírio. Apupos retumbam endossados pelas gargalhadas e mugidos. A claque ensandecida atinge o orgasmo com a verborréia do presidente.

Nunca antes na história desse país tivemos um presidente tão afinado com essa escória de romeiros e puxa-sacos que o rodeiam e engrossam esse respeitável séqüito de bovinos.

Um verdadeiro chafurdeiro. De causar inveja as mais conservadoras pornocracias. O presidente quando discursa freqüentemente traduz em palavras o que o meu intestino produz regularmente.

A diferença, talvez, esteja no resultado. Enquanto o linguajar esmerado do presidente consegue contagiar multidões, a produção do meu intestino perde-se em alguma fossa séptica sem nenhum aproveitamento.

Invariavelmente, o presidente é acometido por sucessivas diarréias cerebrais, espalhando sua verborréia como máximas a serem cultuadas e seguidas. Milhares de crianças neste país padecem por diarréias pela falta de saneamento básico. Não confundir diarréia no mercado financeiro com diarréia presidencial. Na primeira você fica sem dinheiro e quebra, na segunda você já sabe o resultado. Se não sabe vá a um comício do presidente. Mas, não esqueça de levar uma capa protetora, com capuz.

Deveríamos propor sanear a cabeça do presidente. Vamos imaginar que um cidadão vá ao Palácio do Planalto tomar café da manhã com o presidente. Evidentemente, que esse cidadão não vai chegar ao presidente e dizer: "Pô, presidente o senhor quando discursa parece estar com diarréia cerebral, de sua boca só sai M".

Caso esse cidadão se dirigisse ao presidente nestes termos, ele na bucha lhe responderia vá sifu.

Vivemos três situações distintas. Ou o Brasil não é um país sério, ou o presidente não é sério ou o povo não é sério.

Gosto de pensar que apenas o presidente não é sério, não conseguiria conviver com a idéia que os três não são sérios.

Ainda outro dia, o presidente em mais um rompante de bravatas e bazófias disse textualmente, que a crise financeira internacional passaria pelo Brasil como uma marolinha.

Alguns dias depois, a Petrobrás, aquela empresa fundada no governo Getúlio Vargas, e que um dia já foi séria, após anunciar a descoberta de mais dois poços de petróleo na Bacia de Campos correu à Caixa Econômica Federal e retirou empréstimo para honrar sua folha de pagamentos.

A Vale anunciou a demissão de 1300 funcionários e deu férias coletivas para mais 5 mil.

Os produtores de cana-de-açúcar de São Paulo ficaram sem receber dos Usineiros o pagamento por sua produção. Estes alegaram falta de financiamento bancário.

Após a Ministra Dilma afirmar que a Petrobrás já estava fazendo grandes investimentos no Pré-sal, vem o presidente da Petrobrás e a desmente. Explica que uma broca ficaria em torno de 1 bilhão de reais e que talvez fossem necessárias em torno de 300 brocas. Que com a queda do barril de Petróleo, em torno de 35 dólares, seria inviável a Petrobrás investir no pré-sal, nos próximos anos, sem grandes investimentos externos.

O presidente discursa mandando o povo gastar, O Unibanco associado a AIG seguros, empresa americana, é vendido ao Itaú cheio de dólares podres.

O presidente manda todo mundo gastar e eu pergunto inocentemente quem pagará a conta?

O mercado de carros usados está parado e o presidente diz que a crise passará pelo Brasil como uma marolinha.

Lula continua surfando na marolinha. Vamos torcer para que a marolinha não se transforme numa onda gigantesca e que esta onda gigantesca não se transforme numa grande diarréia, porque se isto acontecer nós sifu...


Carlos Alberto Cordella é Coronel do Exército Brasileiro.








Publicado no site "TERNUMA – Terrorismo Nunca Mais"(Regional Brasília).
Quarta-feira, 10 de dezembro de 2008.




Surfe de Lula depende é do rumo da onda – José Nêumanne



Afastem-se que o "presidemente" vai "discursar"! Um microfone nas mãos, muita merda na cabeça e sai de baixo, senão...

Sunday, December 07, 2008

70%??? Está comprovado, esse "povo" come merda... E gosta!



























