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Monday, September 07, 2009

Excelente "lembrado" para um medíocre 7 de Setembro!
Seria, O. de C. um profeta? Não! "Apenas" um sábio.

Foto: O Professor Olavo de Carvalho durante uma transmissão ao vivo do seu talk show: "TRUE OUTSPEAK".

































LULA NA TV
por Reinaldo Azevedo

Lula falou ontem em rede nacional de rádio e TV. Fez campanha eleitoral desavergonhada. Não se limitou ao nacionalismo de ocasião, com as fantasias do pré-sal. Aproveitou para exaltar as virtudes do seu governo e, de modo nada discreto, insuflar a população contra o Congresso. Eu os convido a ler o que segue.

*
Os apóstolos do Estado nacional, que espumam de indignação patriótica à simples idéia de privatizar alguma empresa estatal, tornam-se de repente globalistas assanhados quando um poder supranacional vem defender os interesses deles contra os interesses da pátria.

Essa conduta é tão repetida e uniforme que só um perfeito idiota não perceberia nela um padrão, e por trás do padrão uma estratégia. Desde logo, "a pátria" que eles celebram se constitui exclusivamente de estatais, onde têm sua base de operações e de onde dominam não somente uma boa fatia do Estado, mas também os sindicatos de funcionários públicos e seus monumentais fundos de pensão.

Defendendo sua toca com a ferocidade de javalis acuados, desprezam tudo o mais que compõe a noção de "pátria" e não se inibem de colocar-se a serviço de ONGs e governos estrangeiros quando atacam as instituições nacionais, desmoralizam as Forças Armadas, desmembram o território brasileiro em "nações indígenas" independentes, impõem normas à educação de nossas crianças, fomentam conflitos raciais para destruir o senso de unidade nacional e, em suma, arrebentam com tudo o que constitui e define a essência mesma da nacionalidade. Da pátria, só uma coisa lhes interessa: o dinheiro e o poder que lhes vêm das estatais.

Em segundo lugar, o nacionalismo que ostentam é de um tipo peculiar, desde o ponto de vista ideológico. É um nacionalismo seletivo e negativo, que enfatiza menos o apego aos valores nacionais do que a ojeriza ao estrangeiro - e mesmo assim não ao estrangeiro em geral, como seria próprio da xenofobia ordinária, mas a um estrangeiro em particular: o americano.

Assim, por exemplo, não sentem a menor dor na consciência quando, sob o pretexto imbecil de que toda norma gramatical é imposição ideológica das classes dominantes, demolem a língua portuguesa e acabam suprimindo do idioma duas pessoas verbais (mutilação inédita na história lingüística do Ocidente); mas, ante o simples ingresso de palavras inglesas no vocabulário - um processo normal de assimilação que jamais prejudicou idioma nenhum, e que aliás é mais intenso no inglês do que no português -, saltam ao palanque, com os olhos vidrados de cólera, para denunciar o "imperialismo cultural". (v. AQUI )

Ser nacionalista, para essa gente, não é amar o que é brasileiro: é apenas odiar o americano um pouco mais do que se odeia o nacional. Mas, para cúmulo de hipocrisia, seu alegado antiamericanismo não os impede de celebrar o intervencionismo ianque quando lhes convém, por exemplo quando ajudam alegremente a desmoralizar a cultura miscigenada que constitui o cerne mesmo do estilo brasileiro de viver e lutam para impor entre nós a política americana das quotas raciais, em consonância com as campanhas milionárias subsidiadas pelas fundações Ford e Rockefeller.

Do mesmo modo, seu antiamericanismo fecha os olhos à entrada de novos códigos morais - feministas e abortistas, por exemplo - improvisados em laboratórios americanos de engenharia social com a finalidade precisa de destruir os obstáculos culturais ao advento da nova civilização globalista.

Redução do nacionalismo à defesa das estatais, substituição do antiamericanismo ao patriotismo positivo, adesão oportunista ao que é americano quando favorece a esquerda: desafio qualquer um a provar que a conduta constante e sistemática da chamada "esquerda nacionalista" não tem sido exatamente essa que aqui descrevo, definida por esses três pontos.

Nunca, na História, houve patriotas a quem se aplicasse tão exatamente, tão literalmente e com tanta justiça a observação de Samuel Johnson, de que o patriotismo é o último refúgio dos canalhas.

(*)
Gostaram? O título do artigo é "O nacionalismo de esquerda é uma fraude" e foi escrito por Olavo de Carvalho em maio de 2001. Parece-me uma excelente análise da fala de Lula, feita com mais de oito anos de antecedência…


Reinaldo Azevedo é formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e em Jornalismo pela Universidade Metodista, foi professor de literatura e redação dos colégios Quarup, Singular e do curso Anglo, foi também redator-chefe das revistas República e Bravo!, diretor de redação da revista Primeira Leitura, além de coordenador de política da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo. Escreve freqüentemente sobre política nos jornais "O Estado de S. Paulo" e "O Globo". Reinaldo atualmente é articulista da revista "VEJA" e escreve o blog político mais influente da rede, "Blog Reinaldo Azevedo". Polêmico, irônico, ferino, Reinaldo Azevedo é autor dos livros "Contra o Consenso: Ensaios e Resenhas", pela Editora Barracuda, do best seller "O país dos Petralhas" e por último "Máximas de um País Mínimo", ambos da Editora Record.





Publicado no "Blog Reinaldo Azevedo".
Segunda-feira, 07 de setembro de 2009, 6h33.




A Candidata Dilma – Ipojuca Pontes





Wednesday, January 21, 2009

ZARPOU! RUMO AO DESASTRE INEVITÁVEL.










































O ADVENTO
por Reinaldo Azevedo

Talvez eu devesse começar este texto me desculpando por não estar assim muito emocionado. E o artigo é longo. Daqueles que, dizem, não devem ser escritos em blogs. Mas eu os escrevo, como sabem.

As pessoas se emocionam pelos mais diversos motivos, os mais tolos às vezes. Confesso que raramente me comovo diante do discurso de um "amigo de gente". Faço referência a um poema de Alberto Caeiro (Fernando Pessoa), a saber:

XXXII

Ontem à tarde um homem das cidades
Falava à porta da estalagem.
Falava comigo também.
Falava da justiça e da luta para haver justiça
E dos operários que sofrem,
E do trabalho constante, e dos que têm fome,
E dos ricos, que só têm costas para isso.

E, olhando para mim, viu-me lágrimas nos olhos.
E sorriu com agrado, julgando que eu sentia
O ódio que ele sentia, e a compaixão
Que ele dizia que sentia.

