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Saturday, February 28, 2009

O único objetivo destes derrotados é denegrir o conceito das FFAA junto à população.
"Governo prepara comercial com parentes de desaparecidos".










































































Ministro sugere que famílias questionem Lei da Anistia
matéria do jornal Zero Hora de Porto Alegre

Ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi pediu ontem que vítimas da repressão do regime militar, familiares e entidades de classe se organizem para propor ações judiciais em massa questionando a abrangência da Lei de Anistia.

Em uma solenidade no Rio, ele propôs que a sociedade intensifique a pressão para que documentos e informações sobre o paradeiro de desaparecidos sejam revelados e informou que o governo prepara uma campanha publicitária com familiares.

– Casos como os de Rubens Paiva e Stuart Angel não podem ser abandonados. Essa informação (o paradeiro deles) tem de aparecer – discursou Vannuchi na abertura da 8º Anistia Cultural, que julgou pedidos de indenização de 21 estudantes banidos de universidades durante a ditadura.

Vannuchi informou que os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Franklin Martins (Comunicação) devem lançar até maio o sistema de acesso a dados de 14 arquivos estaduais, chamado Projeto Memórias Reveladas, com um edital que convoca donos de acervos particulares a transferir documentos para arquivos públicos. Segundo o ministro, Martins prepara uma comercial de TV em que aparecerão mães ainda vivas de desaparecidos políticos segurando fotos dos filhos e dizendo que não querem morrer sem saber o paradeiro deles.

Para Vannuchi, só a "saturação" provocada por um grande volume de processos mostrará ao Supremo Tribunal Federal (STF) que há uma demanda da sociedade por uma nova interpretação, sem o perdão a torturadores, da Lei de Anistia, que completa 30 anos em agosto.

Até agora, o entendimento que prevalece é o de que os militares envolvidos em violações não podem ser processados por terem sido anistiados pela lei de 1979 como os militantes de esquerda que pegaram em armas, embora não tenham sido submetidos a qualquer processo investigatório que os identifique.

– Na Argentina, Uruguai e Chile os familiares criaram centenas de ações. No Brasil, temos três, quatro, meia dúzia – argumentou.

Para ele, talvez as vítimas da ditadura e seus familiares tenham subestimado a Justiça. Em entrevista na saída do evento, Vannuchi disse que sua secretaria e o Ministério da Justiça continuarão o debate interno no governo até uma posição do STF.


Publicado no jornal "ZERO HORA".
Sábado, 28 de fevereiro de 2009.



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SOS JUSTIÇA ELEITORAL – Maria Lucia Victor Barbosa





Wednesday, September 17, 2008

ATENÇÃO! ISTO É GRAVE, GRAVÍSSIMO.

VEJAM NESTE VÍDEO: O EXÉRCITO BOLIVIANO ESTÁ ATIRANDO PARA MATAR! Um cinegrafista conseguiu registrar o Exército boliviano tomando o controle do aeroporto de Cobija, capital de Pando. Os militares dispararam contra manifestantes desarmados e um homem morreu sem socorro.

A Bolívia já se encontra na eminência de uma guerra civil, causada pelo "índio cocainômano", a despeito do que diz o vagabundo "pinto-cego", que atende pelo vulgo de "celso amorim": "A prisão do governador (Leopoldo Fernández, governador da província de Pando) não acirra a crise na Bolívia". Huuummm! Então está combinado.




Click no botão PLAY, para ativar o vídeo.
Obs.: Caso o download esteja lento ou intermitente, click no botão PAUSE, aguarde completar o carregamento e então pulse PLAY.

AGORA VEJAM ESTA NOTÍCIA (meio que escondida no site do "Estadão"):

Brasil ajudará na luta contra grupos armados na Bolívia, diz Evo
Publicado no jornal on-line "Estadão.com.br", na seção Internacional, ontem, 16 de setembro de 2008 às 19h24. (Notem: A notícia é procedente de Caracas)

Lula "prometeu enviar ministro da Defesa para ação conjunta", diz presidente boliviano; confrontos já mataram 15.

