Showing posts with label Oposição. Show all posts
Showing posts with label Oposição. Show all posts

Wednesday, September 24, 2008

FALTA POUCO, LOGO ESTAREMOS CHEGANDO LÁ!










































Em busca de um pretexto patriótico
por Olavo de Carvalho

Tudo o que os oficiais das Forças Armadas estão esperando para aderirem ao esquema de poder eterno de Lula é o pretexto patriótico.

A pressa indecente com que os opositores nominais do governo correm para apoiá-lo ao mínimo aceno de alguma vantagem possível é a prova de que a passagem do PT pelo poder, exatamente como previ há mais de dez anos, e ao contrário do que afirmavam todos os sapientes, não terá sido um episódio normal do rodízio democrático, e sim a inauguração de um novo sistema que, superposto à ordem democrática, terminará – já quase terminou – por engoli-la e fazê-la desaparecer para sempre.

A Nova República não foi senão uma tênue interface entre o governo militar e o Brasil socialista, marcado pela hegemonia esquerdista em todos os setores da vida social, pela simbiose macabra entre o governo e o banditismo crescente, pela corrupção em níveis jamais antes imaginados, pela destruição completa da cultura superior, pela institucionalização do paternalismo estatal como garantia do apoio popular, pelo fechamento das fronteiras mentais do País ao debate de idéias no mundo, pela transformação do sistema de ensino em máquina de adestramento da militância comunista e, last not least, pela progressiva e tácita criminalização de toda atividade capitalista, louvada ao mesmo tempo, numa alternância pavloviana de choques e queijos, como indispensável ao progresso da nação.

Como, no meio de toda essa tragédia, a economia cresce um pouquinho e esse pouquinho basta para acalmar uma multidão de consciências - que, aliás, jamais foram muito exigentes -, o sucesso do conjunto está garantido, e é óbvio, é patente que o sr. Lula tem todas as condições não apenas para fazer o seu sucessor, mas o sucessor do seu sucessor e todos os sucessores deste último por muitas décadas à frente. Cada político "de oposição" sabe disso e já tem nas mãos um leque de estratégias para adaptar-se à situação o mais confortavelmente possível, até simulando motivos éticos.

E os militares? Eles têm algum ressentimento, é verdade, mas, marginalizados e reduzidos a condições de subsistência humilhante, já nada podem fazer senão esboçar aqui e ali um protesto simbólico, ridicularizado pela mídia. Muitos deles já parecem reger-se pela psicologia dos miseráveis: prometa-lhes alguma coisa, por mínima que seja, e eles farão o que você quiser.

Antigamente a farda protegia contra a deterioração moral do ambiente. Mas ela não pode proteger contra uma cultura inteira. Só um gênio ou um louco pode desaculturar-se a si próprio.

O homem comum, fardado ou não, cede à onipresença hipnótica dos contravalores que antes desprezava, em nome de valores dos quais já não se lembra. Tudo o que muitos oficiais das nossas Forças Armadas estão esperando é um pretexto patriótico para a adesão final. Criaturas solícitas como o general Andrade Nery dão o melhor de si para fornecê-lo, dirigindo habilmente contra os EUA o ódio que deveria se voltar contra o globalismo anti-americano da ONU, o qual, sob pretextos indigenistas e contando com a proteção da Presidência da República, vai comendo território e reservas minerais do Brasil enquanto a enquanto a "Hora do Povo" e o próprio sr. presidente desviam as atenções de civis e militares para a presença alegadamente ameaçadora da IV Frota americana que, é claro, vem roubar o nosso petróleo...

Esse panorama não apenas já era previsível em 2002 e até bem antes, como foi efetivamente previsto nos meus próprios artigos, enquanto ilustres comentaristas políticos e analistas estratégicos, pagos a peso de ouro pelo empresariado, diziam que nada disso ia acontecer, que o PT desfrutaria de seus quinze minutos de fama e em seguida sumiria na lata de lixo da História, deixando caminho aberto aos liberais para que construíssem uma democracia capitalista moderna e pujante, de fazer inveja à Suíça.

Pela raiva que tantos ainda sentem de quem lhes disse a verdade, pela generosidade com que continuam premiando quem os ludibriou, o que me pergunto é se, sob o pretexto de ouvir análises de conjuntura, o que querem mesmo não são apenas umas palavras animadoras, tanto mais bem-vindas quanto mais falsas.