(Mas eu mal o estava ouvindo.
Que me importam a mim os homens
E o que sofrem ou supõem que sofrem?
Sejam como eu -não sofrerão.
Todo o mal do mundo vem de nos importarmos uns com os outros,
Quer para fazer bem, quer para fazer mal.
A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos.
Querer mais é perder isto, e ser infeliz.)

Eu no que estava pensando
Quando o amigo de gente falava
(E isso me comoveu até às lágrimas),
Era em como o murmúrio longínquo dos chocalhos
A esse entardecer
Não parecia os sinos duma capela pequenina
A que fossem à missa as flores e os regatos
E as almas simples como a minha.

(Louvado seja Deus que não sou bom,
E tenho o egoísmo natural das flores
E dos rios que seguem o seu caminho
Preocupados sem o saber
Só com o florir e ir correndo.
É essa a única missão no Mundo,
Essa -existir claramente,
E saber fazê-lo sem pensar nisso.)

E o homem calara-se, olhando o poente.
Mas que tem com o poente quem odeia e ama?


Louvado seja Deus que não sou bom. "Ah, não misture as coisas, Reinaldo Azevedo; não misture um poema com um evento político de notável importância". Não misturo. Fiquem tranqüilos. Não junto lágrimas com política. Assisti ontem à posse de Obama com bastante interesse, é certo. Mas lastimando também um momento não muito feliz da imprensa — num fenômeno de escala mundial.

É óbvio que não nego o que há de espetacular na posse do "primeiro presidente negro dos Estados Unidos", um homem praticamente desconhecido até havia quatro anos, alçado ao posto de comandante do mais importante e poderoso país do mundo etc... Sim, é claro: há algo de sensacional nisso. E certamente o evento diz muito das qualidades pessoais de Obama. Mas ele também é fruto, curiosamente, da vitória dos inimigos da América. E podem se tranqüilizar os que imaginam que vou aqui exercitar teorias conspiratórias e anunciar que o Grande Satã se apoderou do Cálice Sagrado. Nada disso. Chegarei ao ponto.

Os Estados Unidos estão às voltas com muitos problemas, derivados das guerras, do combate ao terrorismo e da crise econômica. A gestão de George W. Bush, agora aposentado, certamente responde por alguns deles — mas não por todos. E daí? O ódio a Bush começou a ser construído de modo virulento já no dia seguinte ao 11 de Setembro de 2001, com oito meses incompletos de mandato. Nasceu nas eleições de 2000, quando, acredita-se, ele roubou a vitória de Al Gore. Nem a reeleição, em 2004, foi o suficiente para lhe conferir legitimidade.

NÃO É PRECISO ACREDITAR EM MIM. A INTERNET ESTÁ AÍ, À MÃO. Procurem o noticiário sobre os ataques terroristas e vocês encontrarão lá, entre as supostas causas, a política dos Estados Unidos para o Oriente Médio. Bem, tal política era, então, ainda a mesma do democrata Bill Clinton. Pode-se até sustentar que Bush piorou tudo – O QUE É MENTIRA –, mas ainda não era possível recitar mantras como "unilateralismo", "isolacionismo", "belicismo", "desprezo aos aliados" etc. Mesmo assim, a imprensa mundial não foi mais generosa com ele em setembro de 2001 do que em setembro de 2008. O ódio aos Estados Unidos pôde se esconder com facilidade na máscara do ódio a Bush. Reitero: façam uma pesquisa e vocês encontrarão analistas às pencas que viam nos atentados — atenção! — uma reação à política errada dos americanos no Oriente Médio. Assim, eles seriam responsáveis por sua própria tragédia. Os mais rigorosos chegavam ao desmonte dos erros do colonialismo no Oriente Médio. O fenômeno Obama começava a nascer ali.

Ontem, no discurso de posse, o novo presidente dos EUA afirmou:

"Lembrem-se que gerações anteriores enfrentaram o fascismo e o comunismo não apenas com mísseis e tanques, mas com alianças robustas e convicções duradouras. Eles entenderam que nosso poder sozinho não pode nos proteger, nem nos dá o direito de fazer o que quisermos. Em vez disso, eles entenderam que nosso poder cresce com seu uso prudente; nossa segurança emana da Justiça de nossa causa, da força de nosso exemplo, da têmpera das qualidades de humildade e moderação."

Ah, sem dúvida, é uma retórica pronta para encantar. Mas alimenta aquele preconceito de que o Ocidente, e os EUA em particular, respondem pelas ações de seus adversários. Mas quem quer saber disso? A observação nem mesmo é bem-vinda. Porque não me deslumbrei, ao longo da tarde ontem, com o "fato histórico", fui acusado das mais variadas coisas: de preconceito e ressentimento a insensibilidade. Que dias esses, não? Tanto quanto a academia deixou de ser lugar do pensamento, a imprensa, com exceções, se nega a ser o lugar do saudável ceticismo. Há no ar uma certa licença para mandar a objetividade para a cucuia. Afinal, trata-se de exorcizar Bush...

Andando sobre as águas

Obama, claro, cumpre o seu papel. Escrevi, certa feita, que há nele muitos quês de terceiro-mundismo. As parcas e os porcos logo entenderam que me referia à sua origem e à cor de sua pele. Não! Incomoda-me nele essa vocação para inaugurar auroras, para gáudio de seus mistificadores midiáticos, numa espécie de demonização retórica do passado, sem alvo definido. E também não dá para negar os apelos messiânicos de seus discursos. Ontem, falou em "reconstruir a América". Ela foi destruída? Lamento: esse tipo de fala mais me assusta do que me agrada. Ele é, em mais aspectos do que se imagina, uma novidade na política americana. Precisamos saber se boa. Está na dele: vai construindo a sua lenda. Irritante é o obamismo da imprensa... mundial, que só falta lhe atribuir milagres. Questão de tempo.

Ai do jornalista ou do analista que ousar lembrar que talvez Obama não mude tantas coisas assim em áreas que renderam muito ódio a Bush. Afinal, as políticas daquele "cão sarnento", vejam que escândalo!, podem funcionar, conforme lembra em sua página eletrônica Victor Davis Hanson (v. AQUI ), professor de história clássica na California State University. Que os EUA estavam vulneráveis ao terror, é inegável. Ou o 11 de Setembro não teria existido. E, no entanto, não houve um outro atentado. No Iraque e no Afeganistão, há governos constitucionais — o que não quer dizer que não existam também terrorismo e violência. Mas milhares de militantes da Al Qaeda foram mortos nos dois países, e a organização, ao contrário do que reza o antibushismo militante, está combalida. A Síria saiu do Líbano; a Líbia suspendeu seu programa nuclear clandestino; Ahmadinejad e Chávez perderam influência; a Europa elegeu governos pró-americanos; as relações com Índia e China são boas; a África recebeu ajuda para programas humanitários... A verdade é que o segundo governo Bush foi, como queriam, bastante multilateralista. Que o diga o Irã. O ex-presidente dos EUA decidiu dividir com a Europa a negociação sobre o programa nuclear dos aiatolás... Fato: o programa só fez crescer.