CARACAS - O chefe de Estado da Bolívia, Evo Morales, pediu nesta terça-feira, 16, a seus opositores que "não façam o povo sofrer" e anunciou que acordou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atuar em conjunto para desmantelar grupos armados em seu país. Lula "me prometeu enviar seu ministro da Defesa para fazer essa ação conjunta", ressaltou Evo por telefone em uma conversa transmitida em meio a uma coletiva de imprensa do presidente venezuelano, Hugo Chávez.

O presidente boliviano acusou o governador de Pando, Leopoldo Fernández, detido nesta terça, e o ex-presidente da Bolívia Jorge Quiroga, dirigente da aliança opositora Podemos, de "organizar" o grupo paramilitar Forças Expedicionárias. "Estão acostumados a utilizar a violência" e "agora usam narcotraficantes, paramilitares e sicários" que operam na fronteira com o Brasil.


VEJAM BEM SENHORES, ESTES VAGABUNDOS COMUNISTAS QUE ESTÃO NO PODER, ESTÃO PRESTES A ENVOLVER O NOSSO PAÍS EM UMA TRÁGICA AVENTURA, COM CONSEQÜÊNCIAS IMPREVISÍVEIS.

O "ser rastejante", que atualmente habita o Palácio do Planalto, o "filho do demônio", que possui apenas nove dedos como se fosse uma marca de sua malevolência, além de estar semeando a discórdia e o desalento entre nossos legítimos cidadãos e a prostituição cívica entre aqueles que por pura safadeza e ignorância são chamados de "povo" ou simplesmente "massa", agora, por ordem de seus "cumpanheiros" do "FORO DE SÃO PAULO", querem nos jogar em uma catastrófica situação de confronto com nossos vizinhos "anticomunistas" da região boliviana da "Media Luna", tudo para "salvar" seus parceiros "comunos-foropaulistanos-bolivarianos", Evo Morales, Hugo Chávez e Rafael Correa da derrocada final que se aproxima inevitavelmente.

Para isto, já encarregou seu "marechal-de-campo", o bundão que responde por "lero-lero jobim", de colocar nossas FFAA à disposição do fornecedor de "coca" dos sócios do "Foro" e com certeza o mesmo será acompanhado por aquela pornográfica figura "boca-de-fossa" que atende por "marco top-top garcia. Esperemos para ver, qual será a atitude que tomarão os "cumandantes" das FFAA, em especial o "cumandante" do EB, aceitará ser "carne-de-canhão" do troglodita "tenente curonel" Chávez, esbirro do "coma-andante" Castro? É capaz!

E o Congresso (Senado Federal), aonde entram nisso? E a Constituição permite que interfiramos na soberania de outro país? Que merda é essa, estamos dependendo unicamente da vontade de um desprezível vagabundo eleito pelos seus iguais? Esse amoral, apenas por enviar um "ministro" do Estado Brasileiro para debater este assunto sem a prévia e devida autorização do Congresso Nacional já poderia ser destituído por crime de responsabilidade. IMPEACHMENT NO CRETINO!

Juro que jamais pensei que isso fosse possível, nosso País sendo exposto internacionalmente como leão-de-chácara de um filho-da-puta de um cocalero-comunista, que usurpou nossas refinarias e gasodutos, pagos com o suor e com certeza algum sangue de CIDADÃOS BRASILEIROS.

Essa "incumbência", foi determinada na tal reunião de Santiago do Chile (Unasul ou Ursal como preferirem), tendo em vista que se o macaco-louco da Venezuela, como era de seu desejo, viesse a interferir diretamente no problema, levaria uma "bordoada" norte-americana, na forma de uma ação mais ou menos semelhante de quando os mesmos invadiram o Iraque (Operação Tempestade no Deserto), com o intuito de defender a soberania do Kuwait, ou seja: deitavam para correr da Bolívia os venezuelanos, cubanos e qualquer outra raça alienígena que por lá estivessem e como de praxe completariam o "serviço" seguindo até Caracas, capturando o "porco escarlate", dando-lhe o mesmo fim que o "temível" Saddam Hussein e libertando o povo da Venezuela do pesadelo que hora lhes acomete.

Mas agora, esta situação parece que está mais próxima de acontecer com o nosso País, ou os nossos "oficiais" antiamericanistas, imaginam que os EUA, ficarão de braços cruzados no caso de uma interferência de nossa parte na Bolívia? Experimentem e verão a canoa furada que irão embarcar, direto para Guantánamo!