Olavo Luís Pimentel de Carvalho nasceu em Campinas, SP em 29/04/1947 é escritor, jornalista, palestrante, filósofo, livre pensador e intelectual, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros, publica regularmente seus artigos no jornal "Diário do Comércio" e no site "Mídia Sem Máscara", além de inúmeros outros veículos do Brasil e do exterior. Já escreveu vários livros e ensaios, sendo que o mais discutido é "O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras" de 1996, que granjeou para o autor um bom número de desafetos nos meios intelectuais brasileiro, mas também uma multidão de leitores devotos, que esgotaram em três semanas a primeira edição da obra, e em quatro dias a segunda. Atualmente reside em Richmond-Virginia, EUA onde mantém um site em português e inglês, sobre sua vida, obras e idéias.
E-mail: olavo@olavodecarvalho.org


Publicado no jornal "Diário do Comércio" (editorial).
Segunda-feira, 22 de setembro de 2008, 21h29.



JÁ COMPROU SUA CAMISETA COM A ESTAMPA DO NOSSO "HERÓI"?
À venda nos diretórios do PT e nas Pastorais Diocesanas. – Apenas R$ 18,00





























A INFILTRAÇÃO JÁ É UM FATO CONSUMADO

Foto: Oficiais do 1º BFEsp (Batalhão de Forças Especiais - EB) em Goiânia, "adestrando" dirigentes petistas
no manejo de armas de uso exclusivo das FFAA, notem o DNA lombrosiano dos mesmos, dizer mais o quê?






























E o Plano de Defesa, ministro? - Alexandre Barros



Monday, September 22, 2008

Era uma vez um "tucano" ...

Fotomontagem: © by Bootlead 2008



































"Saiu de moda fazer oposição" (Senador Sérgio Guerra, Presidente Nacional do PSDB - "Tucano")

Estão pensando que eu sou bobo
por João Ubaldo Ribeiro

Esta vida é um rude golpe atrás do outro. A gente pensa que conseguiu algum tempo de sossego e aí lá vem perturbação no juízo. E confesso a vocês que não esperava a revelação que me fizeram de chofre e sem misericórdia, na semana que passou. Dirão talvez muitos entre vocês que isto mostra como ando alienado, pois o que me contaram não devia ser surpresa para ninguém, muito menos para mim. Mas talvez alguma defesa inconsciente me viesse bloqueando a visão durante todo este tempo. Terei sido, ai de mim, o pior dos cegos, aquele que não quer ver.

O que me disseram foi ainda mais cruel, por simples e certeiro: "Você está fora da moda." Convenhamos que o sujeito ainda mal desperto, com uma certa ressaca do café da manhã e a perspectiva de mais um dia enfarruscado e frio, ouvir uma dessas é nocauteante. Como, eu estava fora da moda? Estava, estava. Estava, não; está. Já deu no jornal, já é conversa quase unânime, vai entrar para o politicamente correto em breve. Fazer oposição não está com nada mesmo, está inequívoca, inegável e ridiculamente fora da moda.

Creio haver saído cambaleante, em direção aqui ao escritório. Sim, sim, aquelas palavras ricocheteavam pelas paredes, ziguezagueavam pelo oco que parecia ser meu crânio. Podia esperar de tudo, até mesmo que o Bahia contratasse a Marta e a Cristiane e ganhasse o Brasileirão, mas isso era demais. Eu, um sujeito tão esforçado, que faz questão de cumprir sua obrigação com o maior empenho possível, estava assim fora da moda, um rebotalho, um fósforo queimado atirado no chão, como no samba-canção que Ângela Maria cantava?

Pois é, inútil tapar o sol com uma peneira. Agora que o fim está próximo, acho que posso abrir o peito com vocês sem reservas. Durante toda a minha vida, desde o menino tímido de calças curtas e óculos redondos até o - como direi? - estranho senhor que ora escreve para um público talvez demasiado indulgente, meu sonho sempre foi estar na moda. Ser chique, então, nem se fala, sempre foi tudo o que secretamente quis.