Quem ouviu ou leu o discurso de Obama e prestou atenção a seus comentadores fica com a impressão de que, ontem, teve termo uma ditadura e se inaugurou nos Estados Unidos o regime democrático. E, no entanto, Bush pegou o helicóptero, depois o avião e se mandou para seu rancho no Texas. Ao longo de seus oito anos de mandato, vejam que coisa, o Congresso mais poderoso do mundo jamais deixou de funcionar — parte do tempo com maioria democrata. Não gostaria de deixar ninguém chocado, especialmente aqueles que foram às lágrimas, mas a democracia americana esteve vigilante durante todo esse tempo.

Obama, num rasgo demagógico, censurou a política de segurança que se opõe à dos direitos. Pois bem. Espera-se, então, a revogação de leis que garantem ao Estado o direito de interceptar e vigiar ligações telefônicas suspeitas de envolvimento com o terror. Terá ele coragem de revogá-las? Duvido! No primeiro dia útil de seu mandato — esta quarta —, ele havia prometido extinguir Guantánamo. Vai? Talvez sim. Mas, advertiu, o desmonte da prisão pode levar um ano. Entendo... Como levará um tempo a volta de todos os soldados do Iraque. Quanto? Também a recuperação da economia vai demorar um pouco...

Profecias

Ontem, um analista dizia que, não importa o tempo que demore, o certo é que Obama é o mais preparado para resolver todos os problemas. O raciocínio parece chocante, mas assim são as coisas. Estamos diante das profecias destinada ao autocumprimento. Sim, hora ou outra, a economia americana volta a crescer. E será com Obama no cargo. Como seria com McCain? Como saber. A crise, no que respeita à política, tornou-se sua aliada.

Sim, a crise existe, as guerras existem, as dificuldades estão dadas para os americanos e para o mundo. Mas aquela esfera, vamos dizer, "sufocante" em que supostamente nos mantinha George W. Bush era não mais do que uma variante de um delírio coletivo. A democracia americana, com o ex-presidente, esteve no lugar de sempre. E, notou um amigo ao telefone ontem, "para crises imaginárias, nada melhor do que soluções também imaginárias". Quantos já respirarão melhor nesta quarta? Segundo uma analista, "a mudança já começou". Já? Ontem, enquanto Obama subia, os mercados despencavam. E duvido que o trecho específico de seu discurso tenha ajudado, como se lê:

"Também não á a questão que se apresenta a nós se o mercado é uma força para o bem ou para o mal. Seu poder de gerar riquezas e expandir a liberdade é ilimitado, mas esta crise nos fez lembrar que sem vigilância, o mercado pode sair do controle - e uma nação não pode prosperar por muito tempo quando favorece apenas os mais ricos. O sucesso da nossa economia sempre dependeu não apenas do tamanho do nosso Produto Interno Bruto (PIB), mas do poder da nossa prosperidade; na nossa habilidade de estendê-la a cada um, não por caridade, mas porque esse é o caminho mais seguro para o bem comum."

Qualquer um de nós pode dizer coisa assim. A um presidente dos Estados Unidos, talvez o prudente fosse ser menos ligeiro e genérico sobre o assunto. Alguém precisa lhe dizer que ele se tornou também o maior administrador de expectativas do mundo.

Religião sem Deus

Como é mesmo? Um dos problemas de não acreditar em Deus é acreditar em qualquer coisa. Tanta gente que lê horóscopo já tentou me provar que Deus não existe e que as cores interferem na nossa aura... É uma ironia, quase uma piada. O fato é que sempre considerei que as religiões sem Deus, especialmente a da Razão, costumam ser as mais sectárias.

Sabem por quê? As outras sabem que há um fundo irredutível e inexplicável que é a fé. Por mais que você tente explicar a alguém os motivos de sua crença, haverá o momento parecido com uma escolha (só que o crente é que é escolhido): tem ou não tem fé? E não há explicação para isso. O crente sempre se queda um tanto intimidado, como quem fica devendo ao outro a "prova dos noves".

Mas aquele que não acredita em Deus e pode acreditar cegamente em homens não se intimida, não! Obama pode não andar sobre as águas — porque, segundo leis físicas, ninguém pode fazê-lo. Mas já é o grande responsável por uma subversão do tempo. Explico.

ELE VAI MUDAR TUDO NUMA SUPOSTA VELHA ORDEM A SER VENCIDA QUE, NÃO OBSTANTE, DEU À LUZ O DEMIURGO DA NOVA ORDEM.

E isso, gostem ou não, é religião, não é história.

Só falta agora estapear os vendilhões do templo com, como é mesmo?, muita regulação... Mas, acreditem, estou vendo o momento cheio de curiosidade. A nova religião chega ao topo sem o demônio, que se aposentou para cuidar de um racho. Nesse caso, como conjurar e manter excitadas as forças do bem?


Reinaldo Azevedo é formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e em Jornalismo pela Universidade Metodista, foi professor de literatura e redação dos colégios Quarup, Singular e do curso Anglo, foi também redator-chefe das revistas República e Bravo!, diretor de redação da revista Primeira Leitura, além de coordenador de política da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo. Escreve freqüentemente sobre política nos jornais "O Estado de S. Paulo" e "O Globo". Reinaldo atualmente é articulista da revista "VEJA" e escreve o blog político mais influente da rede, "Blog Reinaldo Azevedo". Polêmico, irônico, ferino, Reinaldo Azevedo é autor dos livros "Contra o Consenso: Ensaios e Resenhas", pela Editora Barracuda, do best seller "O país dos Petralhas" e por último "Máximas de um País Mínimo", ambos da Editora Record.





Publicado no "Blog Reinaldo Azevedo".
Quarta-feira, 21 de janeiro de 2009, 05h55.


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Wednesday, September 03, 2008

Pedófilos ideológicos.

Foto: O antro dos molestadores da infância brasileira.






























CÂMARA DOS DEPUTADOS TENTA MOLESTAR CRIANÇAS
por Reinaldo Azevedo

A Câmara dos Deputados tem um site. Dentro dele, há uma área destinada a crianças. Espero que vocês sejam pais, mães, irmãos mais velhos e avós responsáveis e mantenham os infantes longe dos molestadores de crianças.