Alguns sinais estimulante por parte dos "brothers":

(1) Estão retirando seus cidadãos da Bolívia e já se preparam para operacionalizar as mesmas condições na Venezuela e no Equador.

(2) Puseram em movimento, mesmo ainda não totalmente equipada a tão temida 4a. Frota, inclusive algumas embarcações já encontram-se atracadas no porto da Cidade de Belize-Belize, a meio caminho da região-alvo.

(3) Os bombardeiros russos Tu-160 que estavam estacionados na Venezuela, com data para o retorno somente em meados de outubro, já estão de malas prontas para retornarem as suas bases, fato que deveria acontecer ontem (terça, 16) ou mais tardar hoje (quarta, 17).

G. W. Bush não quer deixar para seu sucessor (McCain), essa "bomba" da América Latrina, ainda mais com os russos querendo se aproveitar da situação, vai resolver essa parada logo. A Bolívia é só o "startup". Tomara!

ACAUTELAI-VOS GENERAIS MELANCIAS: PONHAM SUAS BARBAS PETISTAS-COMUNISTAS DE MOLHO.
THE MARINES ARE COMING!

Bootlead


Foto: General do Exército Brasileiro, ostentando uma
barba "à la Genoíno-PT" (Geraldo). Uma beleza, não?





























Radiografia do caso Obama – Olavo de Carvalho



Friday, May 30, 2008

UNASUR-UBA CUCARACHA




A NATIMORTA UNASUL
por Maria Lucia Victor Barbosa

A constituição da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) foi mais um fiasco retumbante da política externa brasileira. Gerado pelo Itamaraty, o organismo sub-regional tem as digitais do chanceler de fato, Marco Aurélio Garcia, o que é suficiente para conduzir qualquer projeto ao fracasso. E, sem dúvida, pode-se dizer que a Casa, nome anterior do bloco que foi rejeitado e ridicularizado por Hugo Chávez, caiu.

Vários presidentes sul-americanos consideram, apropriadamente, que a Unasul é apenas mais um foro de discussão. O presidente do Uruguai, Tabaré Vazquez, nem se deu ao trabalho de comparecer à reunião de constituição. O presidente do Peru, Alan Garcia, foi embora assim que assinou o ato constitutivo. O secretário-executivo já escolhido da Unasul, o ex-presidente do Equador, Rodrigo Boria, renunciou ao cargo por não querer se comprometer com uma espécie de "academia de debates". E o que é mais desmoralizante para o governo brasileiro: o Conselho Sul-Americano de Defesa, tão acalentado pelo ministro Nelson Jobim, e que deveria ter adquirido vida jurídica durante a reunião da cúpula, não foi aceito pela Colômbia e encontrou resistência entre os demais presidentes. Para não ficar muito feio a presidente do Chile, Michele Bachelet, propôs a criação de um grupo de trabalho para estudar o Conselho, tática sintomática quando não se quer resolver um assunto.

Naturalmente o discurso de abertura da reunião, lido pelo pai da Unasul, presidente Lula da Silva, soou com aquele inconfundível toque de megalomania tão característico das falas presidenciais. Disse nosso mandatário supremo: "Uma América do Sul Unida mexerá com o tabuleiro do poder no mundo".

Será esse outro mundo sul-americano possível? A retórica do presidente brasileiro pode agradar, enaltecer, massagear egos nacionalistas, mas esconde dura realidade. Primeiro porque a América do Sul não tem poder nem militar nem econômico para mexer com o tabuleiro do mundo. Segundo porque a Unasul não terá capacidade de promover a pretendida união uma vez que os países que formam o bloco têm direções diferentes de acordo com suas necessidades ou mesmo posições irreconciliáveis. São os seguintes os doze países que constituem o bloco: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela.