Otimismo na tempestade – Lula acha que doente em estado grave não deve ouvir más notícias
por Augusto Nunes

"Você é feliz?", perguntou o jornalista a Tonia Carrero. "Sou", fez uma ligeiríssima pausa a grande atriz. "Várias vezes ao dia". Bela, talentosa, vencedora, rica, bem-sucedida – o que estaria faltando a essa rainha dos palcos? Nada. Ocorre que Tonia pensa. Quem tem a cabeça em bom estado, e não concede férias ao cérebro, sabe que não existe a dor que nunca passa, mas não se pode ser feliz o tempo inteiro. É assim com as pessoas. É assim, por conseqüência, com os países.

Não no Brasil, ressalvam os resultados da pesquisa divulgada na quinta-feira pelo Datafolha. O governo Lula é considerado ótimo ou bom por 70% dos entrevistados – o maior índice obtido por um presidente desde o fim da ditadura. O levantamento também garante que 61% estão plenamente satisfeitos com a situação econômica e 78% acreditam que a vida vai ficar ainda melhor em 2009.

"Os brasileiros ainda não sentiram os efeitos da crise econômica", acha Mauro Paulino, diretor do Datafolha. Segundo a pesquisa, 72% sabem, bem ou mal, que problemas financeiros andam tirando o sono de muita gente. Longe daqui.

Já faz algum tempo, Lula deu por resolvidos problemas acumulados em cinco séculos de incompetência, avisou que logo cuidaria do pouco que restava, comunicou que nunca antes neste país houve um governante tão formidável e ordenou ao Brasil que fosse feliz todos os dias.

Quem tem motivos para viver em estado de graça no paraíso que Deus poupou de catástrofes naturais e Lula blindou contra desastres econômicos? Só os napoleões de hospício, os que babam na gravata e os que acordam e dormem torcendo pelo insucesso do ex-operário genial.

A seqüência de pesquisas avisa que a tribo hoje não passa de 7% e caminha para a extinção. Em contrapartida, a grande maioria acatou a decretação da felicidade permanente e resolveu ficar mais feliz sempre que se conjugam um claro sinal de perigo e uma maluquice do Grande Pastor.

A marca dos 70% foi alcançada ao fim dos três dias em que Lula jurou que haverá emprego para todos e a Vale demitiu 1.300. Lula explicou que a crise vai fortalecer o Brasil, embora a inflação tenha ficado mais musculosa. Deve-se presumir que, graças à medonha conjunção dos astros ocorrida na quinta-feira, a próxima pesquisa acusará outro salto no índice de popularidade. Excitado com a cavalgada do dólar, uma das muitas evidências de que a marolinha quer ser tsunami quando crescer, Lula fundiu a indigência intelectual com o apreço pela vulgaridade e foi à luta.

"Quando o mercado tem uma dor de barriga, e nesse caso foi uma diarréia braba, quem é chamado? O Estado", berrou no meio do improviso. Em seguida, incorporou um médico examinando o doente em estado grave para justificar o otimismo inabalável. "O que você fala? Dos avanços da medicina ou olha pra ele e diz: meu, sifu?". Sabe-se agora que o doutor Lula acha que o Brasil sifu. Só não conta para não apavorar o doente.

Se reincidir nessas metáforas numa semana ruim, os brasileiros passarão da felicidade à euforia. E Lula chegará aos 100%.


Augusto Nunes da Silva é jornalista, nascido em Taquaritinga, interior de S. Paulo, foi redator-chefe da revista Veja, diretor de redação das revistas Época e Forbes e dos jornais O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e Zero Hora. Foi também apresentador do programa Roda Vida, da TV Cultura. Augusto Nunes escreveu diversos livros, entre os quais: "Minha Razão de Viver - Memórias de um Repórter" (livro de memórias de Samuel Wainer), "Tancredo" (biografia de Tancredo Neves), "O Reformador: um Perfil do Deputado Luís Eduardo Magalhães" e "A Esperança Estilhaçada", sobre a atual crise política, entre outros. É um dos personagens do livro "Eles Mudaram a Imprensa", da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que selecionou os seis jornalistas mais inovadores dos últimos 30 anos, além de ter ganho por quatro vezes o Prêmio Esso de Jornalismo. Atualmente é colunista do Jornal do Brasil e do jornal Gazeta Mercantil, além de apresentador do programa "Verso & Reverso" da TVJB.


Publicado no jornal "Jornal do Brasil" (Sete Dias)
Domingo, 07 de dezembro de 2008, 02h00.