Muito bem. Se você clicar aqui, terá acesso á homepage do que candidamente eles chamam de "plenarinho" — a falta de imaginação dos adultos faz com que tudo o que diga respeito a crianças esteja sempre no diminutivo. Sigamos. Logo de cara, temos acesso a um link com o sugestivo nome de "Capitalismo, um sistema racional". A imagem sobre a qual há tal inscrição não anima muito: maços de dinheiro. Se você clicar aqui (adulterado vergonhosamente), chegará lá .

E damos de cara, então, com essa pérola, redigida, segundo eles, com informações do Portal Terra e da USP — que USP? De todo modo, combina... Mas vamos lá: "Você já teve aquela figurinha mais difícil de conseguir e trocou por várias? Se já fez isso alguma vez, então você é um capitalista nato! Você foi atrás de um lucro. A essência do Capitalismo é conseguir o máximo com o mínimo, explica o historiador Erivan Raposo".

Erivan Raposo? Quem é esse? Nunca ouvi falar. Depois de uma apanhado monumental de bobagens sobre o capitalismo, lemos então: "O filósofo Karl Marx, o criador do comunismo, foi o mais duro crítico do capitalismo. Ele defendia que toda a produção deveria ser feita por e para todos. Ele não gostava nada da idéia de a classe burguesa, por ser dona das fábricas e equipamentos, ter o direito de explorar os trabalhadores, pagando pouco dinheiro a eles."

Mas ainda è pouco, leitor. Exagerou ontem no Blue Label, no Romanée-Conti, mesmo não sendo um petista? Se o fez, cuidado com o que vem agora. O "Plenarinho" resolveu explicar para as crianças o que é o Comunismo, clique aqui (adulterado vergonhosamente). Destaco os trechos mais relevantes, que o site diz terem sido redigidos com informações do comunismo.br, do UOL e do Terra. Atenção:

- Já pensou em viver num país onde todos tenham tudo de forma igual? Esse é o objetivo do comunismo, um sistema de organização política e econômica que surgiu como oposição ao capitalismo.

- No comunismo, o objetivo não é o lucro, e sim o bem-estar geral. Cada pessoa só vai possuir o necessário para viver bem. E se, por acaso, uma fábrica produzir muito e gerar lucro, o dinheiro deve ser dividido para a população de acordo com a necessidade de cada um.

- O comunismo acredita que nenhum homem deve servir a outro homem. Por isso, eles pregam o fim do estado. A sociedade funcionaria baseada na solidariedade e na igualdade, sem divisão entre ricos ou pobres. As pessoas seriam mais conscientes e não precisariam de alguém para dizer o que fazer.

- De acordo com o cientista político Octaciano Nogueira, da Universidade de Brasília (UnB), atualmente, existem no mundo quatro países comunistas: Coréia do Norte, Vietnã, China e Cuba. Esse último é o único país fora da Ásia que mantém um regime comunista.


Volto

Logo, seguindo a lógica no texto, Coréia do Norte, Vietnã, Cuba e China atingiram o estado nirvânico do bem-estar geral, onde nenhum homem é servil a outro homem (na verdade, no comunismo, o homem não explora o homem: acontece o contrário...). A Coréia comunista já praticou canibalismo por causa da fome. Canibalismo comunitário, é claro.

Não, nem vou aqui comentar o que foi o comunismo real ao longo da história. Ninguém visita essa porcaria, é claro. Imaginem se as crianças vão utilizar este site como fonte de pesquisa. O que me causa uma espécie de ácida melancolia é ver como as esquerdas aparelham tudo: até site infantil da Câmara dos Deputados. Fosse só isso... Já chegou em casa meio de porre, leitor, e, indeciso entre a cama e a humilhação diante do vaso, ficou vendoTelecurso 2º Grau ou Tecendo o Saber, programas financiados por empresas privadas? Sim, os comunas estão sempre presentes, com suas sugestões oblíquas anticapitalistas...

Pra quê? Pra nada! Acontece que a contaminação esquerdopata até dessas áreas que pouca influência têm na formação das pessoas revela, aí, sim, um grave problema: a doutrinação vigente nas escolas, sejam as públicas, sejam as particulares. VEJA já fez reportagem a respeito. Os pais pouco podem fazer porque o "mestre" esquerdofrênico logo diria que está tendo tolhida a sua "liberdade". Ele exige a liberdade de mentir, de distorcer, de molestar intelectualmente as crianças. Alguns pais e professores corajosos resolveram se organizar numa entidade chamada Escola Sem Partido.

Alguns indagarão: "Reinaldo, que importância tem isso?" Em si, bem pouca. Ocorre que, reitero, é só a evidência da doença chegando mesmo aos arrabaldes da informação. O centro, que é a escola, já foi tomado.

Em nome das 70 milhões de pessoas assassinadas por Mao Tse-Tung, das 35 milhões de vítimas de Stálin e dos 3 milhões de massacrados por Pol Pot, entre milhões de outros, a direção da Câmara deveria ter vergonha na cara e tirar essa infâmia do ar. O site não precisa nem mesmo defender a democracia, que é o regime que garante a sua existência. Basta não mentir.


Reinaldo Azevedo é formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e em Jornalismo pela Universidade Metodista, foi professor de literatura e redação dos colégios Quarup, Singular e do curso Anglo, foi também redator-chefe das revistas República e Bravo!, diretor de redação da revista Primeira Leitura, além de coordenador de política da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo. Escreve freqüentemente sobre política nos jornais "O Estado de S. Paulo" e "O Globo". Reinaldo atualmente é articulista da revista "VEJA" e escreve o blog político mais influente da rede, "Blog Reinaldo Azevedo". Polêmico, irônico, ferino, Reinaldo Azevedo é autor dos livros "Contra o Consenso: Ensaios e Resenhas", pela Editora Barracuda, do best seller "O país dos Petralhas" e por último "Máximas de um País Mínimo", ambos da Editora Record.





Publicado no "Blog Reinaldo Azevedo".
Quarta-feira, 03 de setembro de 2008, 17h29.


Abaixo: Já prevendo a retirada ou adulteração da página da qual o artigo acima se refere, disponibilizamos um "print screen" da mesma. Veja com seus próprios olhos do que essa gente é capaz, simplesmente, "eles" não respeitam nada e nem ninguém.




































































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Campanha Difamatória – Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra



Friday, June 06, 2008

Eles são brasileiros. Eles são parceiros. Eles são gays. E daí?
TEREM COMO ÚNICO OBJETIVO A DESMORALIZAÇÃO DO EXÉRCITO.