No tocante ao Brasil e seus vizinhos cabe lembrar o que afirmou em sua magistral obra, "Do bom selvagem ao bom revolucionário", o escritor e jornalista venezuelano, Carlos Rangel:

"Todo hispano-americano sabe bem que quando encontra um brasileiro está diante dele, não ao lado dele, que um e outro têm acerca do mundo pontos de vista diferentes, se não opostos". "Pode-se dizer que existem pontos comuns, afinidades, um parentesco entre o Brasil e a América Espanhola, mas suas diferenças levam de vencida suas afinidades se tivermos em conta, além disso, a espetacular consolidação do Brasil numa única e gigantesca nação que toca em todos os outros países da América do Sul à exceção do Equador e do Chile, particularidade que contrasta com a fragmentação da América Espanhola em múltiplas parcelas".

Aí está uma das maiores causas da inexistência de maior afinidade entre o Brasil e os demais vizinhos de origem espanhola: somos grandes demais, fortes demais e, como os Estados Unidos, causamos um misto de inveja e temor. É sintomático que recentemente tenhamos sido chamados de imperialistas na Bolívia e no Paraguai, sendo que no Paraguai nossa bandeira foi queimada. Algo que não foi mostrado nas TVs como seria se fosse a bandeira norte-americana.

Ainda assim, ou mesmo por isso, em que pese o enorme prejuízo dado ao Brasil pela Bolívia, as recentes hostilidades paraguaias, as imposições comerciais da Argentina, as queixas do Uruguai com relação ao tratamento que é dado no Mercosul a este país, pelo Brasil, o governo petista tenta impor Lula da Silva como o grande líder sul-americano, o irmão magnânimo capaz de eliminar a "influência nefasta" dos norte-americanos.

Desse modo, o Conselho Sul-Americano de Defesa, na verdade, uma aliança militar sub-regional que muito interessaria a Hugo Chávez, substituiria a Organização dos Estados Americanos (OEA) na solução de conflitos localizados.

Bem fez o presidente Uribe, da Colômbia, ao não aceitar o Conselho de Defesa. Como observou o sociólogo Demétrio Magnoli, "como pretender que a Colômbia se incorpore a um Conselho de Defesa incapaz de pronunciar uma condenação incondicional das Farc?". (O Estado de S. Paulo, 29/05/2008). E bem agora quando o competente presidente Uribe está prestes a derrotar os narcoterroristas, como demonstram as mortes dos principais chefes do bando de celerados.

Como diz o ditado, há males que vêm para bem. Que a Unasul seja mesmo uma academia para tomar chá e fazer turismo. Caso contrário servirá não aos interesses do Brasil ou da América do Sul, mas do esperto Hugo Chávez, o verdadeiro senhor da "Casa".


Maria Lucia Victor Barbosa é formada em sociologia e administração pública e tem especialização em ciência política pela Universidade de Brasília. Nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais. Começou a escrever em jornais aos 18 anos. Tem artigos publicados no Jornal da Tarde, O Globo, Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Gazeta do Povo, O Estado do Paraná e Valor Econômico, entre outros. É autora de cinco livros, incluindo "O Voto da Pobreza e a Pobreza do Voto – A Ética da Malandragem" e "América Latina – Em busca do Paraíso Perdido".
E-mail: mlucia@sercomtel.com.br




Enviado por Maria Lucia Victor Barbosa.
Sexta-feira, 30 de maio de 2008, 11h52.





A hora e a vez dos ideólogos – Demétrio Magnoli

Thursday, February 21, 2008

O Brasil está sendo chantageado pelos "Bonnie & Clyde" argentinos.
































Segundo "Clarin", Argentina poderá retaliar Brasil por gás
da BBC

O jornal argentino Clarin informou em sua edição desta quinta-feira que o governo da presidente Cristina Kirchner pressionará a Petrobras na Argentina, caso o Brasil não ceda parte do gás boliviano que consome para atender as necessidades deste país vizinho.

O jornal diz que o governo argentino ameaça rever os negócios da Petrobras no país, em particular a utilização do escasso gás importado da Bolívia.

Segundo uma fonte do Ministério de Planejamento argentino ouvida pelo Clarin, se o Brasil não puder abrir mão "de 2 a 3 milhões de metros cúbicos diários para que este volume seja redirecionado para a Argentina, então não restará ao governo argentino outra opção que a de revisar os emprendimentos petroquímicos locais onde a Petrobras aparece como grande consumidor de gás".

A pasta do Planejamento é ocupada por Julio de Vido, braço forte do ex-governo de Nestor Kirchner e do atual da presidente Cristina Kirchner.