PRENÚNCIO DE UMA QUEDA ANUNCIADA?
















































SEM QUERER QUERENDO, CHÁVEZ ENTREGA O OURO – Bootlead




70%??? Está comprovado, esse "povo" come merda... E gosta!

Friday, November 28, 2008

Clinton e o seu boneco de ventríloquo: "Bhobama", o entorpecedor de multidões.










































Queda-de-braço
por Olavo de Carvalho

Joseph Farah, o editor do WorldNetDaily, diz que só três razões podem explicar a operação-sumiço montada para sonegar ao público os documentos de Barack Hussein Obama: ou o sujeito nasceu mesmo no Quênia e não quer confessar que é inelegível, ou tem alguma outra coisa a esconder, ou o que pretende é vergar a espinha da nação americana, mostrando aos quatro ventos que ele, o ungido do destino, está acima da Constituição, das leis, do direito à informação e da honra nacional. Para mim, está claro que esta última hipótese, independentemente da veracidade ou não das outras duas, não é uma hipótese: é uma certeza absoluta. Ela não expressa o que Obama "pretende" fazer, mas o que já está fazendo. Apresentar-se em público com uma biografia cheia de inconsistências e recusar sobranceiramente qualquer explicação, qualquer prova, qualquer documento já é um exagero de petulância como raramente se viu. Se Obama fizesse isso tão-somente como escritor ou como figura do show business, já seria um caso de autolatria megalômana pelo menos inquietante. Mas fazê-lo no instante mesmo em que postula o cargo máximo, extorquindo do eleitorado um voto de confiança baseado na fé cega, isto a mera demência não explica. Há aí um plano, um método, um maquiavelismo embutido.

Se as metas declaradas da Presidência Obama são nebulosas e contraditórias, a lógica tácita das suas ações é bem nítida, e mais evidente ainda se torna com a presença maciça de clintonistas na sua equipe de governo. Trata-se de prosseguir fielmente a obra destrutiva de Bill Clinton, inspirada na fórmula de Scott Talbot: fomentar com dinheiro dos contribuintes americanos o crescimento de potências concorrentes e debilitar o poder militar, econômico e diplomático dos EUA, vendendo a rendição ao "multilateralismo" como se fosse coisa do mais alto interesse nacional, ao mesmo tempo que, na política interna, se aumenta o controle do Estado sobre a vida dos cidadãos e se diluem as defesas culturais do país numa poção alucinógena feita de lixo politicamente correto.

O maior obstáculo à dócil inserção dos EUA na nova ordem globalista é a Constituição americana. Por isso, tipos como Obama ou Al Gore jamais falam dela sem rosnar entre dentes e deixar entrever sua intenção de fazê-la em pedaços. Mas mudar a Constituição, sem mais nem menos, seria uma temeridade. É preciso criar a atmosfera cultural e psicológica que torne a mudança aceitável. O método clássico de fazer isso é impor a desobediência ostensiva como rotina banalizada, desde as classes altas, dessensibilizando o público mediante a negação peremptória de que algo de anormal esteja acontecendo. É precisamente o que o Partido Democrata fez ao longo de toda a campanha. Por essa razão antevi que, mesmo se perdesse as eleições, Obama sairia vencedor na queda-de-braço com a Constituição: imunizado pela chantagem racial e pela adulação descarada da mídia, ele não apenas foi dispensado do mínimo de transparência a que nenhum candidato antes dele ousara se furtar, mas até a cobrança trivial de uma prova de identidade da sua parte passou a ser tratada como um insulto racista e um sintoma de paranóia, enquanto seus opositores, culpados até prova em contrário, eram forçados a explicar-se, com testemunhas e documentos, até sobre detalhes irrisórios da sua vida pessoal. A campanha de Obama acanalhou e corrompeu o sistema eleitoral americano a tal ponto que os próprios conservadores, temerosos de admitir a realidade do descalabro, viraram os olhos e sacramentaram por omissão a normalidade do absurdo. Enquanto discutiam as propostas e perigos de uma possível Presidência Obama, tornaram-se cegos para a conduta presente do candidato, que, sem palavras, já punha essas propostas em execução com uma prepotência avassaladora e uma força irreversível. Quando a fé na solidez das instituições se torna um pretexto para não defendê-las do perigo real e imediato, é precisamente porque essa solidez já não existe senão como pretexto.