Foto: Reprodução/Revista Época.









































A vítima é o Exército Brasileiro
por Reinaldo Azevedo

Por que o politicamente correto é uma manifestação semelhante à propaganda fascista? A exemplo daquela, esta também fala em nome de supostas vítimas ou de supostos perseguidos. É uma forma de legitimar a violência. Pior: usa verdades para propagar mentiras.Vamos lá.

Há homossexuais no Exército, na Igreja, no Congresso, entre os caminhoneiros, os advogados, os letrados e os iletrados? Sim. É uma das muitas condições humanas. Há práticas homossexuais entre outros mamíferos e entre as aves, mas "ser gay", como se isso fosse uma variante existencial, trazendo consigo um suposto conjunto de valores que pretende se afirmar, bem, isso é exclusivamente humano, não?

Adiante. Laci de Araújo e Fernando Figueiredo são sargentos do Exército e parceiros estáveis. Moram juntos num apartamento funcional da Força. Não sabíamos, até outro dia, de sua existência. Mas vejam só: eles não querem ser "homossexuais". Eles não querem exercer o seu amor e seu sexo no resguardo do seu lar, como faz a larga maioria dos heterossexuais: chegam em casa, fecham a porta, e ninguém tem nada a ver com o que se passa lá dentro. Eles querem visibilidade. Eles querem ser "gays". Mas eles querem ser gays NO e DO Exército.

Por isso, vestindo camisetas que os identificam com a Força, posaram para a capa da revista Época, na qual se lê: "Eles são do Exército, eles são gays, eles são parceiros". Pararam por aí? Não! A causa precisa de visibilidade. Sempre com as camisetas próprias dos militares, foram dar uma entrevista ao programa Superpop, da Rede TV.

O que torna esses dois tão especiais? Por que capa de revista e programa de TV? Ah, porque eles são do Exército. O que se pretende, na aparência, é atacar um suposto preconceito social. A fórmula é esta: num ambiente viril, em que a coragem e a disciplina são valores máximos, também há gays. Sim, claro, por que não haveria? Essa é só a boa intenção aparente, que esconde um outro preconceito, aí contra os militares: "Olhem so! Os caras ficam posando de machões, mas vai saber o que se passa lá dentro". Uniformes, diga-se, integram o cardápio das fantasias homoeróticas. Deve ser mais freqüente do que o delírio de pacientes heterossexuais com as enfermeiras...

Adiante. Acontece que o tal Laci, que também é cover de Cássia Eller, enquanto vivia os seus 15 minutos de fama, também estava na condição de desertor. E a Justiça Militar expediu uma ordem de prisão contra ele — e a deserção nada tem a ver com o lugar onde ele põe o seu desejo. Fosse heterossexual e tivesse cometido as mesmas falhas, estaria sujeito à mesma pena. Um desertor dando entrevista? A Polícia do Exército, seguindo ordem da Justiça, cercou o prédio da emissora para prendê-lo.

E pronto! O Exército foi parar na primeira página dos jornais como perseguidor do pobre soldado gay — que, noticia-se com alarde, está muito, muito doente, com um verdadeiro coquetel de doenças psicológicas — o que, suponho, desfez a fantasia de muita gente: macho de uniforme não pode ter fraquezas... Apto ele estava para, com roupa do Exército, posar para capa de revista e dar entrevista em programa de TV. A vítima, claro, é o Exército; o agressor é o casal. Mas a propaganda politicamente correta, a exemplo da propaganda fascista, consegue inverter o ônus da culpa.

O Exército errou feio? Ah, errou, sim. Não ao cumprir a determinação da Justiça — obrigação de todos, mormente de uma Força Armada. Mas ao fazê-lo com mais visibilidade do que era necessário. Bastavam dois soldados discretamente colocados nas saídas da emissora. Ou então que se seguisse o tal Laci até sua casa ou sei lá onde, dando-lhe voz de prisão, ao abrigo do espalhafato midiático. Da forma como fez, estava buscando sarna para se coçar. Especialmente porque sabia que estava mexendo não com "homossexuais", mas com "gays", que formam uma categoria militante.

Laura Capriglione, na Folha, com um estilo já notório por selecionar meticulosamente frases infelizes daqueles a quem ela quer demonizar ou ridicularizar, fez a festa. O título na primeira página do jornal não deixa dúvida: "Exército prende sargento que assumiu ser gay". Não há nenhuma mentira ai: o Exercito prendeu? Prendeu. Ele assumiu ser gay? Assumiu. Como sabemos — um ensinamento lá da propaganda nazista —, é possível mentir dizendo só a verdade. Houve um jornal, certa feita, que usou esse mote em sua campanha publicitária.

É possível ser homossexual no Exército? É. É possível ser militante gay no Exército? Não! É possível ser homossexual na Igreja? É. É possível ser militante gay na Igreja? Não! É possíel ser homossexual na medicina? É? É possível haver uma ética de gays na medicina? Não. Até porque o Exército, a Igreja ou a medicina não aceitariam soldados, padres ou médicos que fossem militantes antigays. Fui claro ou preciso desenhar? É o ofício dos soldados, dos padres ou dos médicos que os iguala. É aí que está a democracia.

Agora, os dois se dizem discriminados. É mesmo? Por quê? Eles tinham, entre seus pares, algum comportamento que os identificava como "gays"? A verdadeira liberdade não consiste em poder ser o que se é sem a obrigação de expressar a identidade particular? Não é mais "libertária" uma Força Armada que abriga as diferenças sem querer arbitrar ou legislar sobre elas, desde que os subordinados cumpram as regras?

Ademais, pensemos um pouco: será que a tolerância com "a" diferença, entre os soldados, será maior depois desse episódio? Intuo que não. Creio mesmo que se dará o contrário. Os dois ocupam um apartamento funcional do Exército. Duvido que seus superiores ignorassem a relação amorosa. Nem por isso foram molestados. Mas eles quiseram ir além: pretenderam levar a "causa gay" para o seio da tropa — uma tropa que não pode ter causa nenhuma que não seja a obediência a seu código disciplinar. E ajudaram a transformar em vilãs pessoas que só cumprem as suas obrigações. O sensacionalismo midiático, daqui a pouco, estará ocupado com outras personagens, com outras causas, com outras "vítimas". Gays ou não, eles não conseguiram ser é bons soldados.


Reinaldo Azevedo é formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e em Jornalismo pela Universidade Metodista, foi professor de literatura e redação dos colégios Quarup, Singular e do curso Anglo, foi também redator-chefe das revistas República e Bravo!, diretor de redação da revista Primeira Leitura, além de coordenador de política da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo. Escreve freqüentemente sobre política nos jornais "O Estado de S. Paulo" e "O Globo". Reinaldo atualmente é articulista da revista "VEJA" e escreve o blog político mais influente da rede, "Blog Reinaldo Azevedo". Polêmico, irônico, ferino, Reinaldo Azevedo é autor dos livros "Contra o Consenso: Ensaios e Resenhas", pela Editora Barracuda, do best seller "O país dos Petralhas" e por último "Máximas de um País Mínimo", ambos da Editora Record.