Se a ameaça for concretizada, a Petrobras poderia arcar com as conseqüências pela decisão brasileira de não abrir mão do gás que precisa para socorrer a Argentina, que tenta se equilibrar, há tempos, com escassez de gás e de eletricidade.

Reuniões de Lula

A informação do jornal argentino foi publicada nesta quinta-feira, dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca em Buenos Aires para uma série de reuniões com Cristina Kirchner, nesta sexta-feira, e um encontro com ela e o colega boliviano Evo Morales, no sábado, onde o principal assunto será a difícil equação do gás da Bolívia para atender aos três países.

Atualmente, segundo dados oficiais e da Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos, com sede em Santa Cruz de la Sierra, a Bolívia não tem gás suficiente para atender sua demanda interna e as demandas estabelecidas por contrato com o Brasil e a Argentina.

Pelo contrato com o Brasil, a Bolívia deveria enviar diariamente 30 milhões de metros cúbicos de gás para o mercado brasileiro e 7,7 milhões de metros cúbicos para a Argentina.

Mas atualmente a Argentina recebe menos da metade deste total, já que, para não pagar multas o governo de Morales, prefere atender o Brasil.

Nesta cadeia de dependência energética aparece ainda o Chile, que necessita do gás enviado pela Argentina para abastecer suas empresas, mas que já pensam em energias alternativas para se livrar de apagões.


Publicado no Portal G1
Quinta-feira 21 de fevereiro de 2008, 13h05.





Fidel conduziu regime derrotado pela História – William Waack

Reflexão III – Cel Aluisio Madruga

Friday, November 16, 2007

Cala a boca "macaco"!



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Rei espanhol calou a boca de Chávez
por William Waack

Quem acompanhou a passagem da ditadura de Francisco Franco na Espanha para um regime democrático que serve de exemplo para todos nós, latinos, lembra-se com que desconfiança se olhava, em 1975, para a figura do então jovem Rei Juan Carlos. Dizia-se que tinha sido uma grande esperteza do velho ditador (que só não teve a desfaçatez de coroar-se monarca) a escolha daquele Bourbon inexperiente.

Juan Carlos vale hoje para a crônica política e histórica espanhola como um dos grandes (e decisivos) personagens da “solução espanhola”. Em que consistia? Nas suas linhas mais gerais, numa transição lenta e gradativa de um regime ditatorial, clerical e provinciano para uma democracia parlamentar representativa, tolerante e aberta. Não foi à toa que um jornalista espanhol perguntou ao então ditador brasileiro, General Ernesto Geisel, durante uma entrevista coletiva na Alemanha, em 1977, se ele pensava numa “solução espanhola” para o Brasil. “Sim”, respondeu Geisel.

Santiago Carrillo, o velho comunista, Felipe González, o jovem socialista, e várias gerações de políticos conservadores espanhóis respeitavam o rei como os trabalhistas e “tories” britânicos respeitam a Rainha, ou os social-democratas suecos a monarquia em Estocolmo -e assim por diante. Tido como um “bon vivant” famoso por suas tiradas (digamos, machistas) em conversas em “off”, jovial e bem humorado, Juan Carlos acabou virando um desses símbolos vivos de transição de um passado escuro para um futuro de prosperidade -tudo isso, no espaço de apenas uma geração.

E os espanhóis -que passaram dos conservadores para os socialistas, dos socialistas para os conservadores e, desde 2004, de novo para os socialistas- continuam dando um magnífico exemplo de que luta política não significa a destruição do adversário (o que não é pouca coisa, considerando-se a presença, na memória coletiva, de uma Guerra Civil que deixou centenas de milhares de mortos entre 1936 e 1939).

A Espanha de várias épocas parece possuir esse dom de nos proporcionar frases fortes e contundentes. Lembram-se do “no creo en brujas, pero que las hay, las hay” (Cervantes)?. Ou do “vencereis porque tenéis sobrada fuerza bruta, pero no convenceréis” (Unamuno)?. O Rei Juan Carlos soltou uma na cara de Hugo Chávez que provavelmente será repetida por bom tempo onde se fala espanhol: “porque no te callas?” (porque você não cala a boca?).