Olavo Luís Pimentel de Carvalho nasceu em Campinas, SP em 29/04/1947 é escritor, jornalista, palestrante, filósofo, livre pensador e intelectual, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros, publica regularmente seus artigos nos jornais "Diário do Comércio", "Jornal do Brasil" e no site "Mídia Sem Máscara", além de inúmeros outros veículos do Brasil e do exterior. Já escreveu vários livros e ensaios, sendo que o mais discutido é "O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras" de 1996, que granjeou para o autor um bom número de desafetos nos meios intelectuais brasileiro, mas também uma multidão de leitores devotos, que esgotaram em três semanas a primeira edição da obra, e em quatro dias a segunda. Atualmente reside em Richmond-Virginia, EUA onde mantém o site "Olavo de Carvalho" em português e inglês, sobre sua vida, obras e idéias. E-mail: olavo@olavodecarvalho.org


Publicado no "Jornal do Brasil" (Opinião).
Quinta-feira, 27 de novembro de 2008, 02h00.





Anestesia obâmica
por Heitor De Paola

Respiram aliviados os conservadores, o mercado exulta e se recupera, se abalam os revolucionários: nada de Change! Yes, we can! e mais do mesmo! Obama parece que vai apenas cumprir o terceiro mandato Clinton. Tudo como dantes no quartel de Abrantes? Nada disto, Obama mostrou ser um excelente anestesista. Como LulaLá em 2002.

Lembram? Quem diria que o governo do revolucionário Lula, com a economia nas mãos de um trotskista amigo das FARC, seguiria uma agenda ortodoxa? Sai Armínio Fraga, entra Meirelles para acalmar os banqueiros e grandes empresários: "senta que o leão é manso"!

Logo após aquela eleição escrevi um artigo, É a Educação, Estúpido!, em que mostrava que a tese de que os revolucionários fuzilam no paredón e estatizam a economia estava há muito ultrapassada. É a revolução cultural que lhes interessa e para isto a economia estável e produtiva é fundamental para aumento da carga tributária e os investimentos "sociais", preparando o momentum - as reais condições objetivas - para a ruptura institucional no futuro.

Passados seis anos, o que temos hoje aqui no Brasil? Uma economia ainda estável, uma educação catastrófica ideologizada, baseada exclusivamente no método revolucionário de Paulo Freire, o campo conflagrado pelo MST e Via Campesina, as fronteiras do país escancaradas como uma peneira, a ameaça de "nações" indígenas se formarem às custas do território nacional e até de conseguirem reconhecimento de soberania, a revolução quilombola em marcha, o movimento gay mandando e desmandando, a legalização das drogas e do aborto batendo à porta, a deterioração moral galopante, as torpes "indenizações por crimes da ditadura", a indecente carga tributária, a corrupção nunca vista, o Brasil transformado numa satrapia do Foro de São Paulo, da OEA, da ONU, das Casas Reais da Inglaterra e da Holanda, e de qualquer outra organização da "comunidade internacional", um Presidente que humilha as Forças Armadas e tripudia sobre os heróis da Pátria substituídos por revoltosos, assassinos e terroristas.

É exatamente isto que se pode esperar da futura administração Obama: agitação crescente pela ação dos "organizadores sociais", única ocupação conhecida do primeiro mandatário, do qual, aliás, não se conhece mais nada, nem sua nacionalidade e filiação. Se Lula é uma "metamorfose ambulante", Obama é um mistério coberto de mentiras e embustes.

Além disto, a agenda multilateralista dos Clintons, baseada no enfraquecimento econômico-militar gradual dos EUA e fomentando com dinheiro dos contribuintes potências estrangeiras hostis, que não pôde ser desdobrada em sua plenitude no passado, será agora levada às últimas conseqüências. Hillary no Departamento de Estado significa os Clintons incrustados no segundo cargo mais poderoso do País. É o cargo ideal para o multilateralismo e pela queda do prestígio americano. Pela Constituição americana o Secretário de Estado é irremovível por ato executivo e suas funções são amplas, não se limitando às relações exteriores. Esta agenda revolucionária que vem sendo preparada desde a luta contra a guerra do Vietnã, interrompida de tempos em tempos pelos governos Republicanos - Nixon, Reagan e Bush atual – vai cobrar seus ganhos imediatamente através dos "organizadores sociais" – leia-se agitadores de massas ou agents provocateurs - e de uma juventude desvairada, fanática, cega, manobrável e ávida de poder.