Publicado no "Blog Reinaldo Azevedo".
Sexta-feira, 05 de junho de 2008, 16h25.


Sargento Wolff! Mais uma missão: Erga-se do túmulo e detone estes "alemães".

Foto: Reprodução/Revista Época.






























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Friday, April 11, 2008

Reserva Indígena "Raposa – Serra do Sol": Reinaldo Azevedo
transforma em pó todos e quaisquer argumentos "ad populum".


































Raposa/Serra do Sol - Aos ministros do Supremo
por Reinaldo Azevedo

Atenção para estes números.

A reserva de Raposa/Serra do Sol tem, aproximadamente, 90 mil Km². É quase do tamanho de Santa Catarina, com 95.346,181 Km², ou de um país como Portugal, com 92.391 Km². Pois bem: no estado do Sul do Brasil, há perto de 6 milhões de habitantes. Na Terrinha, os irmãos somam 11 milhões. Na Raposa/Serra do Sol, os companheiros índios são, no máximo, 15 mil. Serão os maiores propietários do planeta.

"Oh, lá vai Reinaldo misturando tudo... E desde quando se comparam índios com uma população não-índia, que tem outra cultura, outros hábitos, sei lá o quê?..." Aqueles índios que lá estão já não vivem isolados há muito tempo. Ao contrário: dependem das ações do estado brasileiro para sobreviver. Dependem também da atividade econômica que instalada ali. Se ela for eliminada, jamais recuperarão os hábitos originais, que só existem na cabeça de alguns antropólogos da Funai.

Um pedaço do território brasileiro estará sendo entregue à selvageria, sim — mas não aos bons selvagens idealizados pelo onguismo do miolo mole ou falsificados pelo onguismo picareta, a serviço sabe-se lá de quem. A economia paralela vai-se instalar na região, já que o estado brasileiro não dispõe de recursos e de homens para garantir que, afinal, aquilo tudo será preservado como um verdadeiro paraíso indígena.

Cadê os índios? Cadê aquela gente? O que eles querem? Quais são os seus anseios? Os que vão expulsar os "não-índios" de lá pretendem viver de quê?

Estabelecer a área contínua para a reserva Raposa/Serra do Sol corresponde, na prática, a abrir mão da soberania sobre um pedaço do território brasileiro. Os rizicultores serão expulsos de lá. E as ONGs? Também vão? Deixarão de usar o então ex-território brasileiro, entregue às ditas “nações indígenas”, para produzir a sua droga ideológica?

Espero que os ministros do Supremo não se deixem patrulhar por essa gente sem rosto, cujos caciques estão muito longe do Brasil. Não estou exercitando nenhuma teoria conspiratória. Alguém realmente acredita que os minérios enterrados na Raposa/Serra do Sol lá permanecerão para sempre, intocados? Só se o Brasil, assombrando a lógica, afrontar os últimos, sei lá, seis mil anos de história da civilização.

Senhores ministros do STF, aquela região do Brasil, reitero, precisa de mais OG — Organização Governamental — e de menos ONGs. Se o governo prevarica, que a Justiça do estado brasileiro faça, enfim, Justiça.

Fazendo conta

Atenção, senhores ministros, a questão não resiste a uma regra de três. Estima-se que, em 1500, houvesse, no Brasil, 6 milhões de índios. Vamos supor que se espalhassem de maneira uniforme por todo o território brasileiro — o que não é verdade, mas vá lá. Se 15 mil índios merecem 90 mil km², que área teria sido necessária para abrigar os seis milhões? Respondo: 36 milhões de Km². Que pena! O Brasil conta com apenas 8,5 milhões de Km². Ou se quiserem: há, hoje, no país, 410 mil índios. No padrão da reserva Raposa/Serra do Sol, deveriam ter sob seu domínio 2.460.000 Km² — ou pouco menos de um terço do Brasil.

"Ah, mais um absurdo! O Reinaldo despreza as características de cada tribo". É mesmo? Os índios de Raposa/Serra do Sol são nômades? Cada indivíduo circula solitário como o leopardo na savana, precisando de uma vasta extensão de terra onde possa exercitar a sua solidão, ao abrigo de outros de sua espécie, só aceitando o gregarismo na hora de reproduzir a espécie? Mentira! Mistificação! Papo furado!

Já está claro. Não são nômades e querem vacina, antena parabólica, trabalho e trator. E têm o direito de sonhar com isso.

Façam as contas, senhores ministros. Ou contestem as contas. E tenham a coragem de resistir a uma empulhação dos caciques sem rosto.


Reinaldo Azevedo é formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e em Jornalismo pela Universidade Metodista, foi professor de literatura e redação dos colégios Quarup, Singular e do curso Anglo, foi também redator-chefe das revistas República e Bravo!, diretor de redação da revista Primeira Leitura, além de coordenador de política da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo. Escreve freqüentemente sobre política nos jornais "O Estado de S. Paulo" e "O Globo". Reinaldo atualmente é articulista da revista "VEJA" e escreve o blog político mais influente da rede, "Blog Reinaldo Azevedo". Polêmico, irônico, ferino, Reinaldo Azevedo é autor dos livros "Contra o Consenso: Ensaios e Resenhas", pela Editora Barracuda, do best seller "O país dos Petralhas" e por último "Máximas de um País Mínimo", ambos da Editora Record.





Publicado no "Blog Reinaldo Azevedo".
Sexta-feira, 11 de abril de 2008, 06h13.


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Wednesday, April 09, 2008

RAPOSA - SERRA DO SOL: A PONTA DO ICEBERG.









































PERFEITO
Click AQUI e veja o que disse o excelente jornalista Alexandre Garcia da Rede Globo no Bom dia Brasil, em um lúcido e corajoso comentário a respeito do assunto "Raposa – Serra do Sol".


Contra o falso óbvio 1 - É Raposa/Serra do Sol, mas pode chamar de Anta do Obscurantismo
por Reinaldo Azevedo

Meu primeiro livro, vocês sabem, chama-se Contra O Consenso. Não é gosto por andar na contramão. É necessidade. Mal falo de política lá. O segundo, O País dos Petralhas, será publicado em meados de junho pela Editora Record. Aí, como fica claro já no título, trato das nossas mazelas. E de nossas esperanças. E não sem caminhar, com alguma freqüência, contra alguns absurdos vendidos como coisas óbvias. Querem um exemplo?