Juan Carlos tem todos os argumentos morais para mandar Chávez calar a boca. Afinal, ele soube ajudar a conduzir um país da repressão para um regime aberto, enquanto Chávez faz exatamente o contrário. O rei e seu primeiro-ministro souberam mostrar a um falastrão que não levam ofensas para casa. Foi de uma extraordinária dignidade política o que fez o primeiro-ministro socialista José Luiz Zapatero, defendendo de ataques verbais de Chávez seu antecessor (e ferrenho adversário político), o conservador José Maria Aznar.

Cabe lembrar aqui, aliás, o que o mesmo socialista Zapatero disse ao presidente boliviano, Evo Morales, quando o governo boliviano tomou à força instalações de empresas petrolíferas espanholas (além da Petrobrás). Naquela ocasião, o dirigente espanhol lembrou ao boliviano, em tom que não deixava margem a dúvidas, que contratos existem para serem respeitados. A Espanha não engoliu o que Evo Morales fez.

Nosso espaço político (no seu sentido mais amplo) é muito marcado pelo caudilhismo, populismo, personalismo e pela (muitas vezes apenas pretendida) virilidade de seus líderes políticos. São, digamos, “tradição” da política latino-americana, assim como o paternalismo, o assistencialismo e a melancolia que às vezes nos faz pensar que não temos jeito mesmo. Por isso foi tão retumbante o que fez Juan Carlos diante de Chávez -e está repercutindo intensamente na enorme esfera hispânica.

Ele mostrou ao bufão quem tem, em bom espanhol, cojones. Viva o Rei.


William Waack nasceu em São Paulo, SP em 30/08/1952 é jornalista, formado pela USP. Cursou também Ciências Políticas, Sociologia e Comunicação na Universidade de Mainz, na Alemanha, e fez mestrado em Relações Internacionais. Tem quatro livros publicados e já venceu duas vezes o Prêmio Esso de Jornalismo, pela cobertura da Guerra do Golfo de 1991 e por ter revelado informações sobre a Intentona Comunista de 1935, até então mantidas sob sigilo nos arquivos da antiga KGB em Moscou. Waack trabalhou em algumas das principais redações do Brasil, como o Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo e a revista Veja. Foi editor de Economia, Internacional e Política. Durante 20 anos, William Waack foi correspondente internacional na Alemanha, no Reino Unido, na Rússia e no Oriente Médio. Desde 1996, trabalha para a TV Globo e voltou ao Brasil em 2000. Apresenta, desde maio de 2005, o Jornal da Globo e em 2006, passou a assinar uma coluna na editoria Mundo do portal de notícias G1.



Publicado no Portal G1.
Segunda-feira, 12 de novembro de 2007, 14h45.






Wednesday, August 29, 2007

Gal Pinochet: Um militar de Honra! A História lhe fará justiça.
































Fidel ha muerto. ¡Viva Pinochet!
por Luís Mauro

Mais uma vez, circula, na Internet, a notícia da morte de Fidel Castro. Há algum tempo, para dar mais credibilidade ao boato, chegaram a divulgar uma fotografia do suposto defunto em leito de morte. Dias depois, viria o desmentido.

Agora, como o era naquela época, é absolutamente irrelevante se ele realmente morreu ou não.

Faz muito, o ditador cubano já está virtualmente morto, sendo usado somente para sustentar o governo de seu inexpressivo irmão Raúl e para servir aos propósitos bolivarianos oníricos daquele que o pretende substituir, não como tirano da infeliz ilha, uma vez que já é o “homem forte” da Venezuela, mas na liderança das ações subversivas praticadas na América Latina.

Por isso, não desperdiçarei tempo falando dele, não importa se moribundo ou falecido. Prefiro fazê-lo sobre um líder político sul-americano recentemente desaparecido, o General chileno Augusto Pinochet, tão injustiçado pelos meios de comunicação internacionais e, mais intensamente ainda, no Brasil, embora respeitado pelos jornais de seu próprio país.

O primeiro – um ditador sanguinário que quase levou o seu povo à inanição total – é chamado de comandante, presidente, líder histórico de Cuba. O outro – que salvou o Chile da ditadura comunista de Salvador Allende e o colocou em privilegiada situação econômica no concerto dos vizinhos – somente é referido como ditador, e apresentado como um assassino cruel e desumano.