O perigo maior, no entanto, vem da subversão das instituições mais caras à tradição americana: a Constituição, o Bill of Rights e o federalismo. Obama já avisou que considera que a Constituição tem que ter uma interpretação mais flexível adaptada à realidade atual – velho sonho dos Democratas – oficializando o Direito Alternativo marxista. Sua candidatura, em si mesma, desrespeitando as normas constitucionais, visam desde o início a gradual e crescente desmoralização do principal documento que mantém o país unido e forte há mais de 200 anos. O segundo alvo é a Primeira Emenda, que proíbe o Congresso de aprovar leis que restrinjam a liberdade de imprensa, através da re-edição da Fairness Doctrine para liquidar com o predomínio dos conservadores nas rádios americanas. A doutrina, adotada em 1949 e revogada em 1987, estabelecia a obrigatoriedade de balanceamento de opiniões nos programas de rádio, a critério da Federal Communications Commission (FCC), para estimular a discussão de opiniões controversas sobre assunto de importância pública. Ao contrário desta tão magnânima intenção, ao invés de estímulo ocorreu uma maior inibição por medo de censura.

O terceiro alvo será a Segunda Emenda – a que permite a todo americano comprar, possuir e portar armas de fogo – à qual o Partido Democrata se opõe há anos. Com a simultânea formação de uma força de segurança nacional equivalente ao Exército já se pode antever o que virá: ditadura.

O quarto alvo será o federalismo através do aumento progressivo do peso do governo federal. Aí entram os pacotes de ajuda, as estatizações e um novo Homestead Act – 21, claramente socialista.

O Homestead Act (Ato da Propriedade Rural) foi uma lei criada pelo presidente Lincoln em 20 de maio de 1862. A Lei garantia a transferência de terras do Estado para pequenos agricultores, incluindo os escravos negros, definitivamente libertados pela guerra. Dava títulos de propriedade total e garantia de transmissão por herança de lotes de até 65 hectares de terra devoluta no Oeste a maiores de 21 anos que já morassem nele há 5 anos ou mais. O Homestead Act para o século 21 prevê que toda criança terá direito desde o nascimento a recursos financeiros que possibilitem sua entrada no mercado – um bolsa-família que nem Lula ousou! Imaginem a crescimento demográfico da população mais pobre para faturar um troco a mais.

Enquanto os holofotes se voltavam para a equipe econômica – mesmo sem dizer que Timothy F. Geithner, Secretário do Tesouro não tem nenhuma formação econômica ou em finanças, apenas uma graduação em política internacional – duas personagens passaram despercebidas: Melody Barnes, Diretora do Conselho de Política Interna e sua auxiliar principal, Heather A. Higginbottom, ambas ligadas a organizações financiadas por George Soros (o Center for American Progress, a New America Foundation e o American Security Project). Direta ou indiretamente as duas primeiras defendem a legalização do aborto, das drogas e da eutanásia. O ASP tem insistido em que os EUA, segundo a doutrina Bush, estão perdendo a guerra contra o terrorismo e propõe um novo projeto que prevê a tão decantada reconquista da boa imagem americana no mundo, perdida com Bush.

E a economia? Esta ficará entregue à elite de Wall Street de onde partiu a maior ajuda à campanha de Obama e de onde vem seu Secretário do Tesouro.


Heitor De Paola é médico, psicanalista, escritor e comentarista político, estudioso de filosofia, filosofia da ciência, história, ciência política e política internacional. De Paola também é articulista do jornal eletrônico Midia Sem Máscara, Jornal Inconfidência, Visão Judaica e do site Ternuma, além de autor do livro "O Eixo do Mal Latino-Americano e a Nova Ordem Mundial", editado pela "É Realizações". Para ler mais artigos do articulista, visite seu site: "Papéis avulsos".





Publicado no site "Mídia Sem Máscara".
Quinta-feira, 27 de novembro de 2008.




Carta aberta ao Grande Chefe Branco – Demétrio Magnoli



OS TOPA-TUDO SEM DINHEIRO – Maria Lucia Victor Barbosa




Clinton e o seu boneco de ventríloquo: "Bhobama", o entorpecedor de multidões

Sunday, November 16, 2008

Os "bocas-de-fossa"!





