A demarcação da chamada reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima, data de 1998, por sugestão do então ministro da Justiça, Nelson Jobim. A proposta previa terras descontínuas, que poderiam abrigar as diferentes comunidades índígenas da região sem expulsar os agricultores ali estabelecidos há décadas. Lula transformou a reserva em terras contínuas: 1.678.800 hectares para 15 mil índios. O STF pôs fim a todas as contestações judiciais, e estava formado o imbróglio.

Os produtores de arroz da região, com a ajuda dos índios contrários à expulsão dos não-índios, prometem resistir. Agentes da Polícia Federal que se preparam para fazer a desocupação, falavam ontem até em técnicas de guerrilha. É evidente que não endosso esse tipo de resistência. O estado tem de fazer valer a lei. Mas pergunto: por que só ali? Por que este governo protege tanto a área definida como indígena — afinal, convenham, qual não é? — e dá de ombros, de forma reiterada, às propriedades rurais constantemente ameaçadas pelo MST?

"O que tem uma coisa a ver a com a outra?", perguntar-se-ão alguns. Tudo! Essa dedicação oficial para tirar no braço, com confronto armado, se necessário, os rizicultores da reserva Raposa/Serra do Sol é fruto do militantismo reparador: afinal, é uma das causas dos "oprimidos de manual". Os trabalhadores que ali estão e que perderão seus empregos também não são brasileiros? Data de quando a agricultura na área? É mesmo o conjunto dos índios que quer a saída ou só aqueles já devidamente instruídos por ONGs e outras entidades que sonham com comunidades indígenas vivendo em completo isolamento — o que, ali, de resto, é impossível? Estamos falando de índios já aculturados, que convivem há muito tempo com a nossa, vá lá, civilização.

A desocupação acabará acontecendo. E o jornalismo, que já não se interessava pelo assunto, não voltará lá nunca mais. Os índios já não vivem da caça, da pesca e da agricultura primitiva. Extinga-se a atividade econômica rentável da região, e o que fatalmente acontecerá? Mais pobreza. A agricultura que hoje é legalizada passará a ser ilegal. Os índios darão um jeito de sobreviver, então, com atividades ilegais, como venda de madeira e garimpo.

E o que fará a Polícia Federal, que agora está lá se preparando para o confronto? Ora, o que tem feito em outras áreas indígenas infiltradas pela economia clandestina: nada! Mas estará de bem com as ONGs, que passarão a ter o real domínio da região. Não! Não se trata de nenhuma paranóia ou de alguma exótica tese conspiratória. Elas já estão lá. O Brasil deve ser o único país do mundo que retira na porrada os próprios brasileiros de suas fronteiras. Os outros costumam colonizá-las.

Alguns antropólogos da Funai que justificam até infanticídio em nome da diversidade cultural devem estar contentes.


Reinaldo Azevedo é formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e em Jornalismo pela Universidade Metodista, foi professor de literatura e redação dos colégios Quarup, Singular e do curso Anglo, foi também redator-chefe das revistas República e Bravo!, diretor de redação da revista Primeira Leitura, além de coordenador de política da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo. Escreve freqüentemente sobre política nos jornais "O Estado de S. Paulo" e "O Globo". Reinaldo atualmente é articulista da revista "VEJA" e escreve o blog político mais influente da rede, "Blog Reinaldo Azevedo". Polêmico, irônico, ferino, Reinaldo Azevedo é autor dos livros "Contra o Consenso: Ensaios e Resenhas", pela Editora Barracuda, do best seller "O país dos Petralhas" e por último "Máximas de um País Mínimo", ambos da Editora Record.





Publicado no "Blog Reinaldo Azevedo".
Quarta-feira, 09 de abril de 2008, 06h21.


DEFININDO AS NOVAS DIVISAS TERRITORIAIS DO BRASIL
OU A ROTA DOS SUKHOIS?



































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Thursday, January 17, 2008

Uma fábula fabulosa: A "anta" e o "urubu".


































Depois daquela foto ou “O dever dos democratas”
por Reinaldo Azevedo

Antes de Fábio Luís da Silva virar um empresário milionário — o que aconteceu de 2003 para cá, depois que o pai virou presidente —, ele era monitor de jardim zoológico. O visitante queria ver a zebra. Lá ia Lulinha mostrar onde estava a zebra. “Cadê o jumento?” E Lulinha mostrava o caminho do jumento. “E a anta? Tem anta, moço?” E Lulinha demonstrava a sua intimidade com a morada das antas. Se fosse preciso, descrevia a sua dieta, hábitos, ciclo reprodutivo, tudo. Ele cansou de ver, em seu ofício original, a cena protagonizada por seu pai nos jornais de hoje: de câmera em punho, os visitantes saíam fotografando coisas que julgavam exóticas: aquele macaco que tem o traseiro colorido, o besouro vira-bosta, um bicho qualquer que se alimenta de carniça.

Foi o que fez Lula: fotografou o bicho exótico e moribundo Fidel Castro. Poderia ser o vira-bosta. Poderia ser um urubu. Poderia ser uma hiena. Mas é o vagabundo que se sustenta de carne humana. É o porco fedorento que sobreviveu no século 21. É o ditador desprezível que fuzila sem julgamento. É o norte (i)moral por trás do terrorismo das Farc. Ao fotografá-lo, diriam os otimistas, Lula evidencia que, mais do que exótico, o moribundo — rejeitado, por ora, até pelo inferno — é um animal em extinção. Assim, a sabujice do Apedeuta, o seu deslumbramento basbaque, corresponderia a uma antecipação da sentença de morte.

Infelizmente, não é bem assim. O ato de Lula evidencia como este pobre continente ainda está tomado pela estupidez ideológica. Vocês podem não acreditar, mas há um liame entre a genuflexão lulista ao carniceiro e o “Decreto Oi”, a Lei Fleury que Lula vai assinar para legalizar o negócio ilegal da venda da Brasil Telecom para a Oi. Eu explico.

A justificativa que se pretende “moral” para o ato imoral, já nos informaram seus biógrafos que dão plantão da imprensa, é criar a tal “plataforma nacional” para as teles, no melhor interesse do Brasil. Lula estaria, assim, vejam só, consoante com aquele a quem fotografa, defendendo o país dos interesses do grande capital estrangeiro, que viria aqui explorar os botocudos. Compreendem o nexo? O Babalorixá de Banânina seria um resistente, da safra desses gentis homens latino-americanos que fazem tudo pelo povo — precisando, eventualmente, da colaboração de Carlos Jereissati e de Sérgio Andrade, dois ilustres patriotas do capital nacional.