Mas não estranhe o leitor essa inversão axiológica da mídia e de muitos políticos. Se Fidel matou infinitamente mais do que as mortes atribuídas ao governo de Pinochet, isso pouco lhes interessa. Afinal, na lógica destorcida dos grupos esquerdistas que, por inspiração externa, tomaram o governo de vários países latino-americanos, a vida de terroristas comunistas deve valer milhares de vezes a de cidadãos cubanos vitimados pelo genocídio castrista.

Foi, justamente, essa lógica doentia que levou o nosso governo subserviente a deportar, covarde, impiedosa e desumanamente, para a sanha de seus algozes, dois atletas cubanos que tentaram fugir do terror, asilando-se no Brasil, quando, pouco tempo antes, os mesmos agentes partiram para a defesa intransigente de um falso padre, traficante, terrorista, assassino, mas integrante das FARCS e, portanto, “companheiro” de aventuras ideológicas que não deveria ser extraditado, jamais.

Esse é o modelo de “democracia” em que vivemos.

É irônico que muitos daqueles que teriam sido fuzilados pela ditadura comunista, caso não tivesse sido abortada pela redentora Contra-revolução de 1964, hoje, hostilizam os únicos que os poderiam salvar novamente e enchem a boca para chamá-la de ditadura militar. Continuando com essa insanidade suicida, inteiramente alheios ao grave perigo que correm, em troca de alguns tostões ou de um empreguinho qualquer, apóiam esse governo constituído pelos mesmos grupos subversivos de então, garantindo-lhe sobrevivência ilegítima, sem se darem conta de que serão sumariamente eliminados, tão cedo deixem de ser necessários ao processo insidioso de consolidação dessas forças no poder.

Seria muito bom se os nossos órgãos de imprensa fizessem uma autocrítica e reconhecessem que os chilenos, sempre apresentados como vítimas de Pinochet, adoram o seu ex-presidente. Ninguém melhor do que eles, para decidir se Pinochet foi bom ou mau para o Chile, e isso parece que ficou claramente resolvido com as intensas manifestações de apreço do povo, como vimos nos funerais do velho general.

Muito me emocionaram a solenidade das cerimônias fúnebres e a altivez, a coragem e a independência reveladas pelos militares que as organizaram, para desgosto dos governantes do país, que também sucumbiu à avalanche ideológica que têm imposto governos de esquerda hostis às Forças Armadas em quase todo o continente.

Era comum invocar-se o “efeito orloff” (eu sou você amanhã), para explicitar que o Brasil sempre experimentava as aventuras políticas ou econômicas argentinas com algum retardo.

A situação dos militares não é boa em nenhuma nação do Cone Sul, mas, sem dúvida, não devemos permitir que, como antes, evoluamos pelos caminhos da Argentina, onde, parece-me, ela é muito pior, desastrosa, mesmo.

Também não serve o exemplo chileno. Embora, como vimos, os militares de lá não se tenham submetido às pressões políticas inadmissíveis e tenham preservado os seus valores ao reverenciarem o antigo comandante, a presidente Michelle Bachelet demitiu dos quadros do Exército, de maneira arbitrária e desproporcional, pelos jornais, sem sequer ouvi-lo, num flagrante desrespeito as garantias constitucionais mínimas de um Estado democrático, o neto do General Pinochet, o Capitão Augusto Pinochet Molina, por conta do discurso que proferiu à beira do túmulo do avô.

Como era de se esperar, isso não causou qualquer mal-estar nos nossos meios de comunicação, que, depois de noticiarem o fato, deixaram de acompanhar a evolução dos acontecimentos que não lhes convinham.

Assim, resta-nos apenas uma via: assumirmos o controle sobre os nossos destinos, repelindo, com energia proporcional à ofensa, todas as agressões que, contra nós, tentarem praticar.

Será essa a única maneira de nos preservarmos para atender o chamamento da Pátria, se todas as outras instâncias vierem a falhar.

Este é o nosso dever.


Luís Mauro Ferreira Gomes é Coronel-Aviador da Força Aérea Brasileira.

Publicado no site "Ternuma – Terrorismo Nunca Mais".
Sábado, 25 de agosto de 2007.



 
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