Depois daquela foto ou “O dever dos democratas”
por Reinaldo Azevedo
Antes de Fábio Luís da Silva virar um empresário milionário — o que aconteceu de 2003 para cá, depois que o pai virou presidente —, ele era monitor de jardim zoológico. O visitante queria ver a zebra. Lá ia Lulinha mostrar onde estava a zebra. “Cadê o jumento?” E Lulinha mostrava o caminho do jumento. “E a anta? Tem anta, moço?” E Lulinha demonstrava a sua intimidade com a morada das antas. Se fosse preciso, descrevia a sua dieta, hábitos, ciclo reprodutivo, tudo. Ele cansou de ver, em seu ofício original, a cena protagonizada por seu pai nos jornais de hoje: de câmera em punho, os visitantes saíam fotografando coisas que julgavam exóticas: aquele macaco que tem o traseiro colorido, o besouro vira-bosta, um bicho qualquer que se alimenta de carniça.
Foi o que fez Lula: fotografou o bicho exótico e moribundo Fidel Castro. Poderia ser o vira-bosta. Poderia ser um urubu. Poderia ser uma hiena. Mas é o vagabundo que se sustenta de carne humana. É o porco fedorento que sobreviveu no século 21. É o ditador desprezível que fuzila sem julgamento. É o norte (i)moral por trás do terrorismo das Farc. Ao fotografá-lo, diriam os otimistas, Lula evidencia que, mais do que exótico, o moribundo — rejeitado, por ora, até pelo inferno — é um animal em extinção. Assim, a sabujice do Apedeuta, o seu deslumbramento basbaque, corresponderia a uma antecipação da sentença de morte.
Infelizmente, não é bem assim. O ato de Lula evidencia como este pobre continente ainda está tomado pela estupidez ideológica. Vocês podem não acreditar, mas há um liame entre a genuflexão lulista ao carniceiro e o “Decreto Oi”, a Lei Fleury que Lula vai assinar para legalizar o negócio ilegal da venda da Brasil Telecom para a Oi. Eu explico.
A justificativa que se pretende “moral” para o ato imoral, já nos informaram seus biógrafos que dão plantão da imprensa, é criar a tal “plataforma nacional” para as teles, no melhor interesse do Brasil. Lula estaria, assim, vejam só, consoante com aquele a quem fotografa, defendendo o país dos interesses do grande capital estrangeiro, que viria aqui explorar os botocudos. Compreendem o nexo? O Babalorixá de Banânina seria um resistente, da safra desses gentis homens latino-americanos que fazem tudo pelo povo — precisando, eventualmente, da colaboração de Carlos Jereissati e de Sérgio Andrade, dois ilustres patriotas do capital nacional.
Mais do que isso: Fidel é o símbolo do parasitismo esquerdofrênico ainda presente no continente. Na Colômbia, ele encontrou na cocaína o seu sustento; no Brasil, faz tráfico com as leis de estado. Sim, Fidel é um cadáver político, é um cadáver moral e já é quase cadáver físico. Mas ainda procria. Na Colômbia, ele seqüestra e mata; no Brasil, rouba, esbulha a lei e invade propriedades privadas; na Venezuela, constrói o fascismo bolivariano.
A foto tirada por Lula significa uma escolha. E, por isso, é um dever moral dos democratas mobilizar todos os recursos que a lei oferecer para combatê-lo: de forma sistemática, organizada, contínua, inflexível.
Foi o que fez Lula: fotografou o bicho exótico e moribundo Fidel Castro. Poderia ser o vira-bosta. Poderia ser um urubu. Poderia ser uma hiena. Mas é o vagabundo que se sustenta de carne humana. É o porco fedorento que sobreviveu no século 21. É o ditador desprezível que fuzila sem julgamento. É o norte (i)moral por trás do terrorismo das Farc. Ao fotografá-lo, diriam os otimistas, Lula evidencia que, mais do que exótico, o moribundo — rejeitado, por ora, até pelo inferno — é um animal em extinção. Assim, a sabujice do Apedeuta, o seu deslumbramento basbaque, corresponderia a uma antecipação da sentença de morte.
Infelizmente, não é bem assim. O ato de Lula evidencia como este pobre continente ainda está tomado pela estupidez ideológica. Vocês podem não acreditar, mas há um liame entre a genuflexão lulista ao carniceiro e o “Decreto Oi”, a Lei Fleury que Lula vai assinar para legalizar o negócio ilegal da venda da Brasil Telecom para a Oi. Eu explico.
A justificativa que se pretende “moral” para o ato imoral, já nos informaram seus biógrafos que dão plantão da imprensa, é criar a tal “plataforma nacional” para as teles, no melhor interesse do Brasil. Lula estaria, assim, vejam só, consoante com aquele a quem fotografa, defendendo o país dos interesses do grande capital estrangeiro, que viria aqui explorar os botocudos. Compreendem o nexo? O Babalorixá de Banânina seria um resistente, da safra desses gentis homens latino-americanos que fazem tudo pelo povo — precisando, eventualmente, da colaboração de Carlos Jereissati e de Sérgio Andrade, dois ilustres patriotas do capital nacional.
Mais do que isso: Fidel é o símbolo do parasitismo esquerdofrênico ainda presente no continente. Na Colômbia, ele encontrou na cocaína o seu sustento; no Brasil, faz tráfico com as leis de estado. Sim, Fidel é um cadáver político, é um cadáver moral e já é quase cadáver físico. Mas ainda procria. Na Colômbia, ele seqüestra e mata; no Brasil, rouba, esbulha a lei e invade propriedades privadas; na Venezuela, constrói o fascismo bolivariano.
A foto tirada por Lula significa uma escolha. E, por isso, é um dever moral dos democratas mobilizar todos os recursos que a lei oferecer para combatê-lo: de forma sistemática, organizada, contínua, inflexível.
Reinaldo Azevedo é formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e em Jornalismo pela Universidade Metodista, foi professor de literatura e redação dos colégios Quarup, Singular e do curso Anglo, foi também redator-chefe das revistas República e Bravo!, diretor de redação da revista Primeira Leitura, além de coordenador de política da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo. Escreve freqüentemente sobre política nos jornais "O Estado de S. Paulo" e "O Globo". Reinaldo atualmente é articulista da revista "VEJA" e escreve o blog político mais influente da rede, "Blog Reinaldo Azevedo". Polêmico, irônico, ferino, Reinaldo Azevedo é autor dos livros "Contra o Consenso: Ensaios e Resenhas", pela Editora Barracuda, do best seller "O país dos Petralhas" e por último "Máximas de um País Mínimo", ambos da Editora Record.
Publicado no Blog Reinaldo Azevedo.
Quarta-feira, 16 de janeiro de 2008, 15h20.
"É sempre bom lembrar que existe o Mal absoluto também na política. E ele merece nosso combate cotidiano, incansável, imperturbável. Não perca uma só chance de desmerecer o petismo. Você estará sempre certo".
Reinaldo Azevedo
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Fidel Castro o vira-bosta – Reinaldo Azevedo
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