Mais do que isso: Fidel é o símbolo do parasitismo esquerdofrênico ainda presente no continente. Na Colômbia, ele encontrou na cocaína o seu sustento; no Brasil, faz tráfico com as leis de estado. Sim, Fidel é um cadáver político, é um cadáver moral e já é quase cadáver físico. Mas ainda procria. Na Colômbia, ele seqüestra e mata; no Brasil, rouba, esbulha a lei e invade propriedades privadas; na Venezuela, constrói o fascismo bolivariano.

A foto tirada por Lula significa uma escolha. E, por isso, é um dever moral dos democratas mobilizar todos os recursos que a lei oferecer para combatê-lo: de forma sistemática, organizada, contínua, inflexível.


Reinaldo Azevedo é formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e em Jornalismo pela Universidade Metodista, foi professor de literatura e redação dos colégios Quarup, Singular e do curso Anglo, foi também redator-chefe das revistas República e Bravo!, diretor de redação da revista Primeira Leitura, além de coordenador de política da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo. Escreve freqüentemente sobre política nos jornais "O Estado de S. Paulo" e "O Globo". Reinaldo atualmente é articulista da revista "VEJA" e escreve o blog político mais influente da rede, "Blog Reinaldo Azevedo". Polêmico, irônico, ferino, Reinaldo Azevedo é autor dos livros "Contra o Consenso: Ensaios e Resenhas", pela Editora Barracuda, do best seller "O país dos Petralhas" e por último "Máximas de um País Mínimo", ambos da Editora Record.





Publicado no Blog Reinaldo Azevedo.
Quarta-feira, 16 de janeiro de 2008, 15h20.



































"É sempre bom lembrar que existe o Mal absoluto também na política. E ele merece nosso combate cotidiano, incansável, imperturbável. Não perca uma só chance de desmerecer o petismo. Você estará sempre certo".
Reinaldo Azevedo



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Saturday, November 24, 2007

BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES (Versão Pornográfica).













































A Mídia do Contragolpe
por Reinaldo Azevedo

E a Al Qaeda eletrônica prossegue com a sua Pirâmide da Impostura contra a VEJA, o Diogo, o Reinaldo, a “mídia golpista”... Hoje, até o momento em que escrevo este texto, recebi 1.365 comentários. Uns, sei lá, 40% vêm da terra dos mortos. Uns 10%, talvez, não puderam ser publicados porque, mesmo dizendo as coisas certas, os leitores exageram na impaciência. Compreendo, mas volto a recomendar moderação. “Mídia golpista”? Não: somos é a frente avançada — e avançada mesmo, porque estamos na liderança (e notem que não escrevi “vanguarda”, já explico por quê) — da “mídia do contragolpe”. É isto: de hoje em diante, leitores, nós somos a liderança do contragolpe.

Golpista é querer fazer do roubo uma ideologia.
Golpista é sustentar que as urnas dão ao vitorioso o direito de esbulhar as leis.
Golpista é usar a democracia para solapar a democracia.
Golpista é propor arranjos de cúpula em que os malandros se protegem contra os interesses do país e o espírito das leis.
Golpista é defender a Constituição com a mão direita e tentar fraudá-la com a mão esquerda.
Golpista é tentar fazer com que definições particulares de justiça corroam o estado de direito.
Golpista é aparelhar o estado.
Golpista é promover “eugenia ideológica” em órgãos públicos.
Golpista é separar o joio do trigo e escolher o joio.
Golpista é defender tiranias e ditaduras.

Somos a mídia do contragolpe.
Da Constituição democrática.
Dos métodos democráticos de mudar uma constituição democrática.
Da liberdade de expressão.
Do direito à plena informação.
Da verdade que não se deixa velar pela fantasia ideológica.
Do triunfo do fato sobre a empulhação da suposta redenção dos oprimidos.
Da sociedade dos homens livres, não-subordinados a corporações de ofício.
Das liberdades individuais.
Da livre empresa.
Do estado em minúscula.
Do Indivíduo em maiúscula.

E, por isso, estamos na liderança. Na revista. No blog. No colunismo. E falei “liderança”, não falei “vanguarda”. Porque a “vanguarda” vai muito adiante dos seus, com quem não dialoga. E o jornalismo de VEJA, o blog, os colunistas falam a uma massa imensa de leitores. Leitores que comungam de seus mesmos princípios. Leitores em número sempre crescente.

Há um esforço enorme de intimidação. Tocadores de saxofone do petralhismo, que ainda serão promovidos a tocadores de tuba, abusam da ignorância da claque, mantendo-a na trevas da ignorância. São herdeiros de um tempo em que a informação só chegava a um grande número de pessoas depois de filtrada pelo “establishment” esquerdopata. Esse tempo acabou. Estamos diante dos estertores das baleias encalhadas. Morrerão na praia da impostura. São pesadas e estúpidas demais para dar meia-volta.

Querem acuar a “mídia do contragolpe”. Usam para tanto, a desqualificação, o boato, a mentira, os aparelhos de representação corporativa no qual se aboletam, faceiros, sugando os recursos de um país pobre em benefício de benesses disfarçadas de ideologia. Mas não acuam ninguém.

Somos a mídia do contragolpe. Não há nisso vocação missionária porque “missionários” são eles; sectários são eles; heréticos são eles. Continuaremos na liderança porque acreditamos, de fato, que a verdade liberta o homem da ignorância e do atraso e o protege das tiranias.

E sei bem: para “eles”, nada pode ser mais irritante. Que isso valha por um pequeno manifesto. Multipliquem este texto. Eles que se calem. Porque, é claro, nós falamos. Em defesa da democracia e do estado de direito.


Reinaldo Azevedo é formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e em Jornalismo pela Universidade Metodista, foi professor de literatura e redação dos colégios Quarup, Singular e do curso Anglo, foi também redator-chefe das revistas República e Bravo!, diretor de redação da revista Primeira Leitura, além de coordenador de política da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo. Escreve freqüentemente sobre política nos jornais "O Estado de S. Paulo" e "O Globo". Reinaldo atualmente é articulista da revista "VEJA" e escreve o blog político mais influente da rede, "Blog Reinaldo Azevedo". Polêmico, irônico, ferino, Reinaldo Azevedo é autor dos livros "Contra o Consenso: Ensaios e Resenhas", pela Editora Barracuda, do best seller "O país dos Petralhas" e por último "Máximas de um País Mínimo", ambos da Editora Record.





Publicado no "Blog Reinaldo Azevedo".
Sexta-feira, 23 de novembro de 2007, 18h10.


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