Sentei-me, o travo amargo da desilusão e da derrota na boca, o teclado agora me parecendo um traste transmissor de bobagens para o computador, a vida um deserto sem sentido. Avaliei deprimidamente o passado. Com todo o cuidado, fiz a coisa certa, ou o que fazem os ineptos e malfadados do meu quilate.
Procurei para onde ia o barco dos bem-pensantes e dos que ficam na moda, embiquei o meu também para lá, na mais pura obediência a meus interesses pessoais, querendo - meu Deus, será tão grave pecado assim? - desesperadamente entrar na moda ou ficar nela. E tive a paga dos vilões de novela, agora num mato sem cachorro, sem poder abrir o bico, para não ser vaiado, esnobado ou expulso da mesa do boteco. Isto para não falar nos que clamam por ostracismo ou exigem degredo. Acho que nem de escuta telefônica tenho mais que ter medo, nadir da degradação e da decadência, no Brasil.

Mas ainda tenho meus trunfos na manga. Se cair, caio de pé, o que não sei bem como se faz, mas já ouvi gente dizendo, de maneira que deve estar certo. E espero ser chique também, não esquecer que quero muito ser chique. E, assim, já estudo projetos para não fazer oposição. Acho algumas idéias um pouco exageradas, tais como a que me deu uma ex-fã (foi assim mesmo que ela assinou o e-mail), segundo a qual eu deveria subir a pé até o Redentor e de lá cantar "Errei, sim" o domingo inteiro. A caminhada até Brasília, para exibir ao público o cartaz "Perdão, Brasil", logo antes de beijar os pés do presidente, se ele deixar, também me pareceu um pouco forçada.

Não, creio que há caminhos mais simples e mais eficazes. Escrevo um livro com um título singelo como Memórias de Um Carreirista. Não será difícil, porque até nisso, sem eu perceber e muito menos agradecer, ele já vinha me ajudando. Porque meu modelo, mesmo fisicamente inexistente como livro, seria o volume que ele talvez pudesse escrever, com a diferença de que ele deu certo e que o título dele seria Memórias de Um Pelego. No meu, contarei toda a minha luta inglória para estar na moda, inclusive durante o governo Fernando Henrique, do qual também burramente falei mal.

Será que ele me perdoa? Podia perguntar "eles", me referindo ao PT, mas não tem mais PT. Será que encontrará lugar, em seu grande coração, de me dizer qualquer coisa tal como "Sim, te acolho e te perdôo, porque viste a Verdade e não é dado a quem encarna a Verdade negar o perdão a quem A reconhece". E, mais tarde, que me mande falar "vem, meu filho, que te darei o que dou a todo o meu rebanho: queres uns dois Bolsas Famílias ou um emprego num dos muitos lugares que reservo e crio todo dia, a fim de abrigar minhas ovelhas desgarradas?".

Sei que meus desafetos já previam o meu fim. Mas não contavam com a minha astúcia. Tão certo como, lá caladinhos e metendo a mão num rico faturamentozinho, estão secando o Rio São Francisco; tão certo como roubaram, roubam e roubarão no e do governo e ninguém vai preso; tão certo quanto vivemos bem e à tripa forra, principalmente em matéria de educação, saúde e segurança; tão certo como agora, com o Pré-Sal, vamos ter dinheiro até para comprar os Estados Unidos inteiros, se eles começarem a incomodar demais; tão certo quanto estou achando esse governo a solidificação de uma ditadura galhofeira dos poderosos de sempre, sobre a mesma massa ovina. Tão certo quanto tudo isso e muito mais, podem ter certeza de que voltarei triunfalmente à moda. Aderi. Oposição, meu caro amigo, minha encantadora amiga, vão procurar num lugar fora da moda por aí. Poderei ter de mentir um pouco, mas estarei na moda. Aliás, mentir também está, não está?