Perdão seletivo – Vannuchi e Genro acham que a anistia ampla e irrestrita não vale para inimigos
por Augusto Nunes

Caso se interessassem pelo futuro do Brasil, o ministro da Justiça e o secretário nacional dos Direitos Humanos estariam exibindo as olheiras superlativas dos inconformados com a institucionalização da tortura no sistema carcerário. Tanto o ministro Tarso Genro quanto o secretário Paulo de Tarso Vannuchi sabem que, neste momento, centenas de presos comuns estão sendo seviciados por policiais que preferem o choque elétrico à investigação ou por integrantes dos bandos criminosos que governam as cadeias. Como só se interessam pelo próprio futuro político, os dois ordenanças vencidos na guerra suja esquecem os carrascos do presente para acertar contas com torturadores do passado.

Nas capitanias confiadas à dupla, problemas é o que não falta. Mas os companheiros resolveram que não existe urgência mais urgentíssima que a revisão da Lei de Anistia decretada em 1979. Seria "ampla, geral e irrestrita", combinaram os negociadores do documento, ao fim de conversas especialmente delicadas. Nem tanto, descobriram quase 30 anos depois os parceiros ansiosos pela vingança.

Quem olha por espelhos retrovisores caminho à margem do penhasco é forte candidato ao título de homem sem visão do ano. Quem olha só pelo retrovisor direito, garimpando imagens de torturadores aposentados, é um cretino fundamental. Para os tarsos, a anistia que livrou Genro do medo crônico e Vannuchi da cadeia não se estende aos porões da ditadura.

"A lei se aplica tanto aos adversários do regime militar quanto aos agentes do poder público que eventualmente praticaram torturas contra presos políticos", discordou José Antonio Toffoli, advogado-geral da União. "Tortura é crime imprescritível", replicaram em coro os tarsos. "Terrorismo também é", avisou Gilmar Mendes, presidente do STF, amparado no artigo 43 da Constituição.

Foi a senha para o desembarque na frente de batalha dos heróis de araque, sempre fantasiados de credores da imensa maioria que nada lhes deve.

É um absurdo chamar de terroristas os que, por falta de opções, lutaram contra a ditadura de armas na mão, viajaram de novo os rufiões dos anos de chumbo. Havia opção, sim, deveriam berrar milhões de brasileiros que resistiram até que a liberdade abrisse as asas sobre nós e restaurasse a democracia. Anos a fio, a resistência democrática suportou a arrogância dos extremistas de esquerda e a prepotência dos direitistas radicais. Uns menosprezavam os "pequeno-burgueses a serviço do capitalismo". Outros tentavam conter a cólera provocada pela parvoíce dos "inocentes úteis a serviço dos comunistas".

Enquanto o delírio durou, os devotos da luta armada não fizeram reparos ao manual da guerrilha redigido por Carlos Marighela. "A ação terrorista deve ser executada com muita calma, decisão e sangue frio", ensina um trecho. "O terrorismo é uma arma que o revolucionário não pode abandonar". Só agora os guerrilheiros cismaram que o estigma foi invenção da ditadura.

A anistia não será revogada, mas nada impede escavações históricas amplas, gerais e irrestritas. Ex-torturadores merecem ser tratados como figuras abjetas. Ex-terroristas, também.


Augusto Nunes da Silva é jornalista, nascido em Taquaritinga, interior de S. Paulo, foi redator-chefe da revista Veja, diretor de redação das revistas Época e Forbes, dos jornais O Estado de S. Paulo, Gazeta Mercantil e Zero Hora, além de diretor-executivo do Jornal do Brasil. Foi também apresentador do programa Roda Vida da TV Cultura e do programa "Verso & Reverso" da TVJB. Augusto Nunes escreveu diversos livros, entre os quais: "Minha Razão de Viver - Memórias de um Repórter" (livro de memórias de Samuel Wainer), "Tancredo" (biografia de Tancredo Neves), "O Reformador: um Perfil do Deputado Luís Eduardo Magalhães" e "A Esperança Estilhaçada", sobre a atual crise política, entre outros. É um dos personagens do livro "Eles Mudaram a Imprensa", da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que selecionou os seis jornalistas mais inovadores dos últimos 30 anos, além de ter ganho por quatro vezes o Prêmio Esso de Jornalismo. Atualmente, Nunes escreve uma coluna na edição eletrônica da Revista "VEJA".





Publicado no jornal "Jornal do Brasil" (Sete Dias).
Domingo, 16 de novembro de 2008, 02h00.



Atentado à unidade nacional – Editorial do Estadão



Os "bocas-de-fossa"!
 
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