''Fazer oposição não está com nada mesmo, está inegável e ridiculamente fora de moda''

''Sei que meus desafetos já previam o meu fim. Mas não contavam com a minha astúcia''


João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro nasceu na Ilha de Itaparica, Bahia, em 23 de janeiro de 1941. Iniciou no jornalismo trabalhando como repórter no Jornal da Bahia e, tempos depois, tornou-se editor-chefe do Jornal A Tribuna da Bahia. Participou de algumas coletâneas antes de publicar seu primeiro livro, intitulado Setembro Não Tem Sentido, em 1968. Com seu segundo livro, Sargento Getúlio, de 1971, ganhou o Prêmio Jabuti. Morou nos EUA, em Portugal e na Alemanha. Participou de adaptações de textos seus e de terceiros para televisão e cinema e foi premiado e homenageado em várias partes do mundo. Atualmente assina textos semanais nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo. É um dos mais importantes escritores brasileiros contemporâneos, autor de clássicos como Viva o Povo Brasileiro, que já superou a marca dos 120 mil exemplares vendidos e é membro da Academia Brasileira de Letras. Escreveu mais de 15 livros, traduzidos em 16 países.


Publicado no jornal "O Estado de S. Paulo" - (Caderno 2 – Ponto de Vista).
Domingo, 21 de setembro de 2008.



Curiosidades obâmicas – Olavo de Carvalho



Sunday, July 27, 2008

O "golpe" do terceiro mandato continua em marcha.
"Eles" apenas, aguardam o momento oportuno. Não de iludam!










































A mosca azul e o terceiro mandato
por Wilson Figueiredo



O presidente Lula não poderia escolher pior momento para tirar da gaveta assuntos adiáveis e devolver ao debate a sovada reforma política. Começa que o plural seria mais adequado por serem várias as reformas sob a rubrica política. Os incomodados, os políticos, que se retirem se não gostarem. As reformas são exigência dos cidadãos e dos eleitores, sem os quais a democracia perde o sentido. A proposta de Lula pode ser também a maneira de descartá-las mais uma vez, depois que a discussão conflagrar as eternas divergências de fundo. A responsabilidade pelo insucesso recairá sobre a qualidade política nacional. Se foi proposital, Lula acertou na mosca azul, que responde pelo nome de terceiro mandato, recusado tanto pela veemência presidencial quanto pelo enraizamento da candidatura Dilma Rousseff e a exclusão dos demais pretendentes.O sucesso da operação foi conseqüência do empenho de Lula, a ponto de dar novo encaminhamento à sucessão. Ainda assim, urnas são também capazes de custar lágrimas e ranger de dentes mais adiante.

O propósito de renunciar com estardalhaço, passando por cima do PT, foi a maneira pessoal de Lula consolidar a solução, sem levar em conta a posição alternativa de Ciro Gomes. Sendo assim, na cota de imprevistos, a retomada da reforma política só pode ser útil a prazo curto. Suficiente apenas para alimentar o esgotado debate que a oposição recusará para não fornecer a moldura ao debate do terceiro mandato que ficou para trás, se tiverem sido para valer as palavras de Lula. O próximo problema será a ocupação política de todo o ano de 2009, mas sem ceder às pressões aos interessados no pronto início da campanha presidencial. A variedade de acordos regionais é fonte de atritos e velhas incompatibilidades municipais. Ainda bem que Lula, no caso do terceiro mandato, desarmou primeiro a oposição, mas não satisfez ao balaio de gatos acomodados na coalizão parlamentar.

A demora da reação indignada, por parte da oposição (se é que é mesmo), à proposta da reforma política, tem a esta altura o sinal fatídico de tempestade a caminho. Não faz sentido, do seu ponto de vista, regar de esperança enganosa um buquê de reformas apenas para enfeitar, por oportunismo, a democracia na hora em que seus piores costumes serão avivados na campanha de prefeitos e vereadores. Servirá apenas para confundir sentimentos e ressentimentos em prejuízo da democracia. Sob a poeira a ser levantada, o terceiro mandato pode surgir cabalisticamente como moeda de troca e solução de mais baixo custo (e não apenas custo) político. É dar marcha-à-ré sair pela tangente que nada tem a ver com o que neste momento separa governo e oposição, sem nada capaz de uni-los.

A teoria do mal menor está de sobreaviso. Desde que Luís XV fez o acordo com o dilúvio e ficou com a prioridade, o terceiro mandato pode ganhar respaldo inesperado ou favorecer novo entendimento acima das circunstâncias. A dificuldade de remover a recusa de Lula será, ironicamente, a última carta do jogo perigoso, e baixar sobre a mesa de negociação o terceiro mandato como peça de valor. Quando nada, para aliviar as costas presidenciais expostas na desastrada intromissão de Lula na Polícia Federal (primeiro, quando se derramou em elogios à prisão de poderosos, depois quando tomou o partido contra as algemas utilizadas sem fazer distinções). Ninguém entendeu e muitos suspeitam ainda de muito mais coisas, entre o céu e a terra, do que constou da vã apuração.

Não se espere muito da oposição, como tal entendidos os que desconfiam deste governo, se tiver de negociar com figuras administrativas. Politicamente, a banda larga (a governista) será orientada por um ex-social democrata que tirou a casaca para vestir o macacão do PT. Para entender-se com o próprio Lula, falta sotaque sindical à retórica oposicionista. O máximo que o PSDB e o DEM podem conseguir numa batalha em cima da mesa é inserir na hipótese do terceiro mandato um parágrafo único declarando-o optativo. Salva-se, ao menos, a face do presidente.

Com o passar do tempo, se nada der certo para preencher o vazio político por mais de 24 horas, o imprevisível terceiro mandato vai reaparecer. A oposição nem se arrisca a sair da toca desde que a incerteza ficou compatível com o pós-Lula. Ninguém sabe como será o dia seguinte, mas tudo faz crer que terá a ver com o que já está aí, sem antecedentes históricos suficientes para soluções de emergência. Nos áureos tempos, falsas soluções eram montadas por pensadores e executadas por mãos militares, mas os golpes de Estado se esgotaram. Já o terceiro mandato -- mesmo em remoto caráter optativo -- pode não estar embutido na reforma política, mas ficou com o rabo de fora. A ausência de crise não deixa de ser o disfarce da crise, da qual as sucessões presidenciais nunca abriram mão. Tendo sido, desde o primeiro presidente, a parteira da República, a crise só não mais faz cesarianas por falta de um César pleonástico e de um rio chamado Rubicão, que cruzou em cima da hora para entrarem juntos na História.


Wilson Figueiredo é jornalista com 63 anos de carreira. Trabalhou em inúmeros veículos, como a "Agência Meridional", "Folha de Minas", "Manchete", "Mundo Ilustrado" e "O Cruzeiro". Foi um dos principais colaboradores do "Jornal do Brasil", onde trabalhou por 47 anos.






Publicado no site "Opinião e Notícia".
Quinta-feira, 24 de julho de 2008.



Sociedade covarde e subordinada aos patifes da corrupção e aos escroques da política prostituída – Geraldo Almendra



O "golpe" do terceiro mandato continua em marcha. "Eles" apenas, aguardam o momento oportuno. Não de iludam!

Wednesday, November 07, 2007

O riso exige em primeiro lugar sinceridade. Aqui não é o caso!









































PSDB, CPMF E TRAIÇÃO
por Maria Lucia Victor Barbosa

Não faz muito tempo lia-se na imprensa que o PSDB era o verdadeiro e mais forte opositor do PT, o único partido capaz de fazer frente a candidaturas petistas. Afinal, Fernando Henrique Cardoso havia derrotado Luiz Inácio duas vezes, o Plano Real fora um êxito entre tantas tentativas frustradas de outros governantes para acabar com o malefício da inflação, a política econômica trouxera a estabilidade desejada, os projetos sociais funcionaram e no exterior FHC foi considerado um estadista, ajudando a melhorar a imagem do Brasil. E não se pode negar que nos mandatos presidenciais do PSDB houve elevação do nível de vida dos brasileiros, uma vez que a contenção da inflação possibilitou o acesso a bens antes impossíveis de serem adquiridos. Com isso diminui a distância entre ricos e pobres, e a sociedade pode fazer planos para o futuro, pois a inflação já nos corroia os salários.

Naturalmente todo governo comete erros e FHC, por exemplo, errou ao dar início ao sucateamento das Forças Armadas. Como Luiz Inácio seguiu no mesmo rumo estamos vulneráveis militarmente enquanto o coronel Hugo Chávez tem o maior e mais forte exército latino-americano. Agora, já em segundo mandato, LILS promete reaparelhar as FFAA com investimentos feitos em suaves prestações diluídas em muitos anos, mas nada garante que mais uma de suas promessas será cumprida.

Em resumo, com suas atitudes, incluindo a de colocar no Ministério da Defesa não mais um militar, mas um civil, Fernando Henrique atraiu para si o ódio das Forças Armadas. Estas se voltaram para Luiz Inácio e ajudaram com seus votos a elegê-lo. No atual governo, com exceção de grupos militares da reserva, as FFAA parecem cooptadas não obstante as humilhações sofridas (entre outras, Luiz Inácio chamou os militares de bando de sem-pólvora), as promessas não cumpridas, os baixos soldos.

FHC errou também quando manobrou para instituir o segundo mandato, quando investiu em gás na Bolívia e não no Brasil. E errou feio ao sempre ajudar LILS em vez de fazer de seu partido o baluarte de uma verdadeira e enérgica oposição.

Durante oito anos de mandato Fernando Henrique sofreu oposição implacável, estridente e stalinista dos petistas que não se cansavam de gritar de forma histérica: “fora, FHC”. Mesmo assim, na quarta campanha de Luiz Inácio, quando este disputou com José Serra, disse que se seu candidato não chegasse ao segundo turno votaria no postulante do PT.

Uma vez consumada a vitória petista, FHC promoveu a chamada transição, ou seja: colocou à disposição da futura equipe de Luiz Inácio sua própria equipe que tentou ensinar aos despreparados petistas como se governa. Não contente, colocou no ministério da Fazenda seus técnicos mais preparados, os quais fizeram a fama de Antonio Palocci que parece não entender nem de medicina. A ajuda substancial foi chamada de “herança maldita” pelo PT, mas copiada de modo mais ortodoxo, e isso, mais condições favoráveis externas, manteve o Brasil no rumo certo e fez as glórias de Luiz Inácio que costuma apresentar as conquistas alheias como suas, e seus erros apenas como conseqüência dos desacertos dos outros.

Antes de ser empossado Luiz Inácio pediu a FHC que enviasse um navio com combustível para a Venezuela. O objetivo era o de torpedear a greve dos petroleiros daquele país que se insurgiam contra Hugo Chávez. Pedido atendido, o navio partiu.

Note-se, também, que os parlamentares do PSDB, autodenominando-se de “oposição responsável”, votaram tudo que o Executivo enviou ao Congresso, especialmente no primeiro ano do primeiro mandato de LILS. E quando as CPIs desencadeadas pelo deputado Roberto Jefferson mostraram que o rei estava nu, FHC não deixou que se pedisse o impeachment do presidente, alegando que era preciso deixá-lo sangrando para enfraquecê-lo e depois vencê-lo. Com isso salvou o amigo e lhe proporcionou o segundo mandato.

Recorde-se ainda, que na última campanha presidencial o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, foi cristianizado, ou seja, traído por seu próprio partido, o que possibilitou a vitória de Luiz Inácio.

Agora se trama o apoio que pode ser o derradeiro, pois se afigura como um suicídio político: Tucanos de alta plumagem, notadamente os governadores Aécio Neves (MG), José Serra (SP) e o trio Arthur Virgílio, Tasso Gereissati e Sérgio Guerra querem impor aos parlamentares de um PSDB dividido o voto pela continuidade da famigerada CPMF.

Se prevalecer o apoio tucano se configurará a mais alta traição aos eleitores que confiaram em candidatos do PSDB. Nesse caso, melhor será o partido se dissolver e engrossar as fileiras do PT. Que pensem nisso os parlamentares que deveriam ser oposição e que muito têm deixado a desejar nesse sentido.



Maria Lucia Victor Barbosa é formada em sociologia e administração pública e tem especialização em ciência política pela Universidade de Brasília. Nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais. Começou a escrever em jornais aos 18 anos. Tem artigos publicados no Jornal da Tarde, O Globo, Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Gazeta do Povo, O Estado do Paraná e Valor Econômico, entre outros. É autora de cinco livros, incluindo “O Voto da Pobreza e a Pobreza do Voto – A Ética da Malandragem” e “América Latina – Em busca do Paraíso Perdido”.
E-mail: mlucia@sercomtel.com.br




Publicado no site "Ternuma – Terrorismo Nunca Mais".
Segunda-feira, 05 de novembro de 2007.










FARINHA DO MESMO SACO

É tudo gente com o mesmo caráter. Geralmente mau.

Bootlead













 
Copyright © 2004-2019 Bootlead